Cortina de Aço | Parte 34
- Está com fome Erik?- Djey perguntou.
- Um pouco e você?
- Também estou. Fiz café e tem uma torta de morango na geladeira.
- Hum, delicia!
Enquanto comeram falaram sobre a visita de Erik na Filial e Djey falou da conversa com o comprador.
- O senhor Igor reclamou de alguns contratempos na última entrega.
- É bom saber.- disse Djey- Da próxima vez, sei exatamente o que vou dizer.
- Melhor se acostumar Djey, Igor é sempre assim. Principalmente por ser a primeira vez que tratou com você.- Ele sorriu mas perguntou desconfiado- Está pensando em que?
- Fiz muitos serviços contábeis para ele e sei que em matéria de pontualidade não é nenhum exemplo. Hoje ele ficou o tempo inteiro tentando me reconhecer, mas fiz questão de não refrescar a memória dele. Da próxima vez ele vai lembrar.
Erik riu.
- Não vá me perder um cliente, hem?
- Garanto que não! Ainda vai ter orgulho do meu trabalho.- olhava-o de modo desafiador.
- Já estou me orgulhando.- pegou suas mãos beijando-as.
Terminaram o café e foram para a sala assistir um pouco a televisão. Aconchegada nos braços de Erik ficou ali recebendo as carícias dele. Foi assim até adormecer. Depois de um certo tempo sentiu que Erik a carregava nos braços até o quarto. Estava com tanto sono que mal abrira os olhos. Na cama, antes de dormir profundamente, sentiu Erik beijando seu lábios.
- Te amo...- foi o que conseguiu sussurrar antes de apagar completamente.
Aos poucos a Claridade invadiu o quarto. Erik dormia e cuidou para não acorda-lo. Ainda podia sentir seu perfume e na mente veio a lembrança da noite anterior, de como se amaram. Pensou quantas vezes ainda teriam que se separar até o dia que realmente estivessem casados.
Erik se mexeu virando de costas para ela. Agora podia ver sua pele morena, nua e tentadora. Djey passou a ponta dos dedos nela, num gesto de carinho, sentindo o calor da pele dele sob seus dedos. Chegou mais perto beijando de leve suas costas, para que ele não acordasse, mas Erik espreguiçou-se e virou-se para ela.
- Bom dia meu anjo!- seu tom de voz era macio.
- Bom dia meu amor!- sorriu.
Ele abriu os braços para que ela se aconchegasse em seu peito.
- Estou me sentindo muito bem essa manhã. Acordar com você está me fazendo bem demais Djey.
- Sinto o mesmo Erik.
- Você gostaria de morar na mesma casa em que minha avó mora?- perguntou sem rodeios.
- Por que isso agora Erik?
- Bem, você está acostumada a morar sozinha e em geral quando as pessoas se casam, não é costume levar a avó para morar junto.
- É verdade, mas gosto de sua avó e não vejo problemas em morarmos juntas. Tem um porém sim, não vamos mais fazer amor na sala.
- Garanto que não faltará lugares para nós. Não vou deixar que você sinta falta. Falando nisso...
Erik parou de falar e entrou debaixo dos lençóis, ali começou a beijar seu corpo inteiro enquanto suas mãos a acariciavam. Djey estremecia a cada toque, a cada beijo. Seus corpos pareciam dançar freneticamente aproveitando ao máximo o que estavam sentindo, adiando o momento em que chegariam juntos ao êxtase completo...
Após o banho, tomaram café juntos. Erik vestiu uma bermuda branca, uma camisa polo azul e sapatos em tom caramelo escuro. Djey optou por um vestido vermelho frente única mais justo,um pouco acima dos joelhos e pôs uma sandália vermelha. Por último prendeu os cabelos num rabo de cavalo.
Erik a olhava com admiração e ela de vez em quando o surpreendia com aquele olhar malicioso.
-Erik, estou pensando em comprar um presentinho para sua avó e gostaria que me ajudasse a escolher.
- Posso sim. Está pensando em algo específico?
- Pensei numa bolsa, vi uma preta com dourado. O que acha?
- Vovó irá adorar. Acertará em cheio.
- Gostaria de ir lá comprar e podemos almoçar la perto mesmo.
- Vamos sim!- concordou- De lá podemos visitar a vovó e mais tarde vou leva-la ao cinema, comer uma pizza, depois voltamos para o nosso ninho de amor. Concorda?
- Com tudo! Principalmente com a última frase.- ela deu uma piscadinha.
- Vamos então?
Compraram a bolsa e almoçaram num restaurante no centro da cidade. Depois foram ver Mylena.
- Estou feliz de ver você Mylena.- Djey cumprimentou-a.
- Querida, estou mais feliz ainda.
- Trouxe um presente para a senhora.
- Um presente para mim?- Mylena ficou feliz- Que linda! Usarei na primeira oportunidade.
- Gostaria de chama-la de vovó se a senhora não se importar.- pediu Djey.
- Estava esperando o momento em que ouviria isso.- Mylena ficou emocionada.
A tarde foi calma, conversaram, Mylena acabou recebendo visitas e estava radiante em apresentar Djey para todos. Aproveitando que agora Mylena teria com quem conversar, Djey e Erik se despediram e foram para o cinema.
Estavam assistindo uma comédia romântica, "Doce Lar", muito boa, mas Erik havia passado um braço sobre seus ombros e com o outro segurava sua mão. Ele quase não assistia o filme, ficava beijando seu pescoço, dava mordidinhas de leve. Djey mordia o lábio tentando se controlar.
- Hum...- ele gemeu em seu ouvido- Acho que daqui, vou leva-la para um motel. O que acha?
- Vou para qualquer lugar com você.- ela o provocou.
I
- Quanto falta para acabar esse filme?- Erik estava impaciente.
- Um pouco, fique sossegado.- acalmou-o.
- Está bem, mas não se importa se não consigo me concentrar. Se importa?
- Nem um pouquinho. Para mim está ótimo, curto o filme e ainda sinto o prazer de suas carícias.
- Você é tentadora.- sussurrou em seu ouvido, descendo sua mão para as cochas amostras. O vestido curto facilitou para que Erik enfiasse suas mãos sob ele. Djey estava extasiada. Precisavam sair logo dali, totalmente excitada não conseguia mais se controlar e na mão dele derivou prazer enquanto o mordia silenciado seus gemidos.
Quando chegaram ao carro Erik estava tomado de excitação, abriu a porta e impediu-a de entrar no banco da frente, fazendo ela entrar atrás e ele a seguiu.
- Preciso ter você aqui, agora...
Ali no Banco de trás fizeram amor. Erik estava enlouquecido de paixão. Sentiu ele todinho seu, completamente rendido em seus braços.
- Eu te amo Erik.
- Minha Djey! Como amo você meu amor...
O domingo amanheceu chuvoso, a temperatura estava mais baixa. Erik saiu para comprar o café da manhã. Djey olhava pela janela, os carros passavam rapidamente jogando água na calçada. Desde criança os dias chuvosos lhe causavam uma certa angústia. Era como se o clima influenciasse seu humor.
Erik entrou no apartamento tirando a capa de chuva.
- Bom dia meu amor!- foi até ela dando-lhe um beijo.
- Bom dia querido!- disse abraçando-o- O que você trouxe para o café?
- Croissant com creme. Gosta?
- Gosto sim e já aqueci o leite.
- Então vamos logo que estou faminto.
- Estive pensando Erik, em convidar seu pai para vir no próximo final de semana. O que acha.
- Por mim tudo bem Djey, apesar que acho difícil que venha. Meu pai vive viajando com a nova esposa.
- Você a conhece?
- Só por fotos. É tão jovem que parece minha irmã.- ele fez uma careta.
- Que preconceito Erik, ou é ciúmes.
- Não tenho ciúmes.- respondeu rapidamente.
- Preconceito então?- ela riu.
- Também não. É estranho, meu pai parece ter perdido o senso do ridículo, age como um adolescente, troca de namorada o tempo inteiro.
- Tal pai, tal filho.- foi sarcástica.
- Não mesmo! Não sou assim.- ele se defendeu.
- Não é o que cansei de ler a seu respeito. Don Juan...
- Que exagero.- fingiu estar triste.
- Até parece.- brincou.
- Só vou perdoar você porque sei que não está falando sério.
- Como pode ser tão fingido?- riu da expressão de Erik tentando parecer inocente.
- Melhor mudarmos de assunto, se não daqui a pouco me convenço de que sou irresistível e aí quero só ver.
- Está me ameaçando?- Djey abriu o olhar- Pensa que irá escapar tão facilmente? Minha marcação vai ser tão cerrada, que não vai conseguir ter tempo para sequer olhar para os lados.
Erik riu do seu jeito. Djey levantou e foi até ele abraçando-o pelas costas, beijou seu pescoço e sussurrou em seu ouvido.
- Vou dar muito carinho, encher você de amor, para que nunca você precise de outra pessoa ao seu lado. Somente eu.
- Quando fala assim em meu ouvido me faz perder a cabeça.- Erik falou com o coração pulsando tão forte que podia sentir sob suas mãos.
- Te amo Erik!- procurou os lábios quentes e úmidos dele.
Erik suspirou enquanto entregava seus lábios para ela.
- Melhor voltar e tomar meu café.- falou desvencilhando-se dos braços dele pesarosa.
- Você provoca e corre.- lamentou ele.
- O problema é que quando ficamos sozinhos não dá para resistir. Precisamos procurar a companhia de outras pessoas.
- Mas não hoje!- exclamou ele- Hoje quero você todinha para mim. O clima tá ótimo para isso. Chuva, frio e muita paixão. Podemos olhar um filme se quiser, embaixo das cobertas, bem juntinhos. O que acha.
- Programa perfeito...
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