Just lay with me

Harry/N

— Isso foi meio estranho. — Niall gritou por conta da música alta já dentro da boate.—, mas de qualquer forma não vamos ficar a noite toda esperando.— Continuou.

Concordou, achando aquilo muito mais estranho. Sua desconfiança era grande, até uns dias atrás estivera fazendo um inferno com seu pai, agora deixou-o entrar com autorização no local. Cogitou que poderia ser algum tipo de joguinho e isso fazia rodear suas idealizações da possibilidade de fato ser. Todavia, de qualquer maneira iria ficar afastado do homem, não querendo causar mais problemas ou confronto, aliás, aquilo era uma discussão de apenas de seu pai e Tomlinson, não tinha nada do que se intrometer, mas não deixava-se de se preocupar.

Durante os dias que se passaram, sua família ficou mais aflita e angustiada. Sua mãe mal tinha tempo para conversas, no mesmo momento seu pai estava trabalhando dia e noite. Algumas coisas foram vendidas e até coisas que o pertencia tinha que ir para o leilão. Sua família estivera falindo aos poucos e sua indignação foi certeiro quando soube que metade da empresa não os pertencia mais. Tudo parecia estar desmoronando, e isso o tirava o sono. Eles dependiam da empresa e ver que agora estava perdendo aos poucos, era mesmo que perder toda uma carreira e conforto.

E sabia que Tomlinson era culpado por tudo aquilo. Todo o transtorno e inferno que estava acontecendo era por sua causa. Soube do empréstimo e do prazo, porém era um absurdo fazer o que tinha feito. Era uma quantia milionária e jamais iriam erguer em quinze dias cada centavo. E aquilo o fazia odiá-lo aos poucos, mesmo que não fosse da sua índole nutrir tal sentimento por alguém. Sua vontade era girar os calcanhares e partir rumo para sua casa. Seu carro estava consigo, então não dependeria de carona como da última vez.

Contudo, Niall estava ali e parecia estar animado com toda agitação, já com um copo de bebida em mão e dançando junto às pessoas desconhecidas. Virou para barman pedindo um coquetel forte, a fim de querer a mesma adrenalina que o loiro parecia ter. Virou a bebida sentindo rasgar sua garganta, pediu mais outra e partiu dançando desajeitado até a pista, onde Horan estava.

— Vem Harry!— Puxou-o pelo o braço, enturmando na aglomeração que tinha em sua volta. 

Riu da forma atrapalhada que seu amigo dançava, não se importando com nada além de sua bebida e da música. Tentou ir no embalo, bebendo mais devagar, sentindo sua garganta agradecer por isso. Foi até o chão desajeitado junto a Niall, sentindo algumas mãos passar em seu corpo e risadas. Ambos estavam tão vidrados na pequena dança que tinha se formado que não se importaram. Pegou a bebida na mão de seu amigo e bebeu, sentindo o gosto da vodka com groselha. Niall tomou de sua mão vendo que estava bebendo quase tudo. 

Sentiu uma outra mão macia passar por suas costas, deslizando para cima em uma forma suave e delicada. As unhas parecia compridas, dando pequeno arrepio em sua pele. Virou seu corpo para enxergar melhor a responsável pelos toques tão abruptos. Uma mulher de cabelos em chamas e olhos intensamente azul cinza o fitou com um olhar divertido em desejo. Olhou melhor para o corpo mordendo o lábio inferior. Acharia até sexy se não estivesse no clima em querer uma transa momentânea, apenas intencionando em desfrutar o momento.

Aproximou do rosto da  ruiva.— Eu não estou no clima.— Disse em tom alto, mesmo estando perto, a música parecia ainda alto.

— Eu posso fazer você ficar no clima. — Prometeu, com sua voz grossa afeminada.

De verdade, a mulher parecia muito sexy para muitos olhares. Seu corpo, sua voz e seu olhar chamavam qualquer atenção ali dentro, só bastava olhar que qualquer pessoa poderia cair em suas tentações. Mas não se sentia no clima para mulheres ultimamente, evitava qualquer oportunidade. 

— Eu realmente lamento, mas não vai rolar! 

A mulher bufou, tirando suas mãos apoiadas no ombro. Seu rosto malicioso murchou, vendo que realmente não teria nenhuma chance, via-se que estava determinado em não querer nada além de curtir apenas. Assentiu, olhando para os lados e se atirando para algum outro canto. 

Styles terminou de beber, olhou para o lado vendo o loiro ainda animado, parecendo não ter prestado atenção no que tinha acabado de acontecer. Voltou a dançar mais distraído, focando na música que ecoava em todo o canto do lugar. As luzes mudavam de cor dando uma leve tontura, porém ficava divertido. Niall já estava com o seu copo vazio. Tomou o resto de sua bebida esvaziando a taça de coquetel. 

Se aproximou do amigo. — Você vai querer mais bebida? Estou indo no bar! — exclamou, fazendo o amigo parar de dançar e entregar o copo.

— Quero! — Voltou a dançar, olhando para o outro canto e acompanhando um homem aleatório dançar.

Concordou, mesmo que o amigo não pudesse ver. Retirou perto dos demais, sentindo seu corpo bater em outros corpos que mexiam frequentemente por conta da música. Tentava se afastar, sendo em vão. A pista parecia lotada e não parava de chegar mais gente. Tudo parecia uma loucura sem fim. Sentia alguém puxar seu braço, mas ignorava, ainda mantendo seus passos firmes para fora dali. Era sufocante andar no meio todo aquele grupo. Pedia por licença mesmo sabendo que seria em vão, algumas pessoas cedia e outros fingia que não ouvia.

Olhou para cima vendo a área VIP um tanto vazia, apenas dava para ver algumas silhuetas irreconhecidas. Algumas pessoas conversavam, no entanto outras olhavam para baixo, vendo um ninho de gente grudada uns aos outros tentando aproveitar melhor a noite. 

Quase foi jogado no chão quando finalmente saiu da pista de dança. Seu pulmão começou a trabalhar mais livremente, podendo respirar por ar puro. Segurava os copos firmementes. Apressou os passos até em seu destino. Apertou os objetos em sua mão, vendo um ser sentado no balcão, bebendo uma cerveja tranquilamente. Olhou de longe seu vestimento, se perguntando como poderia ser um criminoso. De certa forma nunca viu um em sua frente, mas também nunca imaginou que um criminoso poderia até ser uma pessoa que usa regata, calça jeans e cabelo bagunçado. Acreditava que pessoas do crime usavam terno e gravata.

Chegava ser estúpido pensar que Louis Tomlinson nada mais era um homem com rosto de garoto que nas horas vagas gostava de beber cerveja em algum canto. Aproximou melhor colocando os copos em cima do balcão, sem ter a coragem de olhar para o lado. Sentia seu nervosismo passar entre suas veias e esquentar em seu rosto. Pediu às pressas dois coquetel de frutas.

Seus dedos batiam frequentemente sobre o vidro do balcão. A presença do homem ao lado estava o incomodando constantemente, mesmo que não o olhasse. Sua inquietude começou a dar sinal de vida. Aquilo estava demorando, fazendo-o criar coragem para não fazer o que cogitava.

— Por que você fez aquilo?— Olhou-o. Sua voz soou rouca mais que o normal. Seu tom baixo, mas o suficiente para o dono dos olhos azuis ouvir. Sabia que isso não era o momento de se debater.

— Você está falando do prazo ou do empréstimo?— Diz cinicamente, não perdendo tempo em fita-lo de volta.

— Tudo! Você deu um prazo de quinze dias, nem uma pessoa rica conseguiria erguer tudo aquilo. Isso é uma loucura.— Manteve sua voz baixa, porém poderia ser notório a sua raiva.

– Não me culpe por algo que seu pai quis. Você acha que é fácil esperar por cinco anos por algo que nunca viu ao menos um único centavo? Acredito que não.— Bebeu um pouco mais de sua cerveja.

— Ai você vem e joga uma merda de prazo de quinze dias. Você realmente está pedindo para não ser pago! 

Mirou Tomlinson rir anasalado. — O acordo é tão claro quanto a luz do sol. Ele tem que me pagar, de qualquer forma! — Expressou passivo.

Ficou alguns segundos o olhando, vendo sua expressão calma e despreocupada. Ele realmente tinha o dom de ser cínico e isso o fez trincar o maxilar, contendo a sua raiva querer aparecer. Visivelmente ele não estava se importando com nada, pouco querendo saber o que passavam  para ter o dinheiro e quais eram o conflitos diários que estavam passando. Sua ignorância conseguiu ir no limite naquele pequeno diálogo. Reparou o barman colocar a bebida no balcão. Tirou algumas notas e entregou, mas não saiu do lugar.

— O que você está querendo?— Diz desafiador, agora voltando a olhar para o homem.

Tomlinson se levantou, ficando a sua altura. — O pior de seu pai. -- sua voz mudou severamente.

E por um momento esqueceu das bebidas e que um loiro no meio da pista o esperava. Sua vontade de dar umas porrada no homem ainda se manteve intacta. Tinha dito com toda a clareza que queria ver sua família se destruir, atingindo o seu pai e incentivando a fazer talvez o que não queria. Ele queria provar que não seriam capazes de nada, fazendo voltar à falência total. Aquilo era nojento, um homem ser tão egocêntrico sobre tudo aquilo, olhando para baixo e tendo o prazer de pisar em cima, sem se importar se afetaria ou não.

— Achava o que? Que vocês iriam ficar milionários nas minhas custas?— Indagou, o provocando com sucesso. 

Desviou de seu olhar, fitando ao lado, negando seus pensamentos loucos passeando em sua consciência repentinamente. Era loucura sua idealização. Nem o seu pai o perdoaria. Não deveria ser tão difícil, uma vez que Louis aparentava ser um homem bonito, não um velho barrigudo. Pensou na paz que iria ter e sua família parando de vender tudo que via pela a frente. Mordeu os lábios inferiores querendo negar, mas seria egoísta em não tentar. Seria egoísta ver sua família dar tudo de si e ele ficar apenas observando como se nada estivesse acontecendo ao redor. O mirou de volta. 

— Se você me ter essa noite, a dívida morre.— Jogou as palavras tão rápido que o homem teve que ficar alguns segundos assimilando o que tinha falado, mas viu que não foi preciso repetir quando viu um sorriso brotar em seus lábios.

— Não é assim que funciona o jogo, bonequinho. Estamos falando de dinheiro, muito dinheiro! Seu pai me deve uma dívida milionária e eu não quero perder isso, pois isso mexeu drasticamente no número da minha conta do banco. Mas se eu tiver você, posso garantir que sua cabeça não vou mandar arrancar, e pelo o contrário, você vai ter uma vida de príncipe, só basta você deitar comigo todas as noites.— Pegou sua garrafa de cerveja, terminando com o líquido que continha.

— A dívida morre!— Insistiu. Tomlinson arqueou a sobrancelha. 

— Eu esperava o pior de Desmond, não de seu filho.— Zombou, recebendo uma feição fechada de resposta.— Eu não sei, é muito dinheiro!— Diz mais sério.— Eu não posso pegar você e simplesmente colocar na minha conta que os números vão voltar ao normal, mas você parece bastante tentador.— O analisou de baixo para cima.

Mesmo com as roupas, se sentiu exposto pelo o olhar intimidador que estava recebendo. O olhar transparecia ter uma leve pitada de malícia parecendo querer analisar cada centímetro de seu corpo, iguais objetos em leilões. Se manteve ainda calado, tendo toda sua atenção voltada para o homem à sua frente. 

Aquilo poderia ser uma burrice, achava. Ele não se via pior que seu pai, afinal, estava ajudando sua família, desde o início esteve pensando na paz que receberia em troca. Não era a primeira vez que transava e quando o fez, gostou da experiência. Então não seria tão difícil deitar uma noite com o homem que ainda o fitava.

— Bem— Diz ao cruzar seus olhares.—, se eu me deitar com você, eu não vou querer apenas uma noite! É muito dinheiro para uma única noite ser paga. Eu ainda tenho que pensar, mas você tem certeza que quer isso?

Engoliu seco, sentindo sua garganta secar.— Tenho!— Determinou. 

Francamente não tinha certeza se era isso que queria. Era esse o pior que Tomlinson esperava, Desmond entrar em desespero resultando seu filho fazer loucuras que jamais teria coragem em fazê-las? Agora cá estava, entrando em um acordo.

Observou deslizar o olhar por cima de seu ombro.— Já que é assim que você deseja, me passe seu número.— Olhou de volta.

Com as mãos um tanto trêmulas, agarrou uma caneta e um bloco de notas em cima do balcão, colocando seu número de celular. Tirou o papel e o entregou. Tomlinson analisou os números que continha logo o dobrou e colocou em seu bolso.

— Quando for preciso, Emma era te ligar.

Estranhou quem poderia ser, mas não iria questioná-lo naquela hora quem era. Acompanhou com o olhar o cabelo liso pedir uma cerveja, que foi entregue segundos depois. Bebeu já prontamente para se retirar, quando o chama com a sobrancelha franzida.

— Você é um criminoso mesmo ou é boato? — Indagou, recebendo um sorriso divertido do homem que já estava a alguns passos de distância de si.

— Boato.— Bebeu mais de sua cerveja, se retirando de vez dali. Examinou-o ir para a área VIP distraidamente. 

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Explicação:
Talvez o desenvolvimento de Harry e Louis pode acontecer mais rapidamente, mas, lembrando, sexualmente falando.

Infelizmente ou felizmente vai ter smut detalhes, por isso que coloquei a fanfic "conteúdo maduro" por ser também uma das justas causa, para o leitor não vir ler e achar que não tem.

Decidi dar uma pequena mínima modificada na história. Lembram que eu falei que Louis e Harry são cinco anos de diferença? Ou seja, na minha lógica o Harry tem 19 anos e o Louis 24 anos, e eu narrei como o Harry estivesse no colegial, mas resolvi mudar para faculdade, pois, bem, ele já tem 19 anos na fanfic, então ficaria mais coerente que ele esteja na faculdade. Não vai mudar nada na história e continuará a mesma, mas é apenas uma pequena modificação mesmo, nada que pudesse mudar na fanfic.

Espero que vocês tenham tido um ano novo bem e que espero que vocês tenham aproveitado da melhor forma. Qualquer coisa minha DM está aberta, nem que seja apenas para desabafar ou algo do gênero. Vocês sempre são bem-vindas.

Obrigada por lerem até aqui!
Até o próximo capítulo.
Ana!

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