nós podemos usar os arbustos

⚠️ nesse capítulo contém cenas de teor sexual, caso seja de menor ou não goste deste conteúdo, recomendo pular ao próximo capítulo. esteja avisado (a) ⚠️

Não há como cozinhar algo com fogo em excesso, é certeiro que irá queimar. Ninguém come algo com gosto de cinzas, algo impossível de morder, restos de alguma coisa que nem se sabe o que é. Por isso é tão difícil permanecer quieto e calmo num momento como esse. Não há como. Porque quando queima, bate vontade de sentir pele na pele, dá vontade de suar no seu colo. Não importa se num segundo se é vagaroso e o mundo está em câmera lenta, porque de repente sinto-me em meio aqueles vídeos acelerados do YouTube e ninguém pode impedir a combustão.

Desmancho na sua boca, sobretudo quando mordo seu lábio inferior e ele sorri. Ou então quando nossas línguas se encontram no meio do ar e nossas salivas umedecem nossos lábios. Perco-me por inteiro quando ele faz isso, porque é íntimo e extremamente sensual. Dá-me indescritível vontade de dizer que sim, vem cá, planta todas tuas sementes no meu jardim. Vem cá, cava em mim e não esqueça de regar. Regue-me com seus beijos, mas não esqueça de tocar. Toca a minha terra, veja como está macia. Me observe florir, eu vou crescer, viro uma árvore grande, forte e dura. E você almeja me escalar um dia. Você pode fazer isso a qualquer hora.

— Alguma vez já te falei que eu amo quando você faz isso? — ele me pergunta do nada, rompendo mais um dos beijos.

— O quê?

— Esses pequenos gemidos no meio dos beijos — conta.

Porra, Taeyong...

— Já, você já falou — respiro fundo, porque eu detesto quando ele me expõe essas coisas quando eu não percebo.

— Own, você fica envergonhado... — nota, deixando-me mais envergonhado ainda.

Porra, Taeyong...

— Eu gosto, só para deixar claro — ainda acrescenta.

Encara-me por um tempo, enquanto isso aperta minha bunda com avidez. Uma vez atrás da outra... Me olha como se não estivesse fazendo nada. Numa dessas, acaba durando bastante tempo e me controlo para não erguer o quadril. Eu sei lá o que estamos fazendo aqui. Taeyong está me deixando maluco, eu estou falando sério. Se estivéssemos no meu quarto, já teria acontecido muita merda. Até agora só consigo soltar alguns suspiros longos, porque isso é impossível de segurar. Sinto meu corpo todo ficar arrepiado.

— No que tá pensando? — graças ao bom Zeus ele para de tocar minha bunda e, gentilmente, faz-me sentar direito na grama.

— Em fazer amor com você — respondo e ele ri. — Uh, que termo horrível e broxante... Mas também não quero falar foder, porque é muito pesado e pouco carinhoso.

— Eu não tenho muitas ideias agora... — começa a olhar ao redor, como quem quisesse realmente avaliar ou pensar em algo. — Ei, nós podemos usar os arbustos!

— Qual o seu problema? — eu acabo gargalhando. Senhor do céu, dai-me paciência pra lidar com essa criatura, porque não estou conseguindo levar a sério.

— Foi uma sugestão...

— Péssima!

Ele ri, porém não tarda a beijar meu pescoço outra vez. Estou começando a pensar que ele realmente é fissurado em fazer isso, porque literalmente faz a cada pausa que fazemos nos beijos e já fizemos inúmeras. Chega a afastar levemente a camisa do meu ombro, para que assim amplie a área para os beijos. Eu fecho os olhos e mordo o lábio, não consigo me controlar. Principalmente agora, com sua mão escorregando pelas minhas coxas. Porra, Taeyong...

Complicado se torna quando começa a ligeiramente a sugar minha pele e dar mordidas. Eu não resisto a isso, eu estou falando sério. Eram só beijos e agora eu sou o homem mais feliz do universo. Sua mão na minha coxa... Puta merda, ele só faz subir. Eu devo avisar que é pra ele parar? Assim estarei mentindo até para mim mesmo, porque realmente não quero que ele pare.

Quero seu beijo na minha boca e consigo. Quero sua vida na minha para que eu não me sinta tão só. Está tudo bem se eu desejá-lo só para mim? Se eu querer protegê-lo de todas as pessoas do mundo? Tudo bem se eu querer abraçá-lo e ficar assim com ele pelo tempo que for preciso? Eu sinto que é só isso que eu quero agora.

— Porra, Taeyong... — sussurro, assim que sinto sua mão na minha virilha. — Para, só beijos.

— Vamos pro arbusto... — ele apoia a cabeça em meu ombro. Acaricio seu rosto.

— Me perdoe a palhaçada, mas dentro do arbusto vai ser muito pau num lugar só.

— Ai, como eu te odeio! — ele se afasta para ficar de joelhos e depois se joga em cima de mim, me forçando deitar. Me enche de beijos no rosto e fica me abraçando pela cintura.

— Você vai me matar! — eu rio. Jogo minhas pernas ao redor do seu quadril e me permito ser beijado na boca inúmeras vezes.

Seus beijos são mais rápidos, porém mais intensos. E, por isso, cada vez que nos separamos há estalos. Ele apoia ambas mãos no chão, curvando o corpo sobre o meu. E às vezes suga minha língua, coisa que não fazia antes e que me deixa com muita vontade de f#d3r. Estamos basicamente transando com a boca e eu não sei se fico feliz ou agoniado.

Eu confesso que agora percebo que estou sem querer soltando uns pequenos gemidos, mas é muito difícil segurar. Se qualquer outra pessoa do globo estivesse no meu lugar agora, certamente entenderia o porquê de eu estar assim. Ainda mais porque o falso do Tae despretensiosamente está ligeiramente esfregando o quadril contra o meu. Eu. Não. Sei. Que. Porra. Tá. Acontecendo.

Imagina só algum maluco da ioga que só come vegetais e gosta de fazer trilhas e meditar acabar parando aqui e vir dois malucos fazendo coisas impróprias em plena luz do dia? Eu vou parar na delegacia, porque com certeza ele vai denunciar. Eu iria denunciar, então por que ele não? E se tem uma coisa que tenho orgulho de ser é um belo de um guerreiro, senão já estaríamos terminando de fazer o que claramente queremos fazer. Nesses momentos Tae não pensa com a cabeça certa... Se eu deixar ele me levar (e minha própria vontade também), sinto que vai dar merda.

— Ok, babe... — com muita força do ódio, eu me afasto dele pra valer. — Já deu, né?

— Mas... Eu ainda quero te beijar... — ele aproveita que estou de joelhos, já prestes a levantar, e acaba ficando do mesmo jeito que eu para tentar me beijar.

Eu recuo.

— Taeyong — sussurro, bem próximo do seu ouvido. — Sério. Eu não aguento nem mais um beijinho.

— Um beijinho bem rápido? — outra vez, tenta me beijar. Eu não deixo.

Ultimamente meus hormônios estão me traindo demais.

— Não.

— Um último só de despedida?

— Não, Tae.

— Eu nem peço nenhum mais por hoje.

Penso no assunto.

— Nenhum mesmo?

— É.

Dessa vez, eu deixo. Deixo nossas bocas se encontrarem e nossas línguas se saudarem. Tae descansa a mão esquerda no meu quadril e, enquanto isso, eu fraco caio de cara na tentação dos seus lábios. Acabo me envolvendo de novo. Desculpa, eu não consigo me segurar. Não quando ele beija tão bem assim e eu me sinto tão bem com ele. Me sinto tão bem, parece que nada pode me derrubar. E de tão bem que sinto, não me dou conta dos riscos quando ele desliza a mão para dentro da minha calça, até mesmo por detrás da cueca. Caralho.

Tento me afastar, mas ele me segura, agora descendo a mão. Comenta, bem baixinho, que aqui dentro está bem úmido e quente. Eu fecho os olhos, segurando-me nos seus ombros. Quando torno abri-los, vejo que ele está espiando dentro da minha cueca, e acabo por descer o olhar também. Eu acho que nunca quis tanto e ao mesmo tempo não quis que ele fizesse algo. Por favor, Tae, não faça nada... Mas, por favor, faça algo...

Eu o beijo de novo, ele descendo a mão por dentro e alcançando lugares que eu não fazia a mínima ideia que iria chegar assim tão cedo. Ontem eu decidi que super esperaria estarmos na Coréia, com calma, iríamos reservar um diazinho para amor e isso estaria incluso. Só que não há como esperar droga nenhuma agora. Não quando sinto sua mão ao redor de mim, acariciando-me com pressa, como se o mundo fosse acabar daqui a um minuto. Mas se o mundo for acabar daqui a um minuto, eu gasto os dois primeiros segundos encostando minha mão na sua virilha também, porque... Droga! É só um pouco, não vai doer em ninguém...

— Tá bom? — ele questiona, os olhos agora lá embaixo no que está fazendo dentro da minha cueca.

Eu concordo com a cabeça, mas acontece que estou bem ocupado abrindo o cinto da calça dele. Quando consigo, só enfio a mão dentro e agora estamos nós dois percorrendo o território um do outro. Meus gemidos são baixinhos, e vez ou outra solto um mais alto quando beijo-o. Eu quero essa pressa em viver nas minhas veias agora. Quero toda essa adrenalina e libido correndo pelas minhas veias agora. Que seus beijos são fortes e urgentes, mas entre minhas pernas há um tesouro escondido que ele foi merecedor o bastante para manusear. Lhe dou mais gemidos, mas quero lhe dar meu coração. Quero dar mais do que beijos e suspiros, mais do que o "isso, tá bom" que sussurra, quero dar muito mais do que alguns minutos de olhos fechados e lábios entreabertos. Quero me dar inteiro a ele e eu não posso estar falando mais sério.

Não quero ficar mais exposto que isso, mas adoraria mais que a sua mão em mim. Queria algo mais úmido, mais quente, menor. Tenho esse algo na minha boca agora, porque não posso ter lá embaixo. E está tudo bem, porque abafa o som e isso é bem melhor que barulho. Eu juro que vou fazer direito quando estivermos num lugar fechado. Eu juro que faço direito.

— Vem cá — ele me puxa mais perto, após colocar ambas mãos na parte de trás, na minha bunda. — Eu sei do que você gosta.

Ele sabe do que eu gosto. Sabe como gosto de quando ele me toca bem no íntimo. Uma das suas mãos afasta uma das bandas da minha bunda, enquanto o dedo médio da outra circula toda a minha geometria mais oculta. Desculpa, estou gemendo seu nome, porque ele sabe do que me deixa mais fraco. Ele sussurra sobre me fazer chegar ao ápice, e minha cueca está mais úmida ainda. Estou arrepiado e tremendo. Se pudesse estar num quarto agora, duas vezes seriam o mínimo. Seria o mínimo para o que iríamos fazer. E vamos acumulando... Como reação aos seus estímulos, automaticamente empenho-me com seu prazer também. Porra, o que a gente tá fazendo???

Vejo a pontinha do seu membro escapar da roupa íntima e percebo o quanto eu quero tê-lo dentro de mim. Pensar nisso com uma pequena penetração do seu dedo em mim é a mesma coisa que atirar-se na frente de um carro. Tenho uma pequena e vaga ideia, mas a descarto. Quanto mais eu penso, mais fantasio, mais eu quero. Eu não posso querer, se não devo ter. Não mesmo.

Não me importo com mais nada que não seja isso. Que não seja esfregar meu corpo contra o seu e senti-lo voltar com as carícias inquietas onde eu gostaria que provasse agora, na minha frontal. A respiração entrecortada é minha nova religião, pois sigo-a com fé e determinação. Meu corpo queima e nem é o sol. Arde, não é o sol. Arrepia. Desestabiliza. Quanto mais ele me toca, quanto mais sua mão se move pela minha extensão, eu mordo seu lábio sem saber o que fazer. Ele geme meio grave, sussurra que está chegando e não tem como adiar. Eu falo: na minha cueca, e ele entende o que quero dizer.

Arranho sua nuca, eu não quero nem saber se dói ou não. E eu, que nem avisei nem nada, conquisto o apogeu em primeiro lugar. Todo o meu líquido escorrendo dentro da cueca, melando minhas coxas e sujando tudo. E quando eu percebo-o encostar o quadril no meu e abrir mais espaço na minha cueca, eu sei que ele também chegou ao dele. Ele vai... Ah... Caralho, ele vai gemendo no meu ouvido enquanto despeja aqui dentro, junto com o meu, e nossas pontas se encontram com ternura. Esfregamos... Mas não tarda a ambos nos recolhermos dentre nossas roupas e fingir que exatamente nada aconteceu.

— Quando a gente vai terminar? — ele quer saber, me ajudando a fechar os botões da camisa.

— Não terminou?

— Você sabe que não — me responde. — A gente está enrolando isso desde a Grécia, se lembra?

— Uhum — concordo logo de uma vez, já que não adianta negar. — Quer planejar ou prefere casual?

— Te pegar de maneira casual é uma das melhores coisas da minha vida — ele me abraça pela cintura e me dá um beijo na bochecha. — Mas você que sabe.

— Ok, então te espero no meu quarto a qualquer momento de qualquer dia. Estou falando bem sério — me levanto e ajudo-o a fazer o mesmo, puxando pelo braço. — Mas se não rolar, não tem problema. Vamos deixar com o tempo.

— Certo, então — ele concorda.

Pelo pulso, puxo Tae para irmos à segunda coisa que queria mostrá-lo, mas sinto falta de algo... Puta merda, meu telefone! Espera... Caralho, estava gravando o tempo todo!!! O tempo todo estava gravando e eu esqueci disso completamente... Caralho. Caralho!

— Taeyong, porra, meu celular — volto correndo até onde deixamos. Sim, está gravando até agora. Quase quarenta minutos de vídeo em que basicamente nos pegamos a maior parte dele e, sobretudo, filmamos mais do que deveríamos. — Gravou tudo...

— E agora? — ele põe a mão no peito, após correr atrás de mim. — Quer dizer que mal começamos a namorar e já temos sex tape? Esse é o melhor namoro do mundo, sabia? Já pulamos a cerca, temos sex tape...

— Tae, o foco não é esse... — checo algumas partes da gravação e noto que a única parte realmente comprometedora não mostra totalmente nossos rostos, porque estamos de joelhos e não sentados na grama. O ângulo nos salvou. Preciso guardar isso num lugar seguro, porque morro de medo de alguém invadir meu celular e roubar o vídeo. — Mas, enfim, vamos logo.

— Ei, depois você me envia? — ele pergunta assim que bloqueio o telefone.

— Você é terrível... — resmungo eu, brincando e empurrando-o para o lado.

Taeyong me abraça e me beija na bochecha outra vez. Sou muito sortudo por tê-lo.

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