I can have both
— Aqui, pega e suma.— Desmond coloca o papel assinado no envelope, quase jogando no colo do homem a frente.
— Que isso senhor Styles, esse é o jeito de tratar uma pessoa? Ainda mais uma pessoa que agora tem metade de sua empresa de concessionário?— inexpressivo, Tomlinson pegou o envelope em mão, ainda se sentindo relaxado sobre a cadeira, observando o homem em sua frente fervendo de raiva.
— Você só tem 50% da empresa, você ainda não é dono! — Desmond Styles garantiu.
— Mas já me faz ter uma boa ação dessa porcaria de empresa.— Abre o envelope, olhando para as folhas toda assinada. — Sabe, foi bom fazer negócio com você! — Voltou as folhas cuidadosamente, para não amassar.
— Pega e some daqui, Tomlinson. — Falou entre-dente, fazendo o de olhos azuis sorri de lado.
— Você apenas me pagou 40% da divina, acho melhor você começar baixando sua bola comigo, Desmond. Você aparenta ter uma família bonita e eu não quero colocar eles em jogo, então vamos começar primeiro a se policiar pela a forma como você me dirige a palavra. Eu estou sendo muito educado com você ultimamente, não me faça perder minha educação. —Tombou a cabeça levemente para o lado, demonstrando estar paciente sobre tudo aquilo, fazendo o homem começar abaixar sua postura e suavizar seu rosto de zangado para preocupado.
— Eles não tem nada a ver com isso, Tomlinson! — Diz em cautela.
— Então não faça com que tenham!- Diz indiferente. — Você ainda tem que me pagar 60% da dívida. Como vai seu filho?— Observa o homem a arregalar os olhos.
— Como você conheceu meu filho? Não coloca ele nisso! — O desespero do homem ia aumentando à medida que olhava para Louis.
— Claro que não troco meu dinheiro por pessoa, pois simplesmente posso ter as duas coisas. Mas é bom lembrar que você tem um filho muito bonito e bem atraente para qualquer olhar, Anne também é uma mulher muito bonita para a sua idade, o corpo magnífico.
— Presta atenção, Tomlinson...— Senhor Styles volta com sua fúria. Louis trincou o maxilar por ter sido interrompido.
— Presta atenção você, Desmond! É bom você começar a saber com quem está lidando. Eu não costumo ter paciência fora do prazo, mas por você eu estou dando exceções, então espero que você comece a se explicar em dar um jeito de erguer meu dinheiro, assim ninguém sairá ferido. A diferença entre eu e um banco, é que o banco suja o nome, eu costumo sujar tapetes de sala com sangue. É apenas um recado, Senhor Styles. — Tomlinson o ameaçou.
Desmond sabia que Louis não chegava a tamanha situação, já que suas próprias palavras temeriam qualquer pessoa, afinal ele era um criminoso, poderia esperar qualquer coisa vinda de uma pessoa assim. Senhor Styles começou a baixar sua guarda, fazendo assim Louis sorrir largamente pela postura do homem começar a cair. Sabia que não tinha o que falar, apenas se calar e cogitar de um jeito em pagar de vez essa dívida que parecia nunca ter fim.
Ter feito um empréstimo milionário com Tomlinson sabia que não era o certo, mas para sua empresa arriscou. Agora não tinha dinheiro de volta, lutou por três anos para erguer, mas era muito dinheiro e mesmo que trabalhasse por mais três anos não conseguiria ter o dinheiro completo. Sua preocupação aumentava, fazendo seu desespero vir à tona. Não era o momento, ele tinha que se controlar.
Louis observava o homem em sua frente tentando se acalmar. Seu rosto estava paciente, apenas encarando inexpressivo, como se estivesse apenas olhando para qualquer ponto, não para um cara que estava prestes a explodir pela sua furiosa e agonia. Tomlinson não se sentia culpado por ter feito tal emoção com o homem, ele apenas o alertou, já que não costumava cobrar pessoalmente.
— Mais quantos prazos você me dá?- Tomlinson sorriu ao ouvir sair um fio de voz de Desmond. Ele adorava quando mostrava soberbo para qualquer um, principalmente para uma pessoa que ele nomeava como um filho da puta.
— Você ainda quer prazo?- Diz incrédulo, mas não tardou e suavizou sua expressão.- Ok. O prazo é de quinze dias. Sem mais e sem menos. Espero que você consiga arrumar meus 60% da dívida. — Se levantou, fazendo o homem arregalar os olhos.
Era pouco tempo, nem se trabalhasse dia e noite conseguiria erguer todo o dinheiro, ainda mais em quinze dias. Ele precisava de mais tempo, talvez um ou dois anos.
— Mas isso é pouco tempo! — Louis deu de ombro.
— Isso já não é mais problema meu. Você não acha que te dei tempo o suficiente? Foram porra de cinco anos esperando, caralho, ainda quer mais tempo? Você acha que sou relógio? — Tentava controlar sua voz, não querendo se alterar ali. Podia sentir seus dentes roçando um no outro tentando manter a voz baixa.— Se vira, Desmond! Vende a sua casa, vende a sua mulher, vende o seu filho, se vira! — Cuspiu as palavras.
Tomlinson podia ver o desespero do homem contorcer dentro de si. Ele não estava brincando, aquilo tudo não era brincadeira na qual depois ri e diz: te peguei. Ele queria o que era dele por direito, mesmo sendo da ilegalidade. Ele prestou o dinheiro sem delongas, por tanto, do mesmo modo que emprestou, queria de volta, cada centavo. Ele sabia que era um prazo muito curto, mas queria ver até onde Desmond seria capaz de ir para conseguir. Sim, Tomlinson já estivera esperando o pior do homem.
Certamente Senhor Styles não foi o único que demorou em pagar sua dívida com Louis, mas era o primeiro que estava confrontando-o dizendo com moral. Tomlinson achava engraçado, pois além do homem deve uma quantia absurda, ainda queria estar no direito de argumentar alguma coisa, desejando erguer o tom de voz. Era muito cara de pau da parte de Desmond, achara.
— Em quinze dias entrarei em contato com você. Espero que você tenha um ótimo final de tarde. — Acenou com a cabeça, não estenderia a mão pois sabia que não haveria resposta.
Desmond, entretanto, ficou quieto, apenas observando. Sua mente estava trabalhando a todo vapor no que poderia fazer durante quinze dias. Não sabia por onde começar ou como começar. Tomlinson praticamente já tinha a única coisa valiosa do homem: sua empresa. Não sabia o que mais oferecer.
Talvez fugir seria sua melhor alternativa, mas sabia que Louis iria atrás dele até o inferno. Ele não tinha escapatória além de pagar sua dívida.
Já do lado de fora, Louis viu seu carro se aproximar. Tirou algumas notas de dinheiro em seu bolso e entregou para o manobrista em forma de agradecimento por ter cuidado de seu carro. Adentrou colocando o envelope de lado. Sua vontade era rasgar aquelas folhas em mil pedaços e jogá-los tudo no fogo. Sua raiva cresceu em menos de segundos, pensando que teria que esperar por mais tempo. Sentia-se um absurdo, mas tinha que saber lidar com a situação. Se Desmond considerava-se esperto, indubitavelmente não conhecia Louis Tomlinson. Esses quinze dias teriam um preço, contudo, não sabia qual.
Arrancou o carro dali, partindo para outra etapa.
[...]
Estacionou em frente ao orfanato em que morou há anos e agora os ajudavam. Já podia ouvir os gritos das crianças brincando no parque. Guardou sua chave logo saindo do veículo. Ali era o seu refúgio diário, a calmaria que achou no meio de toda tempestade. As mesmas mulheres que cuidaram-o quando criança, ainda estavam lá, com o mesmo sorriso de sempre.
Marie, funcionária que quase adotou Louis, trabalhava com todo o seu gosto ali. Com os cabelos brancos e o rosto mais envelhecido, parecia disposta de qualquer forma. Ali, naquela pequena área, considerava sua segunda família, já que a primeira perdeu em uma situação deprimente e deplorável. Sentiu sua mente pesar com recordações, sendo impiedoso rememorar os motivos que aconteceu para chegar a conhecer pessoas incríveis como Marie.
Aproximou do portão logo se abrindo, o porteiro já o conhecia há anos. Nada tinha mudado, sempre as mesmas decorações e pessoas.
As risadas e gritos das crianças visivelmente aumentara à medida que Tomlinson se aproximava. Seu sorriso enriqueceu ao ver alguns baixinhos correndo pelo descontrolados pelo pátio. Ainda era horário de almoço e, possivelmente, daqui a pouco alguns iriam dormir, enquanto as outras metades tinham ido para a escolinha. Ouviu algumas crianças gritarem seu nome. Olhou rapidamente sentindo seu pescoço ficar um pouco dolorido pela velocidade. Sorriu ao ver um pequeno grupo de crianças correr em sua direção. Se agachou, abrindo os braços, recebendo todos em um abraço só.
— Achávamos que você não iria vir mais. — Uma garotinha em tom de pele escura falou se aconchegando mais em seu abraço.
— Claro que eu iria vir, eu sempre venho, Maya! — Os abraçou mais forte, sentindo todos se esmagar.
— Tio Tomlinson, você vai acabar nos matando sufocados. — Bryan pronunciou com sua voz abafada. Louis riu e os soltaram.
Analisou as crianças em sua frente. — Percebo que vocês estão de roupas diferentes, quem andou dando para vocês?— Fez cara de desconfiado.
— Tia Marie falou que foi presente de um admirador muito próximo. — Uma pequena garota branquinha de cabelos ruivos falou em murmúrio, fazendo todos concordarem.
— Ok, tio Tomlinson ficou com ciúmes! Então vamos fazer assim, quero que todos vocês escrevam num papelzinho que brinquedo quer tanto ganhar. Maya, vou deixar essa responsabilidade com você, quero que pegue todos os papeizinhos de todos e me entrega, você dá conta? — Ela assentiu firme.
Maya era um pouco mais velha que a maioria das crianças e a inteligência dela deixava Tomlinson surpreendido. Gostava da garota, ela lembrava a esperteza de sua mãe.
— Irei pegar de todos! — Ela garantiu, tirando um sorriso do maior.
— Irei confiar em você. Então não esqueçam de escrever no papel. Tio Tomlinson vai dar qualquer brinquedo. — Todos se animaram. — Então vão já ir escrevendo. — Todos saíram correndo, deixando Louis sozinho.
Levantou acompanhando com o olhar a correria das crianças em pegar um papel e começa a escrever. Andou para dentro, querendo ir para o berçário. Estava sentindo falta de ver os pequenos rostinhos gordinhos dos bebês, além de que aquele lugar trazia uma paz grande quando estavam dormindo, pois acordado Tomlinson não conseguia ficar um segundo ali dentro, era muito choro. Avistou a porta fechada da sala, deduziu que eles estivessem dormindo já que não ouvia-se um barulho sequer.
Abriu a porta vagarosamente para não fazer barulho algum, não queria ser responsável pela qual acordou alguma criança. O silêncio era ensurdecedor, não ouvia nem sequer um único barulho. A sala estava clara, mas não ao ponto de incomodar os bebês dormindo. Adentrou mais ao cômodo, fechando a porta com cuidado. Virou seu corpo para frente a fim de querer ver eles dormindo, todavia quase tomou um susto ao ver a figura de Marie num canto lendo um livro, que agora o encarava com um sorriso no rosto.
A mulher se levantou e foi em sua direção, abrindo os braços e o abraçou fortemente. Louis correspondeu. Se afastaram e a mulher, através dos óculos, o analisou, checando se nada tinha acontecido com ele. Ele parecia estar bem, sem nenhum machucado.
— Você está bem? Como foi a viagem? Chegou há muito tempo? — Marie começou bombardear-o com perguntas.
— Sim, eu estou bem. A viagem foi com sucesso. E não, não faz muito tempo que cheguei, apenas quatro dias. — A tranquilizou.
— Eu fico tão preocupada com você com essas aventuras sua. Você sempre me diz que não são nada importante, mas eu sei que são e isso é o que mais me preocupam.— Tomlinson passou sua mão no braço da mulher, tentando mostrar calmaria para a mesma.
— Apenas foi para resolver alguns negócios pendentes que já fazia há alguns meses que eu tinha que resolver, não era nada de mais — Tomlinson mentiu, pois sabia que aquele negócio valia a sua vida, mas para não preocupar Marie, preferiu manter-se calado.
A mulher não sabia todos os lados opostos do homem, apenas sabia as coisas que Tomlinson achara que ela tinha que saber. Não queria preocupá-la em nada, uma vez que ela já era uma pessoa de idade e não queria colocá-la em situações de risco. Ele já a via como da família, por tanto, não queria compartilhar seus negócios sujos com a pessoa que ele se importava.
— E como estão as crianças? — Questionou, ouvindo a mulher suspirar.
— Estão bem, dois foram adotados.— Tomlinson sorriu feliz em saber dessa notícia.
— Percebi que as crianças estão com roupas novas, elas me falaram que um admirador deu. Quem foi? — Indagou vendo Marie dar de ombro.
— Chloe Berry. Também diz que te conhece.— Tomlinson suspirou calmamente. Sabia quem era.— Você a conhece?— Assentiu a contragosto.
— Eu a conheci em um evento. — Proferiu em um pequeno murmúrio.
Chloe Berry, esposa de Robert Berry; o cara que desgraçou a sua vida e Tomlinson, contra sua raiva, desgraçou com a dele. Não entendeu o motivo por ela ter feito tal ato e não sabia como ela descobriu que o homem frequentava o orfanato. Certamente ela estava atrás dele e ele não iria se esconder. Sua preocupação aumentou pensando nas crianças, jurando não acontecer nada com eles. Ali era um espaço consagrado de apenas pessoas inocentes, não um campo de guerra e conflitos sobre o passado e dinheiro.
Tudo que Tomlinson almejava era viver em paz e notando que Chloe apareceu, o fez questionar muitas coisas, ainda mais de uma mulher que é esposa de um homem que acabou com seu passado jogando tudo na merda. Sentiu seu braço ser tocado, olhou para frente vendo Marie o encarar confusa.
— Você está bem?— Franziu a sobrancelha. Assentiu afastando seus devaneios.
— Sim. Faz muito tempo que não a vejo, acho que irei fazer uma visita para ela e agradecer pelas roupas.— Sorriu docemente, fazendo a mulher em sua frente suavizar a expressão.
— Você é tão bom, Louis. Nós te amamos e sempre.— Voltou o abraçar, Louis cedeu o abraço, sentindo os braços quente de Marie rodear seu corpo.
━━━━━━━━━//━━━━━━━━
Feliz nataaaaaal
Espero que vocês estejam tendo um ótimo feliz Natal e que possam comer muitooo!!
Hoje eu não iria postar o capítulo, mas queria desejar um feliz Natal para todos que estejam lendo a fanfic.
Espero que gostaram desse capítulo.
Continuo?
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top