Capítulo 1 - Pela estrada a fora, doce chapeuzinho vermelho.

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⠀⠀ Olá, meus queridos leitores!

໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Hoje lhes trouxe uma fanfic na categoria do sobrenatural, é um enorme prazer estar dando continuidade nesse trabalho que por muito esteve em longa pausa.
𓈒ʿʿ𖧷


໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Um lembrete importante, a cidade citada na história só leva o nome real de uma cidadezinha na indiana/EUA. Porém sua descrição é totalmente fictícia em nada condiz com a realidade. Só usei um nome real apenas para embelezar o texto, lembre-se disso enquanto fazem a leitura.  ໑𓈒ʿʿ𖧷

Reza a lenda que existe em meio a floresta no lado leste da pequena cidade de Fortville uma besta fera ao qual denomino de demônio da mata. Ele é um devorador de humanos. Ainda sobre essa lenda urbana, a besta retira suas energias do sangue humano ao qual ele toma em seu cálice feito do crânio de sua primeira vítima.

Mas certamente isso é apenas uma lenda boba criada pelos primatas para afastar crianças e jovens da floresta, ao qual é escura e gélida em todos os dias do ano.

É como se ali nunca se adentra os raios solares, e quem tem juízo jamais deu passos além dos permitidos, sempre existe um forasteiro intrometido que ignora as placas de sinalização para não ir além.

Ano passado uma criança desapareceu depois de sua bola cair em meio às árvores, por sorte um dia depois ela foi encontrada intacta, e isso reforçou ainda mais minha convicção de que não existe nada além de névoa e folhas secas entre aquelas árvores.

Porém, nem todos acreditam em tal coisa e dizem que o menino foi apenas poupado por que a besta fera não consegue farejar seu cheiro e que dificilmente ele atacaria crianças. Segundo a lenda, ele apenas devora pecadores do qual seus pecados são a fonte de sua juventude.

Não passa de mais uma baboseira criada por gente desocupada, eu estou determinada a mostrar que isso não existe e que consigo passar por entre a floresta e sair viva de lá. Mas Katy e Lucca não estão tão certos disso, querem a todo custo desistir de nosso plano no qual é baseado em acampar neste fim de semana no ponto mais distante.

━ Tudo está pronto, Lucca, você não pode simplesmente me dizer que não irá mais.

Ouço seu bufar do outro lado da linha enquanto insisto para que o mesmo não desista de nossos planos, planos esses que estamos traçando a semanas.

━ Você só pode estar louca, você viu o que sua avó disse sobre aquela garota a dez anos, eu não quero arriscar meu pescoço.

Eu acabo desistindo de Lucca e minha última opção é Katy que perdeu sua animação segundos após minha avó contar sobre Caroline, uma garota de vinte anos que atravessou a floresta em uma noite de lua cheia para encontrar com os amigos depois de um trote da irmandade onde queria fazer parte.

Mas todos sabemos que ela entrou acompanhada naquela mata, ela estava com um homem do qual foi identificado semanas após a sua morte como Taylor Smith, um estuprador local que cumpri hoje pena por vários crimes cometidos no estado do Alabama e pelo assassinato de Carol. Ela era uma garota legal e sempre me dava balas de morango quando passava por minha casa todas as sextas, mas ela tinha um lado obscuro e só conhecemos após seu corpo ter sido encontrado destroçado em meio às árvores, seu rosto, segundo os curiosos, estava com um semblante de pavor e seu abdômen aberto com alguns órgãos faltando. Mas de acordo com a autópsia, segundo meu pai, vulgo médico legista do condado, ela foi abusada sexualmente antes de morrer daquela forma.

E foi assim que chegaram no imbecil do Taylor, aquele velho asqueroso.

Mas agora ele está preso e nossa cidade voltou a ser pacífica, quase não existem crimes violentos por aqui, claro que sempre tem um garoto levado roubando cigarros e bebidas na loja do senhor Willians e algumas garotas fumando seus baseados em algum beco junto de suas amizades nada sadias. Não é nada que torne o local intransitável, na maioria das vezes eles nem notam nossa presença e isso se tornou tão normal que é como se eles tivessem em seus mundos particulares.

━ Então Lee, você está pronta para o melhor fim de semana de sua vida?

Minha mensagem logo é enviada e visualizada pela garota.

━ Você acha mesmo que devemos ir?

Sinto a dúvida transparecer da tela em minhas mãos.

━ Você não quer desistir também, não é!?

━ Não, mas também não sei se quero continuar com esse plano.

━ Katy, por favor.

━ Por que precisa ser lá? Não poderíamos ir ao cinema, acampar no jardim do Lucca ou sei lá.

━ Não, eu quero provar a vocês e a mim mesma que tudo não passa de lendas idiotas.

━ E se não for apenas uma lenda, e se existe algo naquela floresta, algo diabolicamente horrível.

━ Não existe, eu vou provar que não existe nada além dos animais indefesos.

━ Estou com medo, Mery.

━ Não tenha, será uma boa experiência. Lembra? É nossa última aventura antes da faculdade.

Finalmente minha colega entendeu que nada mais é que uma louca aventura das garotas.

[...]

Ao cair sombrio da noite com sua brisa gélida, Katy me olha ao ajustar a mochila em suas costas. Estou coberta sobre minha capa vermelha de veludo, a mesma que usei na minha fantasia de halloween ano passado. Está frio o bastante para ela me ser útil enquanto minha amiga está coberta por um de seus sobretudos preto com botões transparentes da mesma cor.

━ Você poderia ao menos ter escolhido fazer isso em um clima mais acalorado. Sabe o quanto eu odeio ficar no frio!

━ Pare de reclamar, eu trouxe uma cesta com frutas e doces para passarmos a noite enquanto colocamos nossa conversa em dia.

━ Você trouxe torta?

Sua pergunta descarada faz-me rir descontroladamente enquanto seus olhos crescem para o objeto em minha mão.

━ Mamãe nos fez aquela torta de morango, da qual você tanto gosta.

As horas pareciam eternidades ali, nossa fogueira se apagou a pouco mais de meia hora e outra vez voltou a esfriar. Katy resolveu adentrar a barraca e aquecer seu corpo enquanto jogava um de seus jogos infantis no celular, eu por outro lado estava juntando o lixo que produzimos enquanto devoravamos os doces que eu trouxe para nosso jantar desta noite. Quase não sobrou nada para o café da manhã, mas não tinha muita importância, afinal partiremos ao amanhecer.

━ Meredith, você não vai entrar? ━ Katy parecia impaciente com minha demora.

━ Logo após eu juntar seu lixo, boneca.

Ela sempre foi assim, despreocupada com a natureza. Em todas as vezes sempre foi eu e Lucca que fizemos o trabalho por ela.

━ Você não morre ao juntar seu próprio lixo, doce Katy.

━ Não enche, Mery.

━ Garota, olha como você fala.

Ouço ela proferir palavras chulas enquanto abro o saco de lixo.

Estou prestes a juntar a última lata de cerveja quando escuto alguns galhos que se quebram a alguns metros de onde estou, no primeiro momento ignoro tal barulho, acredito que possa ser apenas um servo ou qualquer animal da noite. Não era de se estranhar ter algum desses por ali, estamos bem no ponto mais distante da floresta, dá para se ver que é um local bem visitado por jovens aventureiros como nós, o chão estava limpo e havia sinal de que não há muito tempo alguém esteve ali.

Dou uma última olhada em meu aparelho telefônico antes de continuar juntando os objetos usados e os colocando para o lado de dentro de nossa barraca, quando ouço outra vez aquele barulho, porém desta vez ele estava mais alto o que acabou me assustando, fazendo com que eu desse um salto para trás caindo sentada sobre o solo fofo pelas folhas.

━ Meredith, você está bem? ━ Ouço a voz de Katy ao fundo, era como se eu estivesse distante o suficiente dela para não ser capaz de ouvir o restante de suas palavras.

━ Sim, acho que sim.

━ Saia logo do frio, estou indo dormir ━ resmungou sonolenta.

Posso ouvir seu celular ser desligado e a música do jogo cessou.

Tudo se tornou silencioso nos minutos seguintes, somente o soprar do vento gélido se faz ouvidos. Admito que olhar em volta me trouxe um calafrio do qual jamais senti em toda a minha vida, com a lanterna em minhas mãos sigo caminhando onde a pouco Katy estava, as folhas se quebram abaixo de meus pés ao me deslocar lentamente até o tronco onde minha capa agora se encontra dobrada. Sem demora, a joguei sobre os ombros amarrando seu cordão em volta de meu pescoço e cobri minha cabeça com seu capuz. O clima estava quase congelante nesse horário, decidi sentar sobre o banco improvisado enquanto dou a primeira tragada no cigarro eletrônico que comprei semanas atrás em um site que Lucca me recomendou, ainda estou me acostumando e foi uma forma que encontrei de diminuir meu vício secreto no tabaco.

Dou uma última olhada em volta, a sensação de estar sendo observada ficou ainda mais forte, meus olhos correram de um lado ao outro, e por vezes chamei por Katy que pareceu não ouvir. Uma brisa mais densa se apossou do ambiente fazendo com que algumas folhas voassem de seus galhos indo em direção a nossa barraca e algumas caindo sobre mim, as afastei e voltei minha atenção ao cigarro e ao meu celular.

Abro rapidamente minha câmera com o intuito de mandar para longe aquela sensação estranha.

━ Preciso de uma foto, uma foto para mostrar ao medroso do Lucca que não há nada demais aqui e que ele perdeu uma noite incrível na companhia de duas garotas maravilhosas. ━ Mas antes de bater a foto, ligo minha regi light portátil para iluminar-me em meio a imensidão negra à minha volta e com o cigarro já em meus lábios puxei a fumaça, soltando, em seguida tiro uma foto, depois outra e mais outra, uma dezena delas para ser exata.

Tão breve quanto minhas tragadas no metal são os meus dedos finos e frios que deslizam sobre a tela indo até a galeria abrindo-a rapidamente como um piscar de olhos.

A brisa do vento me atingiu de tal maneira que fez meu capuz cair para trás, fazendo meus fios claros espalharem-se sobre meu rosto, trazendo um leve desconforto para minha visão, os ajeito do modo que consigo enxergar. As fotos ficaram perfeitas, mas algo na quarta e quinta foto chamou minha atenção e não foi do modo bom, algo estava fora do normal, essa fotografia havia ficado diferente das outras, um brilho sombrio estava logo atrás dos meus ombros, entre a fumaça era possível ver um par de olhos azuis.

Me viro rapidamente ainda em choque pelo que estava estampado na tela em minhas mãos, a procura do quer que estivesse logo atrás de mim. Mas para minha surpresa não havia nada, a não ser as árvores balançando seus galhos com a corrente do vento, então volto minha atenção para o objeto entre meus dedos e por longos segundos fecho meus olhos degustando a nicotina fazendo efeito sobre mim.

━ És mesmo uma tola Meredith, o que achou que estaria logo atrás de ti garota, um vampiro. Não, melhor, um lobo. ━ Outra vez aquele calafrio se fez presente, então eu balanço a cabeça jogando o pensamento para longe. ━ Achas mesmo que o lobo mau estava à sua espreita!?

Passo para a próxima foto e outra vez noto algo estranho, mas agora um brilho vermelho borrou a imagem. Meu rosto se tornou distorcido, então, ao puxar o zoom para tentar ver com clareza o que saiu ali, levo um susto caindo para trás.

Lá estão aqueles olhos logo atrás, com alguns fios avermelhados caídos sobre um de seu lóbulo ocular, os dentes são como agulhas e brancos. O lábios está em tom rosado, quando mais o zoom eu puxava, mais perfeita aquela coisa se tornava.

━ Cuidado!

Uma voz rouca sopra em meu ouvido, algo havia evitado minha queda direto ao chão, então apenas fecho meus olhos tentando controlar o tremor em meu corpo que começou a me dominar. Tento me recompor e ao fazer menção de levantar, sinto unhas longas adentrando minha pele causando leve pressão seguida de um ardor.

━ Katy... ━ Sou impedida de gritar outra vez para aquela que a poucos metros dorme serenamente enquanto sabe-se Deus o que está a me segurar.

━ Shiiiiu! Você não vai querer acordar aquela garota. ━ Sua voz sussurrou em meu ouvido, fazendo os pelos do meu braço eriçarem. ━ Enquanto dorme ela está a salvo, mas não posso garantir a mesma segurança se ela acordar.

Neste momento minha boca se fecha em total pavor e ainda com as mãos sobre meus lábios, engulo em seco sentindo minha cabeça rodar algumas vezes antes de finalmente tudo se escurecer.

━ Meredith, venha vamos correr para longe, longe das árvores. ━ Lucca segura em minhas mãos, me puxando para a trilha que leva a saída da floresta.

━ Não! ━ grito de imediato fazendo o garoto parar de repente. ━ Katy, ela ainda está lá, preciso voltar.

━ Ela se foi Mery, você a levou para lá e agora ela se foi e a culpa é sua. ━ TODA SUA! MALDITA SEJAS TU, MEREDITH. 






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⠀⠀ ⠀Informações da Fanfic:

𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.1┆ Sinopse escrita por: @SrtaTaehy
𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.2┆ Betagem feita por: Desvilmenu

𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.3┆ Todos os colaboradores são do blog: naturallyedits


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⠀Considerações finais da autora!

໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Sou extremamente grata a você leitor que chegou até aqui, espero o encontrar em um novo capítulo.
Até breve querido leitor!

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