71 ▪ just u ▪
Jimin estava quase fechando os olhos quando bateram na porta e ele resmungou tão alto que provavelmente quem estava do outro lado o ouviu.
Então ele escorreu a mão pela minha cara, me empurrando, mas sem se mexer.
"Vai lá..." Ele mandou, com a voz arrastada e rouca, negando com a cabeça, a testa encostada no meu ombro.
"Vai você." Eu retruquei, o empurrando pelos ombros, mas ele acabou me batendo, retomando a sua posição. Bateram na porta de novo.
"Vai lá, idiota!" Ele mandou, esticando o braço sobre o meu abdômen, apanhando a minha boxer no chão e atirando-a contra o meu peito.
"Ok." Eu resmunguei, fingindo-me derrotado, mas depois eu saí do sofá com pressa, o fazendo rebolar para o lado.
"Arg, seu idiota, como eu te odeio!" Exclamou, atirando uma almofada na minha direção, e eu gargalhei, pegando o dinheiro em cima da mesa que nós tínhamos separado antes.
Eu abri apenas um pouco a porta, porque eu só tinha realmente a boxer vestida, e haviam roupas espalhadas pelo chão da sala, e claro, Jimin.
Então eu deixei o corpo atrás da porta, sorrindo ao rapaz do drive in, e esticando o dinheiro para ele, que rapidamente segurou e verificou a quantia.
"Muito obrigado." Ele disse, estendendo a sacola de papel e eu voltei a sorrir, segurando-a e fechando a porta depois.
"Você é sempre tão merda com as pessoas?" Jimin foi rápido a resmungar e eu rolei os olhos, pousando aquilo na mesinha de centro em frente dele, logo caminhando para a casa de banho e ignorando a sua pergunta.
E eu fechei a porta, por que um homem tem as suas necessidades, e alguns segundos depois eu estava lavando as mãos quando Jimin entrou por ali dentro e eu sacudi as mãos na frente da sua cara.
"O que está fazendo?!" Eu exclamei, fingindo choque, porque eu podia estar realmente respondendo às minhas necessidades e ele tinha realmente entrado por ali dentro sem bater ou dizer alguma coisa.
"Cretino!" Explodiu, puxando a toalha do suporte e limpando a cara.
"Ficou com saudade?" Eu provoquei, vendo como ele não estava fazendo nada em concreto, principalmente que exigisse aquela pressa ou necessidade de entrar daquele modo.
"A sério, Jungkook, você me irrita!" Ele estalou, levantando a mão e virando costas, voltando para o sofá, ocupando quase todo, as pernas esticadas e o lençol sobre elas, enquanto ele puxou uma caixinha da sacola da comida, depois os hashis, e pousou no seu colo.
E eu me sentei no chão, fazendo exatamente o mesmo, encostado no sofá, uma perna dobrada, segurando a caixa em uma mão e o talher na outra.
"A comida daqui costuma ser legal." Eu disse, antes de pegar algum do miojo com molho e carne e enfiar na boca.
"Hunhum." Ele murmurou, a boca cheia, mastigando com as bochechas se realçando e eu sorri, o encarando enquanto voltava a pegar outra porção e a comê-la. "Até parece que não é ruim escolhendo as outras coisas todas." Provocou, sorrindo de canto enquanto se esticava para pegar um guardanapo da mesa, e quando não alcançou eu lhe cheguei, pegando um para mim também.
"Quando eu posso ver você dançando de novo?" Eu perguntei, o olhando de canto, sem qualquer relação com o que dissera antes.
"Foi uma exceção." Ele disse, convencido disso, e eu gargalhei, internamente.
"De quando você ainda era legal?" Eu o provoquei e ele cerrou o olhar na minha direção, ameaçando falsamente e eu sorri.
"De quando você ainda não era um babaca autêntico?" Retrucou e eu uni as sobrancelhas, me fazendo de desentendido.
"Só guarda rancor para o que quer, não é?" Eu o respondi, pousando a caixinha com os hashis dentro e puxando a latinha de suco para mim, abrindo-a e tomando alguns goles, pegando na comida logo a seguir.
"Pelo amor de Deus, Jungkook." Ele olhou o teto, quase num revirar de olhos, enfiando comida na boca, me fazendo pensar que não responderia, então eu voltei a comer. "Se você está falando sobre transar, é você quem guarda rancor."
Eu acabei pousando a comida que eu estava prestes a levar à boca na caixa pequena, o encarando, incrédulo, quase me engasgando.
"Sem vergonha!" Eu acusei, esticando o braço e atingindo a perna dele com o punho fechado, quase sem força, mas ele estava rindo e eu acabei me contagiando, fazendo o mesmo.
"Hunhum." Fingiu concordar, encolhendo as pernas contra si e pousando a caixa entre elas.
"De qualquer maneira." Eu comecei, me virando levemente para ele, querendo prever os seus movimentos, arranhando a garganta. "Eu já comprei os bilhetes."
"Como é?" Ele parou, e eu sorri de canto, pousando tudo na mesa e o braço no sofá, como apoio para segurar a minha cabeça.
"Para ver você." Esclareci, o vendo pousar as mesmas coisas na mesa de centro, de forma lenta, me olhando de forma confusa, negando com a cabeça depois. "O que foi?"
"Você não vai me ver." Ele continuou negando.
"Claro que não. Vou para ver os outros grupos." Eu menti na cara dura, e ele uniu as sobrancelhas, quase rindo. "Arranque meus olhos, então." Eu resmunguei, sem entender a importância daquilo, me virando de novo para a frente, cruzando os braços.
E então Jimin ficou de gatas no sofá, passando os braços pelo meu pescoço, se baixando para me encarar.
"Está falando sério?" Ele perguntou e eu o olhei de canto, acenando, apreensivo. "Comprou mesmo?"
"Sim." Eu respondi, quieto, mas ele espalmou a mão na minha bochecha, virando a minha cara para ele e selando os seus lábios nos meus, logo me segurando com mais firmeza, juntando a sua língua à minha.
O meu braço passou por debaixo do seu corpo, o puxando para fora do sofá, e o outro o esperou, para ele não cair, pegando nele e o deixando de lado para mim, mas no chão.
Depois, eu mesmo segurei as bochechas dele, deixando a minha língua explorar a sua boca e selá-la depois.
"O que você quer dizer com bilhetes?" Ele disse, mais calmo, encostando a cabeça no meu ombro e rodeando o meu tronco com os braços, o abraçando.
"Para mim e Yugyeom." Eu murmurei, enlaçando a sua cintura de lado e o olhando, sorrindo.
"Está brincando?" Ele se mexeu, me encarando com as sobrancelhas unidas em uma só e eu fiz o mesmo.
"O que foi?" Voltei a perguntar, sem entender realmente o problema e ele se afastou de vez, ficando de pé, baixando a tshirt que vestia, como se ela pudesse crescer e tapar as suas pernas, para, depois, irritado, pegar todo o lixo em cima da mesa e o carregar nos braços. "O que foi?"
"Você vai levar Yugyeom para uma coisa que é minha?!" Ele disse, já na cozinha, para depois voltar e pegar o saco de plástico, o amassando e voltando a bater o pé para a cozinha.
"Qual é o problema?" Eu resmunguei, pousando as mãos no sofá atrás de mim e me elevando para sentar nele.
"Você está levando um cara que- Sabe que mais?! Esquece!" Ele gritou, mas não havia para onde fugir então eu fiquei de pé, cruzando os braços e ficando o encarando, esperando o próximo movimento. "Veste alguma coisa, porra!" Ele mandou, tentando passar por mim a bater o pé a fundo, mas eu segurei os seus braços e ele me olhou com raiva.
"Você tem problemas de temperamento?" Eu perguntei, quieto, e ele bufou.
"E você, tem, idiota?!" Então ele me empurrou, tentando entrar no banheiro, mas eu voltei a puxá-lo, mesmo que receoso se ele voltaria a acertar um tapa na minha cara, como da outra vez.
"Para com isso!" Eu mandei, irritado já também. "Se você não quer que eu leve Yugyeom me diz! Eu só não vejo o problema!"
"Não vê o problema porque é burro!" Ele estalou, se soltando de mim e cruzando os braços na frente de si. "Não vê o quão ridículo é levar um cara que está comendo você com os olhos a todo o segundo?"
"Ah, pelo amor de Deus, Jimin!" Eu revirei o olhar, virando me de costas e esfregando as mãos na cara, porque... aquilo outra vez? "Eu já te falei-" Eu estava a meio de me virar quando ouvi a porta do banheiro e como eu não era feito Park Jimin para entrar de rompante eu me aproximei da porta. "Que irritante, infantil!" Gritei para que me ouvisse.
"Deixa ser!"
Eu não me contive, eu gargalhei alto, porque aquilo era realmente um nível alto de ridículo e não era possível se conter.
"Sai daí..." Eu melhorei o tom, me encostando na parede do lado da porta. "Se você soubesse o quanto eu só quero saber de você..." Eu acabei bufando, murmurando aquilo para mim mesmo, apenas para eu ouvir. "Jimin-ah... Vem conversar."
Eu fiquei encostado ali, porque em algum momento ele teria que sair, e alguns minutos depois, poucos, ele saiu, e eu ainda pensei que ele fosse continuar a gritar, mas ele estava segurando o próprio cotovelo e me encarando, com a cabeça baixa, subindo para me olhar.
"Não é justo que você leve Yugyeom." Ele disse, com o tom baixo e contido, me encarando, e eu uni as sobrancelhas, o puxando para a minha frente sem ter de me mexer muito. "Não é para ninguém saber, e você já está indo..."
"Certo..." Eu murmurei, pegando as suas mãos e pousando-as em mim, nos meus ombros, para que eu pudesse segurar a sua cintura. "Então só eu."
E ele acenou, concordando, aproximando os seus lábios dos meus, mas tocando as pontas dos nossos narizes enquanto ainda acenava para cima e para baixo.
"Só você."
♤♡♤
Esses capítulos são para entenderem, basicamente, como tem funcionado a relação entre eles nesse momento.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top