Capítulo 3
500 anos atrás...
Enya atravessara o mais perto que podia da fortaleza de Amarantha, olhou em volta observando o silêncio que dominava o corredor escuro, ela balançou a cabeça, ignorando pensamentos tempetuosos e seguiu em frente, puxando o capuz preto sobre sua cabeça novamente.
Se esgueirou sobre a escuridão que as sombras concediam, se transformando nada mais que um vulto andando por corredores, ela ignorou o falatório quando passará perto do salão principal, mas não ignotou a figura feminina, que possuia os longos cabelos avermelhados, chegando a ponto de se assemelhar a sangue escorrendo.
Enya sentirá vontade de entrar no salão e queima-lá por inteira, a fazer implorar por um fiapo se perdão. Mas agora tinha coisas mais importantes para fazer.
Suspirou enquanto continuou a andar, chegando a corredores vazios e antigos, onde o cheiro de mofo atingia suas narinas a ponto de queimar com o cheiro desagradável.
Mas por cima disso, podia sentir o cheiro dele, se assemelhando ao girassol, ou com o verdadeiro cheiro de luz rapidamente e reconfortante que ele trazia. Ela tivera que controlar suas lágrimas e sua raiva ao sentir o cheiro metálico junto disso.
Muitos a achariam inconsequente, mas a anos atrás, em uma noite qualquer do outono, eles se juntaram diante sa sacerdotisa, entrelaçando suas mãos e sendo completamente juntos diante de todos os olhos do mundo. Ele era dela, era seu parceiro e seu igual de muitas maneiras.
Ela faria de tudo por ele, e se a fortaleza da Amarantha fosse o inferno, então ela caminharia sobre o fogo e lutaria por ele.
Entrará silenciosamente na sala, as mãos segurando abelidosamemte as lâminas gêmeas curvadas, ela girou o objeto entre seus dedos, olhando para tudo e procurando alguma ameaça.
Mas então, lá estava ele. Drake, sentado ao chão com a cabeça abaixada, ainda usava suas roupas caras, mas quase completamente rasgadas em muitos lugares, a respiração estava fraca, juntamente do coração que batia em um ritmo lento, mas constante.
- Drake... - Ela murmurou e correu até ele.
Enya largou suas lâminas ao chão, se ajoelhando no piso frio enquanto tocava seu marido, o macho, já fraco e debilitado, lutou contra a dor e a exaustão que queria o levar, levantou a cabeça ao ouvir a voz doce e preocupada de sua parceira.
- Enya... - Ele sussurrou sentindo as lágrimas queimarem em seus olhos.
Ele inclinou a cabeça em direção a palma da mão quente de Enya, lágrimas descendo silenciosamente por saber que ela estava aqui por ele.
- Você... Você tem que ir embora amor, ela vai matar você... - Ele suplicou. - Por favor...
Ela negou, tomando as mãos machucadas para si, enquanto as soprava levemente lhe dando seu calor.
- Você vai sair daqui, - Ela disse com um sorriso - e juntos, iremos dissimar e queimar todos esses malditos que ousaram fazer algo contra nós. Entendeu?
Passos lentos e tortuosos foram ouvidos, Enya olhou para seu parceiro, os olhos vermelhos pareciam dizer tudo o que ele queria.
— Fique comigo, ok? — Ela sussurrou.
— Ok. — Ele disse com a voz fraca.
— Eu te amo. — Disserá Enya.
Ela agarrou as lâminas novamente, se levantando em frente a Drake.
Ela viu então Amarantha, o sorriso frio e maldoso que Enya conhecia muito bem.
- Então... Nos encontramos novamente. — Murmurou alisando o vestido.
- Não posso dizer que estou feliz em te ver de novo.- Rosnou.
A mulher de cabelos vermelhos gargalhou, e logo balançou a cabeça em sua direção.
- Ah, Enya... — Deu de ombros com um sorriso malicioso. — Eu estou feliz, afinal eu vou te matar agora.
Enya erguerá suas armas, bloqueando o ataque de Amarantha a seu rosto, as lâminas rasgeram e chiaram com o contato da força das mulheres. Ela empurrou para baixo, levantando a perna soltando um chute em sua adversária que recuou poucos passos.
Ela girou as armas entre seus dedos, sua visão se transformando em nada mais que vermelho. Amarantha era seu alvo, e pagaria por um dia ter ousado tentar contra Enya. Ela não deixaria a exaustão tomar conta de seu corpo, não se deixaria desistir, ela nunca o faria.
Então ela lutou.
- Você ainda vai quebrar, Enya. — Amarantha disse.
Grunhidos e respirações se eram ouvidos, junto das espadas ranjendo e o cheiro de suor que vinha após boas horas de luta.
Amarantha também poderia ser perigosa, tanto quanto Enya, ela não esqueceria de que estava lutando com alguém a sua altura.
Enya empurrou suas lâminas entrelaçadas sobre a espada de Amarantha, que a encarava com sua fúria mortal e doentia.
- Você pode ser a melhor guerreira do mundo vadia. Mas melhor que eu? Nem mesmo os malditos deuses tentam contra mim.
Amarantha sorriu, sentindo o poder sombrio e frio percorrendo a sala.
- Tentar contra você? - Ela sussurrou. - Não... Vou tentar contra Drake.
Em um minuto de distração, Amarantha desiquilibrava Enya de sua postura, a fazendo cambalear para o lado com um chute no estômago, derrubando suas armas ao chão.
Ela gritava quando correntes percorriam seu corpo, como um fanstasma a abraçando e tentando corromper sua alma. Enya desejou sair, mas a maldição que caiu sobrs si, era seu pior pesadelo.
Agora Amarantha estava ao lado de Drake, que não escondia suas lágrimas na frente de sua parceira.
- Me mate! - Ela gritou se debatendo. — Me mate e o deixe paz! Você venceu! eu me entrego a você! Apenas o deixe viver.
Amanratha sorria, a espada roçando contra a pele frágil do pescoço de Drake. Ele a olhou, os olhos semi abertos em uma fresta de escuridão, aquela.
Aquela foi a última vez que Enya ouviu a voz de seu parceiro em sua mente.
Você é minha Enya, você é de aço, não se curva e não se quebra.
Ela gritou, gritou tão alto que sua cabeça podia ter explodido em mil pedaços, seu poder implorando para se libertar das correntes que a cercavam, se libertar do feitiço que rodeou sua carne e alma.
Amarantha sorriu quando viu o desespero de Enya.
Ela tinha vencido, pelo menos uma vez, ela venceu.
Enya levantou a cabeça, seus olhos queimando em uma promessa de morte lenta e dolorosa. Mesmo que tivesse correntes a cercando, não a impediu de levantar seu dedo e aponta-lo para Amarantha.
- Um dia... Você vai morrer, seu reinado vai cair, você vai se transformar em nada, seu nome vai sumir com o vento. E quando isso acontecer, você se lembrará de mim. Eu juro, vai se arrepender de um dia ter me conhecido.
Amarantha estremeceu diante de suas palavras, mas não deixou isso a mostra.
- É melhor começar a repensar sua vida, pois nem mesmo os deuses te protegerão do futuro que eu imagino para você.
Uma maldição rogada, e uma promessa sendo feita.
E então Enya sorriu, mesmo estando entre a dor e a tristeza, mesmo que seu parceiro estivesse morto no chão.
Ela era Enya, era de aço, ela não curvaria e não quebraria.
Enya cairá no sono da morte. E o fogo selvagem de seu poder adormeceu.
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