⇝ CAPÍTULO 11: Criaturas mágicas
Muitos alunos não gostavam desta matéria, outros tinham preguiça e achavam desnecessário o estudo sobre criaturas que habitavam Valerian. Oliver, por sua vez, contava os minutos para a mesma, pois esta era a matéria na qual ele mais tinha conhecimento, pois havia passado mais de uma década nas florestas com os Selvagens. Conhecia muitas criaturas, assustadoras, dóceis ou inofensivas.
Ele passou aquela noite lendo o robusto livro castanho de Zotz Boer. No centro, havia uma gravura de um olho animalesco e amarelado. Atrás, uma dedicatória do escritor.
"Para aqueles que amam tanto as criaturas fantásticas como eu."
Boer foi um grande estudioso desta área, formado na própria Academia da Água, concluiu os estudos e rumou numa viagem épica por Valerian, no qual conviveu cerca de treze anos nas selvas.
Catalogou cerca de cento e sessenta e seis criaturas e tantas espécies diferentes e curiosas que abalariam qualquer um à época.
Escreveu outros três livros, mas que não fizeram tamanho sucesso. No auge de sua idade, quando estava de volta à Academia para lecionar sobre Criaturas, quebrou suas duas pernas, e distante das salas de aula, decidiu com o auxílio de uma funcionária – que mais tarde seria sua esposa, anotar tudo aquilo que havia visto, estudado e compreendido.
Foram cinco anos construindo o livro que seria apelidado anos mais tarde como a Bíblia das Selvas, tendo aproximadamente quinhentas e quarenta páginas. Pesquisas em suas próprias anotações ajudaram sua mente brilhante, que puderam compilar o maior acervo da história.
Sua esposa foi responsável por algumas ilustrações na primeira versão do livro, e anos mais tarde, muitos outros professores ilustraram o restante.
Zotz Boer morreu em casa, e até hoje é considerado o maior estudioso do assunto na história de Valerian. O livro, inclusive é utilizado no Reino da Terra e por três anos foi distribuído nas Academias do Fogo.
E agora você entende porque Oliver se sentia tão bem com aquela matéria e livro, pois muitas dessas criaturas, ele já havia conhecido. Principalmente as noturnas, pois o mesmo tinha enorme dificuldade em dormir nas noites selvagens.
Caiu no sono quando já se passava das uma da manhã, e seu pai e sua mãe ainda estavam na sala trocando palavras sobre aquele assunto da reunião passada.
Oliver acordou na manhã seguinte com sons oriundos de sua janela, e quando se inclinou na cama para ver, viu que Ikki estava batendo com suas pequenas garras e subindo pela mureta vizinha.
A criatura pulou para dentro como uma gazela, e grunhia comicamente com sua boca aberta e seus poucos dentes a mostra.
Eskkad e Luna abriram a porta bruscamente para ver o que estava havendo, e se depararam com Ikki saltitando por entre os móveis e sacolejando suas orelhas enormes. Agora, os três trocavam risos entre si, e Oliver saiu de sua cama em seguida.
Oliver havia tomado banho brevemente, e Ikki o esperava na porta do banheiro, emitindo os mesmos sons engraçados de outrora.
A mesa estava servida, e Eskkad e Luna já iniciavam seu café. Havia pães com presunto e três ovos cozidos para cada.
Oliver sentou-se a frente da janela, o que lhe caia a luz a do sol calmamente. Ikki agarrou-se a sua perna esquerda, e mordiscava a parte inferior da calça.
A criatura foi erguida por seu dono e posta sob seu ombro, do jeito que o mesmo gostava, e Oliver dividiu algumas fatias de seu café com o pequeno esverdeado, que enquanto comia, gritava de felicidade.
Eskkad se pôs a limpar e organizar a mesa e a cozinha, o que colocou um sorriso no rosto de sua esposa, que teve o resto do tempo livre.
Depois, o ex-soldado se despediu de sua família, dizendo que iria atrás de Virgo, mas sem saber que ele não estava no Reino, e Oliver, que sabia, havia se esquecido de avisar, e Eskkad saiu à toa.
Oliver ainda tinha uma hora e alguns minutos para ficar em casa antes de sair para a aula, e sentou-se na poltrona lendo algumas páginas aleatórias do livro de Zotz Boer mais uma vez, o que, de cara, alegrou sua mãe, pois Luna era pesquisadora de criaturas quando pertencia ao Reino do Fogo, e também responsável pela montaria do exército.
Ela se sentou sorridente ao seu lado, e colocou Ikki em seu colo.
— Você não pode me decepcionar. – disse enquanto coçava a cabeça do pequeno.
— Por que? Eu tenho me esforçado na Academia, mãe.
— Não seja bobo. – e riu, apertando o nariz de seu filho, como se Oliver ainda tivesse oito anos. — Eu era uma das melhores na arte das criaturas e no trato das mesmas.
Oliver se sentou inclinado e interessado.
— Conte-me mais.
— Eu fiz expedições com grupos de pesquisa. – respondeu. — Quatro vezes, para ser exata. Fiz a introdução de três livros sobre espécies raras para o Fogo, mas provavelmente já saíram de mão.
Os olhos de Oliver brilhavam enquanto ouvia sua mãe falar e gesticular alegremente, um dos momentos únicos entre mãe e filho.
— Isso é incrível. Onde eu posso lê-los?
— É impossível. – desanimando Oliver, mas que continuou sorridente.
— Me parece perigoso sair assim, para conhecer e estudas criaturas. Não tinha medo?
— É claro que não. Mas sua avó odiava, dizia que eu voltaria para casa cheia de mordida de mosquitos. E ela teria que cuidar das feridas e passar repelentes.
— Ainda bem que eram só de mosquitos. – disse as gargalhadas Oliver, que encolheu as pernas e voltou a olhar para sua mãe. — E a vovó, como ela era?
A conversa foi interrompida. A porta se abriu, e Eskkad entrou.
— Não o encontrei em lugar algum. Acredita? Como pode ele sumir assim.
Oliver, se prontificou a pedir desculpas e explicar que o professor havia saído com o inspetor em dias anteriores e pelo visto, não havia voltado.
Eskkad entendeu, deu um beijo em sua esposa e um peteleco em Ikki e Oliver, e saiu novamente. Desta vez, contrariado, pois sabia que algo estava acontecendo. Virgo jamais sairia por motivo tolo, e muito menos acompanhado de uma pessoa com pouca amizade ou relação. Algo havia acontecido e de grande importância.
Luna mudou de assunto sobre sua mãe, e Oliver logo esqueceu, se levantando e deixando Ikki com a matriarca.
Vestiu-se rapidamente, e se despediu de sua mãe, mas Ikki grunhia com as patas pequenas abertas, balanceando em direção a Oliver. Queria ir junto.
Sua mãe se retirou, e deixou que Oliver se despedisse prontamente de Ikki, mas o primeiro, sem saber o que fazer com a criatura verde, o colocou dentro da mochila e a deixou semiaberta para que o mesmo respirasse. Por favor não coma os livros.
E assim, saiu cautelosamente pela porta, olhando para um lado e para o outro. Sabia agora seu trajeto de cor para a Academia, e sob um sol fraco que brilhava acima, se pôs a ir às aulas.
Os alunos neste dia esperavam encontrar Salazar na porta, ordenando que todos entrassem educadamente ou que não corressem pelos corredores, mas o que viram foi um homem rude e que vestia trajes metálicos, um soldado da Água trabalhando no lugar de Salazar.
Grosso e estúpido, gritando para com os alunos e alunas, mantendo a ordem e o respeito, de todo modo.
Do lado de dentro, havia um bilhete pregado à parede próxima ao quadro de professores, explicando sobre a ausência de Salazar e Virgo, além, claro, de que Godric estava responsável por algumas aulas de Ataque e Defesa neste meio tempo.
Oliver se esgueirou, passou por alunos de outras turmas disfarçadamente, e entrou sutilmente em sua sala, na qual já estava recheada de alguns alunos.
Sentou-se na carteira de sempre, ao lado, claro de Mya, que esperava pelo professor.
Os restantes dos alunos entraram e em seguida, um homem branco, com uma veste cumprida bege ficou de pé perante a classe. Havia um cinto enorme nas suas roupas, mas o que chamava atenção, era que um Castor o acompanhava.
— Muito bem, meus queridos. Vocês já devem saber do que esta aula se trata. – disse. — Me chamo Furmalor, e este, bem, este é Adones, um grande amigo. – apontando para o animal ao seu lado.
Seu nariz cumprido também se destacava em sua aparência. Carregava consigo duas gaiolas, tampadas por panos. Impossível de se ver a parte interna.
— Vamos para um espaço livre. Próximo a estufa, por favor. Levem seus livros, penas e tintas.
Oliver sequer sabia da existência de uma estufa na Academia, mas tratou de seguir os companheiros de turma.
Antes de deixar sua mochila, pensou muito, mas não podia levar Ikki consigo, e por isso deixou sua mochila na sala, torcendo para que a criatura não saísse.
O professor os guiava, carregava suas gaiolas e Adones carregava um livro e um pergaminho com anotações pertencentes ao professor, cada objeto em abaixo de duas de suas patas.
Furmalor prosseguiu com os alunos por corredores revestidos e cobertos por quadros de alunos famosos, dobrou uma sala vazia e subiu uma escada espiralada.
Os alunos se entreolhavam, pois o lugar nunca chegava.
— Sabe onde fica a estufa? – sussurrou Oliver no ouvido de um garoto de cabelos loiros e espetados.
— Fica ao fundo, bem na parte traseira da Academia. O espaço livre fica logo antes.
O professor e Adones desceram agora uma escada de madeira, e passaram por um longo corredor escuro, desembocando num campo aberto, havia laterais fechadas por pedras, todas milimetricamente feitas. No centro, apenas um espaço vazio de terra. Bem à sua direita e a uma relativa distância, enxergava-se a estufa, provavelmente utilizada em outros momentos.
Atrás, era visível ainda enxergar casas e construções do Reino e claro, a própria muralha que cercava a Água.
Furmalor saltou sobre as pedras, e ficou de pé no meio.
— Obrigado, Adones. – e o animal parecia sorrir para ele. O castor agora se sentou nas pedras atrás do professor, como se fosse acompanhar a aula por trás.
Os restantes dos alunos repetiram o animal, e se sentaram nas pedras, mas não chegavam a fechar o círculo, pois não havia tantos alunos assim.
— Alguns de vocês possuem animais em casa?
Muitos deles afirmaram, outros não. Oliver ficou em silêncio ao lado de Mya, que fazia parte dos alunos que supostamente possuíam algum animal em casa.
— Muito bem. Os que não possuem, acredito que já tiveram contato com algum. Pelo menos isso.
A visão daquele local de aula era muito prazerosa. O céu estava bonito, e não fazia calor, obviamente. Longe também do frio, ainda uma brisa gostosa dançava sobre os alunos, que acompanhava as falas e mais falas do professor, que agora olhava cada um dos alunos e abria seu livro.
— Por favor, coloquem na página dezenove.
A página tratava sobre serpentes. Curioso. A mascote do Reino da Água.
— Algum de vocês sabe me responder qual espécie está presente em nossa bandeira?
Uma aluna ruiva, com poucas sardas e de olhos frívolos se pôs a responder.
— O senhor se refere a espécie atual?
— A senhorita é boa. – disse com um sorriso no rosto. — Para quem não sabe, a espécie originalmente retratada em nossa bandeira era uma cobra-de-água-viperina, mas com o passar dos tempos, Ministros e Reis decidiram alterá-la.
— Algum motivo especial? – perguntou Oliver.
— Simples. Precisavam de uma espécie mais poderosa, perigosa e mais amedrontadora. – seu sorriso maléfico chegou a assustar os alunos. — A atual sequer é uma cobra aquática, mas foi escolhida apenas por motivo de respeito e autoridade.
A classe parecia mais interessada agora, e o professor aproveitou o momento para continuar a falar sobre.
— Napita. – disse em alto e bom som. — Napita Negra. Essa é a espécie que temos hoje.
— E ela é tão poderosa assim? – perguntou Mya.
— Se ela é poderosa? Ela é mais terrível de todas as espécies comuns. A Napita Negra é uma predadora assassina. Seu veneno é altamente neurotóxico. Suas irmãs são Napita Escarlate e Napita Cobalto. Mais fracas que a nossa mascote, mas corra se a verem.
O aluno louro de outrora, ergueu seu braço, chamando a atenção do professor.
— Se o objetivo é colocar medo, por que não utilizamos o Basilisco?
Os alunos sentiram calafrios, e olharam entre si. O professor pensou antes de responder.
— Por que o Basilisco não é uma cobra normal. – disse com a voz profunda. — É um monstro. A aula está encerrada. - Furmalor deu por fim antes do horário previsto e sequer mostrou aos alunos o que havia em suas duas gaiolas.
A turma foi dispensada, e Oliver não parava de pensar se Ikki havia aguentado todo o tempo na mochila. Desvencilhou-se e fez o contorno e trajeto novamente. Correndo por entre os alunos sem que autoridades vissem, correndo como nunca, até chegar à sala de aula novamente.
Quando abriu a mochila, olhou cautelosamente, e não havia nada mais. Jogou seus livros dentro, e começou a caçada. Passando sala a sala, corredor a corredor, olhando por baixo dos bancos, cadeiras, mesas e tudo mais. Não encontrou em lugar algum, e agora teria de parar as buscas, pois outras turmas chegavam e professores e Godric já estavam caminhando livremente por dentro da Academia.
Desesperado e sem saber o que fazer, resolveu voltar para casa. O trajeto inteiro olhando para todos os lados, mas evitava perguntar a vizinhos e mercadores se haviam visto algo.
Luna dormia em seu quarto quando Oliver chegou, e Eskkad cochilava frente à lareira. Jogou mochila e o material restante na cama de seu quarto, e nas pontas dos pés, deu a se retirar novamente.
Oliver vasculhou cada canto que conhecia e até mesmo o que não conhecia, entrando em becos e passando por pessoas que pareciam desagradáveis aos seus olhos.
Já havia se passado algumas horas, era meio de tarde, e o sol se despedia acima.
Até que, decidiu permanecer por mais um tempo, e dirigiu-se até uma das praças do Reino. Chafariz e outras fontes de água ornamentadas e em formas de serpente se erguiam, e círculos de concreto ao redor, além, claro, de bancos de madeira, onde muitos cidadãos sentavam-se.
No jardim que ficava acima da praça, Oliver encontrou Mya, sentada num dos bancos. Estava de costas, e ele a tocou nos ombros.
— Boa tarde, senhorita. – diz Oliver, sarcástico.
E quando ela se virou, viu que segurava Ikki, que de imediato saltou para seu colo, aos gritos e risadas finas, e Mya ficou sem entender.
— Ele é meu. – contou, e Mya entrou em parafusos.
— Tem certeza? Encontrei-o chorando perto da Academia e o trouxe para cá. – relatou Mya. — Aliás, você sabe o que é um Yki Yki? Sabe o que comem, bebem, gostam de fazer e outras coisas?
Oliver se inclinou para trás. Que tagarela.
— Mya, é só uma criatura da floresta. Não é uma bebê recém-nascido.
— Tem razão. – disse em voz baixa.
Acanhada, Mya se sentiu mais desconfortável quando Oliver sentou-se ao seu lado, e ambos conversaram por um tempo, e o jovem pôde explicar à ela algumas coisas sobre como conheceu Ikki – inclusive contando sobre seu nome pouco criativo.
Contanto, Oliver mudou trechos da história, pois claro, não contaria que viveu com Selvagens por anos, e encontrou Ikki na viagem ao Reino da Água.
— Sabe me dizer por que houve tanto silêncio quando o tal Basilisco foi citado na aula hoje cedo?
— Você realmente não sabe nada, não é mesmo? – e Mya debochou, com um sorriso amarelo.
Bem, Oliver conhecia muitas criaturas e seus costumes, mas o Basilisco entre outras, estão longe de serem criaturas normais.
— Talvez você possa me ajudar.
— Vai, você pelo menos sabe o que o Basilisco se trata de uma cobra?
E aqueles que em semanas atrás, pareciam se odiar, agora conversavam sentados no jardim, próximo a praça e aos chafarizes, e o pouco sol que restava, refletia nas águas límpidas a frente deles.
Mya parecia saber detalhadamente sobre o Basilisco, e explicitou muito bem as histórias relatadas.
— O Basilisco é a Cobra-Rei, ou a Cobra Mestre. Relatos dizem que elas poderiam entrar na mente de homens fracos, torturá-los com sua voz aterrorizante. - comentou enquanto reparava em Oliver. — Era uma cobra gigantesca, colossal.
— Mas ele ainda vive? – o tom curioso na sua voz deixava a conversa ainda mais interessante.
— Ele nunca mais foi visto depois da grande batalha.
— Que grande batalha?
— Ora, a história diz que o Basilisco e seu exército de serpentes guerrearam com a Aracligna. – explicou, e Oliver parecia estático e fixado em Mya, enquanto recebia uma aula como essa. — Tudo bem, você não conhece, mas a Aracligna é a Aranha-Rainha, a Mãe de Todas.
— E quem venceu?
— As Aranhas venceram, e expulsaram as serpentes das Montanhas Cinzentas. Dizem que o Basilisco desapareceu para poder se vingar quando estivesse forte novamente.
— Brilhante. – elogiou Oliver, e sem perceberem, ambos estavam corados, a lua iniciava seu processo, e as praças e jardins estavam vazios.
Oliver se levantou rapidamente, e quase havia esquecido de Ikki, o colocando na parte traseira de sua cabeça, como muito também gostava.
Mya, por sua vez, ajeitou o cabelo, olhou para as proximidades e se despediu educadamente. Oliver ficara sozinho por alguns minutos, mas logo tratou de dar meia volta e retornar a casa. Luna e Eskkad estariam preocupados com tamanha demora.
Os dois estavam de pé, esperando Oliver na sala. O semblante fechado.
— Por onde andou, filho? – Eskkad se preocupava em dobro, pois este estava ciente de problemas futuros. Luna concordou.
— Não houve nada. Estava numa das praças, num jardim. – disse pausadamente. — Estava com uma amiga da Academia. Uma conhecida.
Eskkad e Luna se entreolharam, e entenderam a posição do filho.
— E olha, eu encontrei ele. Ela havia achado. – disse mostrando Ikki e o erguendo como um prêmio.
Luna sorriu, e Eskkad prosseguiu com o sermão, exigindo mais complacência e transparência de Oliver, mas ambos terminaram a conversa amistosamente e com tom positivo e animado, e logo se puseram sentados na mesa, pois a hora do jantar se aproximava, e Oliver havia passado a tarde de barriga vazia, já que passou todo o tempo com Mya e Ikki.
Se por um lado Oliver após o jantar dormiu satisfatoriamente, Eskkad tratou assuntos sobre seu filho com Luna, e ambos concordaram em acelerar seu processo de treinamento, agora com aulas particulares em casa.
— Virgo pode nos ajudar. – diz Eskkad, olhando para a lua brilhante pela janela.
— Ele tem as tarefas na Academia. E ele já nos ajudou durante toda a vida.
Eskkad e Luna sabiam que Virgo era um amigo querido da família e o braço direito de ambos, e estava sempre os servindo com imenso prazer, mas talvez fosse hora de o deixarem livre de determinadas ações, e Eskkad se prontificou a fazer isso, deixando seu grande amigo de lado, e tomando a decisão firme de treinar seu próprio filho sozinho.
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