Capítulo 18

Tempos depois, Kara questionava sua sanidade ao criar felinos enormes de água e gelo. Estava de fato feito, mas, nada havia mudado nela, treinou incansavelmente por dois dias inteiros, agora, no terceiro dia, já não tremia de frio e sabia controlar o gelo para que não congelasse a água da Estival.

Ela encarou o tigre de água com certo vazio no peito, o animal era grande e agora, nada ofensivo, enquanto se arrastava no chão cheio de neve sem misturar as duas coisas. Rhysand ao seu lado, sabia o que ela estava pensando sem precisar vasculhar sua mente.

- Por que felinos? - Ele perguntou, não que sua curiosidade fosse imensa, mas, tirar Kara daquele poço de insatisfação era mais atraente no momento.

- Eu sempre quis um gato - ela responde, vendo o tigre diminuir para um mero gatinho.

- Por que nunca teve? - Ele estava mais perto, agora, inspirando profundamente o cheiro dos cabelos avermelhados.

Kara riu quando sentiu leve cócegas atrás das orelhas, o afastando com um tapa fraco, entretanto, Rhysand apenas sorriu e continuou o que estava a fazer. O cheiro dela era fora de realidade, para ele, trazia lembranças antigas, mas não más, de sonhos bons que o levavam a paz quando o mundo era um terror.

- Meu pai odiava qualquer animal. - Balançou a cabeça ao se abaixar e trazer o gato para perto.

- Ele estava vivo quando você... Partiu?

Kara negou, ela mantinha um rosto neutro enquanto mudava a forma do gato de várias maneiras. Da água para o gelo e do gelo para água, sólido e líquido, grande e pequeno. Ela suspirou pesadamente, fazendo o gato se desfazer no vento.

- Ele morreu quando eu era bem jovem - respondeu se levantando, enfiando as mãos frias nos bolsos do casaco. - Não sei por que nunca tive um gato, acho que, mesmo depois que ele morreu, as vontades dele sempre ficaram como uma sombra pairando na minha família.

- Tem uma nova vida agora.

Suavemente ela assentiu, olhando mais fundo na neve que cobria o chão.

- Você está cheia de preocupações de novo.

- Qual o sentido da vida quando não se tem preocupações? - Ela devolveu, sorrindo em deboche frio.

- Kara...

- Rhys - devolveu, inclinando a cabeça.

- Lembre-se do que Amren disse.

- Eu me lembro bem, acredite - murmurou chutando o chão. - Mas como acha que posso encarar os governantes da Corte Estival? Eu nem mesmo sei o que Amarantha os causou.

- A Corte Estival permanece com seu Grão-Senhor saudável e estável.

- Essa é a informação mais vaga que já ouvi. - Revirou os olhos.

Rhysand balançou a cabeça e se aproximou, Kara prendeu a respiração quando foi abraçada por trás. Ele passou os longos braços nas laterais de sua costela, se juntando por cima da roupa na frente da barriga, ele soprou um hálito quente no ouvido da garota que estremeceu levemente, tocando os braços dele que a abraçavam.

- Pergunte - ele murmurou. - Vou responder.

- Quem é o Grão-Senhor da Corte Estival?

- Tarquin - Rhysand respondeu. - No primeiro ano, a Corte Estival e a Corte Invernal tentaram se rebelar... Amarantha perderia um pouco de seu poder se deixasse isso passar, ela então matou Nostrus e toda sua família, deixando Tarquin como o herdeiro mais forte, ela queria matar Kallias, porém, ele não tinha herdeiros e nem parentes próximos de linhagem real.

"Eu a convenci de desistir da ideia, pensei que tinha funcionado, mas no outro dia, todos descobrimos que Amarantha massacrou 20 crianças da Corte Invernal, ela usou um Daemati, como eu. Kallias acha que sabe quem culpar".

Kara assentiu, absorvendo aquela resposta. Se tivesse chegado mais cedo... Se talvez pudesse ter feito mais.

- Nada é sua culpa - as palavras entraram em sua mente.

- Tenho medo, Rhys.

- Eles não farão nada contra você, está sob minha responsabilidade, te atacar sem motivos seria pedir por um conflito comigo. Eles não querem isso.

Lentamente, ela saiu daquele abraço acolhedor, oferecendo um sorriso gentil na direção do Grão-Senhor.

- Tenho que voltar a treinar - ela disse. - Sozinha agora.

Rhysand apertou a boca em uma linha fina, concordando. Ele assistiu Kara caminhar e vagar solitária para a floresta, criando e refazendo os pequenos felinos no caminho, no fundo e de alguma maneira, o meio illirya sentia que tinha algo mais nas preocupações e que Kara não tinha medo de qualquer ataque que as Cortes poderiam oferecer, tinha algo maior.

──────⊱◈◈◈⊰──────

Na calada da noite, Kara ainda não havia retornado e quando estrelas enfeitaram o céu e a lua subiu ao seu ápice, Rhysand imaginou que ela não voltaria tão cedo, com raiva, ele se amaldiçoou por ter permitido e logo, saiu para encontra-lá.

Os illiryanos ignoraram sua presença como de costume, mas nessa visita, alguns guerreiros se retrairam como se soubessem de algo, juntando mais raiva e confusão dentro de si, Rhysand invadiu a tenda de guerra do senhor do acampamento.

- Onde ele está? - Perguntou ao primeiro que passou quando saiu da tenda vazia.

O Illiryano não respondeu de primeira, e por isso, foi recebido com um empurro forte, jogado no chão e cheio de vergonha, Rhysand pisou em seu peito e questionou outra vez:

- Onde eles estão?

- Na floresta - cuspiu o guerreiro.

O Grão-Senhor caminhou rápido, sua feição transformada em algo frio e furioso quando se aproximou e passou a ouvir os sons. Não era malicioso, apenas dolorido. Kara estava no chão depois de um murro no estômago, ela cuspiu saliva e tentou recuperar o fôlego em tosses secas, jogando magia forte das cortes sobre Devlon, que parecia tão cansado quando a garota jogada na neve.

- Parem - ordenou.

A feérica arregalou os olhos quando percebeu sua presença, Devlon por outro lado, fechou ainda mais o rosto em uma carranca profunda.

- Sua bruxa pediu, pode me culpar por aceitar?

Kara foi agarrada pelo casaco e levantada no ar, sendo colocada em pé com força bruta.

- Me resolvo com você depois, Devlon.

Segurando-a pelo braço, Rhysand começou a se afastar.

- Rhys.

Ele não deu resposta.

- Rhys...

Rhysand enfiou a mão grande e fria na nuca de Kara, a empurrando em sua frente.

- Fique quieta e ande.

Ela passou a andar mais rápido depois disso, poderia correr se não tivesse uma mão grande e áspera em sua nuca.

- Eu posso explicar. - Levantou as mãos quando Rhysand bateu a porta.

- Bom, explique - ele se controlou para não gritar. - Me explique detalhadamente o motivo de eu encontrar você e Devlon se matando na floresta.

- Eu estava treinando.

- Treinando? - Ele riu com frieza. - Se quer aprender a matar alguém, Cassian e Azriel são bons nisso, eu sou bom nisso, Kara!

- Não fique gritando como louco! - Ela se aproximou, encarando Rhysand fortemente.

Ele encarou a linha de sangue que corria da sobrancelha até a bochecha.

- Se não quer que eu grite, então não se comporte como uma louca! O que você tem na cabeça?!

- Eu estava com medo.

- Eu já disse que ninguém vai a machucar, será que é difícil me ouvir?

- Nada mudou, Rhys.

Kara levantou os braços, cobrindo o rosto choroso.

- Eu tenho controle não só de um poder, mas de dois e nada mudou. Pensei que... Voltaria de novo, e essa manhã quando minha aparência não mudou, eu pensei que precisava de algo mais forte.

Ele negou lentamente, tocando a mão tatuada de Kara, cobrindo-a com seu calor seguro.

- Você deveria ter falado comigo.

- Obviamente você se negaria a me bater, Rhys.

- Sim, é óbvio.

Ela mordeu a boca com força, abaixando o olhar molhado de lágrimas.

- Do que você tem medo?

Kara negou, porém, Rhysand segurou seu rosto e encontrou novamente aquele olhar cinzento. Não precisava ler sua mente para entender: Kara tinha medo de que ele não voltasse a toca-la, temia fortemente que essa condição miserável de sua aparência interferisse no que os dois estavam criando.

Rhysans sorriu, seu sorriso era frio e agora, cheio de malícia constante.

- Tire suas roupas.

- Rhys - Kara balançou a cabeça confusa.

- Agora.

- Mas está frio.

No mesmo momento, a magia da casa acendeu a lareira com fervor, espalhando calor pela casa, Kara totalmente derrotada, começou a tirar suas roupas, ela demorou nisso; primeiro, suas botas, chutando os calçados para longe, e debaixo do olhar forte do Grão-Senhor, ela tirou a calça, suas bochechas já estavam tingidas de vermelho quando tirou a parte de cima, ficando com nada mais do que suas peças íntimas.

- Eu disse: tudo.

Kara prendeu a respiração, colocando os braços para trás se livrando do sutiã rendado, ela engoliu em seco antes de deixar a peça cair. Nunca havia ficado totalmente nua para Rhysand, não na luz, não sob a luz de uma lareira e tão a vista, ele por outro lado, não se importou com a vergonha que a queimava e lançou um olhar significado para o que faltava.

- Você...

- Se eu tiver que mandar outra vez, não serei tão bondoso.

- Tá - ela resmungou.

Rhysand se aproximou quando Kara se levantou, após jogar o minúsculo pedaço de renda no chão, ele inspirou o cheiro doce da imensidão avermelhada e a tocou gentilmente nos ombros. Ele já tinha visto aquele corpo nu, mas agora era diferente, era Kara e mais ninguém.

- Eu escolhi o risco quando entrei no seu quarto aquele dia - murmurou baixo, - acredite quando eu digo que pensei em tudo, todas as possibilidades ruins, mas, quando entrei lá e a abracei, quando você arqueou esse corpo contra o meu. - Ele respirou fundo, apertando a cintura estreita. - Eu quis foder você no mesmo instante.

- Rhys... - Kara inspirou, o som de sua boca era um leve gemido.

Ele enrolou a mão nas mechas de cabelo, transformando em um rabo bagunçado quando a empurrou com força para baixo, a mulher arquejou antea de se inclinar totalmente sobre o sofá, os olhos arregalados quando a dor de um tapa irradiou.

- Peça desculpas - ele mandou e bateu de novo.

Kara gritou com a queimação do segundo tapa. Era forte e insuperável, Rhysand não estava sendo piedoso, inundada por novas sensações, ela se manteve calada e logo, recebeu outro forte tapa.

- Peça desculpas por ter saído. - Outro tapa. - Peça desculpa por ter duvidado do que eu sentia - ela gritou com o próximo. - Se desculpe por ter ido procurar estupidamente a ajuda de Devlon. - Outro tapa. - Se desculpe por ter se machucado e escondido isso de mim!

Nada, Kara não falou nada, nada saia de sua boca além de gritos e gemidos, ela estava de olhos fechados, com lágrimas descendo por suas bochechas e gemidos escapando da boca. Rhysand levantou o braço, e o próximo tapa a fez se arquear ainda mais na direção dele.

- Você gosta disso - murmurou baixo, uma onda de prazer percorrendo seu corpo quando Kara assentiu com vergonha nos olhos molhados. - Ah, o que eu faço com você?

Kara deitou a cabeça no sofá, olhando para Rhysand com seus olhos inchados, as bochechas tingidas de vermelho.

- O que você quer, Kara?

Ela se virou, abraçando o pescoço de Rhysand como uma garota pedindo por prazer, trêmula e implorando.

- Quero mais.

Ele gargalhou baixo, com um movimento simples, Rhysand a sentou no sofá, de pernas abertas e com toda sua intimidade molhada exposta. De súbito, ele penetrou dois longos dedos, tirando um gemido longo da mulher que se apertou ao redor dele, Kara olhou para baixo e suas pequenas mãos entraram naquela umidade, ela arrastou um dedo nas dobras molhadas, suspirando baixo.

- Gananciosa - ele ronronou. - Se toque, Kara, faça isso por mim.

Rhysand moveu a mão, curvando os dedos dentro dela, a incentivando com os olhos, Kara moveu os próprios, uma mão onde ele queria e a outra apertando deliciosamente os seios. Ela gemia e chorava, a cada longa pontada de prazer que recebia, com essa visão, não demorou para que o meio illyria endurecesse, gemendo baixo. Kara empurrou o pé descalço entre as pernas do Grão-Senhor, acariciando todo o comprimento coberto por roupas. Ele xingou.

- Garota gananciosa, sempre querendo mais.

Kara abriu os lábios, o peito subindo e descendo com a longa respiração.

- Eu quero você, Rhys.

Ele se deitou sobre ela, penetrando mais fundo seus dedos enquanto Kara se motivou a tocar-se com mais fervor, ela gemeu dentro do beijo que tentava engolir todos os seus sons. Querendo mais do que isso, ela o agarrou com as pernas, o membro duro tocou a umidade molhada, suas mãos agitadas e trêmulas o tiraram para fora, Rhysand xingou céus e infernos quando ela começou a mover os quadris contra ele.

- Você é a minha ruína - ele gemeu voltando a beija-lá.

- Eu sei - ela soluçou - eu sei.

Kara agarrou o rosto de Rhysand quando ele rugiu seu gemido, os jatos quentes e esbranquiçados pularam para seu ventre, que se contorcia com os gemidos. Quando acabou, eles tinham certeza que qualquer alma viva por perto teria ouvido.

Trêmula e acolhida nos braços dele, Rhysand a puxou para que se deitasse em cima de seu peito, as pernas entrelaçadas juntas, enquanto sua intimidade ainda pulsante molhava a calça do Grão-Senhor.

- Desculpa - ela sussurrou. - Acredite, eu também pensei nas consequências quando fui até Devlon, ele por outro lado, se divertiu com a ideia.

- Tudo bem, Kara.

- Mas se não voltar - ela começou com a voz hesitante.

- Amanhã iremos para a Corte Estival - Rhysand começou. - Depois para Invernal, daremos um jeito em tudo.

Antes de sair, ele a beijou, um beijo longo e demorado.

- Tome um banho e durma.

Notas da autora:

As vezes eu acabo escrevendo Illiryano, ou illyriano, as vezes illirya e illyria kkkk é um erro constante que passa despercebido.

Será que sou só eu que sinto um vazio quando leio ou escrevo cenas de romance? Acho que tudo o que eu escrevo, é uma parte dos meus desejos (sim, hot) e também as partes suaves e românticas, quando posto aqui para vocês eu paro e fico pensando que dificilmente vou ter tudo isso kkkkkk sou só eu?

Amanhã estarei voltando para a escola, depois desse surto de criatividade no fim de semana, não sei como vai ser para escrever com frequência, mas sempre vou tentar já que a imaginação está muito viva em mim nesse momento, mas espero que entendam caso eu demore.

Capítulo não revisado, espero que gostem ;)

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top