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Pov. Jasper

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Anteriormente

A brisa suave do inverno se aconchega entre as árvores, sussurrando maldições enquanto seguro a garota em meus braços perto da janela, parece que estou preso em um pesadelo, não consigo ficar longe.

Ouça a respiração pesada de Emmett, suas emoções se agarram às paredes da sala em nervosismo conforme anda de um lado a outro.

— Carlisle, porque está demorando tanto? — Questiono fazendo minhas palavras arranharem dolorosamente, estou com sede.

Porém não me permito ir caçar, não até Bella acordar. Já faz dois meses que ela parece congelada no tempo, dá poucos sinais da transformação, isso não é normal.

— Não sei dizer, talvez tenha haver com as suas mordidas. — Seu semblante pesa acusatório — Companheiros costumam ter uma ligação especial, talvez... — Passa a mão pelo cabelo balançando a cabeça, escondendo algo — É só uma teoria.

— Filho, precisa se alimentar. — Esme sorri frágil se juntando ao marido, odiava ver a família desmoronando.

Aconchego a cabeça da minha companheira em meu ombro lutando contra a raiva borbulhando em meus pensamentos.

Eu não deveria ter sido tão fraco.

É culpa minha, não consegui protegê-la.

Ainda posso sentir o cheiro das cinzas, morte, está finalmente acabado, ao menos até os Volturi resolverem iniciar uma guerra, as visões de Alice dizem que não está muito longe, ranjo os dentes com a ideia, não tenho como controlar tudo, não posso fazer isso sozinho.

Deslizo meus dedos pelo cabelo de Bella, se tornou mais longo e suave, seus cílios volumosos, lábios levemente pintados de vermelho, ela não está totalmente morta, mas também não está viva.

É frustrante continuar parado, eles virão, malditos sugadores de sangue, dia após dia os vampiros não se importam, porque a vida longa é entediante, clãs são massacrados, guerras travadas, Bella tem um dom que Aro procura.

— Pode ser o dom dela — Alice força um sorriso, posso sentir sua tristeza, confusão — Eu não consigo ver direito o futuro quando estamos perto, é estranho.

— Pode ser... — Ouço o ranger da porta, passos apressados, sinto o cheiro irritante de Edward acompanhando por sua voz fria.

Seguro minha companheira mais perto em meu colo, ela está congelada, porém com o passar das semanas seu cabelo tem crescido em suave ondas, ela não se mexe, como uma boneca de porcelana. Tudo que quero é que acorde e grite comigo, que me despreze por ter escondido tantos segredos.

— O que Charlie disse? — Pergunto tentando controlar meu humor amargo.

— Ele ainda acha que Bella está com a mãe... — Edward abaixa o olhar para minha companheira com carinho — Consegui manipular a mente dele com facilidade.

Como fazia com minha Bella, deslizo a garota para o sofá deixando ela em seu sono profundo nas almofadas. Alice não hesita em substituir meu lugar, embora tudo o que passamos, toda essa bagunça, ela sabe... ela viu que Bella e eu seríamos companheiros, por isso não pareceu tão culpada.

Cruzo os braços fuzilando Edward, consigo sentir ondas de desejo, obsessão conforme seus olhos cintilam para o pescoço de Bella, isso é tão enlouquecedor, poderia simplesmente decapitar o filho favorito de Carlisle, mas ele ainda é útil.

"Quer morrer?" Levanto uma sobrancelha para meu irmão mais novo, fechando os punhos.

Edward consegue ler minha mente, sabe que estou falando sério.

No momento que voltei do Texas e passei com minha companheira pela porta foi como um tsunami de informações para todos eles, Esme e Alice aceitaram facilmente, Rosalie abandonou a residência futilmente por duas semanas, porém Emmett a convenceu a voltar.

Edward tentou controlar as expressões em seu rosto, mas ele odiou a ideia. Passo a língua pelos dentes sentindo fome, Edward deveria parar com as provocações, estou farto de toda essa manipulação... de ter que seguir planos como um soldado sem questionar.

Não consigo pronunciar em voz alta, forço um sorriso para Alice... será que ela já percebeu que seu companheiro está obcecado por Bella?

Bato minha mão no ombro de Edward fazendo ele desviar o olhar predador para mim "Vou arrancar sua cabeça se ousar tocar no que é meu" mostro os dentes em um sorriso amigável.

— Preciso de sua ajuda. — Deixo minha voz aveludada, ninguém interessado em nossa conversa — Vamos caçar, irmão.

— O-ok. — Gagueja engolindo em seco.

"Melhor não machucar Alice... ela é boa demais para você" Sussurro meus pensamentos deixando Edward me acompanhar em seus passos tensos, suas palavras ecoam em minha mente ainda frescas "Bella está morta por sua culpa!" tinha dito quando percebeu que a garota não respirava mais.

Como se tivesse o direito de ficar bravo, como se isso não fosse culpa dele também.

— Vou levá-la ao seu quarto. — Ouça a voz fina acompanhada do sussurro suave de Esme — Ela vai descansar melhor na cama. — Alisa o cabelo curto, finalmente ela tinha uma boneca para brincar de casinha.

Alice passou as semanas vestindo Bella, arrumando seu cabelo, todos tinham sua obsessão, a moda era a sua. Como se tudo tivesse que estar perfeito, limpo, arrumado, cheio de babados e joias... Alice não pode ter isso, não antes de se transformar.

— Obrigado. — Não consigo manter meu sorriso vacilante.

Antes que eu pudesse atravessar a porta de saída levando meu querido irmão para caçar, onde poderei ensiná-lo boas maneiras da forma como eu ensinava soldados desobedientes, quebrando seus dedos.

Bella acordou

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Pov.Bella

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Presente

Odiava profundamente a ideia de matar algo vivo e saborear o sangue, era simplesmente repulsivo, mas estou faminta, minha garganta arranha queimando, eu deveria estar me preparando pra minha formatura do ensino médio. Não isso, não caçando.

Acompanho os passos do Major com Edward em nossa cola, afundo minhas botas na terra coberta por neve, sentindo o cheiro de pinho. Resisto a ideia de correr, fugir para longe, agora sou rápida, talvez mais que eles, não tem motivo para ficar, posso simplesmente ir embora dessa bagunça.

No entanto, algo me acorrenta a essa maldita cidade chuvosa, não era mais minha obsessão doentia por Edward e seu topete ridículo, tudo que quero agora é descobrir todos os segredos dos Cullen, fazê-los caírem no próprio jogo.

Tudo está mais nítido agora, chega de ser manipulada.

Passo a mão pelo cabelo olhando de soslaio para a careta tensa de Edward, não parece muito animado, desviando o olhar de um lado para o outro. Pinheiros estão cobertos de branco, levanto a cabeça, poderia subir alto, agora nada pode me ferir... Suspiro apressando meus passos, furiosa comigo mesma, com a impotência de fingir não saber de nada.

Ignoro Edward olhando por cima do ombro com arrependimento, tão idiota. Porque não admite que quer ir atrás da companheira?

— Precisa ter calma, cuidado — Jasper assobia por cima dos seus passos tão rápidos quanto os meus, somos vultos em meio a floresta densa — Para não assustar sua presa.

Não sou descontrolada ao nível de pular em um cervo aleatório e correr latindo igual um cachorro. Reviro os olhos, fuzilando as costas de Jasper, poderia arrancar seu coração congelado, talvez ele nem tenha um.

Paro analisando o terreno cheio de relevos, entre as árvores feixes dourados de sol reúnem pequenos animais, nenhum pode saciar minha sede.

— Não beba muito rápido, pode acabar vomitando tudo se fizer isso. — Jasper dita com certa frieza, automático, seus punhos fechados.

Seus olhos são como brasas, assassinos, talvez estivesse consumindo minhas emoções, mas meus escudos estão bem erguidos, ele não deveria estar feliz?

— Ok. — Não ir com muita sede ao pote, mas sinceramente estou desesperada.

— Edward verifique se tem pessoas acampando por perto. — Ordena o loiro com um sorriso conspiratório, queria se livrar do outro.

Mordo o lábio tentando parecer nervosa com a ideia, escondendo a vontade de sorrir por finalmente me livrar do olhar de Edward em minhas costas.

Apoio minhas mãos no tronco de uma árvore, apreciando as montanhas nevadas ao longe, é tão lindo, tudo parece surrealmente vivo, consigo ver distante, em pequenos detalhes, posso até mesmo ver nitidamente a cor âmbar nos olhos encantadores de Jasper, tão irritante.

— Mas e Bella? — Edward ergue uma sobrancelha não desistindo do osso.

Seguro suavemente seu braço forçando um sorriso suave "Vá logo, seja devorado por um urso". Edward toca minha mão, encolho nervosa, talvez seja mais difícil do que pensei fingir que não estou com nojo dele.

— Fiquei, não quero fazer isso sem você. — Minha voz se arrasta com dificuldade, medo, raiva... devo parece triste com a ideia.

— Vou cuidar dela. — Jasper levanta o olhar brilhando assassino, parando na mão de Edward na minha — Edward faça o que eu ordenei. — Sorri rangendo os dentes, como um cachorro ciumento.

Provavelmente Jasper não hesitou em mostrar o ódio em seus pensamentos, como desenhavam em seu caderno a cabeça do querido irmão empalado.

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Pov.Jasper

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Aquele sentimento me devorou como uma maldição, lembro de quando era novato no exército de Maria, como minha sede me controlava, matar, matar, aquela sede assassina estava de volta.

"Vá logo antes que minha paciência se esgote e eu te mate" forço um sorriso mantendo minha expressão pacífica, fingindo calma, falho.

Não consigo tirar da minha cabeça a imagem de Bella correndo para ele, beijando seus lábios, maldito!

Edward faz uma careta, porém não hesita em desaparecer da minha vista, melhor assim.

Passo a mão pelo cabelo puxando com força, aliviando a raiva. Tento manter minhas emoções sob controle, não posso simplesmente agir como uma criança e deixar escapar entre meus dedos a insegurança, raiva, medo... não posso deixar ela sentir o quanto estou no meu limite.

Deslizo um sorriso tenso para os olhos vermelhos de Bella que me analisam com curiosidade como se nunca tivesse me visto antes, suavemente ela passa a língua pelo lábio distraída nas cicatrizes do meu pescoço.

Ela mantém os escudos erguidos instintivamente, como se precisasse bloquear algo, em seus lapsos de humor é perceptível sua amargura e raiva. Poderia ser fome, poderia ser suas memórias voltando?

— Tem alces se deslocando ao norte. — Digo com minha voz aveludada, não consigo manter a frieza, não com ela.

Bella balança a cabeça suavemente, parece interessada em seus próprios pés. A brisa suave do inverno dança em seu cabelo me embriagando com o perfume, tão doce. Não poder segurá-la em meus braços é um castigo terrível.

Luto contra o desejo de puxá-la para mim, finalmente o laço está completo, agora ela pode sentir tudo que sinto, e infelizmente agora posso perceber o quão desesperador é essa conexão completa, entendo Alice, como é cega para os defeitos de Edward.

— Estou com fome. — Resmunga seus olhos pidões indo além do meu rosto.

Bella morde o lábio de forma maldosa, deixando eles mais vermelhos, sinto a raiva borbulhando em mim, ela beijou Edward tão apaixonada, aquela emoção não era falsa.

Foi cruelmente doloroso ver minha companheira selar seus lábios nos dele, não quero voltar para casa, não quero deixá-la voltar para os braços dele, poderia simplesmente roubar ela de volta para mim.

— Só mais um pouco, senhorita. — Meus lábios se curvam para cima, mas ela continua a se manter distante.

Tento seguir um ritmo rápido nos afastando de qualquer campista desprevenido, sinto o cheiro dela me embriagando, doce, agora como vampira era tão pior... como uma nova droga.

— Ok. — Passa a mão pelo pescoço obviamente desconfortável.

Vagando entre olhar as próprias mãos e ao redor, para Bella deve ser um pouco desesperador ouvir tudo, literalmente tudo, dos pássaros cantando ao barulho da cachoeira atrás das montanhas.

Todos éramos soldados, monstros, penso no clã, em como essa palavra era fria, não éramos uma família normal, éramos piões em um tabuleiro, destinados a guerra.

Tento não pensar muito nos Volturi, no dom de minha companheiro, quero escondê-la de todos, prendê-la em uma torre, ser o dragão que a aprisiona.

Seus passos são suaves, leves como nossas vozes em um sussurro acompanhando a melodia da floresta, ela repuxa as mangas do casaco, adoravelmente ainda habituada aos gestos humanos, ainda era meio humana.

— Como se sente? — Não escondo minha preocupação.

Bella não estava respirando, parecia se recusar, poderia se sentir embriagada com meu cheiro igual eu era com o dela? Provavelmente, isso é problemático, suspiro.

— Faminta, acho que posso comer um boi sozinha. — Morde o lábio, seus olhos deslizando do meu pescoço para as cicatrizes mais abaixo com curiosidade, agora ela poderia ver nitidamente.

Sinto suas emoções, desconforto, como naquele quarto rodeada por todos, ela sentiu repulsa por mim, claro que sentiria... não sou... resisto ao pensamento que me tortura.

— Consegue ouvir os cervos? — Questiono parando em cima de uma pedra.

Ela se aconchega do outro lado, esticando o pescoço, seus olhos brilham em animação, sem hesitar pulo para seguirmos pelo caminho montanhoso, para longe da possibilidade dela atacar um campista inocente.

Diminuo o passo olhando para longe em meio a clareira, feixes fracos de sol banham o lugar coberto pelo branco do inverno. Puxo o ar com força sentindo o cheiro estranho de sangue humano, eles não deveriam estar se aventurando tão longe, é perigoso.

Não tenho tempo o bastante para raciocinar, como uma fera recém libertada não consigo segurar Bella que corre na direção do sangue fresco, atravessa a extensão com facilidade.

— Não faça isso! — Grito apressando meus passos, corro atrás dela.

Os galhos se quebram em baixo dos meus pés, farejo o ar seguindo a mesma tão rápido quanto, vento dança através das minhas roupas, talvez eu não devesse ter mandado Edward ir... Deixo o pensamento de lado, ele só iria atrapalhar... Procuro ela, seus passos são descuidados deixando um rastro bem visível.

Bella para perto da montanha mais alta, olhando para cima das rochas, tem alpinistas escalando, as vozes deles são altas como gritos para nossa audição apurada, consigo ver nitidamente o vermelho manchando o braço de um deles.

Não posso deixar isso acontecer!

— Bella, precisa pensar direito. — Rosno baixo, odiava isso, era culpa minha.

Ela não parece me ouvir, com impulso Bella se agarra em uma pedra pronta para escalar até eles, antes que ela consiga chegar mais perto apego facilmente derrubando no chão nevado, rolando com a garota pelo terreno desnivelado.

— Jasper — rosna furiosa.

Bella tenta se soltar acertando uma cotovelada em meu estômago, envolvo seu corpo com meus braços, segurando firme sua cintura deixando a gravidade nos carregar para longe dos alpinistas.

Ela me dá uma cabeça com descontrole, se contorcendo, dói, mas é prazeroso demais sentir seu cheiro de tão perto, quase agradeço quando ela me acerta novamente, seu cabelo tem um cheiro tão doce, afundo meu nariz no pescoço dela me embriagando como um drogado.

Paro mantendo a mesma imóvel o suficiente para não escapar e matar alguém, afasto-me tentando usar meu dom, abraçá-la com calmaria.

— Me solta! — Rosna mostrando as presas, tão fofa.

A neve abraça seu corpo delicado, seus cabelos longos se espalham selvagemente, aperto os pulsos dela com mais força a pressionando no chão, tenho que usar as duas mãos para segurá-la, agora temos a mesma força.

Bella ofega com as presas de fora tentando se soltar das minhas mãos, me encarando com ódio, seus lábios estão pintados de vermelho, leves arranhões estão cicatrizando em sua pele pálida, é fascinante. Ela puxa o ar com desespero, seus olhos se enchem de lágrimas, estava irritada, faminta.

— Me solta! — Grita se debatendo, acertando uma joelhada em meu estômago.

— Você não quer fazer isso. — Deslizo meus dedos pelo pulso fino dela, colando minha testa na sua, mantenho o controle.

Empurro suas emoções descontroladas, deixo a calmaria afogá-la.

— Estou com fome, eu quero e vou! — Rosna tentando se soltar me fazendo tremer, era recém criada e claro mais forte, claro que era, ranjo os dentes.

Bella não está pensando muito no que está fazendo, quer saciar a sede o mais rápido possível.

Ofegando novamente suas pupilas dilatam, empurro meu dom a abraçando em calmaria, ela abaixa totalmente os escudos me deixando sentir seu ódio, desprezo, é doloroso, mas não a solto conforme suas emoções me rasgam em pedaços.

— Matar inocentes? — Rosno de volta apertando com mais força, lutando contra as ondas de ódio, desespero que vem dela — Você não é assim, Bella!

— Não sou? — Sussurra baixo, seus olhos se perdem nos meus, posso sentir o laço — Não sou, eu não queria...

Ela desvia o olhar com vergonha, arrependida, em um soluço Isabella treme com nojo de si mesma.

— Por favor... Não chore... — Com relutância a solto, lágrimas deslizam pelas bochechas coradas.

— O que me tornei? — Gagueja se encolhendo contra uma árvore, fugindo dos meus braços — Eu sou um monstro também? — Seus lábios tremem conforme ela abraça a si mesma sentada, tremendo.

— Você não é um monstro. — Estendo minha mão tocando a sua mão suavemente — Só está faminta...

— Eu não quero matar ninguém... Não quero machucar nada. — Soluça afastando minha mão — Não tem outro jeito?

— Precisa começar a beber sangue animal agora... é mais fácil se acostumar. — Não posso mentir, não posso simplesmente dizer que pode se alimentar de bolsas de sangue, ela precisa ter controle sobre si mesma.

— Dói... porque dói tanto? — Sua voz arranha conforme a mão dela desliza pelo pescoço.

— Quando se alimentar vai passar, eu prometo. — Digo novamente pegando sua mão, puxo a mesma para perto.

Bella hesita em se aproximar, as folhas dançam com o vento, rodopiando secas, fazendo flocos de neve se cumularem no cabelo dela decorando, irritantemente morde o lábio.

Sem barreiras ela respira suavemente com os escudos baixos, infelizmente a ventania faz o cheiro dela se espalhar, tão tentador, luto contra a vontade de puxá-la para meu colo.

— Jasper... — Seus olhos encantadores capturam os meus com intensidade.

— Hmm? — Hesito conforme ela puxa o ar como se sentisse pela primeira vez.

— Você tem um cheiro diferente — Pronúncia baixo sua atenção indo até meu pescoço piscando nervosa — Nunca senti algo assim antes... — Ela se interrompe desviando o olhar pro chão, apertando a neve fofa entre os dedos.

— Seu cheiro também é diferente... — Resisto a dizer que ela cheira deliciosamente.

— Jasper... — Bella passa a mão pelo cabelo me olhando como uma predadora — Eu posso? — Questiona se aproximando mais um pouco.

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Pov.Bella

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Me permito sentir o laço, como um imã sou atraída para ele... Flocos de neve se acumulam nas ondas suaves de seu cabelo lindamente dourado. Odeio isso, odeio como me sinto, como se... é desesperador a forma que meu coração aperta como um tolo apaixonado.

Arrepiando minha pele o vento gélido assobia meu desejo, ele não mentiu sobre o laço, mas isso não muda o fato de ter omitido muitas coisas... A voz dele naquelas mensagens com Carlisle provam seu caráter, ele estava de acordo em me manipular.

— O que? — Jasper inclina a cabeça não conseguindo esconder a confusão.

— Isso... — Pego sua mão com pressa, lutando contra meu lado racional.

Sinto a corrente elétrica deslizar entre meus dedos quando toco sua pele, agora da mesma temperatura que a minha.

— Hmm. — Jasper não luta quando aperto seu pulso agarrando o braço inteiro.

Levo meu nariz ao seu pulso, sentindo o cheiro, era estranho, parece tão único e delicioso. Tento não pensar muito, estou sentindo tudo em dobro agora que sou vampira, poderia ser isso? Claro, eu não era louca.

Não sou louca, mas seu cheiro é como uma nova droga, parece que quanto mais sinto mais preciso, não resisto ao puxar a camisa de Jasper, me aconchego em seu colo.

Ele não reclama quando afundo meu rosto em seu pescoço puxando o ar com mais força, seus braços deslizam ao meu redor me acolhendo. Entrelaço os dedos no tecido rasgando um pouco, arrepios percorrem meu corpo como um rio.

Fecho os olhos sentindo o cheiro de pinho se misturando com mel, deixo meu nariz roçar sua pele gélida como mármore, tudo parece certo, é como se o vazio em meu peito sumisse, me delicio com a sensação ronronando.

— Jas... — Gemo puxando o tecido da camisa rasgando mais ainda. — Porque... porque eu? — Gagueja me afastando muito pouco.

Porque meu coração que deveria estar morto bate tão forte? Por Deus isso é enlouquecedor, tudo parece tão irrelevante quando encontro seus olhos.

Por toda minha vida procurei um sentindo, na verdade estava procurando seu cheiro, sei que deveria odiá-lo, mas estou tonta desejando mais.

— Hmm? — Murmurar fingindo não saber minhas dúvidas.

Ele sentiu o que estou sentindo agora pela primeira vez antes, isso explica porque não me matou, como poderia viver sem isso, seria como perder uma parte de si mesmo, parece terrível.

Não quero soltá-lo e eu sei que Jasper também não, suas mãos apertam com certa forma minha cintura como se eu fosse fugir a qualquer segundo.

Enrosco meus dedos em seu cabelo me ajeitando no colo dele, posso sentir minha fome aumentando. Jasper passa a língua pelos caninos, brilhando como brasas seu olhar se perde entre meus lábios, minha respiração fica lenta, com rapidez descontrolada, não sei quem deu o primeiro passo.

Ele me beija pressionando seus lábios com selvageria, deixo minha língua encontra a sua, gemo ao seu toque, sua mão desliza segurando com mais força minha cintura adentrando a blusa.

— Jas.. — Gemo descontrolada, sinto suas mãos apertando meus seios, marcando.

Arranho sua nuca deixando meus lábios deslizam para seu queixo, mordo suavemente o fazendo gemer rouco, me apertando com mais força, colando meu corpo ao dele fazendo me sentir o quão duro era seu desespero.

Arrepios me percorre ao ouvir sua voz gostosa, é cruelmente deliciosa, afundo o rosto em seu pescoço puxando o ar, cheirando, é viciante, como um animal rasgo a camisa o empurrando para o chão.

— Isabella? — Gagueja com os olhos levemente arregalados, pressionado no chão nevado que o abraça.

Não consigo conter meus lábios que se curvam para cima em um sorriso, meu coração bate assustado, assobiando a ventania traz o sussurro distante da voz irritante de Edward, muito longe para ouvidos humanos, mas tudo em mim está aflorado.

— Eu... eu... — Mordo o lábio percebendo que sai do papel.

Isso não deveria acontecer... como, como perdi o controle tão rápido?

— Bella?— Jasper sorri mostrando os caninos não conseguindo perceber o pânico me dominando — Você recuperou a memória?

— Que? — Gaguejo afastando minhas mãos de seu peitoral — Eu não... não... — Ergo meus escudos escondendo meu desconforto por ter que mentir — O que aconteceu aqui?

— Hmm. — Murmura erguendo uma sobrancelha confuso, posso ver a esperança sumindo em seu rosto. — Isso foi...

Isso foi o laço, mas ele se interrompe deixando o silêncio dominar, minhas bochechas ardem nem um pouco incomodadas com o frio e sim com a vergonha que queima. Levanto lutando contra meus sentimentos, eu não amo, não amo suas mentiras, não amo ele.

Ajeito minha roupa frustrada com minhas próprias mentiras, esse maldito laço está me enlouquecendo!

— Isabella, por favor, preciso que me ouça. — Sua voz aveludada acaricia meus ouvidos.

Jasper corta a distância, suas mãos param em meus ombros, com relutância parece pensar nas próximas palavras.

— Nós somos parceiros, foi isso que aconteceu. — Admite me deixando congelada.

Esperava que mentisse, que seguisse o jogo que planejo, mas Jasper não ligava dos Cullen saberem, algo estava muito errado em toda essa história, tudo que sei é que não posso confiar em ninguém.

Aceitando meu silêncio ele se inclina para frente selando seus lábios nos meus novamente, não dou passagem, fecho os olhos lutando contra a amargura, não posso falhar, não posso entrar em seu jogo, agora é minha vez.

O empurro com força fazendo o loiro dar dois passos pra trás, surpreso.

— Não, não somos! — Ranjo os dentes — Eu amo o Edward. — Resisto a ânsia de vômito ao pronunciar o nome.

Jasper parece ter levado um soco no estômago porque não disfarçando a careta, seus olhos dourados estão em brasas, assassinos, porém consigo ver além, medo... porque ele parece tão desesperado?

— Bella, você precisa se lembrar de nós! — Sua voz se arrasta, ele dá um passo para frente.

Antes que eu possa rejeitá-lo novamente, mentir. Seus lábios pressionam os meus em um beijo lento, lembro de tudo que passamos juntos, como ele quase morreu para me salvar, lágrimas deslizam cruelmente por minhas bochechas, porque meu amor é meu inimigo?

Estou procurando motivos para perdoá-lo, não quero chorar, mas estou quebrada, tenho que fugir... apoio minhas mãos em seus ombros afastando, beijá-lo é como voltar para casa.

— Nunca mais ouse fazer isso! — Soluço não controlando meu braço, acerto um tapa ardendo minha mão.

Jasper não recua quando o acerto novamente, seus olhos são o reflexo dos meus em pura dor.

— Pode continuar me batendo. — Sussurra, seus olhos dourados encontram os meus com nada além do vazio — Se isso te faz se sentir melhor, por favor, continue...

— Eu te odeio... — Gaguejo levantando minha mão novamente, mas não tenho coragem de acerta-lo.

Mordo minha própria língua tentando parar de chorar, em passos trêmulos me afasto, corro entre as árvores fugindo de mim mesma, olho por cima do ombro... Jasper continua parado, cabeça baixa, seus lábios se torcem levemente para cima.

Em um sussurro suave e baixo ouço sua voz quebradiça "Eu senti sua falta, Milady".

Porque tudo tem que ser tão difícil? Ignoro meu coração, fujo de suas palavras, da forma que me sinto, porque eu te amo quando não deveria amar.

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Notas:

Gostaram desse capitulo? Teorias?

Talvez eu esteja um pouco enferrujada hehe 

Até o próximo capítulo meus amores! Esse foi grande não foi?

Deixem aquela estrelinha de voto! Pois isso me motiva muito S2

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