Capítulo 13.Talvez esse seja um adeus...Cretino
Notas iniciais: Último capítulo, boa leitura
Cap.13: A Decisão, talvez esse seja um adeus...Cretino
Você será sempre o meu amor
Eu sei que nós tivemos nossos momentos, mas
Eu ainda sinto isso
Você será sempre o meu amor
Mesmo quando eu tento esquecer
Eu simplesmente não consigo, porque você será
Sempre o meu amor
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"Sentimentos tardios têm consequências futuras." Queen The Vampire
O quão doloroso deve ser reconhecer e deixar um sentimento tardio? Será que a sensação de incapacidade ou a falta de bom senso momentânea fazem diferença quando não há mais o que fazer? Será que esse mesmo aprendizado pode ser levado em conta para que no futuro não se repita o mesmo fracasso?
Nomy observava seu reflexo no espelho do banheiro. Os olhos levemente cansados e o cabelo ainda bagunçado da noite anterior, onde as conversas com Sakura haviam sido mais longas do que o esperado. Estava mais leve, porém ainda processando tudo o que tinha decidido em seu coração. A decisão não era algo novo, mas finalmente aceitá-la para si mesma trazia um sentimento de liberdade. Ela não tinha por que postergar essa angústia, quando nem mesmo ela se via presa nessa situação.
O fato é que, quando saiu da casa do Uchiha, antes de encontrar com Sakura, ela parou para refletir, pensou desde o momento que o conheceu até a última noite que passaram juntos e isso se repetiu em flashs infinitos, fossem com Kiba ou com Shisui, e a única coisa que faltava era dar o próximo passo, independente do que o futuro lhe reservasse.
— Então é isso. — Ela murmurou para si, enquanto arrumava o cabelo.
Voltou para a sala onde Sakura já a aguardava com uma xícara de chá fumegante, o sorriso tranquilo nos lábios e uma expressão serena que parecia dizer "Eu já sabia". Nomy não podia negar, a amiga sempre enxergava além do óbvio, e sua decisão de seguir com ele também não a surpreendia.
— Então, quando você vai contar para ele? — Sakura perguntou com um brilho curioso no olhar.
Nomy sentou-se ao lado da amiga, pegando a xícara que ela lhe oferecia.
— Hoje. — Ela respondeu com firmeza, sorvendo um pouco do chá quente. — Ambos merecem ouvir da minha boca, afinal estão esperando por isso.
Sakura sorriu.
— Fico feliz por você. Ele é um bom homem, Nomy. E é claro que você merece o melhor.
Aquelas palavras, embora confortantes, faziam Nomy pensar em Kiba. Ela sabia que provavelmente o Inuzuka não estava lidando bem com o distanciamento, mas também sabia que eles não poderiam continuar se machucando e, independente da escolha, ela deveria resolver de uma vez...
Kiba estava sozinho em seu apartamento, as luzes baixas criando um ambiente melancólico que combinava com o estado de espírito dele. Após semanas de tensão e incertezas, ele finalmente estava pronto para saber a verdade, independente de qual fosse. Pelo menos era o que ele achava, até a campainha tocar.
Seu coração acelerou, um misto de expectativa e medo o atingiu em cheio. Ele se levantou devagar, caminhando até a porta. Sabia quem estava ali. Com a mão no trinco, respirou fundo antes de abri-la.
Nomy estava parada na entrada, com um olhar determinado. Havia algo diferente nela, algo mais sereno, mas ao mesmo tempo carregado de certeza. Kiba engoliu em seco ao perceber que aquela visita provavelmente não era o esperado.
— Oi, Kiba. — A voz dela era baixa, quase suave, mas carregada de um peso que ele sentiu imediatamente.
— Gatinha... — Ele respondeu, abrindo espaço para que ela entrasse. Nomy caminhou até o centro da sala, observando o ambiente familiar antes de se virar para encará-lo.
Kiba fechou a porta e se aproximou, mas manteve uma certa distância, sem saber exatamente como agir. Somente uma única vez em toda a sua vida essa sensação ruim ruigiu em seu peito e foi quando se sentiu usado. Apesar da familiaridade com as sensações, ele jamais sentiu esse motivo em Nomidara. O silêncio entre eles parecia denso, até que Nomy respirou fundo e começou a falar.
— Eu vim aqui porque precisava falar pessoalmente. Acho que você merece ouvir da minha boca, e não através de outra pessoa ou de uma mensagem gravada. — Ela o encarou com sinceridade, e Kiba soube, naquele instante, o que estava prestes a ouvir.
— Eu decidi, Kiba. Decidi o que é melhor para mim. E... isso não envolve mais a gente. — As palavras saíram firmes, mas carregadas de uma gentileza que o fez sentir o peso real do que estava acontecendo.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, tentando absorver o que ela havia dito.
Mesmo que já esperasse por aquilo, ouvir era diferente. Mais doloroso.
— Então... é isso? — Ele perguntou, a voz soando mais baixa do que o normal, quase como se estivesse lutando para se manter no controle.
— Você está dizendo que não vai voltar para mim? — A voz de Kiba estava carregada de uma tristeza mal disfarçada.
Nomy assentiu, os olhos fixos nele, mas sem desviar ou demonstrar qualquer hesitação.
— Sim, Kiba. Eu... Eu estou com Shisui agora. E não vou voltar atrás nessa decisão. — Ela respirou fundo, como se aquele momento fosse tão difícil para ela quanto era para ele. — Não é porque não sinto nada por você. Nós tivemos momentos importantes juntos, e eu vou sempre valorizar isso. Mas eu preciso seguir em frente. E você também.
Kiba passou a mão pelo rosto, tentando esconder a frustração que crescia em seu peito. Ele sempre soube que havia essa possibilidade, mas, no fundo, uma parte de si ainda tinha esperanças. Esperanças que agora se desmoronavam diante da realidade.
— Eu achei que... talvez... — Ele começou, mas as palavras morreram em sua boca. Não havia mais "talvez". Não havia mais "se". Ele sabia que o fim havia chegado.
Nomy deu um passo em direção a ele, colocando uma mão delicada em seu braço, subiu lentamente para a face tão bela antes de deixar uma carícia leve do lado direito.
— Eu sinto muito, Kiba. Eu realmente sinto. Mas eu sei que, com o tempo, você vai entender que essa é a melhor decisão para nós dois. — A voz dela estava suave, e o toque dela, caloroso, mas ele sentiu como se o peso do mundo estivesse caindo sobre ele.
Kiba segurou a mão dela por um instante, olhando-a nos olhos. Havia tanto que ele queria dizer, tanto que ele queria fazer, mas, no fundo, ele sabia que nada mudaria o que estava feito, que todas as oportunidades foram perdidas no momento em que se apegou ao que quis viver e não pensou em como isso interferiria ao seu redor.
— Eu só... eu só queria que fosse diferente, sabe? — A voz dele finalmente quebrou, revelando a dor que ele estava tentando esconder.
— Eu sei. — Nomy respondeu, um brilho de compaixão em seus olhos. — Mas não podemos mudar o que já passou. Só podemos ir, sempre em frente.
Ela deu um passo para trás, retirando a mão, e Kiba sentiu a distância crescer entre eles novamente.
— Se cuida, Kiba. — Foram as últimas palavras dela antes de se virar e finalmente partir, enquanto ele ficou parado, observando-a sair pela porta, sentindo a perda de algo que ele nunca realmente teve, afinal de contas, um sentimento não cuidado também passa a não te pertencer, restando apenas a frustração.
Eu não falei sério quando disse que não te amava tanto
Eu devia ter agarrado firme, eu nunca devia ter deixado você ir embora
Eu não sabia de nada, eu fui estúpido, fui burro
Eu estava mentindo pra mim mesmo
Eu não poderia ter pensado que um dia eu ficaria sem seu amor
Nunca imaginei que eu ficaria sentado aqui, devastado
Acho que eu não te conhecia, acho que eu não me conhecia
Mas eu achei que sabia de tudo que eu nunca senti
O sentimento que estou sentindo, agora que não ouço a sua voz
Ou tenho seu toque e seu beijo, porque eu não tenho uma escolha
[...]
Alguns dias se passaram, desde então cada ato foi pensado calmamente.
Nomy e Shisui não haviam combinado nada, porém, ela se certificou de que estava sozinho e com a ajuda de um certo casal até mesmo sabia a hora certa de visitá-lo. Quando deixou claro que queria vê-lo, o moreno se sentiu ansioso, sem saber se a visita dela seria para falarem sobre a viagem ou dar um basta na relação que mal tinha começado. Às vezes, Shisui se recriminava por se apegar tão facilmente.
Nomy estava em frente à porta, o coração batendo forte em seu peito. Seu dedo parou a poucos centímetros da campainha, uma mistura de ansiedade e certeza invadindo sua mente. Não era medo da resposta, pois ela sabia o que queria; era o peso do momento, de finalmente tomar uma atitude que mudaria seu futuro.
Ela tocou a campainha e Shisui atendeu rapidamente, os olhos escuros brilhando com aquele misto de serenidade e carinho que ele sempre demonstrava quando a via.
— Você veio. — Ele sorriu, o alívio visível em sua expressão.
— Vim. — Ela respirou fundo, sentindo o coração acelerar. — Eu... queria te dar minha resposta.
Ele a observou por um momento, abrindo espaço para que entrasse, mas Nomy hesitou por um segundo, preferindo permanecer no hall. Talvez a gravidade do momento exigisse algo mais simples, sem distrações.
— Eu pensei muito sobre o que conversamos naquela noite e em minhas ações ao longo do tempo em que estamos juntos. — Ela começou, sentindo a intensidade do olhar alheio. — E sobre nós... e eu percebi que, por muito tempo, estive presa a um sentimento que, por mais verdadeiro que fosse, não era o suficiente e isso estava gerando uma expectativa em ter algo que jamais seria correspondido por outra pessoa.
Shisui permaneceu em silêncio, mas os olhos dele refletiam uma compreensão profunda. Ele não a interrompeu.
— O que eu quero dizer é que... Se a sua proposta ainda estiver de pé, eu aceito tudo. Viajar com você, ter um relacionamento e mais do que isso, quero estar com você de verdade, Shisui.
A tensão no ar se dissipou quando um sorriso suave surgiu nos lábios de Shisui. Ele deu um passo à frente, tocando o rosto dela com delicadeza, antes de envolvê-la pela cintura.
— Você não sabe o quanto isso significa para mim. — Ele sussurrou, antes de puxá-la, trazendo-a para dentro da sala de forma tão natural que Nomy não percebeu e então ele a beijou, tão calmo e repleto de emoções que finalmente estavam alinhadas. O beijo, apesar de intenso, se mantinha além do carnal, e quando a necessidade de respirar se fez presente, foi seguido de um abraço apertado e um encontro cúmplice de olhares.
Kiba havia sido uma paixão intensa e arrebatadora e até seria algo mais, se tivesse se permitido, e talvez isso os tenha confundido por muito tempo. Agora, porém, o caminho com ele estava claro.
Nomidara não escolheu Shisui por ser o melhor para si e sim porque realmente tinha sentimentos por ele. A mera dúvida em responder Kiba quando ele foi até o seu apartamento deixou bastante claro em que patamar estavam.
Nomy estava feliz com sua escolha e bastava olhar naqueles orbes ônixs que transmitiam tanta certeza que a faziam duvidar se um dia poderia expressar tanto e, mesmo que o futuro seja incerto, era com ele que gostaria de permanecer.
Kiba Inuzuka lhe deu inúmeros motivos para partir ou permanecer na mesma constante, enquanto Uchiha Shisui lhe deu apenas um para ficar, e ouvir o coração foi a melhor escolha a ser feita, pois quem ama não duvida dos próprios sentimentos e às vezes é melhor partir do que continuar se ferindo em algo que não há futuro.
Amor, o seu verdadeiro amor está bem aqui
Eu vou te dar carinho
Querida, boa companhia
Farei de você a minha prioridade
Garota, seu coração merece a melhor parte de mim
Ninguém vai cuidar de você
Da maneira como eu cuido de você
Você deveria me deixar te amar
Deixe-me ser aquele que te dá
Tudo que você quer e precisa
Garota, o amor e proteção
Faça-me sua seleção
Mostre que o amor pode ser tudo que você precisa
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Músicas: My Boo - Usher ft.Alicia keys, We belong Together - Mariah Carey e Let me love you - Mario
Até o epílogo <3
https://youtu.be/o7AjGlMdXE4
https://youtu.be/egEQS_7fq_A
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