Capítulo 10:Peça conselhos para lidar com o cretino
Cap: Peça conselhos para lidar com o cretino
Ei, você aí
Você com as estrelas nos olhos
Amor nunca te fez acertar, você não está vendo as coisas com clareza
Ei, você aí
Você no mundinho da lua
Esperando que seus sonhos se realizem, você não vê?
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"Existem dois tipos de homem, o que fode você e o que fode com você e em apenas um dos casos existe prazer." - Queen The Vampire
Nomy estava perdida, havia chorado como nunca antes. Sentia-se mal por ter retribuído o beijo de Kiba, e essa sensação só servia para reforçar o quanto estava confusa e, talvez, até mesmo apaixonada por Shisui, pois quando o coração está completamente entregue, não há dúvidas. Um pouco de remorso? Talvez, mas dúvidas? Dificilmente.
Nomidara se perguntava como afastar esses pensamentos e incertezas, até que lhe ocorreu a ideia de conversar com a única pessoa que poderia realmente apaziguar seu coração.
[...]
Nomy estava perdida, tendo chorado como nunca antes. Sentia-se mal por ter retribuído o beijo de Kiba, e essa sensação só servia para reforçar o quanto estava confusa e, talvez, até mesmo apaixonada por Shisui, pois, quando o coração está completamente entregue, não há dúvidas. Um pouco de remorso? Talvez, mas incertezas? Dificilmente.
Nomidara se perguntava como afastar esses pensamentos e inseguranças, até que lhe ocorreu a ideia de conversar com a única pessoa que poderia realmente apaziguar seu coração.
Uma mulher na faixa dos quarenta e seis anos encarava a filha cacheada com um sorriso, mesmo achando estranho a visita inesperada, afinal, Nomidara sempre foi extremamente metódica quanto a isso. Sora sempre foi uma mãe liberal, que lhe ensinava sobre a vida, mas sem interferir ao ponto de estragar as experiências, permitindo que Nomy aprendesse com as consequências das próprias escolhas. Estava sempre presente quando a filha precisava.
— Querida, fico feliz que tenha vindo mais cedo. — saudou Sora, acolhendo-a em um abraço terno.
— Eu sei que deveria ter avisado, mãe, que combinei de vir nas férias, mas eu realmente preciso de um conselho. — disse Nomy, direta, sem se preocupar em medir as palavras.
— Vamos entrar. — Sora a puxou para dentro, sem esperar por uma resposta. — E então, como está o trabalho? A faculdade? Tem se alimentado direitinho?
Nomy sorriu, sentindo-se sortuda por ter alguém tão amorosa em sua vida.
— Estou bem em todos esses sentidos. — ironizou, observando a mãe se dirigir à cozinha, enquanto a seguia. — Mas eu preciso de um conselho.
Desviou o olhar, envergonhada. Nunca havia falado sobre esse tipo de assunto com a mãe, e ainda se lembrava das conversas embaraçosas que tiveram. No entanto, essa situação era, de longe, a mais vergonhosa, pois não queria dizer exatamente o que havia feito; apenas precisava de orientação.
Sora permaneceu em silêncio, criando um ambiente confortável para que a filha se sentisse à vontade. Ela conhecia Nomidara o suficiente para saber que ela estava se preparando para falar, e sentia que ela estava nervosa.
— Querida, vou preparar um chá. Prefere de quê?
— Camomila com limão e mel. — respondeu Nomy, com a previsibilidade que Sora já esperava, ao ponto de já estar com a erva e a fruta em mãos.
Enquanto a infusão fervia, conversaram sobre trivialidades. Quando o chá foi servido, no primeiro gole Nomy relaxou os ombros, sentando-se à mesa da cozinha. Sora colocou a chaleira no fogão e preparou duas xícaras. O ambiente acolhedor da casa de sua mãe a fez sentir-se um pouco mais calma, mas o turbilhão de sentimentos ainda estava ali, pronto para se manifestar a qualquer momento.
— Então, querida, o que aconteceu? — perguntou Sora, enquanto servia o chá de camomila, que sempre ajudava a acalmar os nervos de Nomy.
— Mãe, estou tão confusa... — começou, com os olhos marejados. — Eu me envolvi com um cara, mas meus sentimentos por outro... eles são tão intensos. Não sei o que fazer. Sinto que estou traindo ambos com essa indecisão, mesmo que não tenhamos nada oficialmente.
Sora assentiu, ouvindo atentamente enquanto levava a xícara aos lábios. Ela sabia que a filha precisava desabafar, e o melhor que poderia fazer era escutar antes de oferecer qualquer conselho. Ainda lembrava de como foi difícil ver Nomidara sofrer por causa de seu relacionamento com Omoi, mesmo sendo a primeira a avisar que não daria certo. No fundo, o instinto de uma boa mãe nunca falha. Ao encarar a filha depois do breve relato, Sora respirou fundo. Nomidara sempre foi direta em suas escolhas, entrando de cabeça, e tinha certeza de que, se houve espaço para outro, foi porque o primeiro não levou em consideração o que tiveram juntos.
Sua menina estava ali, aparentemente apaixonada por dois homens, ou talvez apenas desejando um ardentemente ao ponto de a luxúria e outros sentimentos carnais nublarem a racionalidade de um coração desesperado por respostas. Sora sorriu, segurando a mão da filha sobre a mesa.
Depois de crescida, eram raras as vezes que Nomy pedia conselhos, pois ela tinha o costume de resolver tudo sozinha, mesmo que não precisasse.
— Sei que parece difícil agora, mas às vezes precisamos passar por essas turbulências para entender nossos próprios sentimentos. — disse Sora, com um olhar compreensivo.
Nomy respirou fundo, tentando processar as palavras de sua mãe. Sabia que Sora estava certa, mas ainda assim, a dor da indecisão e a culpa a consumiam.
— E se eu tomar a decisão errada? E se eu machucar alguém que realmente importa para mim? Eu nunca deveria ter me envolvido desse jeito; era para ser só um rolo. — Nomy disse, com a voz serena, mas carregada de preocupação.
— Tomar decisões é parte da vida, querida. E, infelizmente, nem sempre conseguimos evitar a dor. O importante é ser honesta consigo mesma e com os outros — disse Sora, segurando a mão da filha com ternura. — Você precisa entender o que realmente quer, o que te faz feliz. Isso vai te aliviar tanto que, no final, você não pensará mais em nada, porque sabe que não se trata apenas de evitar magoar alguém, mas de se preservar. Eventualmente, as pessoas se machucam, afinal, não é possível atender aos desejos de todos.
Nomy olhou para o chá, refletindo sobre as palavras de sua mãe. Ela sabia que precisava colocar a cabeça no lugar e tomar uma decisão, por mais difícil que fosse. Agradeceu mentalmente por ter uma mãe tão sábia e compreensiva, que em nenhum momento a julgou.
— Obrigada, mãe. Eu realmente precisava ouvir isso. Às vezes, minha mente falha... — Nomy sorriu, um sorriso fraco, mas genuíno.
— Sempre estarei aqui para você, filha. Não importa o que aconteça — Sora respondeu, apertando a mão de Nomy, transmitindo conforto.
Nomy sentiu um peso sair de seus ombros, mesmo que só um pouco, era mais fácil conversar abertamente com ela, também queria falar com Sakura, porém imaginava exatamente o que a rosada diria:
"Com Kiba é só sexo, vocês são dois tarados, mas com Shisui você tem bem mais do que isso e sabe que a escolha não é tão difícil." O pensamento a respeito do que a melhor amiga diria em momento algum vacilou, e ao sair da casa da mãe, Nomy decidiu que a primeira coisa que faria seria conversar com Shisui, ser sincera com o moreno que, desde que se envolveram, a priorizou e até mesmo tentar entender os sentimentos dele.
Talvez a resposta não fosse simples, mas era um passo necessário para esclarecer essa bagunça que realmente mexia consigo e definitivamente seguir adiante.
[...]
Qualquer um que visse o sorriso de Shisui sabia que ele estava apaixonado. Por mais que fosse bom em esconder seus sentimentos, o brilho em seu olhar era inconfundível, assim como as marcas que Nomy deixara em seu corpo anteriormente.
— Pelo visto, ela te pegou de jeito. — Itachi comentou, provocando o amigo enquanto observava Shisui coçar a nuca, visivelmente envergonhado.
— Ela é uma mulher e tanto, muito diferente e cheia de vida. — Shisui ficou ainda mais vermelho ao lembrar das fotos que havia recebido dela. Nunca, em toda a sua vida, namorou alguém que enviasse fotos tão provocantes. Precisou se trancar no banheiro e tomar um banho frio após a missão para tentar esquecer o que viu e, acima de tudo, parar de se sentir como um adolescente na puberdade por conta de tantas possibilidades.
— Se continuar assim, ela vai te adestrar direitinho, Shisui. — Izumi provocou antes de voltar ao exercício.
— Vocês são os piores amigos que eu já tive. — Shisui revirou os olhos antes de voltar a correr. — Mas admito que quero muito mais do que uma simples ficada com ela.
O Uchiha mordeu o lábio ao recordar todos os momentos que passaram juntos. Se dependesse dele, na próxima folga, resolveriam tudo de uma vez. Ao longe, enquanto treinava os cachorros, Hana não pôde deixar de suspirar ao ver Shisui tão feliz e completamente apaixonado. Ela simplesmente não pôde evitar comparar essa situação com a de seu irmão, que não valorizou o que tinha. Acima de tudo, Hana era amiga de Nomy e queria que ela fosse feliz.
Hana olhou para o céu e respirou fundo.
— Cara, por que meu irmão é tão otário?
É só amor, você, quem deve decidir
Se te cabe ou não, se é para o seu bem
Você é quem deve dizer
Você terá que pagar por estar tão encantado
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Notas finais:
Cap. pré-revisado
Música mencionada: Hey There - Sammy Davis Jr.
https://youtu.be/0dPuetmt7MI
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