Your father's enemy
Dedico esse capítulo para __ezzs. Obrigada por todo o apoio e carinho pela fanfic :)
As pancadas ecoaram pelo o seu quarto. Seus olhos abriram em alerta, sentindo seu coração trabalhar mais rapidamente. Sua mente processava o que de fato estava acontecendo. A porta parecia que a qualquer momento iria cair pelas batidas fortes que era atingida. Seu corpo estava imóvel pelo susto, ainda sentindo sua mente paralisada.
Os gritos pedindo para abrir a "maldita porta" começou a dar lugar junto ao som dos murros. Sua pupila dilatou, sentindo o nervosismo corroer dentro de si. Não sabia o que estava acontecendo e tampouco saberia o que logo em sequência aconteceria caso levantasse e fizesse o que era pedido. Tantos "por quês" começaram rodear sua mente, causando a compulsividade em levantar da cama em um pulo.
Ainda era manhã e a revolta em sua casa parecia ter amanhecido junto ao sol, causando uma manhã perturbadora. Ouviu seu pai berrar com Anne, pedindo para se afastar. Seu coração parecia sair pela boca, sem compreender se seria o certo em ir abrir a única coisa que estava atrapalhando para o Desmond gritar e socar sua cara. Ele não parecia nem tão pouco calmo, e isso o estava intimidando. Não que não soubesse se defender, mas não levantaria a mão para o seu pai.
Notou sua mãe novamente entrar no meio da discussão que parecia estar apenas entre a porta e o homem, mas não parecia se importar com nada que saísse dos lábios da mulher. Os gritos ainda eram constantes, fazendo-o criar a mínima coragem em suas veias e ir para porta, destravando-a a contragosto. Engoliu seco ao ouvir a fechadura ecoar o barulho indicando estar aberta.
Se afastou da porta, sabendo que seu pai entraria igual um monstro sedento de raiva por alimento. Manteve-se calado, observando a figura de um homem com terno e seu cabelo alinhado adentrar no quarto com os passos pesados e uma mulher ao seu lado, com uma feição repleta e recheada de preocupação. Seu olhar intercalou de um rosto de puro medo, para o rosto cheio de fúria.
Em segundos, não podendo raciocinar o que acabara de acontecer, sentiu sua mandíbula ser prensada por uma mão que transmitia força o suficiente para querer quebrá-las, fazendo-o respirar profundo sentindo os nervos dar sinal de raiva.
— Você não acha que está passando da linha dita?— rosnou, com seu olhar endurecido.
A mão em seu rosto não permitia que desse um único passo, apertando com a mesma intensidade do posterior, ainda mantendo firme. Seu olhar em Desmond parecia duro tanto quanto do homem, não querendo diminuir sua postura. Queria mostrar que o homem não o importunava, nem se tentasse.
— Eu sinto que você está querendo me desafiar ou simplesmente tirar fora da minha paciência.— Sentiu suas costas chocar contra a parede fria.— Mais uma Harry. Mais uma vez que eu souber sobre seu envolvimento com aquele desertado, eu juro que vou acabar com sua vida! — Sua cabeça encostou na parede, sendo prensado.
As palavras de Tomlinson caíram sobre a bandeja em sua consciência. Ele sabia. Ele sabia desde o início o que causaria logo em seguida. Deveria ter recusado a carona. Deveria ter ido embora a pé. Deveria não ter ajudado seu amigo. Sentiu um tolo sem evidências. As palavras foram como chicote com toda a velocidade indo em sua pele, em seu rosto. Ele não deu a carona por querer salvá-lo, mas para causar transtornos.
Sua mente parecia se culpar e amaldiçoar quaisquer pensamentos vinculado com aquele ser que já estava começando a odiar profundamente. Tudo que ele fez foi por pura malícia. O homem sentia prazer em ver sua família em desinteligência. Tomlinson não estava contente em apenas querer de volta o que o pertencia, ele queria acabar com tudo, ele queria ver o próprio inferno entre eles. Esse era o seu prazer.
Agora com um acordo, Styles queria bater em si mesmo, por ser um desatinado em fazer aquela maldita proposta. Certamente iria recusar, uma vez que poderia matar o homem na hora do sexo, de tanta raiva que passava em cada célula de seu corpo, parecendo que cada organismo seu trabalhava para isso.
— Desmond, já está bom!— ouviu sua mãe dizer angustiada.
Piscou acordando de seu transe. Já não escutava mais nada de que saia dos lábios do homem que parecia querer matá-lo a qualquer momento. Ainda podia sentir seu rosto premido, sem poder se locomover. Anne estava tentando entrar no meio de ambos, não permitindo que qualquer outra coisa pudesse acontecer.
— Eu estou te dando a oportunidade de você se pôr em sua linha, não faça eu mesmo te mostrar.— O homem murmurava, mas era o suficiente para querer demonstrar seu controle.
Se estivesse quieto, sem ousar de nada em querer enfrentá-lo. Sua respiração estava um pouco se acalmando, mas poderia sentir a tensão da mulher que estara ao seu lado com o semblante inquieto, podendo sentir seu desespero.
— Está me escutando, moleque? HEIN, SEU FÚTIL? — Os gritos entraram em seus ouvidos ardendo por onde passava.
— Vai se ferrar! — Cuspiu as palavras antes mesmo de pensá-las. Se calou de imediato.
Sua bochecha foi apertada com uma certa brutalidade. Sua face virou com o impacto, e a ardência veio em consequência. Seu rosto parecia mudar de cor à medida que pensava o que tinha acabado de acontecer. Seus nervos pularam dentro de si e o oxigênio começou a trabalhar mais rapidamente em seu peito. Sua mãe parecia aterrorizada com o que acabara de acontecer. Já não sentia a mão do homem em seu rosto, apenas uma ardência no lado direito.
Não iria demonstrar sua reação. Seu orgulho cresceu velozmente, não ousando querer colocar a mão na região, apenas virou a cabeça, ignorando quaisquer olhar das duas figuras. Vigiou seu pai ainda perturbado com todo o cenário. Não importava o quão irritado estaria, não iria se redimir uma só palavra. Ele não merecia suas palavras e tampouco suas expressões.
— Pelo amor de Deus, Desmond! Deixa ele em paz, por favor, ele tem que ir para faculdade. — pedia insistentemente, espantada com tudo.
Mirou o homem dar um passo para trás, ainda mantendo seu olhar grudado com o seu. Ambos com maxilar travado, esperando algum deslize falho, como dois leões prestes a entrar em conflito, se afastando vagamente, com a respiração controlada. Era visível a forma de como entraram em guerra apenas com pequenos gestos de olhar, querendo entrar em uma batalha apenas com tal ato.
Desmond virou as costas e partiu rumo para fora, ajeitando sua gravata. O garoto se afastou da parede, afim de se acalmar do acontecido. Sua mente estava começando a ficar vazia, tendo apenas as palavras do homem ecoando em sua consciência causando estresse. Passou a mão em seu cabelo, ainda se sentindo frustrado com tudo, inclusive com um ser que tinha-o enganado e mostrando o quão petulante era. Tinha vontade de socá-lo até suas veias saltarem para fora e suas mãos ficarem completas de vermelho. Tomlinson era indubitavelmente um merecedor de um troféu, por ser o primeiro a fazê-lo alimentar sentimentos negativos e desejar fazer coisas que nem ao menos passou em mente. Ele sabia tirar-o do controle.
— Eu te falei Harry! — Ouviu a voz decepcionada de sua mãe.
Olhou para trás, não esperando vê-la ainda em seu quarto. O sentimento de culpa corroeu dentro de si, pensando no fato que agora ela não sabia de toda a verdade e que esse pequeno encontro acidental de ambos, não estava nada perto do que iria vir por diante. Sua mãe odiaria-o, contudo, poderia se acalmar pela a explicação, afinal, não iria fazer pela luxúria do prazer e sim para deixá-los em paz. Ela tinha que compreender seu posicionamento e reconhecer sua ajuda.
— Como ele soube? — Indagou ignorando seu breve sermão.
— Seu pai sabe cada passo que você dá, Harry. Estou muito decepcionada com você. Honestamente estou preocupada que você esteja se envolvendo com um homem perigoso como Tomlinson, e o pior, rival de seu pai. Eu já nem sei mais o que pensar a respeito sobre você, Harry. — Sua voz soou tão calmo que chegou a pensar o que sua mãe estaria cogitando na realidade.
— Não é isso que você está pensando, mãe! — A postura firme que tinha antes, deu a lugar de um garoto cauteloso em afabilidade.
— Então me faça pensar diferente, Harry. — Vigiou-a baixar a cabeça e se retirar do cômodo.
Fechou os olhos por alguns segundos, se sentindo perdido dentro de si, entrando em um abismo na escuridão.
[...]
Se jogou no banco sentindo seu nariz começar a querer sair mais sangue. Seu rosto repleto de suor indicava que pedia por descanso. Seu peito subia e descia em um ritmo irregular. Sua pele grudada por conta de sua transpiração. Seu corpo ainda quente pela adrenalina que passou dentro do ringue e as batidas que levou em seu semblante.
Certamente o garoto que lutou junto a si não estava realmente para brincadeira. Styles sentia que sua mente não estava em ordem, sucedendo grandes pancadas durante a prática do boxe. O treinador olhava com um grande interrogação em seu olhar, não entendendo o motivo por estar apanhando tanto, dado que as últimas semanas andava treinando duramente.
Tudo em si parecia começar a querer doer, tanto o braço como seu rosto. Encostou a cabeça na parede, tentando regular sua respiração que estava começando a voltar aos poucos. Contudo agradecia por isso, precisava colocar sua irritação do dia para fora de alguma madeira, e o treinamento parecia estar a favor de seus desejos. Como das vezes foi agredido, também bateu, porém não o suficiente.
— Eu não acredito que você não soube usar os golpes. O cara quase acabou com você lá dentro. — Olhou para o lado, vendo um loiro olhá-lo perplexo com toda a situação.
— Eu não estou no clima para treinar.— Bufou. Olhou para o teto, desviando do olhar do garoto ao lado.
— Você ainda está com essas coisas em sua mente?
Concordou.— Sim Niall. Você teve uma noite maravilhosa com um desconhecido, enquanto eu fiz burrada. — Se lamentou pelo rumo que suas palavras tiveram naquela noite.
— Seus pais sabem da proposta? — Olhou para Honra que mudou seu tom de voz parecendo compreender.
— Não e no momento eles não podem nem sonhar com isso, mas estou com receio de Tomlinson querer provar novamente que estou tendo algo com ele, sendo que tudo é uma mentira.
O sentimento de angústia era inevitável em seu peito. Seu amigo não parecia ajudar muito com o olhar que lançava, parecendo querer mostrar o quão ferrado estava.
— Mas uma hora eles vão ficar sabendo disso! — Pronunciou pensativo com tudo.
— Mas acredito que até lá não estarei me envolvendo mais com ele. — Tentou-se garantir, não sabendo se Tomlinson de fato cansaria e o descartaria fazendo o acordo ser feito. Era isso que estava em entendimento.
Retirou suas luvas que já estava começando a querer pesar. O calor em seu corpo diminuiu drasticamente, agora sentindo os leves e suaves ventos frios bater em seu peito nu. O colocou em sua bolsa e desorganizou mais suas mechas de cabelos que pareciam ensopadas pelo suor. Tudo que ansiava no momento era poder tomar um banho em sua casa e aproveitar os restos de minutos quietos, apenas com o silêncio lenitivo. Almejava não ver seu pai durante todo o dia.
— O que você faria em meu lugar, Niall? — Fitou-o como se estivesse postulando por algum amparo.
Horan parou de organizar sua mochila para olhá-lo. — Bem, ele parece ser um homem muito gostoso, mas bastante perigoso. Não que isso não excita-se, mas ele é inimigo de seu pai, fazendo tudo se tornar bastante comprometedor. Você vai ter que ter um propósito muito grande para não se deixar cair na lábia dele. Não é porque ele nos deu carona e deixou entrarmos na boate que isso o torna menos criminoso. Pessoas como ele não se importam com nada além deles mesmo, se você cair, você irá cair sozinho. Então se ele aceitou esse seu acordo, acho que você deveria aceitar.
— Então você acha que estou fazendo o certo?
— Essa não deveria ser a palavra exata, pois o certo pode se transformar em um grande erro.
— Você não está ajudando, Horan! — Diz decepcionado.
— Eu sei! Você já entrou em acordo com ele, não tem o que fazer além de ceder ou negar. O meu conselho é que no final você não se fode. — Vigiou-o levantar com a mochila nas costas. — Agora vamos? — Suspirou pegando sua mochila.
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Queria começar essa nota dizendo que eu estou MUITO ORGULHOSA DO LOUIS. Sério, eu fiquei TÃO feliz em ver que agora ele está com uma ótima ideia e um novo projeto que vai ajudar a vida de MUITA gente. Isso é de ficar orgulhoso de uma pessoa como ele.
E novamente cá eu estou pedindo MIL perdões pela a demora da atualização. O bloqueio ainda fez muito presente nesse decorrer dos dias e para piorar passei por umas situações indesejadas, mas acredito que aos poucos vão melhorar.
Quero agradecer pelo os comentários do capítulo anterior. Vocês são umas amores de pessoas e eu não tenho palavras para tudo isso. Muito obrigada, honestamente.
Vocês gostaram desse capítulo? Sejam sinceras...
Fanfic criminal para mim, é sem dúvida, uma das coisas mais desafiadoras para mim e eu estou tentando fazer tudo certinho, do jeito que eu gosto e que possa agradar as pessoas.
Obrigada por tudo, por TUDINHO mesmo. Até o próximo capítulo <3
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