Capítulo 25
Cassian bebia seu vinho de maneira tranquila, enquanto seus olhos acastanhados observavam por cima da taça. Capturando com seu olhar, Eris Vansera. O Grão-Senhor da Corte Outonal, também o encarava de frente, segurando fortemente o garfo de prata em suas mãos, quase fazendo o objeto demolir em seu aperto forte.
Enya estava enchendo seu prato com comida, pegando tudo oque achava que tinha direito. Ela ignorou a tensão dos dois e espetou a batata salteada com manteiga e orégano, enfiando em sua boca e gemendo com o gosto que se espalhou por sua língua.
Cassian em um momento de distração da mulher ao seu lado, fez uma careta em direção a Eris, que grunhiu e torceu o nariz.
— Eny! — Ele gritou cruzando os braços. — Ele está me encarando! Faz ele parar!
Enya ergueu a cabeça, olhando para os dois e aproveitando para enfiar um pedaço de carne de cordeiro em sua boca. Ela levantou o dedo em quanto mastigava, sinalizando para que ele esperasse ela engolir devidamente o alimento. Ela engoliu e então encheu sua taça vazia de suco, pegando a jarra disposta na mesa e despejando o líquido para que pudesse beber.
— Cassian. — Ela fez uma careta de reprovação para ele, após limpar os lábios molhados pelo suco. — Pare imediatamente com isso.
— Eu não estou encarando ele, linda. — Ele inclinou a cabeça com um biquinho em seus lábios. — Você sabe que Eris é um velho. Deve estar ficando louco.
— Vou te mostrar o velho quando eu enfiar meu... — Eris começou.
— Ei! — Enya gritou. — Parem de brigar um com o outro, estão atrapalhando meu momento aqui.
— Mas ele está me encarando. — O Grão-Senhor rolou os olhos graciosamente. — E está bebendo do meu vinho como um morto de fome.
Enya bufou e rolou os olhos e então virou com o semblante sério para Cassian.
— Pare de ficar o encarando. — Mandou severa. — E pare de beber vinho como se fosse água, você e eu sabemos que a sua preferência é o vinho das adegas de Rhysand.
— Claro que não. — Ele disse exasperado. — Gosto de qualquer vinho.
— Não seja falso. — Disse a ele. — Pare de provocar o Eris, ou deixarei que ele queime sua bunda.
Cassian cruzou os braços emburrado, mas assentiu e olhou para Eris fazendo uma careta quando Enya se distraiu. Antes que Eris fizesse algo, Cassian deu um pulo de sua cadeira, sentindo a ardência de uma queimadura em sua bunda, ele encarou a assassina ao seu lado, que o olhava com advertência.
— Eu vejo tudo. — Ela disse. — Agora vamos. Apertem as mãos e façam as pazes.
— Eu não vou tocar na mão desse... Desse... Feio cabeludo. — Eris fez uma careta visível.
— Eu que não quero pegar na mão desse... Desse... Agh! Desse ruivinho azedo. — O general disse.
Enya bufou os olhos e começou a encher uma pequena taça com a sobremesa que foi posta a mesa. Ela enfiou uma colher do doce em sua boca e apontou a colher para os dois.
— Façam as pazes agora. Ou vão ter uma grave queimadura na bunda.
****
Após o longo e irritante jantar, onde Eris e Cassian trocavam farpas e ofensas sobre tudo, Enya agora estava em seu quarto. Eles estavam se preparando para uma noite no Rita's, depois de Cassian insistir que aguentou demais Eris ao seu lado e ela deveria passar um tempo com sua família também.
Enya então aceitou, uma noite com bebida não faria mal a ninguém. Acabará de sair da banheira e agora perfumava com creme e perfume seu belo corpo.
Ela colocava agora por cima da lingerie rendada, um vestido vermelho colado ao corpo, as mangas chegavam até seus pulsos, e deixava seus belos ombros pálidos com vários resquícios de uma noite não dormida com Cassian a mostra. Um decote considerável enfeitavam seu busto, junto com um colar dourado e um pingente de rosa vermelha, conforme o tecido deliniana e desenhava sua cintura estreita, ele chegava até a metade das coxas, e nos pés saltos vermelhos com tiras que abraçavam suas pernas.
Seus cabelos negros estavam soltos como ondas por suas costas, seus olhos vermelhos estavam desenhados por uma linha fina de maquiagem e seus lábios vermelhos como sangue.
E Cassian como sempre tinha tomado somente um banho e penteado seus cabelos.
— Você está definitivamente linda. — Ele a elogiou hipnotizado.
Cassian pressionou o peitoral nas costas de Enya, afastando os cabelos negros e deixando um beijo na nuca da mulher que já estava arrepiada.
— Você será a mulher mais bela que já entrou em Velaris. — Ele murmurou apaixonado. — Em todos esses milênios de anos, nada vai superar você.
— Eu sei que sou linda. — Ela sorriu de lado. — Mas obrigada por me lembrar.
****
Eles entraram pelas portas, Cassian entrou na frente e conduziu Enya por toda aquela multidão. De longe Enya viu toda a família de Cassian, e ele foi até eles os dando um abraço exagero.
Ela ao invés de fazer o mesmo foi até Elain e sorriu para ela.
— Hum... — Ela escolheu os ombros. — Eu gostei do seu vestido.
Elain corou olhando para baixo, a mesma usava um vestido azul claro, ombro a ombro e mangas transparentes e bufantes, o tecido marcava seus seios medianos e sua cintura fina, valorizando os quadris e chegando até a metade de suas coxas. Seus cabelos estavam soltos com joias delicadas revestidas em diamantes o enfeitando.
— E-eu... Eu gostei do seu colar. — Ela sussurrou com um pequeno sorriso.
A assassina sentiu outra presença naquele salão repleto de feéricos que queriam beber, um mar azul-acizentado a encarando em sua pior tempestade. Ela olhou por cima dos ombros e viu Nestha a olhando por entre toda aquela multidão. O rosto tomado por uma fúria silênciosa e tristeza que a quebrava.
Enya então sorriu. Uma morte lenta e dolorosa desenhou o rosto da assassina das lâminas flamejantes.
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