Capítulo 12 - Eu estava pensando em prédios
Eu estava pensando em prédios
Eduardo
Marcela estava, literalmente, descalça em cima do tapete onde Leandro estava deitado de bruços e cutucava suas costas com o pé, perguntando repetidamente se era aquele o local que estava dolorido enquanto trocava o ponto de contato e ele se oferecia para tirar a camisa para ela encontrar o local dolorido mais facilmente.
Eu não sei exatamente como foi que chegamos àquele ponto.
Quero dizer, em partes sabia, porque as garrafas de vinho que Chicão guardava para ocasiões especiais estavam abertas em cima da mesinha de centro junto com todo o nosso trabalho daquela noite e eu juro que se eu não tivesse conseguido segurar uma delas antes de ter um Ipad com notas de uva Syrah ou sei lá que caralhos Marcela começou a falar lá pela quarta taça — a quarta que ela tomou na minha casa, porque eu não tinha muita certeza sobre quantas ela tinha tomado antes de chegar lá — eu iria tirar meus dois amigos da sala pelas orelhas e enfiar Marcela embaixo da água gelada porque estava difícil aguentar tudo aquilo sóbrio.
Bom, quarta taça tinha passado há algum tempo, então talvez não exatamente sóbrio. Alegre. Levemente feliz.
Faziam horas que Marcela tinha chegado e, entre as cantadas insistentes de Leandro e as milhares de cotoveladas que levei enquanto Chicão insinuava que era para eu chegar nela antes do nosso colega de apartamento, tínhamos adiantado uma grande parte das modificações que Fernando pediu. Lembrei-me amargamente de que eu tinha sugerido aquela parede verde desde o dia um, mas alguém disse não.
Eu não tenho absoluta certeza se os cálculos da engenheira estavam certos porque, sejamos honestos, ela estava bem mais pra lá do que pra cá, só que sempre que eu fazia alguma pergunta para testar se ela estava prestando atenção no que fazia, ela me mostrava que estava sim — inclusive me deu uma aula sobre os aços estruturais na construção civil e que eu deveria ficar de olho na porcentagem de enxofre e fósforo neles, porque esses dois eram "do mal" e deixavam o aço mais quebradiço que o cabelo do Getúlio. Quando ela barrou minhas ideias de painéis solares, telhado verde e cortiça, eu meio que dei mais crédito para sua versão alcoolizada.
Mas eu não estava esperando que ela fosse, além de consertar metade do apartamento que eu nem sabia que estava defeituosa, inventar de curar as costas de Leandro. Bom, depois que ele dormiu com a minha irmã eu não deveria alertá-lo sobre o risco de paraplegia permanente, não é? Ele era adulto e com certeza tinha ciência disso.
Tirei a caixa de pizza com a última fatia remanescente do local onde Chicão ia se sentar, sobre a mesinha de centro apenas alguns segundos antes de sua bunda esmagar a pizza de palmito que alguém com certeza comeria gelada no café da manhã.
— Ei, cara — ele disse, observando a belíssima cena na qual Marcela cutucava as vértebras de Leandro e ele tinha crises de riso pelas cócegas. Por algum motivo ela não estava nada feliz por ele ficar rindo cada vez que ela encostava nele. — Conseguiram acabar?
Eu estava sentado com as pernas em posição de índio e encarando o projeto. Tecnicamente estávamos bem adiantados, a não ser que depois de quebrar Leandro ao meio Marcela falasse que alguma coisa desmoronaria com as minhas ideias.
— Claro que não, mas ela está bem focada em outra causa nesse momento — dei de ombros.
— Podia ser em você, Eduardo, mas você não colabora — Henrique disse, tombando o rosto sobre o ombro para olhar para mim. — Eu sei que o Leandro é, tipo, o Leandro, mas você também é bem charmoso, sabe? Tem algo a ver com essa vibe de bom moço e o sorrisinho de canto que fala não tanto assim.
Ergui as sobrancelhas para ele, achando sua análise muito mais engraçada do que provavelmente era.
— Você está dando em cima de mim, Henrique? — perguntei. — Me chama para um encontro, vai.
Ele gargalhou, colocando as mãos sobre a barriga.
— Eu já passei dessa fase, amor, a gente mora junto — explicou e me mandou um beijo no ar logo após eu girar os olhos para ele.
Leandro reiniciou sua crise de risos. Uma hiena ficaria com inveja.
— Para de rir, Leandro — Marcela disse, apoiando a planta do pé no meio das costas dele enquanto ele fingia que não estava rindo. Eu tenho certeza que ele estava tentando elogiar os pés de Marcela, mas tudo o que saía de sua boca era "belos hihihihihihihihihihihihihi p... hihihihihih pés".
Patético.
— Tá bom, desculpa — ele disse, mas logo começou a rir de novo.
E aí Marcela colocou o outro pé nas costas dele e o estalo que se alastrou foi alto o suficiente para que nem Henrique Francisco, a pessoa mais inconveniente que eu já tinha conhecido em toda a minha vida, ousasse falar alguma coisa.
— Eu já posso raspar meu cabelo e me tornar o professor Xavier? — Lê perguntou enquanto Marcela, com uma expressão vitoriosa no rosto, voltava para o chão.
— Claro, porque é realmente a questão de andar que faz do professor X o professor X, nada a ver com a mente super evoluída ou telepatia — Chicão rolou os olhos, murmurando baixo.
— Levanta daí e me venere, mortal — Marcela disse, oferecendo a mão para Leandro. Algum ser divino colocou bom senso no meu amigo para que ele não aceitasse, porque com certeza os dois acabariam no chão.
Ele deu uns pulinhos e alongou o pescoço, como se estivesse testando o conserto de Marcela exatamente como nós fizemos quando ela lubrificou a porta.
— Caralho, como você fez isso? — perguntou ele, fazendo, de fato, uma reverência para ela. — Chicão, se você topar trocar o Eduardo por ela, eu topo.
Marcela riu e arrumou os ombros da blusa que estava vestindo, que era bem comprida e cobria o short jeans, mas, para felicidade geral da nação, nos presenteava com a visão de suas belas pernas. Ninguém passaria ileso por aquela mulher, eu tenho certeza.
— Segredo de família, Lê — explicou, dando de ombros e sendo propositalmente evasiva. — Mas de nada.
— Quando eu entrar para a sua família você me conta? — perguntou, dando um sorriso tão derretido para ela que até eu fui afetado.
Chicão deu outra cotovelada na minha costela, mas, com sorte, Marcela também saberia remendar ossos.
— Ok, agora que as questões mais importantes estão resolvidas, será que a gente pode voltar para a questão secundária que diz respeito ao projeto que temos que entregar amanhã? — interrompi e Chicão pareceu tão satisfeito quanto Leandro o oposto.
Marcela se sentou novamente do outro lado da mesinha de centro, olhando levemente confusa para os cadernos cheios de contas, rabiscando mais algumas integrais na folha enquanto murmurava consigo mesma sobre onde aquela constante deveria ir parar, aí ela puxou meu Ipad para olhar para a planta que eu esbocei. Suas sobrancelhas estavam bem apertadas e havia um pequeno vinco entre elas.
E aí ela mordeu os lábios enquanto puxava todo o seu cabelo com as mãos e fazia uma espécie de coque que, de alguma forma, parou de pé.
Talvez ela fosse especialista em deixar certas coisas em pé.
Prédios.
Eu estava pensando em prédios.
Caralho, viu.
Peguei a primeira taça de vinho que vi sobre a mesinha e matei o resto da bebida.
— Ei, essa taça era minha — Marcela protestou, erguendo os olhos dos cadernos para mim e se inclinando como se quisesse pegar de volta. Suas bochechas estavam vermelhas e eu sabia que não era por causa do calor, porque o ar condicionado estava ligado em uma temperatura bem agradável.
Afastei a taça com logotipo do Atlético Mineiro do alcance de suas mãos.
— Você não precisa mais disso — ela continuou tentando pegar a taça, mas eu não deixei. — Ei, é sério, Marcela!
Ela pegou uma garrafa e colocou a boca no gargalo, tomando uma quantidade de vinho que fez Leandro assoviar e bater palmas. Chicão estava rindo provavelmente porque adorava que ela não se intimidasse nunca.
Era uma ótima qualidade, claro, mas não quando usada contra mim.
— Eu preciso que você fique sóbria para olhar esse projeto, Marcela, por favor — pedi.
— Já disse que posso construir um prédio até desacordada, Eduardo — explicou, colocando a garrafa perto de onde estava o traseiro de Henrique Francisco, que finalmente se tocou que estava ocupando um espaço precioso ali.
Leandro começou a cantarolar. Era a música do Proerd?
— A gente precisa disso pronto amanhã, Má — expliquei de novo, apertando o único botão do Ipad que estava em suas mãos para que ele reacendesse e ela visse o projeto. — Não vamos deixar todas as mudanças que eu vou odiar para a última hora — ela ergueu as sobrancelhas e eu sorri. — Como vamos matar o planeta hoje?
Marcela não estava olhando para o projeto. Tinha alguma coisa suja no meu queixo?
— Não faz isso, Eduardo — ela disse, sacudindo a cabeça de um lado para o outro e, depois, se arrependendo com uma careta. Não era assim que a nuvem da embriaguez ia embora e ela provavelmente sabia disso.
— Isso o quê? — perguntei. — Tá falando sobre a manta de drenagem ou sobre o sistema de irrigação? Eu sei que não são as opções mais tradicionais, mas são menos poluentes e...
— O projeto está ótimo — ela emendou antes que eu pudesse terminar e, de alguma forma, parecia que ela estava me acusando de alguma coisa. — Estou falando desse sorrisinho. Não faz isso.
Nem precisei olhar para Henrique Francisco para saber que ele estava assistindo aquilo como fazia com a novela das nove - ele jurava que só assistia porque o futebol era logo depois, mas todo mundo sabia que o futebol era só na quarta-feira e que ele seguia Manoel Carlos no instagram.
Claro que eu preparei meu melhor sorriso para ela. Aquele que, segundo meu amigo noveleiro, dizia que eu não era tão bom moço assim. Meio de canto, levemente irônico, mas, sem falta modéstia, fatal.
— O que tem o meu sorriso, Marcela? — quis saber, cruzando os braços sobre o peito.
Ela bufou, impaciente, e imitou meu gesto.
— Está me distraindo, Eduardo — explicou, com os olhos novamente... Na minha boca, eu acho.
Eu ia sair dali com dor no rosto inteiro, mas eu não tiraria aquele sorriso da cara nem se alguém me pagasse para fazer aquilo. Eu tenho princípios.
— Eu não estou fazendo nada, literalmente — eu disse, me defendendo de uma culpa que eu sabia que agora eu tinha, mas antes não. — Não é culpa minha se o meu charme te atinge dessa forma e, sabe, te distrai.
— Não provoca — disse ela, voltando a olhar os cadernos.
— Não estou provocando — repliquei. Eu estava sim e era isso o que deixava tudo ainda mais divertido.
Ela piscou os olhos pesadamente e suspirou, segurando uma caneta com muito mais força do que seria indicado. Quando abriu seus olhos, sinceramente, quem ficou distraído fui eu. Ela apontou a caneta para o meu peito como se fosse uma arma, mas eu só fiquei distraído pelo objeto por um brevíssimo segundo, voltando o olhar para as duas esferas castanhas que pareciam incandescentes àquela altura.
— Está — ela respondeu, mantendo a caneta firme. Leandro e Chicão ainda estavam na sala para testemunhar o assassinato e chorar sobre o meu corpo morto se ela resolvesse me atacar. — Só que quando podia efetivamente ter saído da provocação e ido para ação, você não me beijou.
Vi com a visão periférica Chicão quase matando Leandro sufocado com uma almofada na cara para que ele não interrompesse aquela conversa. Ela estava falando do carro, quando nossas bocas ficaram apenas a alguns milímetros de distância e eu vi o Pirulito Louro na entrada do restaurante.
Eu não fazia ideia que Marcela Noronha tinha ficado pensando sobre esse assunto, pelo menos não o suficiente para que sua versão bêbada jogasse aquilo na minha cara sem qualquer pudor.
— Marcela...
— Não fica se achando, Eduardo, eu não estou caindo no seu charminho — se defendeu, erguendo as mãos em rendição. — Só que me ajudaria a não ficar olhando para a sua boca e imaginando como seria.
Ergui as sobrancelhas.
— E por que você não descobre? — perguntei.
Eu tenho plena convicção que fui que provoquei e que eu literalmente tinha dito para ela descobrir como seria me beijar, mas não esperava que ela fosse subir na mesinha de centro, me puxar pela gola da camisa e juntar nossas bocas naquele exato minuto e com plateia, mas foi exatamente o que ela fez.
Marcela Noronha estava me beijando, voluntariamente, e tudo o que eu consegui fazer no momento do choque foi entreabrir os lábios e deixar que ela colocasse sua língua dentro da minha boca, envolvendo a minha com destreza.
De repente o gosto de vinho já não era tão ruim assim, foi o que eu pensei quando finalmente reagi e posicionei melhor os lábios contra os dela, ajeitando minha postura e movendo minha língua de um jeito que combinava com o que ela estava fazendo.
Marcela podia erguer um prédio mesmo bêbada, eu não duvidava, mas eu tinha certeza que ela podia erguer outras coisas em qualquer circunstância com aquela boca macia, aquele cheiro gostoso de hidratante e álcool e seu beijo tão destro que me fez pensar que o pirulito louro era um filho da puta de muita sorte.
Quando eu fui segurar sua nuca e aprofundar aquilo como deveria ser, no entanto, ela se afastou.
— Não achei nada demais — proferiu, voltando a se sentar como se nada tivesse acontecido.
— O quê? — Chicão e eu perguntamos juntos e, incrivelmente, ele parecia mais ofendido do que eu com a declaração, por isso prosseguiu: — Eu achei demais sim, foi incrível!
— Você já beijou o Eduardo? — ela perguntou direto para o meu amigo, que negou com a cabeça. — Então não opina.
Eu juro que a próxima coisa que Henrique Francisco Gadelha fez foi olhar muito irritado para Marcela e dar um salto do sofá caminhando muito, muito mesmo, decidido na minha direção.
— Cara, não! — eu disse quando ele chegou perto demais e eu quase beijei minha própria barriga de tanto me curvar para dentro. — Henrique Francisco, sai daqui!
— Proerd é o programa... — cantarolou Leandro, apenas assistindo o circo pegar fogo.
Chicão se sentou entre nós dois, como um guru do amor e eu o empurrei da mesinha de centro. Ele não pareceu menos inclinado a defender minha causa nem sabendo que eu tinha deliberadamente o jogado no chão.
— Certo, você me pegou de surpresa — eu disse para Marcela, decididamente inclinado a defender minha própria honra sem beijar mais ninguém ali.
— Você precisa de um aviso? — perguntou, erguendo as sobrancelhas.
— Vocês vão casar! — Chicão berrou.
— A multa vai ser sua — disse Leandro, apenas.
Ergui as sobrancelhas, tombando a cabeça de lado e ignorando meus dois amigos emocionados e bêbados.
— Eu não preciso de um aviso, Marcela — eu disse, meneando a cabeça e passando a minha língua pelo lábio devagar. — Vamos conversar sobre isso quando você me beijar de novo.
— Eu não vou te beijar de novo.
Eu apenas sorri de canto, deixando um "será que não?" implícito naquela conversa, ainda que Chicão tenha berrado um "até parece que não".
Leandro estalou os dedos, esticado no sofá, chamando a atenção de todos. Ele estava todo pomposo ali, na sua melhor pose, com os olhos ferinos e o sorriso estranho com gengiva demais para fora, escorrendo os dedos pelos cabelos loiros em um movimento tão calculado que ele devia ter até desenvolvido alguma fórmula para chegar nas nuances exatas que evidenciavam seus melhores atributos.
Belo bíceps, a propósito.
— Por que você não me beija e testa a qualidade do beijo do Eduardo pela comparação? — perguntou e Marcela ergueu as sobrancelhas. Ele olhou para mim e Chicão. — Meramente com finalidade científica.
— Ah, claro — Chicão rolou os olhos. — E esse cheiro de talaricagem é obra do acaso?
— Não, velho, ela está bêbada — eu disse para Leandro, segurando o braço de Marcela, que parecia muito inclinada a ir até lá e iniciar o teste de comparação. Ela me olhou. — Má, você vai se arrepender disso amanhã.
Ela não pareceu muito convencida.
— Como médico eu preciso dizer que realmente, a probabilidade de você se arrepender de beijar outra pessoa na vida depois do meu Eduzinho é gigante. — Henrique Francisco usando seus seis anos de medicina, senhoras e senhores.
— Você não é ofmot... oftalo... — Marcela desistiu quando notou que sua língua estava embolada demais para aquela palavra. — Médico de olhos?
— É com os olhos que eu enxergo o óbvio, bonitona — explicou, apontando para os olhos de forma despretensiosa.
Leandro se sentou, apoiando os cotovelos nas coxas e se inclinando para frente.
— Eles têm razão, você está bêbada e eu estaria me aproveitando — disse Leandro, sendo sensato. — Você merece se lembrar da primeira vez que me beijar, então que tal a gente marcar algo para um outro dia?
O filho da puta não estava dormindo com a minha irmã?
Marcela deu uma risada e soluçou. Romeu e Getúlio iam ficar muito desapontados em saber que eu tinha deixado a situação chegar àquele ponto, mas, em minha defesa, Marcela quase nunca me ouvia de verdade.
— Você estaria interessado em um cruzeiro de sete dias com a minha família? — perguntou ela, dando um sorriso mole para ele. Mas ela não estava sendo charmosa, só estava bêbada. Quero dizer, charmosa ela era, mas não estava fazendo isso de forma proposital. — É minha única oferta.
Leandro sorriu.
— Se você tem certeza, acho que nosso primeiro beijo seria super romântico em alto mar — disse ele e Marcela pareceu genuinamente surpresa. — Podemos refazer aquela cena de Jack e Rose na proa e tudo, se você quiser.
Henrique Francisco provou que era meu melhor amigo atirando uma almofada na cara dele.
— Você não vai com ela, Leandro, ela quer causar uma boa impressão na família dela e não vai funcionar se você der em cima de todas as pessoas do navio — expliquei.
— Mas todas as pessoas mais velhas me amam! — Leandro se defendeu, colocando as mãos com as palmas para cima como se estivesse fazendo uma prece. — Sua mãe me ama, Eduardo! Me dê um motivo de verdade para eu não ir!
Chicão começou a bater palmas.
— Se você for se declarar, deixa eu pegar meu celular para filmar e esfregar na sua cara que eu te avisei! — ele disse.
Deuses, o que a bebida faz com as pessoas.
Olhei para Leandro.
— Primeiramente, Leandro, porque você está saindo com a minha irmã. Lembra, a beldade de olhos azuis? — perguntei e ele murmurou algo sobre não terem falado de exclusividade ainda, mas eu o interrompi antes que ele terminasse de construir seu argumento: — Além disso, ela não precisa de você.
— Preciso sim! — Marcela disse, pulando em mim para tapar minha boca com a mão.
Não me orgulho em dizer que eu a lambi para que ela me deixasse falar. Ela limpou na minha camisa, é claro.
— Não precisa, Má, porque eu vou com você — ela me olhou tão incrédula que eu acho que até tinha ficado sóbria de novo. Seus lábios se entre abriram em um "o quê?" que não teve força o suficiente para ser verbalizado. — É isso, eu vou com você no cruzeiro. Seu plano deu certo.
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Oiee, tudo bem com vocês?
Primeiramente, para todo mundo que teve segundo turno hoje, já votaram?
Segundamente... MARCELA ESCALOU UMA MESINHA PARA BEIJAR O EDUARDOOOOO
Terceiramente O EDUARDO TOPOU IR PRO CRUZEIRO COM A MARCELA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Qual foi o momento mais emocionante do capítulo na opinião de vocês????
E, como sempre sem defeitos, Chicão e Romeu já estão shippando Mardo faz teeeeempo! Finalmente aconteceu! E agora José????????
Vocês não fazem ideia de como a Gabs e eu surtamos com a construção deste capítulo (foram muitas mensagens e áudios e brainstorms para fazer acontecer do jeitinho que a gente imaginou), então saber que vocês gostaram de ler tanto quanto a gente escrevendo, é maravilhoso.
QUEM QUER CONTINUAR SURTANDO PARA VER O LADO DA MARCELA DA HISTÓRIA MANDA UM SURTO AQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII hahahaha
Obrigada por todo apoio, vocês fazem escrever CEM ser ainda mais incrível do que já é!
Não esqueçam da estrelinha (aff esse cap merece todas as constelações do mundo modéstia a parte hahaha).
Beijinhos
Libriela <3
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