I've been waiting for your visit for days
— Ayla Ferri, Júlia Campbell, Ester Roux, Sara Baumer, Gabryella Cooper, Laura Muller... todas as mesmas pessoas.
Tomlinson jogou os papéis na mesa, que continha as fotos do mesmo semblante da garota idêntica do retrato que foi feito com a descrição de Kamal.
Tardou a madrugada toda pesquisando e aprofundando em cada parte do sistema. Sua ambição em encontrá-la crescia a cada segundo que se passava. Noites tiradas sendo recompensadas. Ele tinha a encontrado em vários lugares do Peru, mas nenhum indicava em qual parte estaria e se de fato estava em Lima.
Pelas imagens ela aparecia sorridente como uma garota universitária com roupas e cabelo peculiares. Parecia sempre alegre como uma boa menina de família.
— A única que mostra que ela esteve em Lima ou está é Gabryella Cooper. E não tem absolutamente nada de descrição dela, além da cidade, o nome completo e o antigo endereço que por aliás é o endereço que Liam conseguiu.
Vigiou Zayn e Liam prestar atenção atentamente no que Tomlinson dizia. Ambos sentados tendo suas atenções tomadas. Ainda era de manhã e Louis teve que se manter acordado com cafeína em seu corpo. Explicando sobre a garota descoberta, mas sem saber o real nome.
— Então quer dizer que temos que procurar por Gabryella Cooper? — Tomás aparecera na frente, com uma caneca em mão, bebendo distenso.
— Na região que ela esteve, provavelmente as pessoas ali podem reconhecer esse nome.
— Andei conversando com Kamal e ele não sabe nada dela. Perguntei para os outros e também não sabia muita coisa que ajudasse na busca. — Foi a vez de Zayn.
— Já estamos na frente. Temos a foto e o último nome que ela usou falsificado. Alguém deve saber dela naquela região. — Liam se pronúncia. — Como se pode ver nas imagens, ela parece ser uma pessoa que faz amizade e socializa facilmente. — Apanhou a imagem, olhando analisador. — Nem a pau que ela tem trinta anos! — Comentou fazendo uma leve careta para o papel em sua frente.
— Tudo que está aí é falsificado, apenas o rosto que não dá pra mudar. — Tomás examinou indiferente.
— Vamos amanhã? — Zayn indagou.
Tomlinson negou, sentando na cadeira dessa vez. — Vamos hoje a tarde.
Se relaxou mais sobre o assento, sentindo o sono querer voltar novamente. Tomou mais um pouco do café. Seus olhos pesavam, mas tentava manter abertos. A conversa entre os três flutuava totalmente alheia, planejando algumas coisas depois que acabar tudo isso.
Tudo parecia um mar de confuso, e Tomlinson tentava a todo custo sobreviver sobre isso da forma mais paciente que conseguia, mesmo que ao fundo sentia falhar igual um egoísta sem sucesso. Contudo se sentia próximo da beira do mar, mas ainda assim não sentia terra firme em seus pés, que a qualquer momento uma onda poderia invadir o espaço e levá-lo para o meio.
Sua vida estava em turbulência constante. Hipótese alguma passou por situações como essa e ter que enfrentar estara sendo um desafio para todos. A pessoa que iria ser destinado todo o carregamento estava à espera, pacientemente.
Sua desconfiança passara do limite, fazendo duvidar em sua volta. Quem poderia ser e quem estava por trás de tudo isso. Pessoas ainda poderiam estar infiltradas ali ou em qualquer canto vigiando cada passo que dava. E cogitar de tal forma estava-o dificultando em acreditar em uma única palavra ao redor.
E a única coisa que desejava era não desconfiar de sua única equipe. Jamais queria pensar que eles pudessem estar envolvidos com algum tipo de problemas como esse. Não os perdoaria nunca. Pensava em cogitar que eles estivessem fora de operação do golpe que aconteceu.
— Tommo, você parece distante. – Ouviu a voz de Tomás adentrar em seus ouvidos, despertando do pequeno aconchego que formou em sua cadeira.
— E estou. — Confessou. — Irei dormir um pouco. — Se levantou sentindo seu corpo reclamar. — Liam deixarei os papéis com você. Vamos partir às três da tarde, no meu jatinho. Sem atraso. — Alertou Tomás que era sempre o último a aparecer quando viajavam de urgência.
Se retirou da sala, ainda podendo ouvir Tomás protestar em sua defesa a sua enrolação quando tem que partir. Desprezando seu falatório, fecho a porta, vendo Emma vir em sua direção com alguns papéis em mão.
— Senhor Tomlinson, os outros papéis que o seu advogado estava processando já estão prontos e aqui. — Entrega-lhe.— E seu contador afirmou em esperar pela metade da dívida que o senhor Styles lhe deve.
— Ok. Manda preparar meu jatinho até às três da tarde. Mande Claire ou Bêni arrumar minha mala, no máximo, para cinco dias. — Peguei os papéis em sua mão. — E qualquer coisa diga que estou dormindo.
— Ok, Senhor Tomlinson.
Caminhou mais preciso para o andar de cima, sentindo seu corpo anestesiado pelo sono e exaustivo. Sua mente parecia querer se desligar a qualquer momento e entrar em um profundo e intenso sono. Fazia dias que não dormia como gostaria e sentia que naquela manhã poderia ter um digno sono que fora tirado por últimos tempos.
E tudo que mais ansiava naquela hora era poder se encontrar na calmaria e no relaxamento. Sua estrutura física parecia agradecer eternamente por ceder ao descanso. Seu quarto parecia um ótimo lugar momentaneamente para matar seus demônios internos. Cogitava que até eles queriam uma mixaria de um descanso.
[...]
— E você e o garoto?
Tomlinson naquele momento estava mais disposto após passar sua manhã e tarde em um profundo sono. Sua atenção voltada atentamente para cada detalhe e gestos em sua volta. Sua mente parecia mais estruturada.
Era madrugada. Partiram três da tarde, faltava uma hora para chegar no solo de Lima. Passaram em torno de catorze horas dentro do voo. Chegara de manhã, exaustos, todavia entusiasmados. Tomlinson achara muito calmo todo o cenário. A simplicidade estava-o deixando alerta.
— Que garoto? — Indagou ao ver que todos o encaravam curiosos. — Você contou, Tomás? — O fitou.
— Era segredo? — Proferiu com os seus olhos minimamente arregalados, mostrando aspecto de surpresa com a pergunta do homem.
— Quando você iria contar para gente isso? — Zayn disse distenso sobre a poltrona.
— Eu acho que isso é um assunto meu que não envolve o trabalho. — Tomou cuidado com suas palavras, proferindo cuidadosamente em seu tom de fala.
— Espero que não mesmo. — Liam comentou alheio.
Tomlinson o fitou, sentindo aos poucos seu maxilar endurecer. — Por que acha isso? — piscou algumas vezes, exemplificando não entender o seu falar.
— Eu apenas estou dizendo. — Rebateu em sua pergunta. — Não estamos querendo tomar conta da sua vida privada, só esperamos que sua vida privada não tome conta do nosso trabalho.
— Garanto que não vai. — Proferiu passivo.
— Poderia facilmente dizer que isso está melhor que uma maratona de jogos vorazes, mas não quero ver ambos em conflitos! — Tomás tomou a frente amenizando o clima tenso que se instalou entre os dois.
Tomlinson olhou para o lado, mordendo seu lábio inferior não podendo acreditar que umas fodas com o filho do Senhor Styles estava comprometendo sua equipe. Sentia o ar de cômico se instalar em sua mente. Discutir com Liam por causa tolas não foi o seu ponto e certamente muito menos de Payne, que sempre evitou especular sobre a vida do homem.
O sol parecia querer se aventurar no meio das nuvens. Aos poucos a caridade foi invadindo uma onda de brilhos fracos e adormecidos. O céu começava a criar tonalidades destinadas em várias cores. A paisagem parecia linda e tranquila, podendo jurar o silêncio entre meio aquelas nuvens. Aquilo parecia o sinônimo de paz interior, a calmaria em meio a tempestade.
E seu olhar ainda se manteve na pequena janela, olhando preguiçosamente todo o horizonte, afim de desvencilhar de sua mente traiçoeira. E de certo modo, aquilo o irritava. Calmaria demais e adrenalina demais, era seus dois aliados que pertenciam juntos, como sola de sapato, unidos apenas por uma cola que parecia resistente. Ambição.
Minutos se passaram. Sentiu o jatinho pousando, começando drasticamente perder a velocidade. Antes, sem sentir sua respiração trancada, soltou todo o ar de seu pulmão. Agora estava em solo de Peru, especificamente Lima, sua nova trajetória.
Levantou assim que foi estacionado. Suas pernas agradeceram e seu corpo parecia se esticar à medida que dava um passo cada vez, esperando os demais se retirar sendo o último.
— Ah cara! — A animação de Tomás tomou o ambiente. — Olha esses carros esportivos. Essas máquinas correm pra caralho! — Comentou logo de uma risada divertida.
Indubitavelmente era admirável a euforia do garoto pelos carros. Tomás era o mais novo da equipe e completo fanático por veículos. Desde os antigos até os atuais, tomava sua atenção por qualquer canto que passava. E Tomlinson já se conformara desde o dia que o conheceu em uma racha, frustrado e raivoso por ter dado perda total em seu único veículo.
— Calma. — Diz entrando na frente de Zayn que o mesmo estava indo na direção que o homem segurava as chaves dos veículos. — Eu escolho primeiro. Prioridade. — Fitou para o homem. — Eu quero aquele preto. — Aponto para o último carro.
O homem anuiu entregando a chave. E parecendo uma criança prestes a ganhar o melhor doce de sua vida, foi até o carro, analisando cada parte, desde de trás até o da frente, fazendo os demais questionar que a cada dia que se passava o garoto parecia ficar mais intensamente fissurado.
Os restantes pegaram qualquer chave na mão do homem, sobrando o último carro para Tomlinson que o mesmo tinha uma cor verde-oliva discreto. Caminhou até o veículo adentrando, não tardou e colocou a localização no GPS, partindo rumo ao bairro.
[...]
— Tem certeza que é aqui? — Ouviu Tomás indagar assim que se retirou do carro.
Fitou em volta. Pessoas andando tranquilamente pela rua, contudo o movimento era pouco. Ainda era de manhã cedo, as pessoas ainda estavam acordando. E não havia mais hora. O tempo tinha se esvaziado. Ficaram esperando chegar por dezesseis horas, não esperaria um dia todo para encontrar a garota.
Seu olhar ainda vagava por cada canto, até seu olhar parar na casa ao fundo, parecendo vazia abandonada. A casa em que a moça morou por um tempo.
— Sim. É aquela casa. — Examinou Tomlinson, apontando levemente com a cabeça.
Caminharam mais rapidamente ao final da rua, na casa que parecia afastada dos restantes. O atalho parecia vazio e silêncio, nem mesmo um carro por aquela região era ouvido. Tudo estava extremamente imperturbável. Seu olhar vagava em volta vendo casas silenciosas e sem um único movimento por dentro.
O sol ainda não atingia com toda a sua claridade aquele espaço, apenas um pequeno reflexo. Os passos sendo firmes contra o chão, fazendo barulhos de pedra sendo pisados, era o único som possível de ser ouvido.
Ao aproximar da casa, analisou atentamente e cuidadosamente. Franziu a sobrancelha cogitando que poderia estar alguém ali morando, contudo, quanto mais olhava, mais descartava sua idealização de alguém ali.
Em geral, o bairro parecia ser abandonado pelo governo, apenas mostrava que pessoas de baixas classes moravam ali. Casas simples e algumas mal feitas. Tomlinson poderia jurar facilmente que ali era uma área pobre de Lima, longe da riqueza da cidade, com algumas partes que virou turístico. Chega a ser cômico como os governos transformam pobreza em arte.
— Isso aqui parece estar abandonado há meses. — Zayn proferiu adentrando no quintal.
Com os passos curtos, se aproximou mais ao redor. Olhando para casa e o chão, mirou para a porta, que parecia fechada. Tomás novamente tomou a frente, colocando a mão na maçaneta, percebendo que a porta não estava trancada.
Olhou brevemente a fechadura vendo que foi arrombada violentamente.
— Isso aqui está imundo. — Olhou para trás vendo Liam fazer leve careta.
Tomás, ao abrir a porta, tinha voltado para fora, olhando as coisas atentamente. Respirou fundo achando a casa um tanto esquisita ao total. Não tomou conhecimento de como deveria estar a casa por dentro, e sem dúvidas podia garantir que estava na mesma situação que a do lado de fora, totalmente descuidado. O verdadeiro dono parecia não se importar com aquele pedaço de terreno e tão pouco se importava se encontrava em uma boa situação ou não.
No meio de tantas terras parecia que os matos queriam nascer ali em volta. Cadeiras jogadas, juntamente com madeiras por toda a parte. A vizinhança parecia não se importar com a bagunça. A casa parecia que a qualquer momento iria desmoronar na cabeça de quem estivesse ali, e desejou que não fosse naquele momento.
— Está tudo quieto. — Comentou Tomás ao seu lado. — Não achamos nada, talvez tenha alguma coisa lá dentro. — Tomlinson anuiu vendo os demais se aproximarem junto a si.
Adentraram na casa, reparando na imensa bagunça que tinha ali. Se do lado de fora estava abandonado e bagunçado, portanto não tinha um nome para dizer como estava ali dentro. Parecia que um furacão passou por cada canto. A casa fedia a mofo, e as coisas no chão parecendo que foram derrubadas grosseiramente.
Tomlinson fitou a parede vendo rastros de sangue em algumas partes, com apenas o olhar, viu que estavam secas. Um barulho e o estrondo soou no outro cômodo, fazendo ficarem atentos. Louis tirou sua arma na cintura, aproximou-se mais do barulho que estava vindo no outro cômodo, ouvindo os passos de Liam, Zayn e Tomás logo atrás.
Franziu o semblante ao ver a garota amarrada na cadeira com a boca tampada. Não entendeu. Seus olhos inchados e alguns hematomas no corpo. Ela parecia frágil e assustada, completamente apavorada.
Então ouviu algo atrás de si se debater. Olhou rapidamente, contudo foi atingido um soco em seu rosto, numa velocidade que fez-o tombar minimamente para o lado. Não sabendo quem é, esquivou de outro golpe, partindo para cima, voltando o soco na mesma altura.
Mas não era o suficiente, e parecia que a figura não saiu do lugar pelo o soco que foi impactado. Era um brutamonte. E sem enrolar, repentinamente tenta outro golpe. O homem abriu um sorriso macabro, mostrando não sentir dor. A arma que até em poucos segundos estava em sua mão, se encontrava no chão. Voltou a vê-lo, o analisando rapidamente.
No momento que o homem se aproximou, Tomlinson o acertou outro soco direto no nariz, estourando a veia da região e, consequentemente, o sangue deslizou pelo seu rosto. Sem demora, chutou suas pernas, fazendo-o cair esperadamente para trás. Correu até a sua arma já vendo o cômodo vazio, apenas com a garota que ainda tinha o olhar amedrontado.
Inclinou seu corpo para cima assim que pegou sua arma, sendo recebido com um pano em seu rosto, causando o cheiro de Clorofórmio adentrar em suas narinas.
— Estive dias esperando por sua visita — O homem, que segundos atrás estava no chão, indo em sua direção limpando o nariz com a palma da mão. Tentou desvencilhar-se do outro braço que o segurava—...me diga olá, Tomlinson. — E sua visão ficou turva, vendo apenas borrões.
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