65 ▪ i am ▪
Quem tá viciada em atualizar cornetto....
♤♡♤
Saber que eu encontraria Jimin, que nós tínhamos aquele encontro marcado, mesmo que sem hora, e sem certeza se pensaríamos no mesmo horário para nos encontrarmos, era acolhedor.
Felizmente, eu tinha Yugyeom.
Yugyeom fez questão de pesquisar a que horas seria o término da mostra, de não me deixar sair de casa sem que passassem duas horas, pois ele não queria que eu ficasse esperando, e enquanto isso ele até se disponibilizou para ajudar a minha mãe no restaurante.
E, como concelho fiel, Yugyeom disse para eu chegar em Jimin e perguntar de uma vez o que eu queria saber.
Mas não era só isso.
A dúvida ainda estava lá, mas acima de tudo eu não esquecia o que acontecera antes e eu sabia que ele também não.
No entanto, eu caminhei uns quantos quarteirões até ao seu estúdio, e quando vi o edifício no fim da rua, eu comecei treinando a minha abordagem, para que pelo menos eu pudesse descobrir porque ele havia me mentindo e, talvez, depois, eu pudesse me desculpar.
E talvez Jimin pudesse se desculpar também.
Mas eu o vi antes do que eu queria, andando atrapalhado, tentando segurar livros, uma bolsa e as chaves ao mesmo tempo.
"Jimin!" Eu chamei, assim que pousei o pé na calçada e o vi tentar subir as escadas, todo curvado para que não os pertences lhe escorregassem.
Ele me olhou, vendo-me correr até ele, sorrindo quando ele fez ao mesmo ao me ver, mas então todos os seus livros caíram, amontoados uns nos outros e ele tentou apanhar alguns, eu igualmente, mas nenhum com um resultado bom.
Então ele gargalhou, se abaixando e os empilhando na escada, para depois pendurar a bolsa no seu ombro, segurar a chave e pegar o monte.
"Deixa." Eu disse, tentando pegar os livros, mas Jimin negou, puxando-os para ele e ficando de pé, parecendo mais equilibrado agora.
Eu neguei com a cabeça, pegando a chave da mão dele e me dirigindo à porta.
"Veio correndo?" Eu perguntei, ouvindo o bufar aliviado dele, talvez por finalmente ter parado.
Eu empurrei a porta, abrindo-a para ele e deixando-o passar na frente.
"Era para ter chegado mais cedo." Ele lamentou, passando a mão livre pela testa, mas logo segurando os livros com as duas contra o peito. "Pensei que você já pudesse ter vindo."
Eu neguei sutilmente, subindo as escadas ao seu lado e me sentindo mal por o ver carregado e ele não me deixar ajudá-lo.
"Estou chegando agora." Eu acabei murmurando, quase rindo de mim por pensar no nosso desencontro e agradecendo a Yugyeom mentalmente por ter acertado a hora. "O que atrasou você?" Eu perguntei de forma casual, enfiando a outra chave do conjunto na porta do loft, a abrindo com facilidade e vendo-o entrar, se dirigindo logo para a cozinha e pousando as coisas no balcão.
"Nem me fala. Teve um garoto que quase perguntou toda a matéria de ciência para mim, fiquei conversando com ele mais de uma hora!" Ele dizia, incrédulo, e eu acabei me sentindo enciumado, porque se eu soubesse eu mesmo teria feito isso, só para o poder ouvir falar. "E depois teve a mostra das crianças e Jesus!" Ele bateu a mão na testa, parecendo exausto. "Que pestes!" Ele veio na minha direção, despindo o casaco e pousando-o no sofá, logo me alcançando e passando os braços pelo meu tronco, me abraçando e pousando a cabeça no meu peito, suspirando.
"Você está cansado?" Eu perguntei, com uma risada pequena, acariciando os seus cabelos. Mas então eu senti uma coisa pegajosa e a trouxe entre os dedos, notando o vermelho. "Jimin..." Eu murmurei, quase a ponto de rir, fazendo-o afastar-se e me olhar. "O que é isso?"
"Ah! Aquele diabrete!" Ele resmungou, me puxando pelo pulso até à cozinha, metendo a minha mão debaixo de água e lavando-a. "Uma criança atirou gelatina em mim!" Explicou, chateado, limpando a minha mão num pano de cozinha.
"Gelatina?" Eu murmurei, achando aquilo engraçado.
"Nós usamos molde de gelatina com os mais pequenos..." Ele clarificou, procurando mais vestígios no cabelo. "Eu devia ir tomar banho."
Eu neguei com a cabeça, sorrindo e me aproximando dele, o encostando no balcão e segurando a sua cintura.
"Não vai." Eu pedi, brincalhão, beijando o seu maxilar com calma e sentindo realmente o cheiro a gelatina. "Morango?" Eu murmurei, descendo um pouco e encostando a minha língua enquanto beijava o local.
"Deixa de ser bobo." Mandou-me, puxando os cabelos da minha nuca como repreensão, me afastando em seguida. ''Me espera, certo?''
Eu acenei uma vez, vendo a relutância na minha própria mão ao deixá-lo e rindo ao vê-lo correndo para o banheiro, resmungando sobre como não acreditava que um miúdo tinha jogado gelatina em si.
Eu descobri assim que não adianta de nada criar planos com Park Jimin, porque seja como for ele sempre me vai trocar as voltas.
E, aparentemente, eu sempre ficava o esperando sair do banheiro.
Mas, daquela vez, eu me perguntava o quanto eu estava esquecendo o tipo de pessoa que eu vira Jimin se tornar, me perguntava qual a real faceta dele, porque ele usava tantas e me confundia tanto.
Jimin já fora o garotinho do restaurante. Depois, o garotinho revoltado que joga limonada em mim. O garotinho delicado, magoado algures, demonstrando tudo o que tinha na sua dança. Mais na frente, o garoto faculdade, acrescentando ao garoto totalmente faculdade. Depois, Jimin fora do tipo que machuca, machuca você propositadamente e não sente nem uma ponta de piedade. Adiante, ele fora o garoto fogo, enquanto eu era água, e nós chocávamos, para acabarmos nos tornando algo morno, para agora estarmos ali!
Qual faceta você usará dessa vez, Jimin?
''Jungkook, porra!'' Ele gritou, e parecia estar gritando à algum tempo, quando eu o percebi socar a porta do banheiro.
''Jimin?'' Eu chamei, quase inerte ao que se passava à minha volta, ficando de pé-
''Me chega roupas!'' Ele mandou, irritado. ''Estão na minha bolsa!''
''Está bravinho?'' Eu provoquei, rindo enquanto abria a sua bolsa e via o seu jaleco bem dobrado, logo rindo e o pegando.
Eu bati duas vezes na porta e Jimin a abriu, esticando o braço para fora, ao qual eu entreguei a peça de roupa e o vi fechar a porta.
Um...
Doi-
''Jungkook, seu idiota!'' Ele gritou, abrindo a porta e espetando a peça de roupa na minha cara, saindo da mesma como um foguete, apenas de cueca vestida.
Eu arregalei o olhar, vendo a forma involuntária como a sua bunda redondinha abanava de um lado para o outro até ele alcançar o balcão da cozinha e enfiar a mão dentro da sua bolsa.
E eu gargalhei, engolindo em seco e caminhando para perto de si, pousando o jaleco no balcão e ficando atrás de si enquanto ele puxava uma camisola longa pelo tronco.
''Vai ficar com frio.'' Eu repreendi, vendo como o tecido era fino e não estava tempo para aquilo, mas ele sacudiu os ombros, indiferente.
Eu o virei, segurando os seus ombros. Então eu puxei o meu moletom pelo pescoço, tirando-o de mim com rapidez, a tshirt de baixo subindo, que eu logo ajeitei.
E ele me olhou, fingindo não entender o porquê de eu estar lhe estendendo a sweater, franzindo as sobrancelhas.
''Só veste.'' Eu revirei o olhar, fingindo-me aborrecido, vendo-o cruzar os braços. ''Que teimosia!'' Acabei exclamando, segurando so braços dele e os baixando, logo depois tentando enfiar a maldita peça pela sua cabeça, mas o mesmo se esquivou. ''Jimin!''
Ele então bufou, puxando aquilo das minhas mãos e se virando, tirando a tshirt que antes vestira e colocando a minha, mais quente e agasalhadora.
''Idiota.'' Ele ainda resmungou, empurrando a bunda contra o meu quadril, saindo dali em seguida, com calças em mãos.
''Jiminnie...'' Eu cantarolei, revirando o olhar antes de seguir atrás dele, vendo-o se virar com a feição falsa de chateação, que me deu vontade de rir. ''Eu posso fazer gelatina para você.'' Eu disse como se fosse sério, como se fosse uma compensação, mas isso só o fez se aproximar e socar o meu peito, com o olhar furioso e o nariz franzido. ''Passo errado.'' Eu murmurei, puxando as calças da sua mão e pousando-as ao calhas, puxando-o depois pela cintura e mudando meus planos mais uma vez, beijando os seus lábios cheios e avermelhados.
E as suas mãos, de forma automática, seguraram e rodearam o meu pescoço, o fazendo subir nos seus pés descalços, ficando de pontas, beijando-me inúmeras vezes, sem pressa.
E quando eu me baixei apenas um pouco, ele soube o que eu iria fazer, então ele mesmo saltou para o meu colo, rindo e brincando com o meu cabelo entre os dedos curtos, enquanto as suas pernas caíam do lado da minha cintura, com os meus dígitos marcando a sua pele nua.
''Faça uma coisa louca.'' Ele disse, com o seu nariz recostado no meu, com os seus lábios ameaçando tocar os meus, mas sem o permitir.
E eu ri, vendo-o sacudir os ombros e desatar a gargalhar quando eu dei uma volta no lugar, sentindo-o apertar os meus ombros e gargalhar.
Então, em vez de uma, eu dei algumas, o segurando e o olhando-o, concentrando-me nele para não ficar tonto. Jimin estava rindo, deixando a cabeça ir para trás, fazendo os seus cabelos se moverem com a rapidez.
E quando eu parei, na direção do sofá, porque eu nunca fora muito coordenado, deixei-o cair lá, enquanto ele ainda ria daquela situação boba, me puxando para cima dele, cessando a risada em um segundo e me encarando antes de segurar a minha tshirt e me puxar, beijando a minha boca.
''Faça uma coisa louca.'' Eu repeti, com os seus lábios tocando os meus, me segurando acima de si.
Ele sorriu de canto, olhando nos meus olhos.
''Eu estou fazendo.''
♤♡♤
Nota: Em Portugal não é realmente possível cursar duas faculdades.
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