1)Pressão, peso no peito e vozes altas a que quero fugir
Não me lembro porque comecei a sentir aquele peso no peito, mais um momento, dia, para aguentar-lo lá dentro. Não chorar.
Pois chorar é me proibido, "Dou-te razões para chorar", há bastante tempo que não me chamam de chorona.
Nostalgia...
Talvez tenha sido outro ataque de pânico silencioso, creio que os tenho, nunca me foram diagnosticados. Seria complicado.
Falar sobre a escola e a passagem do tempo são "triggers" que me causam uma certa irritação, o que leva à frustração que segue para o "Calem-se calem-se calem-se" dentro da minha cabeça. Deixem-me em paz, eu sei que tenho isto e aquilo para fazer, que há dinheiro em jogo... há razões para eu ter um telemóvel.
Deixem-me sozinha, esquecer por umas horas, dias, semanas, enquanto o meu cérebro contínua a ruminar sobre o tema ainda por escolher, o como é que se faz esta coisa, a falta de direcção, responsabilidade, apoio de uma organização que falsamente orgulha-se por ser diferente das outras. De um instituto reluzente a caír aos bocados.
Irei vê-lo desmoronar-se?
Consigo imaginar-me de guarda-chuva negro num dia chuvoso, um funeral de algo nunca vivo, com pouca alma, espirito apagado à muito. Mas que triste e belo dia me parece, beleza na tragédia.
E no meio dos meus pensamentos em que finalmente encontro soluções, bastou um tocar no cabelo, na fita que o segurava "Não tomas-te banho?" e um pequeno conselho com uma voz preocupada mas exageradamente alta para as sete da noite para me afastar, tirar a fita no quarto-de-banho enquanto bato com a cabeça no azulejo. "Não mexas tia. Por favor deixa estar, eu já tiro", já faço o que vocês querem apesar de ser fora do habitual e portanto não existir obrigação!
Deixem-me em paz neste momento, agora não, peço desculpa não é culpa tua mas Deus, consegues ser irritante quando não te calas apesar de eu estar a cumprir ordens. Odeio pessoas assim... agradeço o que fazes por nós claro. É complicado.
7/11/2021
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