Capítulo 14

A festa continuou até anoitecer completamente. Não sei exatamente que horas eram agora, mas já devia ser bem tarde. Eu estava junto de Alisson e Amanda. Nós conversávamos animadas e Ali nos contava sobre a gravidez e seus desejos malucos.

Perguntei a ela se ficaria em Thompson algum tempo, afinal queria muito conversar mais. Saber como foi com os seus pais, a chegada em Brighton, mas tudo com detalhes, e fiquei feliz em saber que eles ficariam alguns poucos dias na província. Depois Ian e ela teriam que voltar, agora os dois tinham responsabilidades já que ele havia assumido como rei.

Amanda contou que estava morando novamente com seus pais. Como tinham nos dito no início da convocação, ela assim como as outras garotas, ganharam uma casa no centro da província, muito boa e grande.

Alexander tinha ido resolver um assunto rápido com seu pai, mas disse que logo voltaria. Isso já fazia uns dez minutos. Olhei ao redor tentando encontra-lo no meio dos convidados e mais uma vez falhei. Suspirei baixo voltando a atenção as meninas e notei Amanda corando fortemente, com certeza era obra de Alisson.

— Pare com isso! — Amanda a repreendeu.

— Ah Mands... — Alisson desdenhou revirando os olhos.

— O que? — Questionei meio perdida.

— Amanda e Victor. — Ali explicou sorrindo maliciosamente.

— É verdade? — Olhei para Amanda sorrindo.

— Victor tem sido um bom amigo, desde que Alexander a escolheu e a convocação acabou. — Explicou dando de ombros — Ele me levou para casa depois da eliminação e nós conversamos por um tempo, — Deu um pequeno e tímido sorriso — Ele é engraçado e carinhoso.. E... — Amanda suspirou baixo.

— E que você está caidinha por ele. — Alisson completou sorrindo presunçosamente.

Amanda negou com a cabeça, mas não disse nada e como dizem: Quem cala consente.

Então antes que continuássemos no assunto senti braços ao meu redor e suspirei baixo sabendo de quem eram. Virei o rosto e encontrei o de Alexander, que se abaixou me dando um selinho demorado. Em seguida beijou minha bochecha e continuou o caminho até chegar a orelha.

— Acho que já está na nossa hora. — Sussurrou fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Suspirei baixo e olhei novamente para as meninas, que nos observavam com um pequeno sorriso nos lábios.

— Vocês nos dão licença? — Alexander perguntou a elas.

— Só se cuidar muito bem da minha amiga. — Alisson comentou piscando.

— Alisson! — A repreendi sentindo meu rosto um pouco quente.

— Pode deixar! — Ele concordou dando uma risada baixa.

Acenei a elas e deixei Alexander pegar minha mão, puxando em direção ao palácio. Olhei ao redor procurando por meus avós e os encontrei mais ao longe, conversando com um casal. Já Samantha estava perto da banda e dançava animada. Neguei com a cabeça e suspirei baixo deixando que Alexander me guiasse ao nosso destino.

— Estamos voltando ao palácio? — Questionei quando vi que nós fazíamos o mesmo caminho de antes.

— Quase isso. — Me olhou sorrindo de canto.

— Misterioso... — Comentei fazendo ele dar uma risada baixa.

Continuamos seguindo em silêncio. Olhei para os piscas que iluminavam nosso caminho, parecendo pequenas estrelas.

Alexander caminhava com calma, com certeza sabendo que era complicado ir mais rápido com aquela cauda. Não queria estraga-la. Era um vestido lindo demais para se perder.

Finalmente chegamos em frente ao palácio e imediatamente um dos guardas veio até nós. Ele sussurrou algo a Alexander, que assentiu concordando.

— Se importa em andar um pouco mais? — Perguntou me olhando.

— Não. — Neguei sorrindo.

Alexander beijou minha testa e puxou levemente para que continuássemos nosso caminho. Estávamos agora indo na direção oposta a festa, mais ao lado esquerdo do palácio. Entramos por um caminho novo de pedras, mas esse ficava entre árvores. Era uma parte do palácio que não conhecia e nunca tinha estado, então deixei que Alexander me guiasse.

— Sabe que sou curiosa né? — Comentei olhando-o.

— Sei, — Concordou sorrindo de canto — Mas você pode ajudar e me deixar fazer isso como planejei? — Pediu calmamente.

Suspirei baixo e parei de andar, virando em sua direção. Encarei seus olhos verdes que brilhavam cheios de expectativa.

Não queria estragar isso de jeito nenhum, então apenas assenti concordando. Me inclinei e beijei seus lábios demoradamente.

Voltamos a andar e alguns minutos depois comecei a ouvir o barulho de água correndo. Olhei para Alexander que permanecia concentrado em nosso caminho, mas com um pequeno sorriso nos lábios.

Alguns metros à frente as árvores começaram a ficar mais espaçadas até finalmente acabarem, dando espaço à grama verde que cobria todo o chão da clareira. Encarei a pequena cachoeira a nossa esquerda que formava um riacho, contornando a clareira. A água clara era extremamente convidativa e dava a volta pela parte atrás do belíssimo chalé que completava o visual dali. Era lindo, na verdade, perfeito. Toda a sua frente era feita de vidro e como já era noite as luzes estavam acessas, fazendo com que ele se sobressaísse em toda aquela paisagem.

— Nossa! — Sussurrei olhando para o chalé totalmente encantada.

— Vamos. — Alexander incentivou sorrindo gentilmente.

Seguimos pela grama e segurei um pouco meu vestido, que com certeza depois ficaria cheio de folhas. Olhei com mais atenção o chalé, conforme íamos nos aproximando. Eu nem ao menos sonhava com a existência desse lugar, mas era muito lindo.

Quando finalmente chegamos à frente dele e iriamos começar a subir os poucos degraus, soltei um pequeno grito ao ser erguida por Alexander, que inesperadamente me pegou no colo.

— Tenho que carregar a noiva, é tradição. — Explicou sorrindo.

Dei uma risada baixa e passei o braço pelo seu pescoço, deixando que Alexander me levasse para dentro. Assim que passamos pela porta de entrada suspirei maravilhada. O chalé era ainda mais lindo por dentro.

Nós estávamos na sala, onde havia uma lareira e um confortável sofá a frente. No chão um tapete cor creme e algumas almofadas de um marrom meio avermelhado estavam espalhadas. No outro lado havia a cozinha, com uma bancada que a separava da sala, e mais a diante uma escada de madeira levava ao andar de cima.

Alexander seguiu até a escada e começou a subir com calma. Não sei como, mas mesmo com aquela cauda ele estava conseguindo andar comigo em seu colo. Alexander seguiu pelo corredor até parar em frente a uma porta de madeira escura. Com cuidado me colocou novamente de pé e segurou minha cintura.

— Você está tão linda. — Sussurrou.

Mordi o lábio e encarei seus olhos verdes intensos. Hoje era com certeza o melhor dia da minha vida, um dos, pois, desde que conheci Alexander no centro da província meus dias vinham sendo consideravelmente melhores.

Suas mãos apertaram minha cintura e puxaram para mais perto. Devagar Alexander se inclinou e beijou meus lábios demoradamente. Em seguida me virou de frente para a porta e girou a maçaneta, a abrindo. Empurrei com cuidado revelando aos poucos o quarto que havia ali.

Quando a porta já estava quase toda aberta dei um passo para dentro e olhei tudo com atenção. A parede a nossa frente era de vidro e permitia ter a visão do riacho que passava ao lado da casa. Eu podia ver a lua refletindo na água e dando seu brilho ao ambiente.

Alexander se moveu e me incentivou a entrar mais no quarto. Caminhei até parar no centro e olhei para o chão, que estava repleto de pétalas de rosas vermelhas. Na parede oposta havia uma enorme cama de casal com almofadas e travesseiros espalhados em cima. Nos dois lados haviam pequenas cômodas com velas acessas que davam um ar ainda mais romântico a tudo.

Do outro lado havia uma porta, provavelmente do banheiro, e no aparador um balde com gelo e garrafa de vinho, além de champanhe. Junto também estavam duas taças e alguns petiscos, e doces.

Senti Alexander deslizar a mão pela minha nuca, indo até o ombro e fazendo minha pele se arrepiar. Mordi os lábios e fechei os olhos, aproveitando a sensação. Segurei um gemido baixo quando senti sua boca em meu pescoço. Ele distribuía beijos molhados que só faziam com que meu corpo ficasse cada vez mais quente. Minha respiração já não era regular e meu coração estava consideravelmente acelerado. Engoli em seco e respirei fundo para tentar me acalmar, ainda sentindo Alexander espalhar seus beijos pela minha pele exposta.

— Não fique nervosa, — Sussurrou perto do meu ouvido fazendo com que um frio surgisse na barriga — Quero que aproveite essa noite e que seja especial.

— Ela já está sendo, — Afirmei com a voz meio rouca pela ansiedade do momento — Porque é com você!

Senti suas mãos deslizarem pelos meus braços, subindo e descendo algumas vezes, como se estivesse me acalmando e dando certo tempo. Minha cabeça era uma confusão de ideias, duvidas e muita ansiedade, mas uma certeza eu tinha, a de que queria Alexander mais do que tudo. Queria pertencer a ele de todas as formas.

Respirei fundo e reunindo toda coragem peguei uma de suas mãos e a direcionei ao zíper em minhas costas. Alexander ainda ficou alguns segundos com sua mão parada enquanto eu apenas ouvia sua respiração alta, ou quem sabe fosse a minha, no momento não conseguia distinguir muita coisa.

Então muito lentamente Alexander segurou a ponta do zíper e começou a desliza-lo para baixo. Meu coração batia disparado no peito e logo sairia pela boca.

Senti o vestido ir se afrouxando e por instinto segurei o busto, impedindo que descesse completamente. Quando Alexander terminou de abri-lo senti a ponta dos seus dedos tocarem a parte exporta das costas enquanto sua outra mão fazia com que afastasse a minha do busto. Lentamente o vestido começou a deslizar pelo meu corpo até cair aos pés, se acumulando ali.

Mordi o lábio e senti o rosto um pouco quente pela exposição. Senti Alexander continuar passando devagar a ponta dos dedos pelas minhas costas nuas, a pele se arrepiando conforme ele a tocava.

Fechei os olhos e aproveitei a sensação. Seus dedos desceram até os quadris e agradeci mentalmente a Lucia por ter separado peças intimas novas, juntamente com o enxoval de noite de núpcias, que aparentemente eu não teria tempo de colocar se dependesse dele.

Alexander subiu novamente os dedos até chegar aos meus cabelos, onde com mais habilidade do que pensei, conseguiu desprende-los e desfazer o penteado, deixando que caíssem livres pelas costas. Delicadamente ele os colocou para frente e beijou minha nuca, descendo lentamente e continuando pelas costas. Sua boca traçava uma linha reta pela minha espinha enquanto as mãos desciam pelas laterais do meu corpo.

Minha pele parecia pegar fogo, formigando por onde suas mãos iam passando. Minha respiração estava meio rápida e pesada, denunciando a ansiedade. Mordi o lábio quando os seus chegaram até minha bunda, onde surpreendendo-me Alexander mordeu um dos lados fazendo com que gemesse baixo. Suas mãos continuaram descendo pelas minhas pernas e quando já estavam nos tornozelos senti ele puxar delicadamente, fazendo com que me virasse devagar.

Ainda com o rosto quente olhei para baixo e o encontrei ajoelhado a minha frente. Alexander me encarava intensamente, demonstrando todo seu desejo.

— Tão bela, — Sussurrou sorrindo de canto — Ma Belle!

Meu peito subia e descia. Minha garganta estava seca e eu não conseguia encontrar minha voz, então apenas permaneci encarando-o.

Alexander começou o caminho inverso, distribuindo beijos de baixo para cima, mordendo a parte interna da minha coxa enquanto apertava levemente a outra. Foi impossível não prender a respiração quando seu rosto chegou na altura perigosa.

Devagar vi Alexander se aproximar. Seus olhos encontraram os meus e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Então quando percebi suas intenções já era tarde demais e seus lábios depositavam um beijo bem ali. Quase tive um ataque do coração enquanto sentia o fogo repentino consumir todo meu corpo.

Sem pensar segurei seus cabelos e o puxei para cima, fazendo com que sua boca encontrasse minha barriga. A sensação de que chamas cresciam dentro de mim ainda se fazia presente.

Alexander continuou sua trilha de beijos, subindo pela minha barriga até chegar aos seios, beijando carinhosamente cada um deles, antes de encontrar com minha boca. Nosso beijo era lento, mas sexy e intenso. Estávamos no limite do desejo e eu sentia que precisava dele, e agora.

— Alexander... — Gemi baixo, denunciando a ansiedade com o momento.

Sua boca desceu ao meu pescoço, onde com certeza amanhã teriam marcas, mas eu realmente não estava ligando para isso. Não mesmo. Suspirei baixo inclinando um pouco para o lado, dando mais acesso para que Alexander pudesse explora-lo como bem quisesse.

Senti seu braço passando pelas minhas pernas e logo estava em seu colo. Devagar Alexander caminhou até a cama e me deitou no centro. Seus lábios desceram pelo meu pescoço indo novamente aos seios e foi impossível conter um pequeno gemido de prazer. Tinha acabado de descobrir que aquela era uma área sensível do meu corpo.

— Eu te amo. — Declarou perto do meu ouvido.

— Eu te amo. — Sussurrei meio ofegante.

Alexander se afastou um pouco e encarou meus olhos. Suspirei baixo e relaxei meu corpo ao ver nos seus todo o amor que nós havíamos construído até agora.

Senti todas as minhas inseguranças sumirem. Agora só tinha nós dois ali, eu e Alexander, o homem da minha vida. Sorri e toquei seu rosto carinhosamente, passando através dos meus olhos que estava pronta para pertencer a ele, de todas as formas possíveis, e então nós finalmente nos perdemos um no outro. No nosso amor.

...

Alexander passava a ponta dos dedos calmamente pelas minhas costas e em cento momento senti seu beijo terno em meus cabelos. O silêncio era cômodo entre nós.

Meus olhos estavam fechados enquanto ainda o sentia acariciar minhas costas. Sua mão descia até perto dos quadris e depois subia até a nuca, me fazendo suspirar baixo e dar um beijo rápido em seu peito.

— Achei que estivesse dormindo. — Sussurrou.

— Só aproveitando. — Levantei a cabeça e apoiei o queixo em seu peito para poder olha-lo melhor.

— Então... — Incentivou com visível expectativa.

— Sinceramente, não consigo pensar em algo melhor do que isso. — Confessei sentindo meu rosto um pouco quente.

— Nem eu. — Afirmou sorrindo e me puxando para cima do seu corpo — Não acredito que finalmente estamos aqui... Assim... — Sussurrou segurando meu queixo e dando um selinho demorado.

— Eu também, — Sussurrei sorrindo — Essa com certeza é a melhor noite da minha vida! — Assumi corando mais.

— E ela ainda não acabou... — Avisou mordendo meu queixo.

— Não? — Dei uma risada baixa.

— Não, — Negou dando um sorris cheio de promessas — Ma Belle. — Sussurrou já se deitando novamente sobre meu corpo. 

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