Acordo com um corpo colado ao meu e sorrio ao constatar que Philippe não foi embora como pensei que faria. Ele ainda estava dormindo e seu corpo estava relaxado o deixando mais lindo em seu sono.

A luz do sol clareava o quarto e eu me levanto vagarosamente e silenciosamente visto uma roupa que por sinal apenas uma calcinha e a camisa de Philippe.

Olho para o relógio na mesinha próxima à cabeceira da cama e checo as horas. Provavelmente Alice tinha saído ou estaria dormindo. Torço para que seja a primeira opção.

Vou para a cozinha preparar o café da manhã. A casa estava em silencio total e a cozinha vazia, pelo menos era o que eu pensava até ouvir uma voz atrás de mim.

— O que você está fazendo acordada logo de manhã? — Alice questiona ao adentrar a cozinha. Ela me olha de cima a baixo e um sorriso brota em seus lábios.

— Hã... oi. — sinto minhas bochechas corar. — Nada.

— Sei sei, conte-me tudo!

Ela pressiona e eu mordo os lábios para conter o nervosismo.

— Então... é que eu e Phil...  apenas aconteceu. — digo rapidamente e não tenho certeza se ela entendeu.

— Aconteceu? — ela pergunta confusa, mas ao entender ela arregala os olhos em surpresa. — Ah! Vocês finalmente transaram?

— Hey, fala baixo!

— Aí, meu Deus. Ele tá aqui ainda? — ela coloca a mão sobre a boca. Alice está tendo quase um surto com as novidades.

— Sim.

— Uou. Eu não sei o que dizer. — ela fica sem palavras. — Então vocês se acertaram?

— Sim, ele explicou tudo. Ele também disse a você?

— Sim. Eu disse que convenceria você a vê-lo se ele esclarecesse tudo comigo antes.

— Você é a melhor.

— Eu sei. — ela psica de forma convencida e eu reviro os olhos.

Preparamos o café enquanto atualizávamos as conversas até que Philippe sem camisa e vestido apenas com sua calça jeans entra na cozinha.

— Bom dia. — ele boceja.

— Bom dia, belo adormecido. Espero que tenha tratado minha amiga a altura ontem.

— Alice! — repreendo seu comentário.

— Tenho certeza de que fiz isso. — ele diz sorrindo maliciosamente e eu coro. Não sou acostumada a ter esses papos, ainda mais na presença de Philippe.

Ele se aproxima de mim e me abraça por trás, pressionado seu peitoral quente em minhas costas.

— Gostei de como minha blusa ficou melhor em você. — ele sussurra só para que eu ouvisse. Como Alice estava de costas e terminando de preparar o café, Philippe aproveita a oportunidade e apalpa minha bunda por baixo de camisa e beija meu ombro antes de se afastar como se não tivesse feito nada.

Tudo estava perfeito demais, Philippe e eu principalmente. Mas tínhamos assuntos a resolver.

***

— Então o que faremos? — Philippe pergunta ao sentar na poltrona. 

Era a primeira vez que Philippe me trouxe em sua casa e ela era linda. Pelo número de cômodos e empregados definitivamente era uma mansão luxuosa.

— Tem algo que pode ser feito, mas não sei se você irá concordar. É uma coisa bem delicada.

— O quê?

— Eu pedi para investigaram sobre a sua gravidez e o aborto. E o investigador conseguiu algumas informações e me passou evidências que poderia colocar Bryan na cadeia. — ele esclarece, mas não posso acreditar que os pais de Bryan deixaram escapar evidências que prejudicariam Bryan. — Você sabia que os pais dele subordinaram o hospital para manter o aborto em sigilo? E conseguiu, já que calaram a merda da boca e não envolveram a polícia. Mas o que eles não sabem, é que ainda existe os arquivos e onde está tudo lá e pode comprovar que alguém forçou o aborto, já que não houve consentimento de sua parte.

— Você acredita que depois de anos uma queixa resolverá? — digo me alterando. — E como isso ligaria a Bryan?Tem certezas que essas evidências são verdadeiras?

— Se o hospital confirmar que foram subordinados e revelar que Bryan e sua família fez isso, tudo se interliga. Fora as câmeras de segurança que se forem checar irão ver o Bryan e seus pais indo até lá justo no dia em que você estava hospitalizada. Tudo é evidência e comprova o envolvimento. Só que de nada adiantaria se você não prestasse uma queixa contra ele. Conversei com um advogado e ele disse que se você entrar com um processo e tiver testemunhas e as evidências você conseguirá colocar aquele merda atrás das grades.  

Minha cabeça estava a mil, eu tinha que tentar, mas eu não sei se conseguiria dar um depoimento contando tudo que aconteceu.

— Eu sei que não é de seu agrado, sei que a situação é delicada e dolorosa. Mas é o único jeito. Com isso a polícia irá investigar e encontrará as evidências. — ele diz sentando ao meu lado e secando minhas lágrimas.

— Eu posso tentar.

— Nós precisamos fazer isso, senão ele não vai parar. 

— Tudo bem. — levanto determinada.

Philippe me leva até o advogado e assim fomos abrir o processo contra Bryan. Só espero que saia tudo como Philippe disse que aconteceria. Conseguimos testemunhas que podem ser comprovadas que estavam lá quando aconteceu.

Saio da delegacia mais leve de quando entrei. Eu precisava ter feito isso na época. Bryan matou meu bebê e deveria ter sido preso por isso, devia ter pago por isso, mas eu tive medo e nunca fui até a delegacia. Eu apenas fugi como um covarde.

— Você está bem? 

— É que eu... nunca tive coragem de ir até lá e contar o que aconteceu. Eu pensei que seria julgada e que eles não acreditariam em mim...

— Hey, não fica assim. Você foi lá agora e você conseguiu. Agora só temos que esperar a investigação. Tenho alguns contatos que farão acelerar esse processo e tudo irá se resolver logo. Vai dar tudo certo. Você conseguiu as testemunhas e as provas estão todas a vista e se algo acontecer temos a cópia de tudo. Fique tranquila.

— Obrigada, Phil. Obrigada por tudo. 

Philippe me abraça e me beija. Eu só precisava de alguém que me mostrasse a realidade e me ajudasse a prestar a queixa.

— Eu quero ir para a casa.

— Nós já vamos, meu amor.

Meu corpo se irradia com o conforto e amor de Philippe.

Hey angels

Como estão?

Estamos na reta final de "Corações em Jogo". 

Alguém está preparado para o fim desse livro? Porque eu não estou nenhum pouco kkkkkk

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All the love,

Vivih