Capítulo 1 Falling

  Após arrebentar aquele carro, sua estrada foi longa. Ele queria ir o mais distante possível do seu ponto de partida. Parou no caminho? Claro, na Irlanda. Por lá, Kim Taehyung, inicialmente trabalhou em uma editora pequena e tranquila, como diagramador. Se manteve em um lugar de aluguel por um tempo até conseguir ir para Londres, onde atualmente é seu lar. 

  Kim, não demorou para visitar Londres, hospedar-se em um hotel temporariamente, ir a museus e passar até na França, onde ficou por noites tocando violino e por fim retornou a Londres, onde conseguiu comprar sua casa e arrumar um emprego em um dos restaurantes mais conhecido de lá. Nele haviam apresentações de música ao vivo de entretenimento, um lugar chique e movimentado. Faltava ser um ponto turístico marcado em mapa para melhorar tudo.

  A vida agitada de Kim, se transformou em um vida repleta de paz. Ele deixou seus cabelos crescerem, clareou os fios por um tempo, mas logo voltaria a deixa-los pretos. Seu lar era aconchegante, muitos consideravam uma mansão, mas não era de fato, só possuía semelhanças, talvez por ser espaçosa. Ao adentrar o local, podia ser visualizado de cara sua sala de estar com cozinha americana, uma bela e enorme estante de livros, que começava na janela da sala e se alongava até a cantoneira para a cozinha. A paleta de cores da casa possuía tons creme e marrons, mas os tons mais escuros, no canto ao lado da TV, de verdes e vermelhos eram seus favoritos. Havia um violoncelo em um apoio, do outro lado dois violinos pressos a parede em seus lugares, sendo fácil a remoção do mais rústico e tradicional e o branco. Em seu quarto um belo piano próximo as cortinas vermelhas vindas do teto ao chão na frente da janela, a qual levava a parte dos fundos onde seu cachorro e o seu pequeno gatinho de certa maneira rebaixado, de patinhas curtas lembrando até quase um cachorro salsicha fofinho. Quando saía para trabalhar deixava uma mulher que na verdade estava mais para uma garota jovem de 17 anos cuidando deles, nisso pagando-a pelo tempo que ficava na casa, mas claramente fazia aquilo para ajudar a menina e sua mãe e duas irmãs mais novas e uma avó de idade com problemas de saúde. ¨

Suas vestes neste dia comum com tem sido desde então, desta vez não chamou a menina mas pagou 1.554£ por quatro meses que passou ela cuidando dos seus animais que amava muito e sempre ficava ansioso para ver eles quando estava prestes a terminar o trabalho. Neste dia que pagou a jovem na porta da sua casa, saíram juntos pelo portão enorme preso a muros que rodeavam a casa, medianos, seguindo caminhos opostos. Suas vestes eram pretas como o obscuro e vasto do verdadeiro espaçoso acima de nossas cabeças, uma camisa branca por deixo das vestes pretas, brancas capaz de serem transparentes, usava uma calça apertada estava um verdadeiro mordomo elegante mas eram um garçom que estava chegando ao seu local de trabalho as 17h um pouco mais cedo, uma hora mais cedo do que normalmente fez nesta semana do dia 13 do mês de maio, usando seus sapatos limpos.

- Bom dia Christopher! - ele chegou ao lugar que era por dentro aquecido, a noite estava vindo com um ar frio desta vez, ele sorrio a Christopher o rapaz que é o gerente e que basicamente trabalha juntamente com seus garçons e todos os outros funcionários, ambos tinham a mesma altura apenas algumas diferenças como o cabelo loiro e andulado mais cheio que alisava para trabalhar.

- Bom dia? já um boa noite certo Taehyung? - Christopher riu ajeitando taças de todos os tamanhos para cada bebida outros onde Tae acenou arrumava algumas mesas desajeitadas e sujas, colcoando talheres e pratos novos.

- Sim, Boa noite, claro, mas aposto que teve um bom dia. - Kim Taehyung sorriu, e já foi pegando a sua caixinha atrás do balcão de amarradores.

- Vai passar chapinha na parte de baixo? - Chris perguntou secando as mãos depois do último copo.

- Vou desta vez, ontem não passei né? - ele deu risada.

- Chegou no fim da noite parecia que você lutou com um gachinim - ele sorrio.

Taehyung sorrio revirando os olhos concordando seguindo para o banheiro dos funcionários.

Após tanto tempo de pesquisa, tantos dias e meses difíceis, com a profissão parada, estava quase desistindo daquilo que tanto lhe intrigava. Namjoon apenas queria acabar com aquela sua culpa, com aquela dor e vazio que preenchiam seu coração. Mas simplesmente não havia conseguido encontrar o preciso para acabar com tudo aquilo.

Em seu carro, lado a lado com a solidão e tristeza, procurava um lugar para beber e talvez petiscar coisas. Os bares não o apetecia, apesar de querer encher a cara, os bêbados falando alto e ouvindo músicas ruins, não faziam seu tipo de ambiente ideal. Nam, procurava por um lugar sofisticado, com música boa e gente elegante. Em meio a estrada, com comércios fechados, encontrou aberto um restaurante chic e que parecia do tipo que ele curtia. Sem pensar muito, estacionou e resolveu checar.

Assim que adentrou o ambiente, pode ouvir uma espécie de melodia, de algum instrumento de corda. Parecia um lugar confortável, o que fez ele querer ficar. Pegou seu lugar, uma mesa meio afastada do palco, mais próxima do roteador de internet, para continuar navegando em redes sociais.

Kim Namjoon, era o tipo de pessoa que apreciava a arte da música, por isso adorava se sentar o mais próximo possível do palco, para ver quem fazia aquela arte e sempre aplaudia de pé. Todavia á um bom tempo, já não fazia mais isso, para ser realista sua vida só se resumia a procura de alguém, aquele que o causava tantas preocupações.

Quando o garçom veio, o cumprimentou e pediu vinho tinto, juntamente a alguns petiscos e claro a senha do Wi-Fi.

- Claro, senhor, trarei a senha juntamente dos pedidos! - o garçom respondeu, sorrindo.

- Sem problemas, muito obrigado! - Kim retribuiu seu sorriso e ficou olhando distante, alguém a tocar violão-celo no palco.

WaiTaer, como todos os garçons e algumas pessoas que já conehciam Taehyung trabalhando era chamado assim, ele segurava seu violão-celo estando sentado a um banco de madeira usando o arco maior do instrumento tocando as cordas dele, ele mantinha os olhos fechados tocando uma melodia conhecida.

Passado algum tempo, o pedido de Nam chegou até ele, que apreciou cada gole do vinho, olhando freneticamente se recebia qualquer tipo de notificação. Esperava receber uma notícia ou um sinal, mas nada chegava. Tentava contato com amigos antigos, mas também não conseguia. A música era perfeita não era para menos ao fã número da saga completa assistida e lida de Game of Thrones, que estava tocando ela ali.

Um sorriso a finalizar a música, sabiam o público ali mais perto iriam escolher algo apta ele cantar e como sempre iria aceitar se conhecesse.

- Ouvi falar tão bem de uma música chamada Singularity, e vim para conehcer este restaurante novo para mim, será que pode canta-lá? - uma moça mais perto ali do palco de vestes brancas delicadas ele sentou no palco para ouvi-la melhor a voz doce e tranquila.

- Claro, com todo prazer.

Ele sorrio ao segurar a mão da moça e fazer um carinho e um beijo, até que soltou devagar e subiu novamente ajeitando o instrumento para o canto e colocando seus lábios e sua respiração na frente do microfone, e tudo já entrou nos eixos para a canção para a moça que seria cantada.

- Hoje, vejo muitos rostos diferentes do comum que já conheço e são clientes já como um membro da casa, mas a jovem moça aqui a mesa mais uma vez um prazer a cantar a vocês Singularity.

Ele ficou em silêncio ajeitando só a posição do microfone e então respirou e começou a cantar e nas mãos de Christopher soltou a melodia de fundo instrumental.

Kim não estava atento ao que ocorria em seu arredor, pensava apenas em seus problemas e em formas de soluciona-los.

Parecia, imaginar coisas, possíveis e impossíveis. Distraído como sempre. Até que a voz de alguém mais ao fundo, aumentava e ganhava mais destaque.

- Eu.. Conheço essa voz..? - perguntava-se ainda com certa dúvida.

O cantor estava longe de mais, para ser reconhecido, mas Kim continuou ali sentado, bebendo goles e goles do vinho, deixando por segundos seu celular de lado, já que nenhuma notícia havia visto nele. Intrigado com a situação atual, de conhecer ou não o dono daquela voz, se levantou e com sua taça, que perdurava entre seu dedo do meio e indicador, caminhou sem pressa, passando por diversas mesas, se encaixando em qualquer espaço vago, procurando chegar próximo ao palco. Seus olhos miúdos, já que não tinha uma das melhores visões. Os passos de Kim eram realmente lentos, como se ele dançasse a cada passo, no ritmo da melodia, curtindo o que a canção dizia. Sentia tudo. Sentia muito e ainda não sentia o suficiente.

Com cuidado, chegara no palco, finalmente vendo a face daquele quem cantava e encantava. Seus cabelos longos cobriam metade de seu rosto, mas se assustou ao ver nitidamente aquele por quem tanto procurou. Seus lábios entreabriram-se, suas mãos começaram a suar frio, seus lábios secaram e os olhos, como nunca antes, se abriram de forma um tanto chocada e apavorada.

- T-tae..!? - sussurrou e antes que derrubasse a taça, se recompos, tomando um gole de vinho, curtindo a felicidade que sentia em ter encontrado-o, finalmente.

Tae cantava tranquilamente de olhos fechados olhando as vezes a moça que pediu a canção e sorrindo mas voltava a tampar a sua visão e se a visão do seu mundo ao cantar. Até que em uma pausa curta da própria música onde ele abriu os olhos minimamente até se assustar e no curto intervalo afastou os lábios engasgando um pouco, mas logo se recompondo assim que viu, Kim Namjoon.

A música chegou ao fim e Kim, se ajeitou, colocando a taça em um lugar qualquer para aplaudir o rapaz a sua frente.

- Lindo!! - aplaudia juntamente a algumas outras pessoas, todo sorridente.

Kim Taehyung, sorrio e fez suas referências e acenou a moça.

- Muito obrigada, ela realmente é linda! - a moça levantou-se e saindo da sua mesa devagar e indo até o outro lado do palco onde Kim foi e não olhou novamente uma terceira vez aquela pessoa que acaba de ver. - Pelo seu serviço e sua bela canção!

A moça disse e fechou sua pequena bolsa até parecia uma jovem de 20 anos delicada, entregou 70£ ao rapaz que foi já descendo do palco a pequena escada pegando a gorgeta da moça, mas um passo em falso apoiou a mão no ombro dela, foi quase que de imediato a dor na região do pé perto do calcanhar por pisar em falso e errar ali e ser capaz de quase cair mas, a jovem olhou ele rapidamente achava que ele talvez tivesse passando mal, e quase acontece pela dor aguda no pé debilitou a sua pressão Por poucos segundos.

- Wai, está tudo bem, WaiTaer? - ela o segurou passando o braço em frente ao peito dele até conseguir passar por debaixo de um dos braços e o segurar. - Ei, ei volte aqui...- ela estou os dedos algumas vezes no ouvido dele e o abanou. - Alguém por favor traga água para ele!

- Meu deus, me desculpe, eu pisei em falso. - ele disse um tanto dolorido e mais sério comprimindo os lábios e respirando fundo.

- Calma, tá tudo bem pode apoiar acho que sua pressão caiu - ela pegou a mão do rapaz sentindo ela gelada, muito gelada.

Ele mal percebia direito estar tão mau assim na hora que desceu.

- Sente aqui - ela o guiou até a escada e posicionou o rapaz a por a cabeça para e subir enquanto estava com a mão na nuca dele sentindo e pressionando para baixo - Levanta, tente levantar a cabeça

Ele tentou que apoiou as mãos na escadinha que acaba de lhe causar tanta coisa em um único momento.

- Pronto, melhor?

Ele concordou sentindo-se esquentar e melhor suas mãos voltaram até estar mais quentes então a moça Sorrio.

- Obrigado...- ele disse em um tom de quem estivesse com cansaço, enquanto respeitava e retomava a visão a moça foi pegar a água que o garçom trazia.

Nam, ao ver toda aquela cena, não pode fazer outra coisa a não ser se aproximar o mais rápido possível de Taehyung, chegando perto da moça e do rapaz, logo falou.

- Tae? Precisa de ajuda? - questionou, agachando, para que ficasse na altura do rapaz. - Senhorita, obrigado por ajuda-lo, de agora em diante, pode deixa-lo, comigo. - sorriu para a moça, grato por sua preocupação.

Kim já não aguentava mais esperar para trocar uma única palavra com Tae, já não aguentava mais o vazio entre eles, que se criou com o tempo.

- Não preciso da sua ajuda, não sei nem porque está aqui.. - ele tentou se levantando ao menos sair daquela escada pequena, mas já começa um pouco desastroso mas graças ao amém dado tinha uma parede para se apoiar. Ele deu a resposta dura quando a moça concordou e entregou o copo de água a Tae que bebeu em segundos.

- Taehyung, por favor, só estou tentando te ajudar... Não vai conseguir sozinho. - Kim se levantou junto ao rapaz com quem dialogava. - Por favor, apenas aceite minha ajuda, não estou te pedindo favores ou outra coisa qualquer.

- Não... - a única opção que ele tinha era por querer sair dali apoiado a parede ainda sentido-se estranho pela queda de pressão.

- Tae.. Olha.. - suspirou nervosamente. - Esqueçe o passado, só me deixa ajudar você e poderemos.. Quem sabe, conversar. - sugeriu com medo do que poderia ouvir daquele que recusara ajuda, mesmo com ele tão perto e disposto.

- Nam, quer o passado sendo esquecido? Só, não me apareça de novo, volta para ele, pro passado. - ele apoiou ao balcão, fazendo pressão com o próprio pé na região onde doía não dava nem para perceber isso, e então endireitando a postura passou a mão aos cabelos puxando o prendendor de cabelos, tocando no sino do balcão o que sempre indicava a sua saída, mais desta vez dois toques quando se tratava de uma emergência ou algo que atrapalhasse na locomoção pelo restaurante. - Bem, estava muito bem antes mesmo de aparecer aqui. - ele travou o maxilar franzindo a testa.- E não temos nada para conversar.

Kim suspirou, sentindo as palavras frias e secas de Tae, machucarem-no, mas sabia que ele merecia.

- Tata.. - o chamou pelo apelido carinhoso que costumava chamar, antes de tudo ocorrer. - Não é isso que eu quis dizer, não seja assim tão cruel, posso te levar em casa e conversarmos um pouco, tenho muito a te dizer e quero escuta-lo também. - pediu, quase implorando. - Me dê apenas alguns minutos de seu tempo..

Tae não respondeu e apenas pegou a chave do carro batendo no balcão de leve.

- Espero que ao menos saiba dirigir - ele começou a andar mancando um pouco

- WaiTaer dispensado, Jeonny faz o turno dele - Disse o moço atrás do balcão que secava os copos.

- Ei, calma aí.. - Kim pegou a chave do carro, caminhando até o rapaz, com passos largos para alcançar ele. - Não vou oferecer carregar você, sei que não vai querer, então... Ao menos se apoie em meu ombro! - se abaixou um pouco para que Tae se apoiasse nele.

- Eu tenho um carro. - Tae apoiou em Kim mesmo não querendo, mas sentindo cheiro de vinho teve as suas desconfianças e dúvidas - Enfim espero que saiba mesmo dirigir, eu direi no carro o endereço. Bota na minha conta a valor dele - ele avisou a Christopher antes de ir.

- Melhoras... - eles sussurrou a distância um pro outro.

- É claro que eu sei dirigir.. Agora qual é o seu carro? - Kim questionou, olhando para a rua, cheia de carros estacionados.

- O genesis GV80 - ele apontou na rua cheia de carros estacionados claramente dos clientes no restaurante, então pegou a chave entregando a Namjoon.

- Ah, tudo bem.. - caminhou devagar com Tae, para o carro, ajudando-o e apertou o botão quando estavam próximos, logo destravando e ele abriu a porta do passageiro para o rapaz, esperando ele entrar e ajudando é claro.

Kim entrou em seu carro no passageiro fechando a porta deixando anotado o seu endereço, o que não demorou muito então o rapaz abriu a garagem onde entrou Nam com o carro. E assim que entrou e saiu com a ajuda do ser que não desejava estar aceitando ajuda. Abriu a porta de casa, já ouvindo passinhos de pulinhos sabia que era o seu gatinho que logo começou a miar.

- Vamos entre, além disso você irá tomar um café ou água com açúcar, para contar o efeito do vinho, bafômetro é capaz de isso lhe dá problemas.

Kim foi junto de Tae para sua casa, não estava muito preocupado no momento com seu cheiro de vinho ou coisa do tipo, mas já que Tae havia sinalizado aquilo, ele deveria fazer o que lhe foi indicado.

- Tudo bem, eu vou beber o que quiser, mas primeiro sente-se, antes de seu ferimento agravar. - falou levando Tae até o sofá da sala.

- Não é um ferimento apenas torci o pé um pouco - ele revirou os olhos e pegou a sua gravata borboleta retirando ela e então logo seu nenêm que é seu gatinho veio pulando, por ser pequeno e patinhas curtinhas - Olá Lila. - ele sorrio e sentou-se no sofá pegando a pequena. Mas aos latidos de Tanny logo Kim chamou a atenção do seu cachorro. - Ei, sem ameças a visita Tanny!

- Mas está machucado. - disse Namjoon. - Ah, que fofinhos, seus pets! - riu fraquinho olhando para o cachorrinho que latia para si. - Oi, amiguinho.. -acenou para Tanny.

Kim apenas suspirou e continuou de pé, olhando para Tae.

- Quer que eu chame um médico? - se ajeitou, colocando as mãos no bolso de suas jeans azuis.

- Não precisa chamar um médico, pelo visto já tenho um bem na minha frente. - Ele disse ajeitando-se no sofá e colocando Lila no chão que foi diretamente para cheirar a pessoa nova. - Irei me trocar e resolvo isso do meu pé.

Ele Suspirou levantando-se do sofá pisando normalmente mas não fazendo o peso normal no pé machucado, era incomum ver alguém assim que machucado não mostra uma expressão de dor, incomodo, ou alguma que já diz que está doendo ou dolorido. Seu caminho foi normal até o quarto dando mancadas e fechou a porta encostando-se nela. Respirou fundo e fingiu que tudo aquilo ou pelo menos aquela presença na sua casa não era real, então olhou para a gaveta próxima a cama e caminhou até lá mancando o pé, retirando aquela rouba assim que sentou-se na cama passou um creme de massagem na região, pegando firma com as duas mãos e estralando a região o que imaginável dolorido, foi uma sensação de alívio imediato, bom não estava inchado um sinal positivo. Ainda dolorido conseguiu andar mais facilmente sem tanto incomdo e mancar até o guarda roupa colcoando uma blusa de mangas longas de gota alta no pescoço beje escuro, colcoando um lado do cabelo atrás da orelha onde deixou os mesmo brincos douradinhos, e vestiu uma calça mais confortável estilo moletom.

Parado na porta segurou firme a maçaneta, respirou fundo, e abriu saindo de lá já vendo Tanny remexer o seu rabinho peludo grande e o sininho da coleira de Lila na sala, ela estava brincando? Talvez.

Nam observou o jeito do rapaz.

- Se quiser eu posso... - pensou melhor e desistiu do que ia dizer. - Caso tenha problemas na hora de ir e voltar me grita. - disse sorrindo e observando Tae, que andava com dificuldade, mesmo sem parecer.

Kim ficava analisando a sala do rapaz de ponta a ponta, os livros pareciam comprados em sebo, boa parte deles, ou seja em relação a aquilo, não havia mudado muita coisa, eles ainda pareciam ter o mesmo gosto literário.

- Oi neném! - falou a gatinha, que estava vindo em sua direção. Resolveu então sentar em uma ponta do sofá, a mais próxima da estante, pegando a gatinha e colocando em seu colo para acariciar, mas acabou por brincar com ela.

A gatinha rebaixada tinha gostado da visita novamente mesmo mordendo o rapaz poucas vezes. Taehyung, foi a sua cozinha preparando xícaras e pitis e um potinho pequeno de açúcar e colher, abrindo o armário puxando pacote de grãos de café que com uma pequena máquina moeu eles para fazer o café de Kim Namjoon para cortar efeitos do álcool que fica no corpo, enquanto Tanny latia brincando com os pés de Kim Taehyung que jogava com o pé que não machucou uma bolinha.

O rapaz fez de costume como lembrava o café de Namjoon, enchendo a sua xícara com café e medidas exatas de colheres de açúcar, e para si um chá de Sakura que deixou fazendo ficou rosa, rosa na xícara transparede que colocou para o chá. Para Namjoon, uma xícara mais grossas para seus dedos que facilmente ficariam vermelhos se fosse uma mais fina para um café tão quente, então levou a sala.

- Lila, deixe ele beber café um pouco, Papai colocou sua tisc... - ele estalou os dedinhos apontando para o potinho dela com o aperitivo de carinho para ela, ela se atentou ao cheirinho e logo foi saindo devagar - Nam, coloca ela no chão por favor, ela tem dificuldade de descer.

Kim não podia deixar de focar sua visão a Tae. Ele estava muito feliz de finalmente tê-lo encontrado, mas não sabia exatamente o que fazer, então apenas aproveitava para olhar ele e sorrir, por estar finalmente podendo ter um mínimo contato com ele.

Esperou o rapaz voltar para o sofá, enquanto brincava com a gata e sentia o aroma do café se espalhar pelo ar.

- Não precisava se preocupar com isso, Tae. - falou sorridente aspirando profundamente o cheiro gostoso de café. Por mais que Kim procurasse em outros lugares, não encontrara café tão bom quanto o de seu antigo amado. Pode parecer loucura, por ser apenas uma bebida quente, mas Nam garantia, que o café de Tae era únicamente maravilhoso e inigualável.

Colocou a gata, com cuidado, no chão, assim como foi solicitado por seu dono e se ajeitou no sofá, pegando o café que Taehyung havia preparado.

- Ah e.. Obrigado! - agradeceu, dando um gole no líquido, chegando a fechar os olhos de tão saboroso. - huum, seu café..continua esplendoroso. - não se conteve e deu um grande sorriso a Tae ao falar.

Taehyung engoliu e respirou fundo pegando a sua xícara encostando-se no sofá vendo devagar um gole do seu chá Rosa, e deixando na mesa de centro pequena a colher do chá.

- Mesmo assim, não é bom dirigir cheirando bem que seja a vinho, que ainda contém álcool. - ele bebeu mais um gole e ficou em silêncio. Até ouvir sobre o café. - Nunca mudei como fazia meus cafés.

Ele piscou algumas vezes olhando para seus instrumentos e a TV limpa, se distraindo já em seus pensamentos, o possível para não olhar ele, era olhar e ter a ansiedade querendo lhe atacar com coisas ruins na memória.

Namjoon ficou em silêncio por um determinado tempo, até se dar conta de que havia dito que seria breve no diálogo.

- Tae, eu... Te procurei tanto e você me apareceu tão do nada. Creio que nem imagine até onde eu fui, para tentar te encontrar. - Joonie, falava aquilo aliviado, e parava de olhar Tae aos poucos, pois sabia que aquilo poderia acabar o incomodando.

- Ah é, e porque me procurou, não lembro de ter dado motivos algum para alguém me procurar. E tem razão não seu mesmo de onde você veio, talvez do mesmo lugar onde tudo começou? - ele fez uma pergunta retórica deixando a xícara do chá longe de seus lábios colocamos no piris transparente com flores no meio dele feito de resina. Passando a mecha do cabelo atrás da orelha cruzando seus braços.

- Eu entendo sua raiva, não me faço de coitado... Assumo que errei, e de verdade fui um completo otário. - Kim suspirou, apoiando a xícara em sua não livre e cruzando suas pernas.

Por mais que tenha procurado tanto Tae, não estava preparado para suas reações de frieza e desprezo a suas humildes palavras, e isso acabava o deixando travado.

- Mas, você deixou motivos para que eu o procurasse, estive muito preocupado com você.. Apenas queria que tudo ficasse bem, entre a gente. - soltou um suspiro que nem sabia que prendia, sentindo seu coração apertado, por notar o desencanto que havia em Tae por si.

Desde quando avistou Tae, sequer tiveram uma única troca de olhares.

Taehyung olhou Kim ajeitando-se no sofá cruzando as pernas.

- E como pretende fazer com que as coisas fique bem entre eu e você? - ele ergeu uma sombrancelha olhando a face de Kim sem expressa muita coisa.

- Você não sabe, é claro, você quer que eu fique bem, volta para a menina não foi ótimo sair, beber, e fazer aquilo no meu quarto, na minha cama, e basicamente na minha casa que você apenas veio morar comigo. Eu saí apenas uma noite que passei em claro com a Soojin e não fiz isso porque eu sabia quem eu tinha em casa que eu pensei que pensasse como eu ficaria. - Taehyung levantou pegando o seu chá que com o pouco tempo esfriou, e foi até a lareira que pegou um papel e acendeu e tacou o chá frio ali o que fez queimar mais fácil até. - E até hoje não sabe, e nem pensou como pretendia as coisas ficarem bem.

Kim apenas abaixara sua cabeça e ouvira aquilo tudo tentando não chorar, tentando se segurar, pois de alguma forma, sabia que teria de passar por isso e não podia reclamar.

- É Taehyung... Eu passei tanto tempo me culpando pelo que fiz, ocupei tanto a minha cabeça focando em procurar por você... Passei dias planejando um pedido de desculpas decente, fiz coisas que não achei que conseguiria fazer. Tudo tentando encontrar você, sem apoio de ninguém... E eu não estou dizendo isso, porque quero me fazer de coitado e dar uma justificativa, pra não ter pensando no que fazer para nossa situação melhorar...

Namjoon parecia triste, arrependido de algo, talves de não ter pensado em mais nada além do reencontro.

- Eu só... Perdi a cabeça, não me planejei, estava obcecado em encontrar você. Estava com tanto medo, de não te ver bem... Que fiquei cego, não enxerguei além do horizonte. - sua mão que segurava a xícara de café, colocou-a na mesa de centro. - Então é isso aí... até hoje, eu não sei te explicar como vamos ficar bem. - as lágrimas estavam em seus olhos e então as mãos foram até eles, para não chorar mesmo de vez.

Namjoon parecia apavorado, seus sentimentos estavam muito a flor da pele e mesmo ele achando que estava preparado para ouvir Tae e suas palavras frias, ele não estava completamente.

- Mas eu quero fazer acontecer... Não quero, olhar pra você e me culpar todos os dias por ter perdido completamente o amor da minha vida. - suspirou e coçou os olhos, se ajeitando.

Taehyung ouvia tudo repsirando fundo, mas um pequeno som entre a voz de Namjoon e o mínimo som da repsiração de Tae foi como se algo tivesse caído sobre o tapete no qual ambos pisavam.

- Eu queria muito também não ter que olhar para você e pensar nisso sabia...

Kim Taehyung, faltava soltar a xícara que segurava em mãos vazia para se estragar ao chão, seus dentes ele fazia pressão neles de lábios fechados ele não percebeu mas, o segundo som de algo caindo sobre o tapete era as suas próprias lágrimas que saíram sem nem notar que aquilo tinha e estava acontecendo.

- Então Tae, podemos... só, me dá um única chance.. Preciso me redimir! - pediu, se levantando e se aproximando de Taehyung.

Ele sabia que o rapaz chorava, por isso seus braços estavam de certo modo abertos, para caso Tae necessitasse de um abraço.

- Não estou pedindo pra me perdoar assim, só me deixe te mostrar que eu sou diferente daquilo que você viu..

- Nam...- ele negou algumas vezes - eu preciso de um tempo desse assunto todo agora... não estou te parando em nada certo? - Tae limpou o rosto fungando o nariz - Então sabe o que fazer...enfim, tenha uma boa noite.

- Claro, Tae... - Nam sorriu meio murcho, não era como se estivesse feliz, mas também não estava triste.

Namjoon sentia como se fosse impotente, pois apenas gostaria de abraçar Taehyung, acariciar seus cabelos e sussurrar em seu ouvido que.."tudo ficará bem e nada mais vai voltar a nos separar". Mas simplesmente não podia o fazer, só deveria ir embora, porém talvez...

- Que tal um abraço? - sugeriu timidamente, com o tom de voz mais baixo e de uma forma retraída, estava com medo da resposta de fato.

Travando e destravando o maxilar olhava para qualquer canto da sua casa e olhou Namjoon.

- Tenha ao menos coragem de me olhar para isso, Namjoon.

Suspirando subiu o olhar para a face de Tae, porém apenas não conseguia manter o olhar nele, e então engolindo em seco, soltou o ar que nem sabia estar preso.

- Eu vou indo então, obrigado por me receber aqui... Tenha uma boa noite e melhoras! - seu tom de voz aos poucos voltava ao normal, mas agora estava mais tristonho.

Nam caminhou até a porta da casa e abrindo-a e realizando o desejo do rapaz, saindo dalí, meio apressado, caminhando pela rua vazia e escura. Os sons de seus passos na rua húmida pela garoa, eram acompanhados por suspiros em meio a suas lágrimas, já não suportava mais segurar toda aquela emoção que se mistura e se fundira dentro de si, transformando-se em lágrimas. Lágrimas doloridas, de um amor que já estava quase sem esperanças de recuperar.

Tae acompanhou o ele até a certo caminho, mas já que ele Havaí saído, o rapaz que ficou em sua própria casa foi até a porta fechando a mesma direito, encostando seu ombro não fazendo pressão com um pé para se manter em pé, e novamente sentia como nunca o peito bater e dar os seus maiores sons, seu olhar estava vazio a qualquer ponto da casa quando escorregou a porta, fungando novamente o nariz que congestionou de maneira pior que antes, não achava que estivesse a chorar tanto internamente como fora, para conseguir ter usar os lábios para puxar o ar e respirar.

O seu levantar foi dificultoso, necessário foi usar a maçaneta para isso, limpou mais uma vez o rosto com a manga da blusa e apagou a luz da sala, mancando ainda pela dor que voltou aguda, passando dedo no interruptor sem força alguma fechando a porta de vidro, logo veio a caminhar ata o balcão que ainda enchergava pela claridade mínima que a noite trazia e a luz de fora acessa.

Um pequeno frasco de comprimido em cápsulas ele puxou do balcão ao mancar, até segurar firme e ir para o quarto no mesmo estado o nariz intupido só piorava por que seus olhos não paravam de marejar novamente enquanto lembrava de uma música que seriam palavras que gostaria de dizer e que...que era si mesmo em uma parte da letra da música.

No quarto, estava deitado a cama sobre os lençóis um braço escondido a mão deibaixo do rosto os cabelos soltos, uma mão livre sobre o resto da cama olhando fixamente a janela transparente e mínima movimentação, o copo de água já na metade sem um movimento na cômoda ao lado da cama a cápsula aberta com o pote cheio de várias outras fechados, no escuro com Lila aos pés dormindo tranquila, pensou ter se tranquilizado apenas chorou de novo molhando o coberto branco que se cobria até então.

Seus lábios diziam algo mais não tinha garganta para dizer em tom alto para si mesmo no quarto, mas não queria dizer nada ao mundo também mas seus poucos sussurros ouviu no seu próprio silêncio, ao se deixar cair em lágrimas quentes pelo seu rosto.

- Estou na minha cama e você não está aqui, e não há ninguém para culpar além da bebida e minhas mãos errantes... - ele suspirou na tentativa de puxar o ar que não conseguiu pelo nariz e soltou pelos lábios assim como respirou - só...esqueça o que eu disse, não foi o que eu...quis dizer.

A conexão com o olho mais alto com o mais baixo veio através de uma linha quente molhada na qual não só trouxe sua dor e sua lágrima como o seu sono com tudo aquilo e a dor de garganta.

Bula do frasco de cápsulas: "Morfina de 30mg contém 50 cápsulas. Morfina age sobre o sistema nervoso central, e outros. Remédio vendido apenas com receita médica, para determinadas dores. Morfina para o alívio da dor deve ser reservado para as manifestações dolorosas mais graves, como no infarto do miocárdio, lesões graves ou dor crônica severa associada ao câncer terminal.

Kim não tinha presa na sua caminhada, ele sabia que estava longe e que de qualquer modo ficaria sozinho, já que não conhecia ninguém em Londres, além de Taehyung é claro.

- "..E não posso retirar o que disse, não posso desfazer a mala que você deixou
O que eu sou agora? (2X)
E se eu for alguém que não quero por perto?
Estou caindo de novo, estou caindo de novo, estou caindo ".

Kim se lembrava de momentos que havia vivido com seu ex namorado e ex noivo, estava triste, mais triste do que antes de encontra-lo, afinal não fora fácil conversar e perceber que Tae havia mudado tanto, não só a aparência, como também o seu interior. Agora Kim já não sabia quem era Tae, já não o conhecia, estava preso a pensamentos irreais e se encontrava escravo de memórias, onde ele era feliz de verdade.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top