Capítulo 3

A primeira coisa que fizeram comigo foi atravessar para o céu da Casa do Vento.

O grupo se separando, indo Feyre e Cassian com os dois jovens da incrível Corte dos Sonhos, eles sequer me deixaram ver os dois pequenos produtos maravilhosos. Mas ali estava eu, nos braços de Azriel e ver aquele rosto de perto era mais que um sonho. Só que um voo não era tão romântico quanto eu tinha imaginado, tinha o som cortante do vento e pelo visto o peso extra custava um esforço da sombra de Rhys, percebi que ainda estava com minhas roupas e fiquei grata por isso, o vento doía em meu rosto, a bolsa era que não estava mais, curioso.

Eles me levaram direto para a sala de guerra e o inimigo provavelmente era eu. Az nunca ficava a mais de cinco passos distante de mim e apesar de saber que era por eu ser uma provável ameaça eu estava amando aquilo muito.

Eles passaram boa parte do tempo me fazendo perguntas como: qual o nomea minha corte ou reino, se estavam em guerra, quem eram os inimigos, como eram os tais livros, se eu podia desenhar um mapa.
Bom, era meu planeta, mas eles não tinham a menor chance de chegarem a ele, a menos que tivessem alguma chave de wyrd ou descobrissem como Amren veio parar por aqui e reconstruissem e eles eram gente boa, não fariam mal, então contei tudinho.
Eu vivia na Terra, sim, tinha guerra, até onde me lembrava a história do Oriente Médio ainda estava bem sangrenta, mas no geral o pessoal não derramada muito sangue, parece que a Coreia do Norte estava querendo dar um susto, os livros eram como qualquer outro, de todo tipo, desde histórias que não existiam de verdade até as do passado e leis do universo, eles ficaram curiosos sobre a nossa matemática e quando escrevi, parecia ser diferente do alfabeto deles, por fim eu fiz um rascunho do mapa mundi, não era lá muito preciso mas fiquei orgulhosa.

Depois de tudo isso eles me encararam por um bom tempo e me perguntei se eu estava bonita, se a eteriedade feerica tinha me afetado. Coloquei as duas mãos em cada lado da bochecha e imitei a minha amada Park Bo Young.

- Assim vocês me deixam constrangida.

Rhys estreitou o olhar para mim, eu sabia que estava se comunicando com Feyre pelo laço e quase dei um gritinho de ansiedade, queria saber o que estavam conversando.
Mor foi quem falou.

- Então, o que nos diz é que você é de outro mundo, onde há livros sobre nós e depois de terminar o suposto último da série entrou no nosso mundo?

- Sim! É mais que um sonho se tornando realidade. Só espero que não tivesse nada estranho no café e no fim eu tenha delirado tudo.

- Isso é uma loucura.

- Nem tanto.

Amren interveio, ela era mais baixa que eu e isso parecia muito errado.

- Eu vim de outro mundo, os portais existem por aí. - Ela estreitou o olhar asiático - Talvez você também esteja presa aqui agora.

- Mesmo?! Eu posso ficar com vocês pra sempre? Como feerica! Quem sabe eu não encontro meu próprio feérico bonitão.

Rhys engasgou e Mor abriu um sorriso.

- O que a faz pensar que ficará conosco?

Me virei pro Az.

- Estraga prazeres.

Ele fez uma expressão confusa.

- Você era meu preferido até 10 segundos atrás.

- Como assim preferido?

Rhys ergueu uma sobrancelha e eu quase decreto mais uma vez.

- Não liga pra isso, é só que todos têm seu personagem preferido, geralmente o feminino e o masculino, os shipps, essas coisas.

- Xip?

Mor era quem estava confusa agora.

- Sim, shipp, casal. Não vou mentir... Eu gostei do Rhys desde que ele apareceu na floresta na noite do Calanmai. Sombrio, poderoso, gentil a seu modo. Mas...

Tamlin estava implícito, Rhys pigarrrou e inflou o peitoral com um ar de orgulhoso.
Depois de um tempo ele percebeu alguma coisa e falou.

- Espera... Então você... você... sabe de tudo?

Cruzei as pernas e adotei uma postura mais imponente, ele estava vermelho, com certeza muuuitas coisas se passaram pela mente dele e sim, eu sabia de quase todas.

- Não tudo, mas de quase tudo.

- Como o que?

Mor questionou, obviamente preocupada com seu ainda segredo.

- Sim, Mor, daquilo...

- Como vou saber se estamos falando da mesma coisa?

- Digamos que... amigas compartilham segredos.

- Do que vocês estão falando?

Rhys questionou.

- Não se preocupem, seus segredos e experiências estão bem guardadas comigo.

- Nada é garantido.

Foi aí que eu senti algo estranho e não há outra forma de descrever se não copiando as palavras da Feyre, garras arranhando um muro. Um calafrio percorreu minha espinha e  nunca tinha contido qualquer expressão durante uma leitura, durante o vivenciamento muito menos.

- Carambola!* Rhys, você tentou invadir minha mente?

Mor se virou para ele e o Grão Senhor apenas ergueu os ombros.

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*xingamento substituído por ser altamente ofensivo 🤐😋😊

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