Capítulo 8
O corpo cansado permaneceu sentado na mesma posição por horas, não permitindo o sono a vencer de nenhuma maneira. Mesmo que tivesse ficado por quinhentos anos adormecida, não se sentia nenhum pouco revigorada, muitos menos se sentia relaxada. Por esse tempo sofreu torturas inimagináveis, não se permitiria cair na escuridão de novo.
Mas, por um simples momento ela se cansou, por um momento ela vacilou, e sua cabeça encostará na madeira, o sono a venceu. E isso, foi um enorme erro.
O corpo deitado sobre a mesa de ferro ainda gritava, se contorcendo em sua dor e sucumbindo ao desespero. Mesmo que ferida estivesse sendo, a única palavra que saía de seus lábios eram:
- Drake!
Ela só queria a ele, só desejava ele, mesmo que a dor a destruísse e a queimasse de dentro para fora. Era ele quem ela queria, se Drake estivesse a salvo, tudo estaria bem.
Nunca se acostumaria com a visão do corpo se decompondo a sua frente, nunca aceitaria ver seu marido e futuro morrer diante de seus olhos vermelhos.
Em nenhum momento ela parou de gritar, não quando tiraram suas roupas, não quando seu corpo foi infligido, não quando foi torturada.
- Drake!
Ela precisava dele.
Seus olhos se abriram em um sobressalto, lágrimas tristes e reprimidas queimavam em seus olhos sensíveis, implorando para escorrer por seu rosto.
Em muito tempo, era a primeira sensação que estava sentindo, a emoção vindo. Tristeza.
Uma lágrima escorreu, então outra, e várias vieram para acompanhar a dor e solidão. Não permitirá o cansaço chegar de novo, Enya não mais dormirá naquela noite, apenas olhou para as estrelas.
Deixando que pelo menos uma vez, em anos, sentisse algo.
Por mais doloroso que fosse.
****
Depois de ter se recuperado da dolorida ressaca, Cassian percebeu que logo o sol estaria indo embora, e então ele poderia a ver novamente.
Claro, ele poderia largar a todos e ir simplesmente sozinho, mas o convite tinha se estendido para toda a família, e ele sabia o quando apreciavam uma boa festa, também não deixariam de lado a curiosidade sobre a mulher que os corroia.
O general quase agradeceu a Mãe erguendo as mãos para os céus quando viu que todos estavam prontos, arrumados e alinhados para uma festa.
Ele vestia seu traje illiryano, o couro preto grudado e moldava seu corpo, deixando seus músculos evidentes, os sifões vermelhos brilhavam fortemente a cada movimento forte, seus cabelos os quais ele fez questão de lavar e pentear. Estavam soltos, caídos em seus ombros, ondulados e brilhosos.
Azriel não estava muito diferente dele, com o couro illiryano, seus sifões brilhando, os cabelos pretos curtos e bagunçados, com as sombras rodeando seu corpo magro e viril.
Morrigan usava um vestido vermelho, longo e sexy, com as fendas que deixavam partes de seu corpo com curvas a mostra, ela esbanjava joias de ouro, em braceletes colares e brincos elegantes.
Amren usava uma calça preta, larga nas coxas e pernas, mas justa em seus tornozelos e cintura estreita, em seus pés usava sapatilhas pretas com detalhes em ouro, no busto, um croppd de tecido confortável, com as mangas caídas e a barriga a mostra, esbanjaba também suas joias extravagantes.
Feyre usava um vestido um vestido branco, com mangas compridas e as costas abertas, a saia continha brilhos em diamantes, como estrelas brilhando em um céu claro.
Rhysand usava uma calça preta, com botas elegantes que chegavam até seus joelhos, uma túnica de ébano brocada em ouro e prata.
Elain usava um vestido amarelo claro, ombro a ombro, um decote pequeno mas que a valozirava, com mangas compridas, mas transparentes e bufantes, a saia era longa com correntes de ouro nas laterais como enfeites.
Nestha que por incrível que pareça, resolveu se juntar a eles. Ela usava um vestido azul escuro, mangas compridas, sem decote e sem muito adornos, mas que ainda não escondia sua beleza.
Todos eles foram rápidos em atravessar até onde foram chamados, e se surpreenderam com o lugar decorado.
Era como uma caixinha de joias, com treliças pintadas de vermelho, dourado, marrom e verde, as cores tão vivas que poderiam os deixar boquiabertos.
Tinha mesas enormes em um canto, com bebidas diversas e comida em bandeijas elegantes.
Do outro lado, alguns feéricos com instrumentos começavam conversavam animadamente escolhendo o que deveriam tocar para o povo.
Uma enorme pilha de madeira foi colocada no centro, o que mais tarde seria acendido em uma fogueira.
Entre duas enorme árvores, um trono...
Eles admiraram a maneira como a própria natureza se curvou a Enya, para realizar seus caprichos e a dar um trono tão belo e único.
Com flores em volta, mas espinhos perigosos também.
Helion que também tinha sido convidado, se aproximou com seu sorriso galanteador, mas não teve tempo de soltar um de seus comentários bastante inapropriados.
Já que o lugar tinha ficado mais quente, mais vivido e mais sombrio, anunciando então a chegada de Enya.
Todos então ficaram em silêncio enquanto aqueles olhos vermelhos se aproximaram.
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