I'm sorry for you

Se retirou do carro, ajeitando mais seu boné sobre a cabeça olhando em volta. Algumas pessoas o fitava com uma certa curiosidade, esbravejou achando que seria melhor ter ido com um carro menos chamativo. Guardou a chave no bolso e sem delongas começou a caminhar para dentro.

Alguns seguranças o olharam, mas não se importaram. Estava com apenas moletom, calça jeans, boné e seu tênis, nada tão chamativo, apenas usando o que sempre costuma vestir. Olhou no relógio em seu pulso. Cinco e meia da tarde. Parou no meio do aeroporto e tentou achar um rosto familiar.

Reparou um homem sentado olhando segundos em segundos em seu relógio. Era ele, Hulton. Louis podia ver seu nervosismo de longe. Filho da puta. Pensou com um sorriso achando tudo muito irônico. Apressou seus passos, e ao chegar perto o suficiente diminuiu. Ajeitou melhor seu boné.

O homem parecia tão distraído ao ponto de não perceber quando Tomlinson sentou ao seu lado preguiçosamente. Por um momento, Hulton pensou que era uma pessoa que estava esperando seu voo, mas seu desespero logo veio em seguida quando Louis ergueu sua cabeça. Arregalou os olhos, sentindo seu corpo tremer como se estivesse vendo a própria morte em sua frente.

— Hulton, acho que temos uma coisa para conversar.— Mantendo a voz calma, Louis ainda o fitava atento.— E é importante!— Colocou suas mãos no bolso do moletom sentindo começar a gelar.

O homem, no entanto, olhou distraído para os lados, afim de querer fazer uma loucura que Louis já imaginava. Louis apoio a lateral de seu pé em sua coxa, enquanto mantinha sua atenção preguiçosa para o olhar desesperador de seu ex segurança traidor.

— Se eu fosse você não tentaria fugir! Nesse exato momento tem duas armas sendo apontadas para você, esperando você dar um deslize para ser atingido. Você quem sabe, Hulton!

— Eu não fiz nada! — Sua voz saiu em murmúrio pela falta de firmeza. Era evidente seu medo. Ele não esperava por isso.

— Em uma conversa posso chegar nessa conclusão.— Louis se relaxou, dando de ombro como se nada fosse importante. 

Hulton apertou a alça de sua mochila e sentiu o nervosismo correr entre suas veias. O olhar do seu ex patrão estava tão calma que isso o preocupava. Seu olhar de sempre – cauteloso e calmo –, era indescritível. E Hulton temia, pois mesmo ele sabendo que Louis estava ciente do golpe, mantinha sua postura; sem se alterar, xingar e tampouco espancar.

Assentiu sem sua vontade. Não queria ir, não estava disposto a revelar tudo, mas um Louis Tomlinson e duas armas sendo apontado para ele dificultava mais ainda a situação. 

— Vocês não vão fazer nada comigo, eu tenho família!— Engoliu seco.

Louis sorriu escárnio pela angústia do homem.— Eu prometo que não irei fazer nada contra você.— Garantiu.— Podemos ir? 

Louis se levantou sendo acompanhado por Hulton. Andou ao seu lado não confiando em sua loucura. Seus passos ficaram apressados, indo direto para o seu carro. Saíram do aeroporto.

Hulton fitou um carro todo preto logo atrás do carro de Louis, sabendo que eram seus capangas o vigiando o tempo todo. Adentram. Seu coração estava acelerado, não sabendo o que iria acontecer com ele dali por diante. Louis não tinha palavras confiáveis e não perdoava nada, apesar que parecesse que sim. 

Sua voz não foi alterada em nenhum momento durante o curto diálogo, lidando a situação com paciência e confiança. Pediu sem fazer um único esforço para o homem ir conversar com o próprio, prometendo não relar sequer um dedo. Louis sabia jogar e estava disposto a ensinar e...vencer.

Louis partiu, começando a vagar pelas as ruas de Londres, sendo seguido pelo carro preto logo atrás. Sentia o homem ao seu lado aflito e tenso. No fundo, Louis carregava um amargo diante do que via e decepcionado em vê-lo daquela forma.

Mas ele causou aquilo e certamente Louis não tinha culpa pela escolha de Hulton.

— Eu realmente lamento por você, Hulton! — Sua voz carregava uma falsa lamentação e um puro sarcasmo.— Creio que se eu estivesse em seu lugar iria ter a mesma reação. Em pensar que você fazia parte de minha segurança, é lamentável para mim.— Negou com a cabeça com os pensamentos de fúria.— Eu te dei um voto de confiança e você jogou na merda achando que tudo sairia bem. Isso— O olhou.— é lamentável!

— Para onde está me levando?— Indagou, ignorando as falas de Louis.

Ah, você vai gostar!— Sorriu malicioso.

E em um ato totalmente inesperado, o homem o atacou, tentando jogar sua cabeça através do vidro, querendo o fazer desmaiar. Tomlinson segurou mais forte sobre o volante, afirmando sua cabeça. Tentou pegar seu rosto para levar para trás. O homem grudou em sua cara, esmagando, fazendo Tomlinson perder a visão pela a estrada, e assim perder um pouco do controle do veículo, começando a fazer zig-zag pelas ruas.

Desacelerou o carro para não ser capotado, enquanto Hulton tentava subir em cima do próprio, querendo-o perder a consciência. Com uma mão no volante e o outro no homem, Tomlinson se sentia sem um plano para tirá-lo de cima dele, uma vez que tinha duas mãos em cima de si, enquanto estava com uma. Sua cabeça se mantinha firme, não querendo encostar no vidro, pois sabia que na sequência de sua cabeça ser acertada, cairia em cheio do volante.

Tirou seu pé do acelerador, fazendo o carro perder a velocidade drasticamente e em seguida, com seu outro pé, apertou no freio. Ergueu sua perna até em seu peito, inclinou para trás e mirou seu pé para o homem que ainda estava-o esmagando. Sentiu um soco ser atingido em seu rosto e consequentemente Louis empurrou o corpo do homem com o seu pé com tudo para trás, fazendo Hulton bater as costas na porta e cair em cheio sentado um pouco desnorteado pelo o acontecimento. Pegou a cabeça do homem e bateu frequentemente no painel, até começar ver um líquido vermelho sair de seu nariz e em seguida desmaiar, ficando totalmente sem consciência.

Tomlinson não queria chegar a tamanha situação, mas o homem o agrediu primeiro e não deixaria-o sair por vencido nessa luta. Voltou a acelerar o carro. Olhou através do retrovisor vendo seus capangas para fora do carro, fitando toda a cena. Entraram e aceleraram o veículo, se aproximando com a de Louis. 

Ajeitou melhor o retrovisor para o seu rosto vendo uma linha vermelha de fora a fora marcada em sua pele, pegando quase toda sua bochecha. 

— Maluco me arranhou! — Tocou na ferida sentindo inchada. Olhou para o lado vendo seu ex segurança com a cabeça ainda jogada no painel desacordado. 

[...]

— O que fizeram com ele?— Tomás entra no casarão.— E por que ele está com a cara inchada?— Mirou Louis jogar a bituca do cigarro no chão, logo pisando em cima para apagar.

Expirou a fumaça.— Sim, eu estou bem! Ele quase jogou minha cabeça contra o vidro, mas me defendi.– Tomlinson diz irônico, fazendo seu amigo arquear a sobrancelha entendendo o motivo por encontrar o ex segurança com cara inchada.

— O que vamos fazer para acordar ele?— Zayn diz sentado na cadeira, fitando o homem desacordado com a cabeça tombada para frente.

— Se faz isso daqui.— Tomás se afasta.

Pegou um balde um pouco afastado dos meninos e partiu para a torneira, logo enchendo o balde até na metade, desligou e voltou. Jogou com força a água no rosto do homem, fazendo-o acordar instantaneamente pelo o afogamento.

— Não tinha como ser menos bruto?— Liam dizia com os olhos arregalados, não esperava o garoto ter essa atitude inesperada para si.

Tomás deu de ombro.— Achou o que? Que eu ia pegar um paninho e passar no rosto dele?

— Não.— Zayn diz no lugar de Liam.— Mas um soco, já que o rosto dele deve estar já adormecido pelos baques.

Tomlinson observava tudo. O homem parecia não querer acordar, mas aos poucos voltando com sua consciência. Fitou-o mexer os pulsos, na qual foi em vão ao ver que estavam presas. Todos ficaram quietos, agora prestando atenção pelo traidor acordar. Tentava mexer seu corpo, sendo em vão. Quando finalmente sua consciência voltou e todas suas últimas lembranças vieram como um raio atingindo o chão, arregalando os olhos. Seu nariz ardia e podia sentir sangue em sua boca. 

Olhou para as quatro figuras de homens o mirando atentos. Todos estavam em cada canto, mas sentiu sua espinha tremer quando seus olhos pararam com a de Tomlinson, que não parecia nada amigável. Tentou se mexer novamente, e de novo em vão. Ele estava preso, seu nariz ardia e seu rosto repleto de água. Olhou para a mesa um tanto distante de si, sua mão gelou ao ver armas sobre ela. Sua consciência voltou por completo. 

Tomlinson pegou uma cadeira, sentando de frente com o homem.— Como vai, Hulton?– Indagou, começando um diálogo mais agradável. 

— Você disse que iríamos apenas conversar.— O lembrou em um tom de voz baixo. 

— Ter me avançado não estava no acordo! Mas quer que eu seja direto ou você quer um discurso?— Sugeriu, ficando alguns segundos calado.— Cadê a porra da droga?— Seu maxilar trincou, sentindo sua raiva aflorar dentro de si. Estava se controlando demais para o seu gosto. 

— Eu não sei do que você está falando! 

Tomlinson umedeceu os lábios.— Eu sabia que não seria fácil!– Olhou para Liam.— Pega o notebook fazendo favor?— Liam pegou o objeto nw mão, entregando para Louis. 

Ligou-o caindo na página da gravação de uma câmera de segurança. Virou o objeto para Hulton.— Conhece essa pessoa?

O homem prestou melhor atenção no que tinha. Sentiu seu coração gelar, seu desespero passou pelo o seu corpo, tentando sair da cadeira de alguma forma, tudo que ele queria era sair. Aquilo estava sendo uma tortura. Tomlinson o estava torturando, atingindo o seu ponto fraco. Ele queria matar Louis e se livrar disso tudo, mas a primeira coisa que bateu foi seu arrependimento, talvez se ele não tivesse o enganado nada disso estaria acontecendo e sua mulher não estaria tendo que pagar pelo o seu erro. 

— Não fizamos nada com ela ainda! Nos diga para onde a droga foi e tudo que você sabe, assim sua família sairá sem um arranhão.— Tomou a fala, vendo que o homem não teria forças o suficiente. 

— Você prometeu, Tomlinson! 

— Eu prometi que não iria fazer com você, não com sua família!— Agora foi sua vez em fazê-lo lembrar do acordo. 

— Eu já disse que não sei!— Berra.

— Ele está me irritando!— Tomás diz entre-dente.

— Se fosse só você estava bom.— Zayn comentou.

Tomlinson os olhou, logo voltou a mirar a figura do homem em sua frente— Você está começando a irritá-los, e te garanto que eles não são tão pacientes como eu. Eu te prometi que não colocaria a mão em você, mas eles não te prometeram nada. Qual é, Hulton? Você quer que nós coloquemos a vida da sua família na merda e acabamos com sua vida por causa de drogas?— Arqueou as sobrancelhas.

Negou.— Eu sei que se eu te contar eles vão ir atrás de mim e matar toda minha família, depois eu, e se eu não te contar, você vai me matar. — Diz mais calmo.

Riu sarcástico, sentindo seu sangue pulsar em suas veias.— O velho truque do papel da vítima. Você tem seis milhões de dólares depositados na sua conta, caralho, como conseguiu do dia para noite? Acho bom você não começar a me enrolar. Eu sei que você está pouco se cagando pra merda da sua vida, mas pensa que tem gente inocente nesse jogo, então acho bom você não começar a me enrolar.— Indagou entre-dentes, perdendo a pouca paciência que o restava.

Hulton engoliu em seco, vendo que não tinha mais escapatória além de falar tudo que sabia. Sua família estava em risco e sabia que tudo era por sua culpa. Se não dissesse Louis iria os matar, e mesmo assim tudo continuaria sendo sua culpa, por ter colocado o dinheiro em primeiro lugar. Sua mulher não sabia de nada e sua preocupação aumentava quando pensou no que ela estaria passando. Seu filho não estava em casa, mas logo voltava do treino e iria deparar com a cena, se enrolasse em dizer.

Olhou para os demais garotos que tinha a expressão fechada, como se quisessem matá-lo da pior forma que existe e pronto para atacar se caso fizesse algum movimento falho, mesmo sendo impossível. Liam e Louis pareciam mais calmos sobre a situação, enquanto Tomás e Zayn parecia querer atacar o seu pescoço com tanta força que o mataria apenas com isso.

— Eles estão indo para a Índia, se não é que chegaram, e depois vão para Dubai com um outro avião, pois sabem que lá a droga é vendida muito rapidamente. Agora não faça nada com minha mulher e meu filho! — Disse súbito.

Franziu a sobrancelha, desconfiado pela confissão do homem.— Data...?— Inclinou para frente.

— Tudo que eu sei é que é em menos de uma semana.— Soltou o ar de seu pulmão, não acreditando que revelou tudo.— Agora não me pergunte quem é, pois eu também não sei! Só sei que o piloto iria ficar na Índia e de lá para Dubai irá outro piloto. 

Tomlinson olhou em seus olhos, antes de dizer.— Espero que você não esteja mentindo, porque aí não vai ser só sua família que...

— Eu juro!— Diz desesperador. — Juro pela minha família. Juro pela minha mulher e pelo o meu filho. Eu juro pelo o que você quiser que não estou mentindo! Só deixa eles em paz, por favor! — Tomlinson observava o homem de olhos fechados, chorando e implorando para não tocar em sua família.

Assentiu se levantando. — Levem ele para o sótão.— Virou. Os capangas se aproximaram para destrancá-lo da cadeira e levá-lo.

— O que? Você tem que me soltar!— Louis virou novamente, vendo o homem ser agarrado.

— Pensou que eu iria te soltar antes mesmo de confirmar tudo? Deixa de ser um filho da puta barato!— Seu olhar mantinha calmaria, vendo seu ex capanga querer se debater nos braços dos outros. — Podem levar!

Afirmou seus passos para fora, sendo acompanhado pelos outros. Tomás e Zayn conversavam entre eles, fazendo Liam ficar atento na pequena conversa de ambos. Saíram do casarão. Pegou sua chave destrancando o carro. Colocou o notebook de lado, colocando sua chave no cilindro de ignição.

Suspirou se sentindo exausto, tudo que mais queria era poder chegar em sua casa, tomar um banho e dormir até mais tarde. O que era para ser apenas um dia normal, foi tudo um agido em um só. Mas agora tinha uma ideia por onde sua carga estava e iria para onde for para achar e pegar o que era dele. Sentindo seu celular vibrar em seu bolso. Estranhou pegando. E sua estranheza foi maior quando viu que era um número desconhecido. Atendeu.

— Louis?— Ouviu uma voz afeminada através da linha.— É a Chloe!

Ao ouvir o nome, encostou sua cabeça no volante. Não poderia ser, não queria mais dor de cabeça. Não queria mais perturbação.

— O que você quer?— Diz áspero. Sua voz saiu um pouco abafada pela posição que se encontrava.

— Quero conversar com você sobre um assunto que você vai gostar. Podemos nos encontrar?— Louis levantou sua cabeça, pensando nas palavras da mulher.

— Onde?— Diz interessado e curioso pela sua suposta conversa.

— Na boate que você costuma frequentar. Estarei lá sábado à meia-noite, na área vip, à sua espera. Não falhe, senão não vamos ter nada de uma proposta.— Disse severa. Desligou a chamada.

Tomlinson tirou o objeto de perto de seu ouvido, olhando por alguns segundos se perguntando como Berry conseguiu seu número e o que era a proposta que tinha. Bufou jogando o celular de lado, ligando o carro. 

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As minhas intenções não é colocar muita briga, mas como é uma fanfic criminal, acaba sendo inevitável não ter. E parece que no desenvolvimento da fanfic, vai ter mais narração no ponto de vista do Louis do que do Harry, mas é claro, vou colocar pontos de vista dele também (mas pelos meus cálculos que estou fazendo, vai ter mais do Louis).

Eu honestamente espero que vocês estejam gostando da fanfic e dos personagens que estou criando. Quero deixar bem claro que não estou insinuando ninguém a fazer nada! Uma vez que é apenas uma fanfic. Estou avisando isso, só para constar mesmo.

A fanfic vai ter banner e teaser e estou muito animada para ver o resultadoooo

Obrigada pelos comentários e votos do capítulo anterior, isso deixa meu coração muito aquecido e me inspira mais em continuar. Eu tenho muito receio de escrever fanfics criminais, mesmo que tento criar uma imaginação fértil em por na história, mas sempre fico com o coração na mão.

Desculpa por qualquer erro de gramática.

É isso, obrigada por lerem até aqui!!

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