Capítulo Um - Parte 2 🗡
Jehan Larkin
Entro no quarto simples da estalagem em que alugamos em Rafanápolis e meu coração se contrai ao me lembrar dos últimos acontecimentos. Sinto meus olhos arderem e fecho os mesmos para impedir que qualquer lágrima desça. Agradeço muito por ter Elric comigo nesse momento, pois sei que sozinho eu não iria conseguir suportar. Sinto braços ao meu redor e rapidamente sei que é ele me abraçando, me mantendo seguro junto a ele. E com isso eu não consigo mais segurar e deixo que todas as lágrimas presas desçam por minha face.
Meu peito parece que está sendo comprimido nesse momento, tamanha a dor que eu sinto agora com toda essa situação. Porque mais doloso do que ser acusado da morte do seu próprio pai, é não poder dizer que isso é realmente uma mentira, pois eu não me lembro de muitas coisas daquela noite trágica. O que eu me lembro é de ser apresentado, conhecer o pai de Elric e aceitar uma taça de vinho de Milosh, e então tudo se tornou escuro e de repente a imagem que eu tenho é encontrar meu pai morto, estirado ao chão com os olhos arregalados e sem vida.
“E se realmente fui eu? E se foi eu quem matei meu próprio pai?”
- E se foi eu, Elric? – Pergunto com a voz falha por conta do choro excessivo que me toma no momento.
Ele não me responde imediatamente e isso me causa medo... Medo por pensar que ele também me acusa de algo que eu não fiz, ou não me lembro de ter feito.
- Ei, olha para mim. – Ele pede e suas mãos pegam em meu rosto, mirando meus olhos nele. – É claro que não foi você, meu amor. Posso te conhecer há pouco tempo, mas sei que não é capaz de matar uma mosca, Jehan, prova disso é que você nem participou efetivamente da guerra. Alguém está fazendo isso para destruir sua família e te tirar do trono, mas isso não vai acontecer, vamos provar sua inocência e mandar a forca quem armou tudo isso.
Elric diz cada palavra olhando em meus olhos e pela primeira vez em horas eu me sinto em paz, pois sei que o homem que eu amo está ao meu lado. Mas ao mesmo tempo em que sinto alívio, também reflito em suas palavras e isso automaticamente me faz lembrar as horas que antecederam nossa vinda à Rafanápolis.
A imagem de mim enfiando o punhal no peito do meu pai Vlad se repete várias e várias vezes em minha frente, não deixando só a mim sem palavras e reações, mas todos os presentes. Sinto meu estômago revirar e a vontade de vomitar me atinge com força, ainda mais quando sinto todos os olhares em mim... Principalmente o dele, meu pai Adarel.
- Isso não pode ser verdade, eu não matei o meu pai! – Grito em desespero, pois é assim que me sinto nesse momento com os olhares acusadores em mim.
- Não há para onde fugir, Majestade... Todos já sabem a verdade. – Rovil, o feiticeiro que ajudou a investigar, diz. E não sei, mas há algo sombrio em seu olhar e isso me causa calafrios.
Mas eu me esqueço disso rapidamente e me viro em direção ao meu pai, que me olha sem reação, mas com acusação no olhar.
- Papai, você tem que acreditar em mim, eu não fiz isso... Eu amava o meu pai. – Falo em súplica, sentindo as lágrimas encharcarem o meu rosto.
Ele não me diz absolutamente nada e seu silêncio dói mais do que uma faca afiada sendo cravada em meu peito. Meus olhos vão até cada uma das pessoas na sala e me sinto encurralado com os olhares que recebo... Há ódio, medo, surpresa, repulsa e o pior de todos que é o de acusação. Mas há uma única pessoa que não me olha assim e essa pessoa é Elric Redthorn, meu predestinado.
- Infelizmente todos aqui sabem do seu histórico de brigas com seu pai, meu sobrinho, todos sabiam que vocês não se davam bem. Mas matar seu próprio pai? Tudo isso para se ver livre dele e subir ao trono mais rápido? Será que esse humano não te ajudou em todo esse plano também? – Milosh lança suas palavras de veneno e minha vontade é apertar seu pescoço, mas eu continuo no mesmo lugar.
- A única pessoa que sempre foi obcecada no trono aqui é você! – Falo com raiva, elevando meu tom de voz. – Pai... – Começo a dizer, mas a mão dele sendo erguida me interrompe.
- Já chega de mentiras, Jehan, chega! Todos nós vimos essas imagens de puro terror e não queira nos enganar, não queira me enganar. – Ele diz chorando e sinto meu coração se quebrar em vários pedaços ao constatar o que eu estava temendo. – Você o matou, matou seu pai, uma das pessoas que mais te amava no mundo... E eu só queria entender o porquê.
Balanço minha cabeça em negação ao ouvir suas palavras e só consigo me manter em silêncio, me sentindo totalmente destruído.
- Me diz por quê? – Ele grita a pergunta e isso faz com que eu me encolha, me sentindo minúsculo diante a situação. – Chamem os guardas, levem ele.
Ouço suas palavras e meus olhos se arregalam em pavor. Ele vai me prender?
- Não, eu... – As palavras ficam presas em minha boca ao ver Blazh aceitando as ordens do meu pai.
Me sinto totalmente perdido e só tenho uma atitude quando sinto uma mão se grudar forte a minha. Os lábios de Elric se movem quando olho para ele, mas não consigo interpretar tudo, apenas a palavra “fugir”. E então eu me dou conta de que realmente não há outra saída a não ser essa.
Fecho meus olhos por um segundo e depois de tomar uma grande lufada de ar, eu crio coragem. Chamo meu Pégaso pela nossa ligação e com minha mão livre crio um circulo de fogo ao meu redor e de Elric. Ouço os ofegos dos que estão ao nosso redor e segundos depois os guardas começam a revidar com magia, mas não há dominador melhor que eu, pelo menos não nessa sala e aproveitando isso, deixo as labaredas de fogo ainda maiores, guiando elas aos que querem chegar até nós.
- Para a janela. – Falo para Elric e aponto a grande janela atrás de nós. Ele assente as minhas palavras e lentamente damos passos para trás, até alcançar nosso objetivo. Assim que encostamos no beiral da janela, ouço as batidas das asas de Blackjack e me sinto aliviado em ainda poder contar com alguém, mesmo que seja meu Pégaso. – Pula! – Grito para Elric, enquanto desvio de uma bola de fogo que foi lançada contra mim.
Elric faz o que eu peço e logo está nas costas de Blackjack. Volto minha atenção para a pequena luta que acontece e vejo os guardas conseguindo se aproximar ainda mais, entre eles Blazh, alguém que eu jamais pensei ficar contra mim. Meu corpo fica ainda mais colado a janela e ouço Elric chamando por mim, com preocupação na voz. Subo na janela, mas antes que eu possa pular e fugir para longe, meus olhos se cruzam com os do meu pai. Ele me olha atônito e completamente sem vida, o que me deixa ainda pior, mas não é como se eu ainda pudesse o abraçar e dizer que tudo vai ficar bem.
E é com esse sentimento de perda que eu deixo meu corpo cair e me lanço para trás. Sinto o pequeno impacto quando alcanço meu cavalo alado, mas eu mal posso processar isso, pois logo estamos sendo atacados. Tendo uma agilidade que eu desconheço, troco de lugar com Elric, conduzindo meu Pégaso para longe. Algumas bolas de fogo, pedras e fechas são lançadas contra nós, o que me deixa desesperado para nos tirar das redondezas do castelo o mais rápido possível.
- Jehan, preciso de uma arma, só tenho minha espada aqui. – Elric grita atrás de mim e automaticamente mentalizo um arco e uma aljava cheia de flechas, fazendo os objetos aparecer em minhas mãos. Entrego eles a Elric, que está sentado de costas para mim e começa a atirar em seguida.
Percebo que há uma verdadeira cavalaria atrás de nós e isso me deixa em pânico e tudo piora quando flechas atingem uma das asas de Blackjack, fazendo meu Pégaso perder totalmente o equilíbrio. E ouvir o gemido dele de dor me causa uma culpa enorme. Dou uma olhada para trás e sei que Elric não dará conta sozinho, então em um ato desesperado crio uma pequena muralha de pedras, o que atrasa eles por algum tempo. Faço Blackjack descer, para não forçar sua asa e me embrenho no meio da floresta, querendo nos camuflar. Vejo a asa do meu Pégaso cheia de sangue e quebrada, o que me faz ter a certeza de que ele não vai aguentar por muito tempo. Então preciso acabar com isso o mais rápido possível.
- Vamos lá Black, só mais um pouco. – Peço a ele, fazendo ele acelerar ainda mais, já que novamente há mais feéricos em nosso encalço.
E quando penso que não pode tudo piorar, a outra asa de Blackjack é atingida, fazendo ele parar momentaneamente pela dor e automaticamente lágrimas começam a jorrar dos meus olhos como em uma cachoeira. Me sinto completamente perdido e não sei se vamos conseguir sair dessa confusão vivos. Mas ao ouvir os gritos de raiva de Elric e os gemidos de Blackjack, encontro a força que eu preciso para dar um fim a isso... Pelo menos por agora.
- Pare de atirar e confia em mim! – Grito para meu predestinado.
E me surpreendendo, ele faz exatamente o que eu pedi. Ouço os gritos dos homens e mulheres atrás de nós, mas não deixo isso me abalar. Respiro fundo e miro meus olhos para uma clareira no meio da mata, ergo minhas mãos e uso toda a magia presente em mim. Sinto o calor percorrer meu corpo e então a luz lilás saem das minhas mãos e mentalmente eu mentalizo um lugar para que possamos ir sem sermos notados. Deixo a magia fluir e lanço a luz à minha frente, rapidamente vendo um portal se abrir, faço meu Pégaso acelerar ainda mais, usando suas ultimas forças e me sinto aliviado ao que passamos pelo espelho de magia e ficamos livres de toda a perseguição.
Abro meus olhos, apertando Elric ainda mais em meus braços e me sinto seguro o tendo junto de mim. Com tudo o que está acontecendo, é muito bom saber que pelo menos eu tenho o homem que eu amo junto de mim e por enquanto isso me basta, pois vou enfrentar meus problemas um de cada vez e provar a todos a minha inocência. Eu sei que não fui eu... Não pode ter sido.
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Elric Redthorn
Vejo nos olhos dele a tempestade de emoções, o medo e a culpa, e acima disso, a confusão.
Dias. É o tempo que deixamos Porto Larkin para trás e atravessamos Bellario de ponta a ponta até o mais longe das torres pálidas da capital feérica — mais longe ainda de Ayllan e do meu trono. E paramos nessa estalagem, nas proximidades de Rafanápolis, a enorme cidade a sudeste do reino feérico, rica em seus sabores e aromas, terra do vinho e do amor. E mesmo que a estalagem seja limpa, não vejo a riqueza em seu aroma — o cheiro de terra e cachorro molhado no assoalho do espaço comunal no térreo, onde serve de bar e restaurante e salão de dança para algumas jovens feéricas de menor poder que dançam para alguns homens em busca de poucas moedas.
E é nesse espaço que estamos agora, Jehan na cadeira do outro lado da minha mesa olhando para o lado, mas não focando em nada, está perdido novamente em seus próprios pensamentos, seus próprios demônios. O observo, o cabelo bagunçado, a roupa diferente. Tudo para que não fossemos reconhecidos desde nossa partida. As roupas do linho mais puro que usávamos foi jogada para trás enquanto Jehan e eu roubávamos do varal de uma pequena casa de fazenda no mais tardar noturno.
O cavalo alado de Jehan, solto na floresta — por hora. O rosto de Jehan já é conhecido e se ele ainda fosse visto por aí com seu cavalo de pelo preto, não iriamos longe. Blackjack não queria se afastar... senti a dor na fala de Jehan enquanto o empurrava para dentro da floresta, prometendo ao pégaso que em breve eles se veriam de novo e assim, uma última vez, Blackjack passou as asas envolta de Jehan antes de levantar voo para acima da copa das árvores e se perder na noite — a noite anterior a chegarmos a pé na estalagem a beira das muralhas de Rafanápolis.
— Claus? — pisco algumas vezes me voltando para o momento atual e olhando para Jehan que me chamou pelo nome que eu tinha adotado pelo momento.
— Sim? — perguntei, para todos ali, não passávamos de amigos, jovens cavalheiros, em busca de emoção e eu agradecia aos meus cabelos grandes que cobriam minhas orelhas humanas das pontiagudas espalhadas ao meu redor.
A única presença humana que notei foi de uma das meninas que dançam no salão, a mais baixa entre elas, de pele de ébano e cabelos cor de mel. Assim que havia entrado no salão pela primeira vez, há dois dias, ela tinha se “assustado” ao me ver, mas nem uma palavra saiu de sua boca desde então. E isso me fez pensar, se mesmo com a falsa fuligem em meu rosto e a barba maior do que já estivera em mim, ela teria me reconhecido. De Ayllan ou de qualquer outro lugar, ou teria reconhecido Jehan, com os cabelos secos e com lama nas pontas e a barba por fazer.
— Pensei agora e... é melhor que não seja você a ir até o porto amanhã. — diz ele.
— Porque não? — pergunto.
Era o combinado. Haw Tarmerien, filho do Lorde Lorian que governa Rafanápolis estaria no porto. Jehan havia me dito uma pequena história enquanto caminhávamos até à cidade litorânea, de que há anos, ele havia ajudado Haw em uma saia justa que poderia causar um confronto entre as cidades daquela costa. Então Haw dissera:
“— Eu te devo uma, Jehan. E é seu dever me cobrar durante os séculos que viveremos.”
E ali estava Jehan, indo atrás dessa promessa. Mesmo que não tivéssemos avisado Haw, ele estaria no porto porque ele era o filho responsável por aquela parte da cidade, assim como Philipa era responsável pelo mercado, Alis pela educação e Gregfyr pela tropa militar. Enquanto o bebê, Pisckar, já estava sendo destinado a vida religiosa dos deuses feéricos na enorme cidade.
— E se der tudo errado? — ele pergunta, está nervoso, como se fosse inexperiente em tudo aquilo, como se não tivesse aberto o chão semanas atrás num campo de batalha...
— Não vai dar errado. — respondo.
— Você vai sequestra-lo. — diz ele. — Isso tem tudo para dar errado.
Sorrio de canto, abro a boca para responder...
— Mais cerveja? — pergunta a dona da estalagem, Bakia, ou algo assim. Cabelos cor de fogo, a mesma cor da cerveja que eles servem por aqui.
— Não. — respondo.
Bakia assente e se afasta, olhando por cima do ombro — a cerveja parece ser sua especialidade por aqui e não a beber, nós a ofendemos?
A porta da estalagem se abre e o vermelho e laranja do pôr do sol do outro lado entra para dentro do lugar. Jehan fica instantaneamente tenso na cadeira e vejo seus olhos mudarem de cor rapidamente, enquanto para os novatos, nesse momento, sei que eles verão outros rostos em nós dois.
A armadura de metal prateado polido dos cavaleiros faz um barulho firme por sobre o alaúde que tocava e parece que ficou um tanto mais baixo. Seis cavalheiros. Patentes medianas, com pouco poder, mais porte físico, conseguiria derrubar uns dois, três e o resto Jehan daria conta.
Não causar confusão. Era a prioridade. Um deles conversa com Bakia que estala em direção ao cantor no canto e a música cessa. Um dos cavaleiros, ou melhor, cavaleira para olhando de um para um no lugar. Os cabelos lisos e curtos fazem com que as orelhas pontiagudas sejam ostentadas, com brincos na ponta de cada uma. Lábios rosados e um sorriso maléfico nos lábios, os olhos são levemente repuxados. Ela seria de alguma parte a leste das Montanhas Elteror, assim como Jehan tinha me dito sobre as aparências e costumes de cada região em Bellario.
— A recompensa para a cabeça do Príncipe Jehan Larkin e do invasor, Elric Redthorn, aumenta a cada dia e aqui está a oportunidade de vocês contarem se sabem de alguma coisa. — diz a cavaleira, capitã daquela pequena tropa. O sorriso continua em sua face. — Ninguém?
Ninguém diz nada. A capitã balança a cabeça e se vira para a sua tropa. O alaúde volta. Mas os cavaleiros não partem e isso me deixa mais tenso. A mão de Jehan encontra a minha em cima da mesa e vejo em seus olhos. É hora de voltarmos para o nosso pequeno quarto.
Nos levantamos da mesa e, graças aos deuses, chegamos na escada sem nenhum deles nos olhar ou interceptar. A música fica para trás enquanto andamos pelo apertado corredor. Jehan na frente. Ele abre a porta do nosso quarto e adentramos.
— Precisamos descansar. — diz ele, os ombros caindo. — Amanhã vai ser um dia daqueles.
Ele arrasta os pés até à cama de colchão de feno e se joga nela. Me olha.
— Mesmo com essa sujeira, eu deixo você dormir agarradinho comigo. — ele sorri de lado.
Tiro a camisa que algum dia fora branca e agora está encardida e jogo na única cadeira do quarto ao lado. Seus olhos descem do meu peito ao meu abdômen e aos pelinhos que levam para dentro da minha calça.
— Descansar. — reflito enquanto ele ergue os olhos para cima, para de encontro com os meus.
— Certo. — responde e ele parece triste com isso. — Mesmo que a noite tenham mau começado, precisamos disso. — porque na noite anterior é um milagre a estalagem não ter gritado para os “amigos”, “jovens cavalheiros” que parassem de fazer amor tão alto e de quebrar um dos pés da cama, a ponto de colocarmos uma pedra no lugar.
Sorrio e me deito na cama a seu lado. Jehan se vira de frente para mim e nossas pernas se entrelaçam. Nossos quadris encaixados e mesmo que queremos descansar, nossas ereções parecem bem agitadas. Jehan fecha os olhos e suspira.
— Se tudo der certo, em um dia, estaremos limpos e numa cama bem melhor. — comenta ele.
— Assim espero. — respondo.
E amanhã, quando Jehan usar seu poder de longe para me dar orelhas pontiagudas e uma feição diferente enquanto ando pela multidão no porto de Rafanápolis teremos a resposta de qualquer que seja a verdade por trás de tudo que está acontecendo ao nosso redor. E se eu falhar, Jehan e eu seremos fugitivos para sempre ou até quando nos capturassem.
E como havíamos conversado, se não desse certo o que tínhamos planejado, Ayllan e Bellario querem nossa cabeça, teríamos que começar uma nova vida num novo lugar, para além do Mar Norte ou do Mar Sul então seria nosso destino e assim teríamos uma cama limpa e uma noite de sono verdadeira, sem ficar acordando de tempos em tempos achando que os barulhos de cascos de cavalos no estábulo ao lado são de tropas invadindo o lugar por ter nos achado ou algo parecido. Mesmo que eu não tivesse perdido a esperança — ainda — essa parecia ser a única solução sem arriscar nossas vidas para termos um futuro.
Se passássemos de amanhã, claro.
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Olá jujubas! Finalmente chegamos... E aí, gostaram???
Essa segunda parte promete. 🤭
Bjus da Juh, até a próxima 😘😘
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