Cortina de Aço | Parte 29
Saíram sem serem notados, pareciam dois adolescentes fugindo dos pais. Entraram no carro ainda rindo.
- Para onde vamos?- Erik perguntou.
- Que tal o lugar que nos vimos pela primeira vez?- Será que ele ainda lembraria?
- Ótimo e onde foi?- ele brincou.
Djey não conseguiu disfarçar a decepção que sentiu enquanto Erik soltava uma sonora gargalhada.
- Estou brincando. Acha que realmente esqueceria? Lembro até do minúsculo biquíni que você usava. Que tentação. Erik assoviou ao lembrar e Djey ficou ruborizada.
Seguiram para a praia, o calçadão todo iluminado e no céu a lua refletia no mar. Sentaram na areia branca e macia. Estavam descalços e Erik dobrou a bainha da calça. Seu rosto sob a luz do luar ficou mais intrigante.
- Não me olhe assim, não resisto.
- Nem espero que faça isso.- Djey falou provocando-o, sabia que ele estava relutando contra suas próprias emoções.
- Venha até aqui.- convidou ela- Quero matar as saudades dos seu beijos e dos seus carinhos.
Erik se aproximou beijando-a. Djey empurrou-o delicadamente fazendo com que deitasse na areia, então deitou sobre o corpo quente dele. Abriu os botões de sua camisa enquanto ele a olhava cheio de desejo. Sentou só um pouco para poder aprecia-lo, suas mãos deslizaram pelo tórax dele. Erik fechou os olhos enquanto sentia o prazer do toque macio das mãos dela. Djey beijou seu abdômen enquanto Erik gemia de prazer.
- Meu amor.- Djey falou com tanta paixão que Erik abriu os olhos- Amo você Erik.
- Jura?- ele perguntou olhando-a com ternura.
- Com todo meu ser.
- Djey minha pequena, você é que me enfeitiçou. Sou louco por você, a amo tanto que chega dar medo só de pensar.
- Meu querido, amor da minha vida...- Djey beijou sua pele morena, cada pedacinho- Porque não me disse isso antes. Achei que não era correspondida. No principio até pensei em seduzi-lo e mostrar que você não pode ter todas as mulheres do mundo. Percebi que isso era só uma desculpa para ficar perto de você.
- Fiquei louco de ciúmes ao ver Alex tentando se aproximar de você. Fui a ponto de ameaçar despedi-lo da empresa se não parasse de perturba-la.
- Meu Deus!- Djey demostrou seu espanto.
- Hoje senti vontade de socar a cara daquele rapaz que estava beijando você.
- Nik só estava me consolando enquanto eu morria de ciúmes de você com sua amiguinha.
- Ciúmes é...- ele sentou e envolveu-a num forte abraço, beijando sua boca rosada- Vamos caminhar um pouco pela beira mar?
- Vamos sim.
Os dois caminharam abraçados enquanto pequenas ondas banhavam seus pés. Como era bom estar ali ao lado dele, ouvindo aquela voz grave falando suavemente palavras de amor aos seus ouvidos. Ele parecia um menino, estava feliz, com um ar mais leve.
- Desde quando percebeu que me ama Erik?- Djey estava curiosa.
- Desde o momento que não consegui mais tirar você da minha mente, nem conseguia ficar sem ouvir o som da sua voz, de vê-la...
- Sinto o mesmo por você meu amor.- Djey não cabia em si de felicidade.
- Quer casar comigo Djey?- ele perguntou virando-a para ela.
- É a coisa que mais quero na vida!- Djey não segurou a lágrima que teimou em cair e Erik beijou para secar.
- Teremos que marcar o mais breve possível. Não quero mais ter que sair de perto de você, ter que nos separar.
- Concordo com você! Quero também que conheça meu pai Erik.- falou lembrando da promessa que fizera ao seu pai.
- Será um prazer. Não posso esquecer de agradecer a ele por ter feito uma mulher tão maravilhosa quanto você é. Onde gostaria de passar a lua de mel?
- Num lugar onde possamos ficar só nós dois. Pode ser no chalé, dispensaremos Douglas e Selena e eu mesma prepararei as refeições. Vai ver o quanto sou boa na cozinha.
- Não é só na cozinha que você é boa.- sussurrou em seu ouvido- Vamos voltar para casa? Está tarde e amanhã ainda temos que trabalhar.
- Tem razão. Vamos sim.
Foram até o carro e de lá para o hotel. Djey convidou-o para entrar e tomar um café. Preparou rapidamente enquanto Erik acomodava-se numa das poltronas.
- Da próxima vez que vier preparo um jantar para você e sua avó, convidarei meu pai para que venha também. Podemos combinar para o próximo final de semana se quiser.
- Será um prazer saborear um prato feito por minha futura esposa.
Djey sentiu uma alegria interior imensa por imaginar que logo, logo estariam juntos para sempre. Foi até o canto da sala e colocou uma música suave para tocar, era "Where Are you Now" (Nazareth). Foi até ele e pegou-o pelas mãos tirando-o para dançar.
- Você é impressionante Djey. Quando quer algo não espera, corre atrás e faz acontecer.
- Quando vale a pena faço sim.
Os dois flutuavam ao som da melodia, abraçados como se fossem apenas um. Não precisava palavras para expressar o que sentiam um pelo o outro.
- Sabe o que mais me encanta em você Djey?- perguntou enquanto acariciava seu rosto- Foi o fato de você não ceder as minhas investidas. A princípio achei que era uma tática sua, mas quando a conheci melhor, vi que não era assim.
- Só estava a procura de um amor verdadeiro, alguém para quem eu possa me entregar de corpo e alma. Que me faz perder o fôlego cada vez que se aproxime de mim. Que faça minha pele queimar de desejo e que não saia do meu pensamento vinte quatro horas por dia. Que me procure com o olhar cheio de desejo, que fale comigo só com o olhar, que o mundo pare enquanto nós dois envolvidos no desejo não tenha outra opção a não ser fazer amor.
- E acha que encontrou essa pessoa Djey?
- Com certeza.- falou apertando-o contra si.
- Você me faz sentir importante, alguém especial.
- É exatamente o que você é, principalmente para mim.
- Quando vai me deixar fazer amor com você?- Erik perguntou enquanto seus lábios se tocavam.
- Quero muito isso, mas gostaria de esperar um pouco mais, quero que meu pai conheça você, e que todos saibam a sorte que tenho de tê-lo conhecido. Todos vão saber que agora você é meu e de mais ninguém.
- Que gulosa você.- ele brincou- vou respeitar sua vontade e marcar esse casamento o mais breve possível, caso contrário vou ter que quebrar essa promessa.
- Fique sabendo que também vou ter que me esforçar muito para resistir, se bem me lembro quase aconteceu em oportunidades passadas.
Os dois riram e trocaram beijos ardentes cheios de ternura. As mãos de Erik pareciam ter vida própria e se movimentavam com rapidez por suas costas, pescoço, entravam por entre seus cabelos e seu corpo amolecia nas mãos dele. Erik podia fazer com ela o que quisesse, tamanho era o desejo e o prazer que sentia.
- Vai passar a noite aqui comigo?- perguntou Djey com suas mãos enfiadas em baixo da camisa de Erik acariciando as costas dele.
- É maluca? Acha que sou de ferro? Experimenta e farei você implorar para que faça amor com você.- viu nos olhos dele que realmente falava a sério.
- Que pena, assim vai perder o prazer de sentir o calor do meu corpo colado ao seu e pela manhã receber seu café na cama.
- Não me provoque Djey.- Suspirou semicerrando os olhos.
- Fique e durma na sala. Está muito tarde para ir embora.- implorou.
- Está bem, eu fico.- beijou-a mais uma vez.
- Vou pegar sua roupa de cama. Quer me ajudar?- estava feliz por saber que ficaria a seu lado mais um pouco. No quarto pegou o que precisava enquanto ele bisbilhotava suas coisas. Num canto do quarto havia uma montanha de bichos de pelúcia que guardara há um bom tempo, alguns seus pais que deram, outros ganhou de ex-namorados e amigos. Erik viu a pilha de ursos e saltou sobre eles parecendo criança.
- Socorro!- gritou ele- Estou sendo atacado por animais selvagens.
Djey não conteve a gargalhada e largou tudo o que tinha nãos e foi salva-lo. Mais esperto Erik puxou-a para cima dos ursos, abraçando-a e beijando-a.
- Minha heroína! Você me salvou.- brincou.
- Agora você me deve uma.- brincou- Vou cobrar na primeira oportunidade.
- Se quiser posso dormir aqui sobre esses ursinhos.- ele riu.
- Posso fazer sua cama aqui no chão ao lado da minha. O que acha?
- Por mim tudo bem. Sou sonâmbulo, você não pode me acordar caso eu tenha alguma crise.
- Isso é sério?- perguntou desconfiada..
- Claro que sim, mas já faz tempo que não tenho tido uma.
- humm!- foi o murmúrio que Djey soltou enquanto arrumava as duas camas.
- É brincadeira bobinha.- eles riam
- Você está cheio de graça. Mas falando sério, use o closet se quiser.- indicou a porta- Quer tomar um banho? Tem uma banheira ou o chuveiro se quiser. Fique a vontade, vou pegar uma toalha para você. Se não se importar tenho pijamas que meu pai usa quando vem para cá.
- Sem problemas!- Erik pegou suas coisas e foi para o chuveiro. De banho tomado e com o pijama azul de seda, voltou para o quarto.
Djey aproveitou e foi também tomar uma ducha. Pôs a camisola curta de alças de seda branca. Encontrou ele já deitado, que ao vê-la deu um assovio. Djey pulou para a cama e cobriu-se com um lençol, apagou a luz e procurou nos escuro as mãos de Erik para segura-la.
- Está confortável Erik?
- A cama é um pouco dura, mas dá para aguentar.
- O sofá é melhor, mais macio.
- Prefiro aqui do seu lado, ouvindo sua voz.
- Vem logo e deita aqui do meu lado.- convidou.
- Está bem. Prometo que vou me comportar.- Erik prometeu.
No escuro do quarto Djey procurou o rosto de Erik para acariciar. Ele por sua vez beijou sua mão carinhosamente. Djey se aproximou mais dele procurando seus lábios, os dois se abraçaram, suas bocas se deliciavam uma com a outra. Djey deixou quando as mãos de Erik entraram debaixo da camisola de seda.
- Amor, assim eu não aguento...- Erik a deixava mais excitada falando assim.
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