3 Confusões
Pov Jean
Acordo com Lucas me chamando, naquele momento eu quis bater na cara dele pois senti minha cabeça quase explodindo de tanta dor que eu sentia.
-Jean você não pode passar o dia todo dormindo.
Ele diz balançando meu corpo, eu me viro de bruços tentando voltar a dormir.
-Eu posso e vou, por sua causa eu tô com uma ressaca horrível.
-Por minha causa? Foi eu quem coloquei as bebidas na sua boca?
Ele tinha me entendido, mas tava fazendo aquele joguinho só pra eu querer discutir e acabar levantando.
-Não adianta Lucas, vou continuar dormindo. Independente do que você faça.
Sinto ele se aproximar e subir na cama. Ele começa a beijar minhas costas até chegar em minha nuca.
-Assim também é sacanagem, não pode me chantagear com -me perco em minhas próprias palavras quando sinto começar a me dar um chupão.- com...isso...
-Eu preciso que você acorde pra isso continuar meu amor...
Ele diz com a voz mais baixa, desgramado, ele sabia que eu não resistia quando faz isso. Me viro e ele sorri convencido.
-Agora levanta porque já passou dos meio dia e eu ainda quero almoçar.
Ele diz animado agora em pé, longe de mim. Isso mesmo, ele nem se quer me deu um beijinho pra me animar.
-Quero pelo menos uma aspirina antes de fazer seja lá o que estiver planejando.
Digo me levantando com dificuldade e lá estava eu dolorido de novo. Enquanto o bonito do meu marido apenas ria da situação. Se nossa vida de casados continuasse daquele jeito eu não aguentaria nem andar direito.
-Eu não sei o que dói mais, se é minha cabeça pelo excesso de bebida ou meu quadril por você me fude.
No caso, não era ironicamente.
-Estamos de lua de mel, o que achou que iria acontecer?
Ele me diz achando graça ainda.
-Se no 3° dia dessa viagem eu não andar por sua culpa, eu juro que quebro essa tua cara de pau.
Ele revira os olhos e apenas me entrega uma toalha.
-Tá muito nervosinho querido, eu sei bem como acabar com essa nervosia.
Eu taco uma almofada em sua direção, ele realmente achava engraçado aquilo tudo;
Eu começo o meu banho e logo flashes da noite passam em minha memória... A cena do Titanic... O baile... Nós dois sendo considerados o casal mais romântico da noite...
As bebidas, os beijos, as brincadeiras bobas, o sexo maravilhoso e uma Karen. A porra de uma Karen na minha viagem, como se não bastasse o casal homofóbico, têm também uma maluca que supostamente é uma traficante. Tento parar de pensar nisso e ficar mais tranquilo.
Assim que chegamos no restaurante percebo que ainda estamos em horário de almoço e que quase todas as mesas estão lotadas menos uma em específico. Adivinha qual é? Se disse a mesa da Karen e os homofóbicos você acertou.
-Quer que eu pegue comida pra você?
Lucas pergunta sorrindo, eu acabo aceitando. Não tô com humor pra ficar esperando e muito menos pra ficar pegando fila. Assim que me aproximo da mesa já vejo Agatha em uma situação meio chata.
-Mas uma moça tão bonita como você, sem namorado? Ah para né.
Cleber diz deixando a garota meio sem graça.
-Talvez ela tenha namorada, mas devida a sua ignorância essa ideia nem deve ter passado pela sua mente.
Luna diz em defesa de Agatha, eu fico surpresa por ser ela a tomar as dores.
-Tá chamando meu marido de ignorante? Quem você pensa que é?
Stephanie diz se exaltando, pelo visto ia ter briga de novo. Eu apenas me sento ao lado de Karen que até então se mantinha calada.
-Não briguem por favor. -Agatha diz calmamente- Eu apenas peço para que o senhor não se preocupe com a minha amorosa, afinal ela só diz respeito a mim e a quem eu escolher. Independente de ser homem ou mulher.
Ela diz tranquilamente, mas aquilo tinha sido uma tirada e tanto.
-Nossa não precisa ser grossa também. Sabe o que é isso? Falta de sexo, mulher mal comida é um pé no saco.
Ao ouvir aquilo Agatha apenas revira os olhos e saí. Sabe aquele ditado que diz: a ignorância é uma benção! Então... Acho que esse cara leva a sério demais isso.
-Então é por isso que sua mulher é insuportável?
Karen pergunta afrontosa.
-O que você disse vadia?
Eita, acho que agora ela tocou na ferida.
-Disse que você não dá conta do recado e ainda fica tentando pegar mulher.
-Olha aqui sua vag...
Ela o interrompe.
-Olha aqui você! Não era você que tava dizendo que íamos pro inferno? Até onde eu sei seu Deus não aprova a infelicidade não.
Ele parece ficar sem argumentos, mas quando eu achei que a briga ia acabar Stephanie entra em defesa do marido.
-Não fala sobre o que não sabe garota, eu e meu marido estamos casados a anos e temos uma família que você nunca vai poder ter.
Ela não disse isso? Eu ouço Karen rir.
-Se isso era pra ser uma ofensa tenho que dizer que falhou miseravelmente. Se a família que você diz que nunca terei consiste em um marido ignorante, traíra que não é capaz de respeitar a própria mulher... - Karen ri mais um pouco- eu agradeço por não ter uma família assim.
Eu tava passado com o barraco, dessa vez não precisou nem de agressão pra ela machucar os dois.
-Eu como homem tenho necessidades e minha esposa entende isso. Então não venha querer se meter no casamento alheio.
O céus. Dessa vez eu não aguento e começo a rir assim como Karen e Luna.
-Você ouviu cara?
Ela me pergunta tentando parar de rir.
-É muita cara de pau mesmo...
Digo e o casal a nossa frente nós olha com cara de bravos.
-Que foi viadinho? Tá vendo algum palhaço aqui?
Agora as agressões vieram diretamente pra mim.
-Não, apesar de achar que você têm vocação para o papel.
Nesse momento vejo ele começar a ficar ainda mais bravo.
-Só achei engraçado você dizer pra ela -aponto para Karen- não se meter no relacionamento alheio, quando na verdade quem tava se metendo era você e a sua mulher.
-Vai se fuder, você não passa de um viadinho de merda que tá tentando fazer papel de mulher.
Stephanie diz pra mim, e eu achando que o ignorante era só ele.
-Eu não quero fazer papel de mulher, eu sou muito feliz com o pau que tenho no meio das pernas. Mas o fato de você pensar que ser gay é querer ser mulher só comprova o quanto você e seu marido combinam.
Ela fica confusa e então Karen completa pra mim.
-Ele quis dizer que vocês são dois ignorantes querida.
Ela sorri para os dois, mas claro que nem com isso eles calam a boca. Lá estava eles falando merda novamente, quando meu querido marido chega com nossas comidas.
-O que tá acontecendo?
Lucas pergunta se sentando ao meu lado.
-Eles estão discutindo comigo e Karen.
-Você e uma Karen no mesmo time? Nunca achei que ouviria essa frase.
Ele diz sorrindo e eu sorrio também. Mas logo somos interrompidos com uma ofensa direta.
-Mas aos olhos de Deus, vocês gays e lésbicas nunca vão poder ser uma família de verdade!
Eu e Karen já íamos responder quando meu marido toma a frente da discussão.
-O quão triste é a vida de vocês dois pra querer tanto render uma discussão sobre o amor de duas pessoas? Deve ser muito já que nos não interferimos na vida de vocês, mas se importam tanto com a gente. -Eles param de falar, mas Lucas continua- Se com uma família de "verdade" você quer dizer filhos, eu tenho a felicidade de lhes dizer que isso é possível. Não é tão fácil, mas é possível. Agora eu vou dar um conselho pra vocês -Lucas sorri gentilmente-, se fazem tanta questão de frisar a importância da palavra de Deus, pelo menos deveria tentar seguir os seus mandamentos ao invés de ficar espalhando o seu ódio e ficar se escondendo atrás da palavra dele.
Depois disso os dois saíram, não renderam mais, nem se quer nós olharam, apenas se levantaram e saíram.
-Devo te dar parabéns?
Pergunto me aproximando e beijando sua bochecha.
-Acho que poderia me dar mais que isso.
Ele diz baixinho perto da minha orelha.
-Vou pensar no seu caso.
Digo e ele sorri, nós finalmente começamos almoçar, agora sem brigas.
Pov Narrador
Depois de um almoço um tanto quanto perturbado, eles chegam em Portugal e Agatha vai ir mostrar o lugar pra eles.
Pov Luba
Quando descemos do navio, percebi que todos estavão com a cara meio fachada. Acho que foi por causa do almoço, então decido fazer um comentário para descontrair.
- Uau não sabia que aqui tava tão quente.
Digo subindo um pouco as calças.
- Nessa época do ano as temperaturas são um pouquinho exageradas.
Diz Agatha rindo.
- Acho que deve ser teu fogo no cu que tá tão aceso.
Diz Cleber cochichando para Stephanie, não pude deixar de ouvir mas fiquei quieto para evitar conflitos.
Olho para Jean que estava meio quieto e percebo que ele estava... Gravando? Não pude acreditar no que estava vendo então fui em sua direção.
- Môh a gente acabou de chegar e você já vai gravar?
- É só um stories avisando que chegamos bem.
Diz ele com um lindo sorriso no rosto.
- Hmm tá bom então, mas vai logo porque a Agatha já tá chamando a gente.
Pov Jean
Depois dela ter mostrado alguns lugares e contado histórias pra gente, ela diz pra irmos dar uma volta por aquela região, e que quando batesse 15:30, era pra voltarmos ao um ponto para continuar a excursão.
- Bem Lubinha, agora é nosso momento.
Começo a gravar um stories avisando que estavamos indo para shopping (Shopping Centro Vasco de Gama) para virem nós encontar.
- Será que a gente pode se perder?
- Se nos perdemos pelo menos não ficaremos sozinhos.
Falo isso olhando para trás, percebendo que Karen e Luna estavam indo para o mesmo shopping que a gente.
- Gente o caminho de vocês para o shopping tá pedindo pra virar para esquerda ou direita? Porque o meu tá dando para esquerda.
Diz Karen vindo em nossa direção.
- Ué mas o nosso está pedindo para virar a próxima direi...
Quando ia terminar de responder, tropeço numa pedra eu vou de boca no chão.
- Nossa senhora Jean Luca.
Diz Luba quase rindo e me levando pelo braço.
- Aí meu Deus seu queixo está sangrando.
Diz Luna vindo ver como estava a situação do meu queixo.
- Vai ter que lavar isso se não infecciona, ta bem feio.
Diz ela com uma cara de preocupada.
- Luba pode ir em uma farmácia e comprar uns curativos e merthiolate?
Diz ela a Luba que apenas acena com a cabeça. Tava meio difícil falar alguma coisa pois estava doendo muito.
- Luna como está o machuca...
- Shiu shiu, é melhor você não falar pra não pingar tanto.
Diz ela me interrompendo.
- Nossa Luna eu não sabia que você sabia lidar com coisas assim.
Diz Karen.
- Minha mãe é enfermeira esqueceu? Aproveitando que você tá aqui pega um papel daquela mesa ali por favor.
Disse Luna me lavando para sentar em uma cadeira, acho que estavamos em uma padaria ou alguma coisa do tipo. Já eram 15:04 e nem tínhamos chegado no shopping.
- Jean coloca esse papel em baixo do queixo mas não em cima da ferida.
Nossa acho que nunca vi a Luna tão séria que nem ela tá agora.
- Achei uma farmácia e comprei as coisas, o único problema é que não tinha merthiolate que não arde.
A única coisa que consegui fazer foi arregalar os olhos e olhar pra cara dele.
- Não tem problema, da aqui.
Como não tem problema? MEU QUEIXO VAI CAIR!
- Então Jean vamos ter que fazer a moda antiga, fecha os olhos e respira vou contar até 3... Porque isso vai doer pra cacete.
Só de ouvir aquilo já tava quase chorando.
- 1... 2...
No dois ela despejou todo o merthiolate no meu queixo. Nesse momento comecei a chorar igual criança. Até Luba e Karen fizeram uma expressão de dor.
- PUTA QUE PARIU ISSO TA ARDENDO MUITO!
Disse isso com muita dificuldade e chorando. Aquela cena devia estar muito engraçada, um adulto chorando igual criança com um papelzinho em baixo do queixo.
- 1... 2... 3...
Luna tinha despejado pela segunda vez o merthiolate no meu queixo, e eu só continuei chorando mais ainda. Karen e Luba tinham até olhado pra trás, acho que a situação não tava muito boa.
- Vou enxugar um pouquinho para fazer o curativo viu.
Então ela pegou outro papel deu uma enxugadinha e fez o curativo.
- Como tá se sentindo Jean?
Disseram Luba e Karen.
- Com a cara inchada.
Fui para a pia da padaria que tinha um espelho.
- Nossa parece que eu tomei um tiro.
Digo olhando o tamanho do curativo.
- Verdade, foi de boca no chão ein.
Diz Luba rindo e eu apenas reviro os olhos.
- Nossa já são 15:19. Karen olhando um relógio.
Nesse momento eu e Luba olhamos um para a cara do outro, e fomos chamar um Uber pra levar a gente no Shopping.
Chegando lá encontramos vários fãs, que fizeram diversas perguntas e claramente algumas delas era sobre meu queixo. Tiramos fotos conversamos e tivemos que ir em bora para continuar o passeio.
- Poxa foi tão rápido né.
Digo a Luba.
- Foi mas pelo menos a gente conheceu eles.
Quando estávamos perto de chegar no navio paramos para comer alguma coisa.
Pov Narrador
Jean e Luba retornam para seus quartos, e permanecem conversando deitados na cama, apoiando suas costas nos travesseiros.
-Tá melhor o queixo?
Lucas pergunta preocupado.
-Tá sim. Agora tudo que a gente têm que se preocupar é com a viagem.
- É tudo tão bonito aqui! Vey eu tô amando essa viagem, com certeza será inesquecível!
Disse Luba colocando o braço atrás do pescoço do Jean e apoiando sua mão no ombro do mesmo.
- Você tem razão, esse é um dos melhores momentos da minha vida!
Jean responde Lucas e apoia levemente sua cabeça no peito de seu marido. Nem mesmo o corte no queixo desanimava Jean.
- Eu posso te falar uma coisa?
Lucas fala, mas parece que as palavras ditas haviam escapado.
- Claro que pode.
Jean responde, ele estava levemente incomodado, será que Lucas também viu alguma coisa sobre Karen!?
- Eu não sei, mas parece que você tá mais quieto do que o normal... sabe... você fala pra caramba.
Ele diz dando uma leve risada.
- Ei, eu não falo tanto assim! E outra coisa eu não tô tão quieto, só tô meio cansado sabe...
- Sabe o que vai te deixar menos cansado!?
- Hum?
- Um vinho, e seria melhor ainda se você buscasse ele para nós!
- Eu achei que era outra coisa, mas sorte tua que minha ressaca já passou e eu tô de bom humor!
Jean diz se levantando.
Pov Luba
Assim que Jean saí eu saio e fico apenas apreciando a vista, realmente parece que estou em um sonho...O melhor que eu tive em toda minha vida.
-É lindo não é?
Agatha comenta parando ao meu lado olhando o horizonte.
-Realmente, não imagino como é poder acordar com uma vista dessa todo dia.
-Eu particularmente sou apaixonada desde criança.
Ela diz sorrindo.
-Sempre morou perto do mar?
-Sim desde criança, eu sempre amei isso aqui.
Ela aponta para a vista e o navio.
-Nunca pensou em viver longe do mar? Conhecer mais o mundo?
Vejo ela abrir um grande sorriso e rir.
-Viver longe do mar não, mas conhecer o mundo sim, foi por isso que quis trabalhar aqui.
Logo percebo que o trabalho dela já permitia ela conhecer o mundo.
-Conseguiu juntar suas paixões, não são todos que conseguem.
Digo sorrindo, ao contrário dela eu demorei muito pra conseguir juntar as minhas.
-Quase todas...
Quando eu ia perguntar a que faltava ouço alguém gritando e logo em seguida sinto meu corpo sendo puxado.
POW
Ouço o barulho de um carrinho batendo onde eu estava, a comida que estava até saindo fumaça de tão quente voa em direção ao mar. Percebo que meu corpo está colado ao de alguém, então percebo a situação. Agatha me puxou para que não fosse atropelado pelo carrinho, o que deixou nós dois a centímetros de distância. Tento controlar minha respiração, tudo aconteceu tão rápido que nem percebi que avia prendido o ar.
-Desculpa eu vi o carrinho e minha única reação foi te puxar mas pensando agora eu poderia ter te empurrado né.
Ela fala tudo tão rápido, acho que nem para respirar ela pausou.
-Tudo bem, afinal você me salvou.
Sorrio e começo a me afastar, mas ela ainda me segurava.
-Teria como você...
Nem preciso terminar a frase pois ela logo me solta e começa a ganhar um tom vermelho nas bochechas.
-Desculpa, é melhor eu já ir andando, até mais.
Ela nem espera uma resposta pois logo já estava correndo pra bem longe de mim. Pra mim aquela cena tinha sido até engraçada, mas se não fosse por ela provavelmente eu estaria com queimaduras ou até poderia ter caído no mar. Mas por sorte tudo acabou bem.
Pov Jean
Quem diria? Quando conheci Lucas havia acabado de sair de um relacionamento, e nunca imaginei que ele poderia ser o amor da minha vida, que hoje eu estaria aqui com uma aliança em minha mão indo buscar um vinho! Como a minha vida vira de ponta cabeça tão rápido?
Penso enquanto caminho em direção ao bar, quando chego lá, faço o meu pedido, que foi bem caro inclusive. Quem que paga 1.200 reais em um vinho branco?
-Moça, você tem um vinho mais barato?
Pergunto esperançoso.
- Infelizmente não, esse é o mais barato que temos.
Como assim mais barato? Gente quem que paga tanto nisso?
-Tá, mais você tem uma bebida mais barata?
Algo que dê para eu pagar?
- Ah sim, nós temos champanhe, serviria para o senhor? Ele custa só 80 reais.
- Tá pode ser.
Pelo menos já comemoro o ano novo -murmuro-
Pego a champanhe e saio do bar, Um pouco antes de virar para o corredor dos quartos, ouço Karen e Luna brigando.
Acredite eu não queria ouvir mas não tive muita escolha... Digamos que elas estavam sendo pouco discretas.
- Sabe que odeio quando você faz isso, já te disse mais de mil vezes.
A voz de Karen praticamente ecoa pelo corredor.
-Eu juro amor, eu não fiz nada...
A voz embargada de Luna se faz presente, ela estava com voz de choro.
-Não fez? Tá me achando com cara de idiota. Eu sei bem como você seduz vagabunda, sei como você não vale nem a blusa que usa.
-A-amor...para de me apertar, tá me machucando...
Naquele momento eu cogito em tentar ajudar Luna, mas o medo me vence e eu nem se quer consigo me mexer.
-Agora você fala né sua puta!
Karen grita, ouço o barulho de alguma coisa quebrando.
-Você têm sorte de ser minha mulher. Lembre que é só minha e de mais ninguém, tá me entendendo?
-Si-si-sim...
Ouço a voz bem mais baixa de Luna.
- Não chora, você sabe que eu ainda estou sendo bondosa com você. E que se eu não te amasse, você já estaria a sete palmos do chão.
-Eu sei...
-É bom mesmo que saiba, agora limpa essa bagunça.
Contínuo ouvindo o choro de Luna.
- Chega, não quero ouvir essa choradeira, preciso de um ar fresco.
Vejo ela virando o corredor e me escondo atrás de um pilar, como ia explicar para ela que ouvi tudo. Mas o que realmente chama minha atenção é que ela foi em outra direção, já que a área externa fica em outra saída.
Decido apenas ignorar meu lado racional, e sigo minha intuição. Vou mantendo distância de Karen, mas consigo acompanhar seus passos.
Quanto mais andamos, mais curioso fico. Percebo que fomos parar no armazém de comidas do navio. Entro rapidamente para que ela não perceba minha presença, E adivinha... Minha intuição estava certa!
- Sr. Gomez, é uma honra ver o senhor novamente...
A Karen diz como assim ver o senhor novamente!? QUE PORRA TA ACONTECENDO!!!!????
- Na verdade, a honra é minha de estar conversando com uma das maiores gerentes do tráfico do Brasil. QUEEEEEE! NÃO EU NÃO OUVI CERTO!!!! Fico tão surpreso que vou para trás e esbarro em alguma coisa
-Merda!
Falo murmurando.
- Tem mais alguém aqui!?
O Sr. Gomez, eu acho, fala.
Resolvo sair antes que eles me encontrassem. MEU DEUS era tudo o que eu precisava agora, sério uma traficante!
Eu não vou conseguir não fazer nada, eu preciso investigar, mesmo que isso acabe com minha lua de mel. E eu já sei quem pode me ajudar...
Continua...
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