57 ▪ is it good? ▪

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Eu estava aborrecido. Estava completamente aborrecido, enquanto batucava os dedos perto do fogão, em cima do balcão, e ouvia a água no banheiro caindo... e caindo... e caindo. E na minha frente, o miojo daquele tacho já fervia à algum tempo, então eu desliguei o fogo, com medo que ficasse cozido demais e ruim de comer. 

E claro, claro que eu me perguntava o que ainda fazia ali. O porquê de não estar a caminho de casa perante aquela oportunidade de fuga. 

Sozinho entre as paredes de Park Jimin.

Fazia algum tempo que ele estava no banheiro, era verdade, mas a memória de que aquilo também já acontecera uma vez não deixava a minha mente. No entanto, Jimin devia estar com uma puta ressaca, então foi difícil de parar os meus pés de se moverem para perto do banheiro. 

E era minha intenção batucar a porta de leve, tão de leve que ele não ouviria, mas nesse mesmo segundo, em que eu estava quase para encostar a minha orelha na porta, esperando ouvir algum som que o entregasse, Jimin abriu a porta e rapidamente arregalou o olhar, enquanto o resto da camisola que ele estava vestindo caía sobre o tronco. 

"O que 'tá fazendo?" Ele perguntou, de sobrancelhas franzidas e eu ergui o rosto, tirando os olhos de seus pés pequenos e o encarando, com o lábio entre os dentes. 

"Ia chamar você." Eu murmurei, e ele não desfez a expressão. "Antes que esfriasse." 

E ele acenou uma vez, com aquele olhar frio mais uma vez, e eu devia saber que seria desse modo, devia saber que eu não fazia nada ali naquele momento. Então ele passou por mim, em direção à cozinha, que era separada da sala apenas pelo balcão da mesma. 

E eu arranhei a garganta, com as aparentes decisões deixando a minha boca antes que eu as repenssasse. 

"Então eu estou indo..." Eu disse, virando-me para ele e vendo-o no meio caminho, parando ao ouvir aquilo, de costas para mim, descalço e com apenas aqueles malditos collants e uma tshirt longa vestida. 

Ele girou pouco, me olhando, com aquela atitude gelada dele, vendo que eu tinha dado dois passos na sua direção. 

E de todas as atitudes de Park Jimin, aquela era a que eu nunca iria previr e, consequentemente, alguma vez esquecer. 

Ele esticou os braços mesmo antes de alcançar o meu corpo, subindo-os para os meus ombros e abraçando-os. E em resposta eu só pude segurar a sua cintura, sentindo-o em bicos de pés, ainda para mais ele estava sem sapatos, sentindo quando ele me apertou mais e deitou a cabeça na minha clavícula. 

Ele estava agradecendo. 

"Me perdoe." Ele murmurou, mas eu sabia que não era nada sobre o passado. "Eu estou com roupa ruim e o estúdio está um lixo, mas você pode ficar." E então, depois de selar o meu pescoço com os lábios, Jimin me largou tão depressa quanto tinha chegado ali, indo para a cozinha e inspirando o ar quente que deixava a panela. 

E eu suspirei, ficando perto do balcão, deixando o mesmo entre nós, vendo-o pegar o talher e dois pratos. 

"Você prefere com m-" 

"Eu não quero." Eu o cortei e ele me olhou a tempo de não tirar comida para o segundo prato. "Obrigado." 

"Você tem certeza?" Ele murmurou e eu acenei rápido, vendo como ele pousou o outro prato com relutância. ''Isso é muita comida só para mim...''  

''Você precisa comer tudo!'' Eu exclamei, porque saber que Jimin só andava comendo tolices dava cabo de mim de um modo que ainda não é possível explicar. 

''O quê?'' E a sua postura voltou a mudar, ficando direito, segurando o prato fundo com as duas mãos, franzindo as sobrancelhas e encarando-me, cerrado. 

''Para encher o estômago.'' Eu murmurei e ele pareceu aceitar com relutância, puxando um dos bancos altos de madeira, sentando-se nele e apoiando os cotovelos no balcão, enquanto bufava para o seu prato e levava a comida à boca depois. 

E eu nunca iria adivinhar que ver Jimin com os lábios brilhando pelo molho seria tão gostoso de se apreciar, vendo-o passar a língua pelos mesmos subtilmente. 

''Está bom?'' Eu acabei perguntando, incomodado por aquele silêncio, vendo-o acenar, enquanto mastigava e se recusava a largar os fios de miojo. 

''Você tem certeza que não quer?'' Ele resmungou, pegando apenas uma porção pequena com os hashis e estendendo-a na minha frente, com cuidado para não sujar o balcão. ''Está muito bom!'' 

Eu neguei com a cabeça, mas Jimin colocou aquilo na frente da minha boca e eu fui obrigado a abri-la, sem qualquer capacidade de recusar ou debater sobre aquilo. 

Então nós dois acabamos rindo, porque ele era desajeitado e a comida tinha batido contra o meu queixo antes de eu a puxar, mas mesmo assim, entre risadas, Jimin se esticou para pegar um guardanapo e esfregá-lo no meu queixo, sorrindo pequeno antes de voltar a comer. 

Eu o encarei pelo restante do tempo, apoiando o peso da minha cabeça na mão, levemente curvado sobre o balcão, me perguntando como eu acabaria com aquela fachada. 

Eu arranhei a garganta, captando a sua atenção, com resquícios de comida nos seus lábios, que ele voltou a lamber, inocente. 

''Quando você vai parar de fingir que não é o mais fodido comigo nesse momento?''

[C O N T I N U A]

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me perguntando se eu to escrevendo o próximo ou... 🤔

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