Capítulo 31

Eu consigo encontrar Philippe. Ele não estava me vendo, mas eu estava e um sorriso se abre em meus lábios, mas se desfaz no momento em que sua boca é tocada por outra.

Agora tudo fazia sentido, a ausência dele, a distância, tudo indicava algo e eu estava cega demais para ver isso.

Agora vendo essa cena de longe, meu coração se quebra em vários pedaços. Meu mundo parece se abrir e eu estava afundando nele, caindo nesse abismo ao qual eu havia tanto evitado.

Por um minuto, tudo ao meu lado sumiu e doía profundamente ver essa cena, mas eu não conseguia desviar meu olhar, era como eu precisasse ter a total certeza de que era real. Era como se eu precisasse ter a garantia que era mesmo o Philippe. O meu Philippe.

Nem havia percebido que estava quase chorando, só pude perceber quando uma lágrima desceu queimando em meu rosto. Eu não queria chorar ali, eu não podia, porque eu sabia que se eu chorasse, eu não pararia tão cedo.

Por muito tempo tentei não gostar de ninguém, tentei não manter contato, não me apegar, não me ferir. Phil apareceu e eu achei... eu tinha esperança que com ele seria tudo diferente, mas não...

— Emilly. Emilly. — alguém me cutuca. — Você está bem? — Alice pergunta e eu não consigo responder, eu não tinha a resposta.

Ela vendo meus olhos lacrimejados, olha para os lados até que seus olhos se arregalam e ela veja a cena que me deixou assim.

— Que porra é essa? — ela resmunga ao ver o mesmo que eu. — Emilly escuta, nós vamos embora. — ela diz e eu assinto, quando nos viramos esbarramos com alguém.

— Meninas, o que fazem aqui? — Gabriel questiona surpreso e eu engulo todo meu choro. Tento disfarçar com um sorriso a dor que estava instalada em meu coração.

— Ah, oi. Queria ver meu irmão e...

— Ah tudo bem. Se divirtam. — ele diz e logo se afasta, ele já estava levemente bêbado.

Logo algumas garotas com roupas nada comportadas passam por nós e Alice resmunga um palavrão.

A primeira coisa que veio em minha cabeça foi, a festa não era apenas para o time? Eu não sabia que mulheres jogavam na seleção masculina.

— Isso era porque a festa era só para o time. — ela diz com raiva. — Emilly, você está bem? — ela pergunta novamente, era visível sua preocupação.

— Eu... não sei, mas vou ficar. — digo, mas nem eu acreditava nessa mentira.

Eu simplesmente não queria acreditar no que havia presenciado.

— Eu vou embora.

— Não, espera, vem cá. — Alice me puxa em um canto. — Ele viu você?

— Não. Eu não vou acreditar que foi um mal-entendido, porque eu sei o que vi.

— Emmy, eu sinto muito. Ele é um tremendo canalha! Eu juro que gostava dele, mas agora não consigo acreditar nisso.

— Olha Alice, eu não tô mais no clima, acho que vou embora. Mas você não, vai lá conversar com o Firmino e se divertir com ele, por favor.

— Não, nem pensar que eu vou te deixar sozinha.

— Alice, você vai ficar comigo todos os dias. Já o Firmino vai viajar, então vai falar com ele.

— Não, Emilly. Você é a pessoa mais importante na minha vida, não vou te deixar sozinha, ainda mais assim.

— Tudo bem, se achar melhor vá até o Firmino. Pelo menos vê ele, eu te espero aqui.

— Emmy.

— Só vai falar com ele, prometo não sair correndo.

— Promete então?

— Prometo. Vou ao banheiro enquanto você fala com ele. — digo a ela que sai às pressas à procura de Firmino. Enquanto isso, procuro um banheiro e não foi muito difícil encontrar. 

A festa tinha bastante pessoas e mulheres, por isso não nos chamaram.

Passo um pouco de água bem de leve em meu rosto e seco com cuidado para não borrar a maquiagem e estragar mais do que já estava.

Encaro minha imagem no espelho, por mais que eu queria enganar dizendo que estava bem, meus olhos mostravam a tristeza que eu carregava nesse momento.

Isso foi uma traição. Tudo bem que não estávamos namorando ou nada firmado, mas tínhamos algo, algo que literalmente foi para o ralo. 

Eu definitivamente não sabia o que fazer, não podia perdoar, isso ia contra todos os meus princípios e minha moral.

Eu não queria que doesse, não queria que isso me magoasse.

Mas quando gostamos de alguém e nos envolvemos com ela, não vem uma garantia de que não iremos sofrer ou nos magoar. Se fosse assim, tudo seria menos complicado.

Uma batida na porta me faz sobressaltar. Só pode ser Alice, mas ela não demorou muito, será que não encontrou o Firmino?

Eu precisava abrir a porta, mas eu não sabia se existia força em meu corpo para esse ato, estava tão esgotada com tudo.

Meu peito doía, eu não podia sofrer, mas isso era algo além do que eu podia suportar, não de novo...

Respiro fundo, me recomponho antes de abrir a porta. Eu precisava que Alice me vesse bem, não queria preocupa-la e nem ninguém.


Hey angels

Fortes emoções ainda estão por vir!

Não esqueça de votar e comentar nesse capítulo, vou responder todos ^^

All the love,

Vivih

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