Capítulo Vinte e Quatro
Ângelo Lima
Olho para as coisas já arrumadas de Castiel e novamente uma vontade de chorar me atinge. Já se passaram duas semanas desde que ele me contou que irá para o interior com a avó. E apesar de saber que isso é o melhor para ele, ainda me sinto muito triste por saber que ele ficará longe de mim. Nós dois crescemos juntos e sempre tivemos um ao outro e essa separação será difícil, mas sei que é necessária. Eu já encontrei o meu caminho, que é junto com Enzo e Castiel tem que encontrar o seu também.
- Pode tirar essa cara de velório do rosto, Angie. - Castiel fala assim que para ao meu lado e eu solto um suspiro.
- Não posso, isso está sendo um velório para mim. - Falo, fazendo mais drama que o necessário.
- Drama não combina com você, Angie. Mas confesso que vou sentir falta da metralhadora que é você. - Ele diz e olho confuso para ele.
- Metralhadora? Eu? Como assim? Tá me xingando, Cas? - Estreito meus olhos em sua direção e ouço sua gargalhada.
- Estou falando que você fala demais. - Ele responde rindo.
- Ah tá, mas que culpa eu tenho se gosto de interagir com as pessoas? Vocês que falam de menos, por isso não acompanham meu ritmo.
- Eu sei meu anjinho, vou sentir sua falta. - Ele fala e me abraça de lado. Passo meus braços ao seu redor e retribuo o abraço, apertando ele contra mim.
- Também vou sentir muito a sua, mas espero que tudo dê certo nessa sua nova jornada. Quem sabe você não encontra um cara legal, que te dê valor. - Falo e ele se afasta de mim, balançando a cabeça em negação.
- Você sabe que não, Angie, eu sei que nem todos são iguais ao Alan, mas eu simplesmente não consigo.
- Você acha que não consegue, mas quando encontrar o homem certo, isso vai mudar. - Falo convicto.
- A única coisa que me importa é meu filho, que é a razão por eu estar indo embora. Quero dar uma vida boa a ele e se eu conseguir isso, já estou realizado. - Ele diz e acabo sorrindo com suas palavras. Castiel é um pai maravilhoso.
- Quando eu tiver um filho, eu espero ser um pai igual a você. Tenho certeza de que Evan terá muito orgulho de você no futuro. Na verdade, aquele bebê morre de orgulho do papa dele. - Falo sorrindo e vejo seus olhos marejados.
- Isso é tudo o que eu mais quero. Acho que mesmo passando pela humilhação e sofrimento que passei, faria tudo novamente para ter meu filho comigo. Ele é a minha razão de existir, ele é tudo para mim. - Ele diz emocionado e eu acabo me emocionando também.
- Eu te amo meu maninho ruivo, vou morrer de saudades. Não deixe de me ligar um dia sequer. - Falo baixo e abraço ele novamente.
- Eu também te amo muito, irmãozinho mais novo. E pode deixar que irei te ligar todos os dias e quando der irei vim te visitar. - Ele diz meio abafado, por estar com a boca perto do meu pescoço.
Fico mais alguns minutos abraçado com ele e quando nos afastamos, Clarisse entra na sala com um Evan bem desperto em seus braços. Nem acredito que esse menino já vai fazer dois aninhos. Parece que foi ontem que Castiel bateu na minha porta chorando, dizendo que estava grávido.
- Ei meu amor, titio vai sentir tanta falta de você meu foguinho. - Falo em direção ao bebê, que solta uma risada gostosa. Pego ele dos braços de Clarisse e começo a distribuir muitos beijos em seu rostinho, escutando sua gargalhada.
- Não chame meu filho assim. - Castiel diz, fingindo uma indignação.
- Nem vem, ele sempre será meu foguinho. Olha esses cabelos de fogo como são lindos. - Falo fazendo graça, enquanto bagunço os fios de cabelo de Evan.
- Ti' Angi! - Evan fala alegre e eu quase me derreto com tanta fofura.
- Sim amor, tio Angie. Titio te ama! - Falo sorrindo e deixo um beijo em sua bochecha gorducha.
- Ama! - Ele grita rindo e nós fomos juntos.
Logo Evan nota seu pai na sala e estica os pequenos braços em sua direção. Acho tão lindo ver os dois juntos, meu amigo começou a viver depois que se tornou responsável por uma pequena vida... Que apesar de ter mudado toda a sua vida, trouxe e traz muitas felicidades a ele.
- Vou sentir a sua falta também, Clarisse. - Falo chegando perto da senhora, que se encontra com um sorriso leve no rosto.
- Eu também querido, mas vou te esperar lá na fazenda. - Ela diz e me puxa para um abraço carinhoso.
- Prometo que vou visitar vocês lá, mas também vou espera-los aqui.
Me despeço mais uma vez do meu amigo e do pequeno e desssa vez não consigo segurar às lágrimas. Fico com eles até o momento do pequeno caminhão de mudança chegar e então nos despedimos de verdade.
* * *
Abro à porta de casa e encontro apenas o silêncio. As mulheres da família estão fora pelo fim de semana, pois foram para um casamento. Enzo e eu não quisemos ir e preferimos ficar em casa. E como só está nós dois, ele decidiu dispensar todos os funcionários, só restando nós em casa.
Fecho à porta atrás de mim e tiro meus tênis, os deixando no cantinho da porta. Sigo em silêncio até o escritório, pois sei que vou encontrar Enzo lá. Assim que chego em frente à porta, deixo duas batidas e entro em seguida. Vejo meu lindo namorado sentado em sua cadeira, usando óculos de grau, enquanto lê alguns documentos.
- Cheguei. - Falo baixo e fecho à porta, seguindo até ele, que agora me olha com um sorriso no rosto.
- Oi anjo! - Ele sorri e abre os braços para mim. Não perco tempo e me sento em seu colo, me aconchegado em seus braços.
- Está tudo bem? - Ele pergunta baixo, enquanto passa uma de suas mãos nas minhas costas.
- Só um pouco triste, mas vai passar. Minha vida mudou tanto nos últimos meses, perdi meu pai e agora Castiel está se afastando. Isso ainda me abate muito, mas eu fico feliz porque eu tenho você comigo. Promete que nunca vai me abandonar? Que nunca vai me deixar sozinho? - Peço e olho em seus olhos, para obter a minha resposta.
- Eu não gosto muito de fazer promessas, mas saiba que eu jamais poderia te deixar. Isso seria como arrancar meu coração e eu quero estar com ele para sempre. - Ele diz e eu acabo sorrindo.
- Acho que isso foi uma declaração. - Aponto e vejo um sorriso crescer em seu rosto.
- É, acho que foi mesmo. - Ele diz e eu aproximo minha boca da sua, chocando nossos lábios um no outro.
Passo meus braços ao redor do seu pescoço e sinto ele apertar minha cintura com suas mãos. Nosso beijo se conduz de forma lenta, em que podemos sentir com precisão a boca um do outro. Toda vez que beijo ele, é como se eu estivesse alcançando o céu.
Após alguns segundos, me afasto dele aos poucos e deixo um beijo na grande cicatriz que corta seu rosto, assim como na menor, que fica a poucos centímetros da outra.
- Por que toda vez você beija minha cicatriz? - Ele pergunta com curiosidade e eu acabo rindo.
- Não sei, eu gosto... É uma parte sua e tudo que faz parte de você eu amo. - Falo com sinceridade.
- Eu não sei o que fiz para merecer alguém tão bom quanto você, mas sou muito grato por isso. - Ele diz sério e faço um carinho em seu rosto.
- Não mais que eu. - Respondo e deixo um selinho em sua boca.
No mesmo momento um trovão forte ressoa lá fora, ao mesmo tempo que a luz se apaga.
- Parece que vamos ficar sem luz. - Enzo fala com humor e balanço a cabeça em negação.
- Não acho isso legal. - Falo e ele solta uma risada.
- Fica tranquilo, acho que não tem fantasmas por aqui. - Ele diz e eu deixo alguns tapas em seu peito.
- Idiota, vai ter que dormir comigo. - Falo e cruzo meus braços. "Ótimo estou igual criança."
- Como se você não estivesse dormindo comigo nas últimas semanas. - Ele fala rindo e eu solto um bufo irritado.
- Chato, agora vem me ajudar a procurar velas. - Falo e me levanto do seu colo. Espero ele levantar e saímos do escritório.
Há pouca claridade na casa por já estar quase noite e pelo tempo estar nublado. Assim que chegamos na cozinha, escuto a chuva despencar lá fora, deixando a brisa mais fresca.
Enzo me ajuda a procurar por velas e depois de alguns minutos, nós achamos um pacote em uma das gavetas do armário. Pegamos também alguns suportes e subimos às escadas em direção ao quarto dele. Assim que chegamos no cômodo, espalhamos algumas pelo lugar, deixando o quarto a luz de velas.
Me sento na cama e observo em silêncio Enzo tirar a camisa que usava. Seu tronco é coberto por várias cicatrizes de tamanhos e aparências diferentes, mas para mim isso só o deixa sendo ele mesmo. Não consigo olhar para ele e vê-las como uma imperfeição.
Na primeira vez que eu o vi sem camisa, percebi que ele estava bem hesitante, mas acho que agora ele está mais confiante em relação a si mesmo e isso me deixa muito feliz. Por ver o quanto ele está evoluindo.
Me levanto da cama e em passos lentos sigo até ele. Ele me olha confuso por um instante e tiro a camisa das suas mãos, o beijando em seguida. Enzo fica parado nos primeiros segundos, mas logo retribui meu beijo. Passo minhas mãos em seu corpo descoberto e sinto ele se arrepiar com meu toque, o que me deixa satisfeito.
- Faça amor comigo, me ame enquanto eu também amo você. - Sussurro enquanto tenho meus lábios próximos aos dele.
- Ângelo. - Ele fala hesitante e sinto seu corpo ficar tenso. Abraço ele mais forte e deixo um beijo em seu peito, bem em cima do seu coração e foco meus olhos nos dele.
- Eu te amo Enzo, quero te amar por inteiro. Eu sei que isso de certa forma será novo para você, mas para mim também é. Nunca estive com ninguém antes, mas eu quero tanto estar com você, poder me sentir amado, completo. Eu quero que seja com você, eu quero você. - Falo sincero, enquanto olho em seus olhos.
- Eu também quero, anjo, muito! Mas... - Ele fala e eu interrompo, colocando um dedo em sua boca.
- Esquece tudo, será só nós dois aqui. Esquece o passado, esquece seus medos, pensa somente no nosso amor. - Falo baixo e fico nas pontas dos pés, para colar minha testa na sua.
- Só nós dois? - Ele pergunta em um sussuro, enquanto me olha com intensidade.
- Somente nós e o nosso amor. - Sorrio e beijo sua boca novamente.
Sinto ele relaxar aos poucos e suas mãos vim para o meu corpo em um aperto carinhoso. Esqueço o mundo lá fora e me concentro apenas nesse momento que estou tendo com o homem que eu amo. Enzo nos guia até à cama e acabo deitando, tendo ele por cima de mim. Ele para de me beijar por um instante e me observa com atenção, o que faz um friozinho na barriga aparecer.
- Você é tão lindo, ainda não acredito que seja meu. - Ele diz com adoração e sinto meu peito se aquecer com amor.
Volto a beijar seus lábios e nos viro na cama, ficando sentado em cima do seu quadril. Ouço um gemido dele quando seu membro já duro se encosta em mim e abro um sorriso. Me afasto dos seus lábios e começo a descer meus beijos por seu peitoral. Deixo um beijo em cada uma de suas cicatrizes e me abaixo cada vez mais, mas não chego até seu membro que ainda está coberto pela calça jeans.
Sorrio para ele e começo a tirar minha roupa, tiro primeiro a camiseta e depois minha calça, ficando apenas de boxer. Volto a me sentar na cama e abro o botão da calça dele, o ajudando a tira-la também. No processo acabo notando sua perna esquerda, que é a que ele ficou com maior sequela. Ela é totalmente coberta por cicatrizes grossas, tendo uma enorme em seu joelho até a canela. Vejo que seu olhar se torna um pouco hesitante e amplio meu sorriso em sua direção.
- Você é perfeito, amor, nunca pense o contrário disso. - Falo baixo enquanto olho em seus olhos. Ele abre um sorriso pequeno e eu volto minha atenção a sua cueca, que ele ainda veste.
Vejo o grande volume que se forma em sua boxer e me aproximo, deixando um beijo em cima de seu membro, ouvindo o gemido rouco de Enzo em seguida. Olho para ele rapidamente e começo a tirar sua boxer, logo vendo sua última peça de roupa cair no chão. Fico de frente para seu membro e o pego em minha mão, sentindo a carne quente em minha mão. Começo a movintar minha mão para cima e para baixo, o masturbando e os gemidos de Enzo se tornam mais constantes. Não sei exatamente o que fazer em seguida, mas acabo colocando seu pau em minha boca e começo a fazer movimentos de sucção. E pelos gemidos do meu namorado, acho que ele está gostando. Sinto suas mãos em meus cabelos e ele começa a ditar um ritmo com seus quadris. Não demora muito tempo e sinto Enzo vim em minha boca, enquanto aperta meus cabelos no processo.
- Foi bom? - Pergunto depois de limpar minha boca.
- Isso foi perfeito, meu anjo e agora é a minha vez de retribuir. - Ele sorri e em um movimento muito rápido, me coloca abaixo dele.
- Te prometo que sua primeira vez será perfeita. - Ele diz sério.
- Já está sendo... Só por ser você. - Falo sincero e beijo sua boca.
Sinto suas mãos passear por meu corpo e logo minha única peça de roupa vai embora. Ele passa a beijar meu pescoço e isso me arrepia por inteiro. Ele chega em meu mamilo e solto um gemido quando sinto ele chupar o biquinho. Minhas mãos vão diretamente para seu cabelo, puxando um pouco.
Após dar atenção aos meus mamilos, ele vai descendo por meu corpo nu e brinca com meu umbigo, me fazendo ficar ainda mais duro. Logo ele chega em meu membro e quando ele me coloca na boca, sinto todo meu corpo entrar em combustão e solto um gemido alto. Ele começa a me chupar enquanto me olha nos olhos e isso me excita a um ponto extremo. Após alguns minutos, ele deixa meu pau e desce sua boca em direção a minha entrada e em seguida sinto sua língua lá. Ele me chupa enquanto masturba meu membro e sinto meu corpo esquentar cada vez mais. Logo um dedo seu começa a forçar sua entrada e isso me causa uma leve ardência no começo, mas me acostumo. Após um tempo, tem três dedos seus dentro de mim, me preparando para ele e sinto como se a qualquer momento meu corpo irá entrar em combustão total. E não demora para eu estar gozando em sua mão, sentindo minha respiração cada vez mais ofegante.
- Eu não tenho camisinhas aqui. - Ele se afasta um pouco e me olha mais sério.
- Não tem problema, quero sentir você por completo. - Falo enquanto acaricio seu rosto.
- Eu te amo! - Ele diz baixo e me beija. Sinto seu membro em minha entrada e aos poucos ele me penetra. Dói bastante no começo, mas assim que ele já está totalmente dentro de mim, ele fica parado por alguns minutos, para que eu possa me acostumar.
Quando me sinto mais confortável, empurro meu quadril em sua direção e ele entende, começando a se mover dentro de mim. Passo minhas mãos por suas costas, enquanto sinto ele me amar por completo. Nossos movimentos entram em sincronia um com o outro, assim como o som do nosso prazer. Peço para ele aumentar o ritmo de suas estocadas e em seguida sinto ele atingir um ponto em mim, que multiplica meu prazer. Não sei quanto tempo ficamos envoltos em nossa bolha, mas logo sinto meu clímax se aproximar e acabo gozando minutos depois, apertando o pau de Enzo dentro de mim. Ouço ele gemer rouco ao pé do meu ouvido e sinto ele gozar dentro de mim, vindo em jatos fortes e quentes.
- Eu te amo, obrigado por me amar também. - Sussurro enquanto tenho sua testa encostada na minha.
- Viverei apenas para isso... Amar você! - Ele sussurra de volta e eu sorrio, deixando um beijo em sua testa suada.
Me sinto muito amado nesse momento, assim como também me sinto completo.
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Aí esses dois 😍❤❤. O que acharam, jujubas??
Ps: Cowboy Indomável já está disponível, então já add o livro na biblioteca de vocês. 😉
Bjs da Juh 😘😘
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