Capítulo 22 | Mão do Rei
Palácio do Norte, Virginia/USA, 23/03/2020, 11:45 - Corte Norte
Raviel Montgomery
- Se o Rei queria falar com você, por que não o chamar para sala de audiência... – Harley ainda remoía, o receio evidente na voz. Eles caminhavam em direção ao escritório do Rei Aidan. – Não pressinto coisas boas, Raviel.
- Eu também não. Mas o que posso fazer? – abriu os braços. – Tenho que comparecer.
Harley pressionou os lábios quando entraram no corredor amplo com estatuetas de gesso e quadros que exibiam os reis vampiros antecessores. Cada passo deles no carpete creme deixava rastros de sujeira.
Terra, lama e sangue caiam aos pingos de suas vestes.
Ele ainda trajava a jaqueta de couro com golas altas. A mesma de dias atrás. Harley pelo menos trocara de roupa, mas só porque havia se sujado de macarrão e frango. Porém, as botas ainda carregavam resquícios do chão enlameado do acampamento.
- Acha que ele descobriu que você promove motins para tirá-lo do poder? – o amigo cochichou de repente, as palavras não mais que um sibilo.
Raviel sentiu vontade de rir.
- Toda a Corte Norte já sabe disso, Harley. Se o Rei quisesse me matar, já teria feito.
Harley passou a mão pelos fios castanhos rentes a cabeça, e suspirou.
- Faz sentido.
- Não há motivo para se preocupar.
- Nem me lembro a última vez que não nos preocupamos. Talvez porque nem tivéssemos saído da barriga de nossas mães... – o amigo sorriu torto, fazendo uma careta quando passaram na frente do quadro do atual rei, Aidan.
A pele cor de ébano só podia ser vista nas mãos e rosto, porque todo o corpo era revestido por um terno negro. No bolso do paletó, o broche de um leão rugindo estava posicionado. O símbolo da corte Norte.
Harley, o amigo meio vampiro, o olhou de soslaio:
– Não vamos mesmo fazer nada quanto à Rosalie? Porque você sabe... os lobisomens declararam guerra, e ela e o alfa dos alfas estão sendo procurados.
Raviel já tinha perdido a quantidade de vezes que se materializara na Floresta da Serra do Mar enquanto estava na corte Sul.
E tudo o que encontrara fora cheiro de morte, vampiros, lobisomens e caçadores. Nada característico de Rosie.
Ela e o alfa dos alfas haviam sumido sem deixar rastros. Não tinha lugar onde Rosalie pudesse ir. Os Ivanov tinham batedores em todo o Brasil, e com a chegada em massa dos lobisomens, o único jeito para se manter fora de vista...
- Puta que pariu. – ralhou alto o suficiente para que os guardas que passavam na outra extremidade do corredor o encarassem. Ele se deteve por um instante, virando-se para Harley. – Preciso que você entre em contato com Dom.
- Dom?! Ele sumiu. – o amigo pigarreou. - Sei que ele e Rosalie tiveram um caso, mas...
- Dom está com a rebelião. Sempre esteve.
- Isso complica ainda mais as coisas, não é?
- Se levarmos em conta que os Ivanov determinaram a destruição dos túneis da Rebelião...
Harley se encolheu, os olhos aterrorizados.
- Rosalie está nos túneis?!
- Não sei. - Raviel engoliu em seco, o temor pesando no peito. – Mas seria um bom lugar para sumir de vista.
E ele tinha certeza que sua boca grande já teria mencionado o lugar alguma vez na frente de Rosalie. Detalhe que certamente não contou a Harley. Ainda mais se dissesse que vez ou outra remoia sobre a rebelião porque sua irmã havia sido sequestrada por eles há centenas de anos. E nem o fato de ser um vórtex tinha ajudado a encontrá-la.
- Certo. Vou tentar acionar Dom. – Harley murmurou, o tirando de seus pensamentos.
Raviel levantou o braço, apertando o ombro do amigo antes de continuar sozinho. Seus passos o levaram adiante, até uma porta dupla de madeira de lei.
Com um suspiro, bateu uma vez.
As portas foram abertas por um macho alto usando o uniforme da guarda do Rei, em cores azul e vermelho. O interior do escritório era escuro, iluminado apenas pela luz bruxuleante da lareira e do abajur em cima da mesa, onde o Rei estava sentado atrás com a atenção direcionada à massa de papéis e pastas.
- Raviel Montgomery... – Aidan, o regicida, levantou os olhos e fez um sinal para o guarda, que saiu e fechou a porta, deixando-o a sós – O último vórtex que restou da linhagem Montgomery. Quer dizer, não o último, se contarmos com sua irmã desaparecida. – O rei se ergueu, pendendo a cabeça careca. – Qual era o nome dela?
Raviel segurou a vontade de trincar o maxilar.
- Sona.
- Isso. - O rei estalou os dedos. – Sabe...Estive pensando, você comanda a horda infernal desde o início do império de Julian... – ele pensou ter visto um brilho de tristeza nos olhos castanhos dourados de Aidan. – E apesar de saber que incita motins contra mim e não concorda com minha legitimidade neste trono... – Raviel pendeu a cabeça, e sem vergonha ou arrependimento, acenou afirmativamente. O rei saiu de trás da mesa, caminhando a passos lentos em sua direção, parado no centro da sala de paredes creme, recheada de estantes de livros. – Eu desejo lhe confidenciar algumas coisas sobre mim.
O quê? Raviel franziu o cenho.
- Não é necessário, Senhor.
- Eu matei Julian. – os olhos do vampiro se detiveram nos seus. Raviel deu um passo para trás, levando uma das mãos ao coldre na cintura.
Aidan não se intimidou, centímetros a sua frente. E continuou:
- O que muitos não sabem é... eu o amava. Desde que brincávamos juntos na infância. Julian era meu primo e foi meu... – o rei suspirou. Raviel ficou ainda mais confuso. Aidan engoliu em seco. – Agora seria a parte que você me perguntaria porque o matei. Mas já vou me adiantar e dizer que...não sei.
O Rei o contornou, caminhando para a poltrona de couro posicionada ao lado da lareira. Raviel acompanhou ele com o olhar, virando-se.
- Você pode dizer que é mentira, apesar de saber por meio de minhas pupilas que não é. Pode pensar que eu tinha motivos, uma vez que era o próximo na linha do Trono Norte. Pode... enfim. – Aidan se afundou no tecido.
Raviel apenas piscava, tentando com seus botões acompanhar a história e montar o quebra cabeça. Mas as peças não se encaixavam, e testemunhar o Rei do Norte tão vulnerável era temer pelos novos caminho que sua Corte trilharia.
Ainda mais se levando em conta que Aidan posicionava todos os flancos do exército na América Latina, onde há centenas de anos, depois do sumiço repentino da Corte Meridional, O norte e Sul lutavam pelas terras.
O olhar do outro vampiro estava nas chamas da lareira, perdidos. E por um longo momento o silêncio se fez presente, antes que Raviel perguntasse com cautela:
- Por que continuar guerreando pelos territórios latinos?
- Não estamos guerreando. Na verdade estamos protegendo. – os olhos do rei se detiveram nele.
Raviel uniu as sobrancelhas, custando acreditar, já que ainda que estivessem posicionados, avançavam vez ou outra para empurrar as tropas da Corte Sul.
- Tudo bem, senhor. Mas...
- Por que eu o convoquei? Sim, é claro... Preciso de você.
- De mim? - Raviel apontou para o próprio peitoral. - Sou um simples comandante de um dos flanco de seu exército, senhor.
- É claro. - O rei acenou levemente. - Ajoelhe-se.
Por um segundo hesitou, porém ajoelhou-se no carpete, abaixando a cabeça por um instante. Aidan caminhou até a mesa, onde a espada embainhada estava escorada, trazendo-a consigo. Raviel franziu o cenho observando-o desembainhar a prata longa que reluziu à pouca luz.
Iria matá-lo?
Medo sobrevoou o estômago dele, fazendo-o segurar a respiração para não transparecer o sentimento que empurrava todos os poros de sua pele.
O Rei passou por ele ajoelhado e foi até a porta, dando um toque. Prontamente, o guarda vampiro retornou à sala, parando em posição, com os braços estendidos ao lado do corpo. Raviel observou Aidan levantar a espada, tocando a ponta em seu ombro direito.
Não...
- Com o testemunho de meu guarda real, Brandon Swen, e a benção de Fallon e Drid¹. Eu, Aidan, filho de Abaron e quarto monarca da Corte Norte, o nomeio mão do Rei.
O espanto foi tão grande que fez menção de se erguer. Mas a espada, agora em seu ombro esquerdo, o deteve.
- De agora em diante é seu dever aplicar a justiça e participar do conselho na ausência do Rei. E defender os interesses da sua Corte a qualquer custo.
Aidan puxou o punho da espada, mirando a ponta para o próprio pulso, onde fez um corte profundo com a prata. Sangue rubro brotou em abundância, escorrendo pela pele negra.
– Você não pode! – Raviel ousou dizer, negando o que seria uma benção para qualquer comandante ou vampiro aristocrata.
Mas não para ele.
A política não fazia parte de seus planos, e a diplomacia muito menos.
- Tome do meu sangue. – a voz do rei exalou a exigência, e o powermind agiu sobre sua vontade, forçando seu cérebro a mandar a ordem neurológica para sua boca, onde seu caninos fincaram no pulso de Aidan.
Quando o sangue foi sorvido, a promessa se vinculou ao seu coração como mais um pesar a ser carregado na longa existência.
Finalmente selada, o powermind o libertou. Raviel já estava de pé, passando o antebraço encima da boca com nojo e espanto, Brandon, o guarda, saiu e novamente os deixou a sós.
- Essa agora é a sua missão. – Aidan embainhou a espada novamente, escorando-a ao lado da poltrona. - E não só porque é a única pessoa desta maldita corte que não sucumbiu aos Ivanov, mas principalmente porque vai precisar administrar esse reino, e continuar com o exército posicionado nas terras latinas em meu lugar.
As sobrancelhas de Raviel se arquearam, e pouco se fudendo com quem estava falando, perguntou retoricamente:
- Você enlouqueceu?!
- Não, mas possivelmente estou no caminho. - Aidan riu friamente e se sentou, indicando a outra poltrona ao lado da sua: - Mas ainda não terminei. Não deseja se sentar?
Raviel cruzou os braços na frente do peitoral.
- Como quiser. – o rei murmurou, e depois de perpassar as duas mãos pela careca, disse: - Tenho motivos para acreditar que fui manipulado para matar Julian.
- Motivos?! – o comandante repetiu, incrédulo.
Ainda estava tão perplexo devido a promessa de sangue e o fato de que fora elevado de comandante à mão do Rei da Corte Norte num piscar de olhos - O cargo mais importante e poderoso de uma Corte - , que não sabia como reagir.
Aidan acenou afirmativamente, e ignorando sua ironia, continuou:
- Julian foi morto por uma bala calibre 0.8m na noite do anúncio do casamento de July, sua irmã.
- O que tem isso?
O Rei o encarou, e revelou:
- Não sei atirar.
- O quê?!
- Fui criado para ser um diplomata estrategista. A única coisa ensinada a mim foi a esgrima, e somente para uma luta de cavaleiros. – Aidan gesticulou, mostrando as palmas. – Naquele dia, a corte não sabia, mas seria anunciado que July se casaria comigo. – a mão do rei bateu no próprio peito. – Julian desejava me tirar de Washington para que eu me juntasse a ele aqui na Virginia, e juntos dirigíssemos o exército para as terras latinas. July sempre soube de nosso romance e concordou, pois seria um casamento de conveniência onde veria seu irmão mais feliz, e também ganharia um novo status pra sua linhagem, como mulher do lorde da capital e irmã do Rei da Corte Norte.
Como se de repente a poltrona fosse um bote salva vidas, Raviel se sentou depressa. Descansando os cotovelos nos joelhos, e encarando o rei que havia cruzado os tornozelos sobre o carpete de arabescos, disse:
- Está querendo me dizer que... – ele chegou um pouco mais perto do rei, dizendo em voz baixa. – Um vampiro te controlou?
- Dois vampiros. Os gêmeos Ivanov.
O comandante expirou, descansando as costas no encosto macio da poltrona. Uma preocupação vertiginosa crescia no âmago de Raviel, subindo como uma serpente pela garganta. Ele queria estar decidindo se a confissão era verdade ou não, mas não era isso que seu instinto lhe dizia.
- Essa não é uma acusação simplista – entrelaçou os dedos no colo. – Além do mais, faz milênios desde a última vez que um mentalista conseguiu penetrar as defesas de um vampiro.
- Mas...O que posso dizer? – Aidan abriu os braços novamente. – O powermind tem várias facetas, e algumas são mais forte que outras. Os Ivanov vêm da linhagem mais forte desse poder.
Raviel balançou a cabeça, concordando. A única coisa que não se encaixava, era:
- Se a Corte Sul o manipulou para tirar Julian do poder, sabendo que era o próximo da sucessão, por que a presença de Damien no motim contra o senhor é constante?
O gêmeo que carregava uma cicatriz funda no rosto, aparecia quase sempre em seu flanco dando aos seus guerreiros demonstração do powermind e jogando cartas. O que era bastante contraditório para um dos reis que comandava sua corte contra a dele, na disputa pela conquista das terras latinas.
Lógico que seria importante que um rei de outra corte apoiasse o motim que buscava tirar um suposto regicida do poder. Mas, depois que Damien o convocara – ameaçando matar seus guerreiros caso não estivesse presente – para uma audiência a fim de saber informações de Rosie, e aludindo-o a trair sua protegida em troca de um falaciosa sobrevivência, Raviel tinha certeza que Damien tinha pretensões muito mais obscuras.
- Acredito que com a morte de Julian eles esperavam que eu ficasse destroçado e parasse de investir na ''guerra'' latina. Mas eu... – Aidan fechou o punho. – Isso só me mostrou que eles estão perto de conseguir.
- Conseguir... o quê?
- Encontrar o portal de Outroso e reunir as chaves para abri-lo.
Raviel pressionou os lábios, segurando um riso que logo depois escapuliu.
- Não é falácia ou folclore, comandante. – os olhos do rei receberam um tom firme. – Damien ordenou escavações nas ruínas atrás desse portal.
- Nas ruínas do acampamento perto da fronteira do México? - Um medo latente entremeou as espinhas dele.
- Sim, esse mesmo.
Raviel desviou o olhar para o fogo que estalou em brasas, caindo algumas fagulhas perto do carpete. Aidan riu roucamente, murmurando um tom mais baixo:
- Acredito que não seja somente eu que tenha confissões a fazer.
Raviel encarou os olhos de seu rei.
- Não sei do que está falando.
- Sua protegida...ela foi encontrada nas ruínas pós guerra, não foi?
- Sim.
Aidan pendeu a cabeça.
- E ela já sabe que foi você quem matou a mãe dela?
Suas costas se enrijeceram ao mesmo tempo que seu maxilar travou. O Rei gesticulou, como se deixasse para lá.
- Não se preocupe, comandante. Eu sei guardar segredo... Só me preocupa que sua protegida não saiba o essencial sobre ela. - Aidan sorriu. - E nem a gente, na realidade. Mas receio que Damien não a procure somente por ela ser prometida dele.
- Do que está falando?! – a pergunta saiu de supetão.
- Que ele Rosalie não deve cair nas mãos dos Ivanov. E por enquanto, é bom que ela esteja desaparecida com o alfa dos alfas. – Aidan começou a tamborilar no braço da poltrona, o grande anel com uma pedra rubi balançando no indicador.
- Por que está falando isso para mim?
- Porque alguns passarinhos me disseram que você foi convocado por Damien. - um dos cantos dos lábios do rei se ergueram num sorriso. – Só quero ter certeza de que não entregará sua protegida.
- Eu nunca trairia Rosalie!
- Eu sei, eu sei. Mas tenho consciência de que está preocupado com o destino dela junto de Malakai, afinal o alfa dos alfas não morre e ninguém sabe o porquê, e isso é uma ameaça até pra nossa raça.
Ameaça era pouco.
Burburinhos ecoavam em todas as ruelas, e cada um, vampiro puro ou não, queria ver com os próprios olhos o alfa dos alfas, como se a criatura fosse um Deus. E o pior, é que soubera que alguns aristocratas cogitavam sequestrar o alfa a fim de estudar sua linhagem, e descobrir se a imortalidade era real para os sobrenaturais.
- Não fique preocupado. – Aidan murmurou, tendo a atenção dele. – Malakai protegerá Rosalie.
- Não tem como ter certeza disso. – pontuou, com o coração em fagulhas.
-Ah...tem sim. Malakai e Rosalie estão conectados. E eu não sei por quanto tempo essa informação ficará escondida dos Ivanov.
Raviel piscou. Todo o corpo retesado, a mente em completa confusão. Mas, com um resquício de força, encarou seu rei novamente.
- Por que eu deveria acreditar em você? Qual seria seu interesse em me contar tudo isso?
- Eu tenho como provar, e graças ao seu poder, poderá ver com os próprios olhos. E estou contando tudo isso porque não encontrei a fresta que os Ivanov conseguiram descobrir para invadir minha mente. Não tenho mais tempo de erguer as defesas mentais, e amanhã Damien chegará junto com Dacian. - Aidan diminuiu ainda mais a voz. – Preciso ter certeza que meu sucessor saberá proceder quando eu não estiver mais no cargo.
- Você me nomeou mão do Rei. Não Rei.
E graças à Fallon. Ele não tinha sido criado para ser um monarca.
- Mas se eu morrer, você vai. Pois se casará com July e governará junto dela.
Antes até de que pudesse negar, suas pernas o colocaram de pé num salto.
- Isso é loucura. Você realmente enlouqueceu... – murmurou sem filtro algum, andando de um lado a outro. – Nunca ouvi coisas tão absurdas...
- A sua linhagem e poder é importante para os vampiros e precisa ser perpetuada. - Aidan também se levantou, e indo até ele, o segurou pelos ombros. - Você, Raviel Montgomery, se casará com July hoje à noite, e fará uma promessa de sangue com ela. Quando eu morrer, você será o novo Rei do Norte, e se comprometerá a ter filhos e a guardar os portões de Outroso.
- Qual o seu problema?! - se soltou. - Mesmo que você tivesse certo, eu não sou o melhor vampiro para ser Rei e não tenho razões para aceitar essa loucura.
- Você é o único que é impenetrável aos Ivanov, e nunca faria acordo com eles. – Aidan se referiu ao fato de que quando trabalhava para Katiusca, Rainha da Corte Europeia, Raviel e outros foram sequestrados pelos Ivanov.
Ele fora o único resgatado em sã consciência.
- Não... eu não...
- Escute Raviel, os portões não estão seguros. A corte meridional, guiada pela ânsia de retornar para casa, foi sugada para outra dimensão que não é Outroso. Não a conhecemos ainda, mas nesse outro mundo há criaturas... são monstros.
Raviel estava completamente atordoado.
- Há muitas dimensões, a Terra e Outroso são só mais algumas – O Rei fez uma pausa, e repetiu o lema do livro base. - A casa do Pai tem muitas moradas.
Como se não fosse o bastante, Aidan Continuou:
- Você terá razões para isso depois que estiver diante dos portões de Outroso, e ver com seus próprios olhos o que eu e Julian constatamos há décadas: a dimensão que a corte meridional foi sugada ainda está ali, e como eles não fecharam o portal para aquela dimensão, abri-los liberaria todas essas criaturas para a terra. .
- Meu Deus... – Raviel murmurou, desviando o olhar.
Aidan segurou seu rosto, obrigando-o a encará-lo:
- As outras razões são mais simples e ligadas diretamente a você: não permita que Rosalie seja encontrada até que o portal esteja seguro...
- Por que?!
- Rosalie é uma peça chave. E eles estão perto de desvendar a profecia.
- Hã?! – Raviel enrugou o nariz.
- Você vai entender tudo na hora certa – o rei o soltou de repente. – Eu estou usando um vampiro como álibi pra tentar enganar Damien, fazendo-o pensar que estou com um novo amor. Tenho consigo ganhar tempo assim... Mas sei que quando Dacian estiver aqui, ele entrará na minha cabeça e descobrirá tudo, até mesmo a localização dos portões de Outroso. Mas quando isso acontecer, preciso que já esteja casado com July e que os portões já estejam em segurança. E que principalmente, Rosalie não seja pega. Entendeu?!
- Aidan...
- Sona te explicará mais coisas e tirará suas dúvidas. Esteja nesse local hoje às 23h. – Aidan colocou um papel amassado em suas mãos. – E...
- Sona?! – se tivesse um coração batendo em seu peito, com certeza teria parado.
- Sua irmã. Esse também é um dos motivos para que aceite a minha loucura – Aidan pressionou o papel na palma dele. – Sona foi encontrada e está viva.
Fallon¹: Deusa da sabedoria.
Drid¹: Deus da guerra e estratégias.
Opaaaa, temos um capitulo gigante de Raviel, o mais novo mão do Rei da Corte Norte. O que acharam?
E Rosalie e Malakai, como será que eles se encontram? No próximo capítulo <3
Vem muuuitas novidades e ação por aí.
Não está revisado. :(
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