Love
Bell's Berewery, Michigan — Agora
Jace
O bar estava lotado. O cheiro de álcool misturado com fritura e o som alto da música preenchia o ambiente. Todo mundo estava animado depois da vitória, e o time ocupava uma das maiores mesas do lugar, espalhado em cadeiras e bancos, com copos e garrafas por toda parte. Eu estava sentado ao lado de Ivy, minha perna encostada na dela, e minha mão descansava de maneira despreocupada sobre sua coxa, os dedos traçando círculos sutis no tecido da calça jeans dela.
Ela não disse nada, mas eu percebia pelo jeito que mexia no canudo da bebida que estava tentando ignorar a sensação.
Do outro lado da mesa, Dylan estava discutindo com alguns caras do time sobre um lance do jogo, balançando a cabeça como se não acreditasse.
— Eu juro que o juiz só pode ser cego — ele reclamou, apontando para Haven, que bebia sua cerveja com um sorriso irritantemente convencido no rosto. — Você claramente pisou fora na linha lateral, Haven.
— Eu? Nunca — Haven sorriu, levantando as mãos. — O juiz validou, então tecnicamente... nunca aconteceu.
— Você é um trapaceiro — Claire entrou na conversa, revirando os olhos.
Haven sorriu ainda mais, apoiando um braço na mesa.
— E mesmo assim, ganhamos, né, princesa?
Claire lançou um olhar mortal para ele. — Me chama de princesa de novo e eu faço você engolir essa garrafa.
A mesa explodiu em risadas, e eu senti Ivy rir baixinho ao meu lado.
Apertei levemente a coxa dela com a mão, e ela parou de rir na hora, enrijecendo levemente. Um sorrisinho se formou nos meus lábios enquanto eu continuava a deslizar os dedos distraidamente, apenas para provocá-la.
— Você tá muito quieta, West — comentei, fingindo curiosidade. — Algum problema?
Ela lançou um olhar discreto para minha mão, depois para mim, e então balançou a cabeça.
— Não — murmurou, bebendo um gole da bebida.
Abaixei a cabeça, me aproximando do ouvido dela.
— Tem certeza? — perguntei, minha voz baixa e provocativa.
Ivy se remexeu no assento, os dedos apertando o copo na mão. Ela odiava quando eu fazia isso, quando eu a deixava sem jeito no meio de todo mundo. Mas eu adorava ver o jeito que as bochechas dela coravam, mesmo que ela tentasse disfarçar.
— Para, Jace — ela sussurrou entre os dentes, desviando o olhar.
Mas eu estava me divertindo demais para parar.
— Para o quê? — continuei, arrastando os dedos mais lentamente sobre a coxa dela.
Ela respirou fundo, claramente tentando manter a compostura, e olhou para mim com uma expressão que dizia "se você continuar, eu te mato".
Tive que segurar uma risada.
Haven, que parecia ter o radar ligado para perceber qualquer oportunidade de provocar alguém, percebeu a troca de olhares e estreitou os olhos para nós.
— O que foi, Ivy? — perguntou, fingindo interesse. — Tá tudo bem aí?
Ivy rapidamente se endireitou na cadeira e cruzou os braços, tentando parecer relaxada.
— Claro que tá.
Haven olhou para mim com um sorriso travesso.
— E você, Jace? Algum motivo específico para estar com essa cara de quem acabou de ganhar na loteria?
Eu dei de ombros, tomando um gole da minha cerveja.
— Eu sempre tenho motivos pra sorrir.
Ivy me cutucou de leve, tentando me fazer parar, mas eu só ri, afastando um pouco a mão da coxa dela, o suficiente para que ela soltasse o ar de um jeito aliviado.
— Por que eu sinto que tô perdendo alguma coisa aqui? — Dylan perguntou, olhando para nós dois com suspeita.
— Porque você sempre perde, Dylan — Claire respondeu, pegando um dos nachos da mesa.
— Isso foi uma indireta pro jogo ou pro meu cérebro?
— Pros dois.
O time inteiro riu, e eu percebi Ivy relaxando um pouco ao meu lado, voltando a mexer no canudo da bebida.
Mas eu sabia que ela ainda estava um pouco sem jeito.
E, sendo eu, não pude evitar o sorriso satisfeito que veio com isso.
Dylan bateu a mão na mesa, rindo alto.
— EU SABIA! Olha só essa resposta! Ele nem tentou negar, só jogou um "ainda" ali como quem não quer nada!
O resto do time começou a rir junto, e até Claire, que geralmente tentava manter a compostura, escondeu o sorriso atrás do copo.
— Vocês estão tão ferrados — Haven comentou, balançando a cabeça com uma expressão divertida.
Ivy soltou um suspiro exagerado e esfregou o rosto com as mãos, claramente arrependida de ter vindo.
— Eu odeio vocês. Todos vocês.
— Relaxa, West — Dylan disse, ainda rindo. — A gente só quer saber como o Jace conseguiu te convencer a sair da friendzone. Porque, vamos combinar, esse cara tenta há anos.
Eu ri e puxei Ivy pela cintura, aproximando-a mais de mim. Ela enrijeceu por um segundo, mas não se afastou — o que eu considerei uma vitória.
— Talvez eu tenha um certo charme irresistível — comentei, dando de ombros.
Ivy bufou.
Dylan continuava com aquele sorriso malicioso, claramente se divertindo mais do que deveria com a situação. Ele pegou uma batata frita do prato e apontou para Ivy, como se estivesse prestes a fazer a revelação do século.
— Quer dizer então que não tem nada acontecendo? — Ele enfatizou a palavra, estreitando os olhos de brincadeira. — Porque eu não sou burro, West. Eu vi você e o Jace cochichando muito ultimamente. Muita troca de olhar. Muito toque "acidental".
Ivy revirou os olhos e abriu a boca para responder, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Dylan se virou dramaticamente para mim.
— E você, capitão? Vai ficar quietinho aí?
Sorri de canto, apoiando o braço no encosto da cadeira dela e puxando Ivy pela cintura para mais perto de mim, sem nem me importar se alguém estava prestando atenção. Ela soltou um suspiro baixo quando seu corpo colou no meu, mas continuou fingindo indiferença, o rosto ainda corado.
— E o que você quer que eu diga, Dylan? — perguntei, fingindo inocência. — Que eu gosto de ter a Ivy por perto? Porque isso não é novidade pra ninguém.
Senti o corpo dela ficar tenso por um segundo antes de relaxar. Eu sabia que ela odiava dar qualquer abertura para esse tipo de coisa, mas também sabia que uma parte dela gostava das minhas provocações.
— O problema é que ela não admite — Haven entrou na brincadeira, apoiando o cotovelo na mesa e olhando para Ivy com um sorriso convencido.
— Eu não tenho nada pra admitir — Ivy rebateu, cruzando os braços.
— Ah, então quer dizer que se eu dissesse que Jace tá só esperando você tomar vergonha na cara e admitir que quer mais do que uma amizade colorida, você não ia se importar?
Ela piscou algumas vezes, claramente sem saber como responder a isso, e Haven riu.
— Eu sabia! — ele apontou para ela como se tivesse acabado de resolver um grande mistério.
Dylan, sempre exagerado, se levantou da cadeira de repente, levando as mãos à cabeça.
— MEU DEUS, É ISSO! — Ele virou para Claire e segurou os ombros dela. — Eles são aquele casal que não admite que é um casal!
Claire riu, empurrando Dylan de leve.
— Isso não é novidade pra ninguém, amor.
— Mas agora temos provas! — Dylan continuou, fingindo um ar investigativo. Ele pegou uma batata frita e apontou para mim e Ivy, estreitando os olhos. — Jace tá literalmente segurando a Ivy pela cintura agora. Isso é coisa de amigos?
Ivy soltou um suspiro pesado, claramente sem paciência.
— Jace segura a cintura de qualquer uma — ela disse, tentando soar despreocupada.
Ergui uma sobrancelha, me inclinando um pouco mais perto dela.
— Você quer testar essa teoria, West?
Ela engoliu seco e olhou para o lado, fingindo que não me ouviu. O pessoal do time riu, e Dylan fez uma dancinha provocativa.
— Olha a Ivy sem palavras! Isso nunca acontece!
Haven bateu a mão na mesa, ainda rindo.
— Aposto que se o Jace cochichar alguma coisa no ouvido dela agora, ela sai correndo daqui.
— Cala a boca, Haven! — Ivy jogou um guardanapo nele, mas não conseguiu segurar o sorriso no canto da boca.
A verdade era que, por mais que ela fingisse que não ligava, seu corpo sempre entregava o contrário. O jeito que ela ficou tensa quando a puxei para perto. O rubor que subiu pelo seu rosto. O modo como ela apertava o copo nas mãos, como se estivesse se segurando para não reagir.
Inclinei-me de novo, dessa vez deixando minha boca bem próxima ao ouvido dela.
— Você quer que eu pare, West?
Ela respirou fundo e virou o rosto de leve, sem me encarar diretamente.
— Você não vale nada, Jace.
Sorri contra a pele dela.
— E mesmo assim, você continua aqui.
Ela soltou um suspiro, e antes que pudesse responder, Dylan bateu palmas alto.
— Ok, chega! Tá ficando quente demais aqui. Eu, como o amigo sensato desse grupo, preciso intervir antes que vocês dois façam algo que traumatize o resto de nós.
— Você e sensato na mesma frase é ironia — Claire debochou.
Dylan ignorou e pegou seu copo, erguendo no ar.
— Mas agora, falando sério, um brinde ao time, à nossa vitória e, principalmente, a Ivy e Jace, que um dia vão parar de frescura e assumir o que todo mundo já sabe.
O time todo brindou, rindo e provocando ainda mais, enquanto Ivy apenas afundava no assento, bebendo um gole de sua bebida para não precisar responder.
E eu? Eu só me encostei melhor no banco, ainda com a mão na cintura dela, me divertindo com cada segundo disso.
Ivy soltou um suspiro pesado e me lançou um olhar de aviso, como se dissesse você está adorando isso, não está?. E sim, eu estava.
A festa continuou animada, com o time ainda provocando um ao outro entre piadas e algumas rodadas de bebida. Dylan, sempre exagerado, começou a reencenar um dos lances do jogo no meio do bar, usando Haven como um adversário imaginário e quase derrubando uma cadeira no processo.
— Mano, você precisa parar — Claire repreendeu, segurando o braço dele antes que ele fizesse mais alguma besteira.
— Claire, amor da minha vida, isso é arte. O público quer isso — ele rebateu, apontando para os caras do time que estavam rindo e incentivando.
Haven cruzou os braços, olhando para Dylan com um ar desafiador.
— Arte? Você nem conseguiu me driblar direito.
— O QUÊ? — Dylan arregalou os olhos, fingindo indignação. — Você tá me desafiando?
— Eu tô falando que você é ruim, cara.
O bar inteiro explodiu em risadas, e Claire apenas suspirou, como se estivesse acostumada com o caos.
A essa altura, Ivy tinha relaxado um pouco mais ao meu lado, mas ainda mantinha as mãos no colo, apertando os próprios dedos como se quisesse sumir dali a qualquer momento. A provocação do pessoal sobre nós não ajudava muito.
Aproveitei que estávamos próximos e deslizei a mão que estava na sua cintura para sua coxa, traçando pequenos círculos ali com o polegar. Ela ficou rígida por um segundo, mas não se afastou. Pelo contrário, sua respiração vacilou levemente.
— Você tá bem, West? — perguntei baixo, minha voz carregada de provocação.
Ela virou o rosto devagar para me encarar, os olhos estreitados.
— Jace.
— O quê? — sorri inocente. — Só estou checando. Você parece meio... nervosa.
Ela bufou e pegou seu copo para beber um gole.
— Você é insuportável.
— E ainda assim, aqui estamos.
Antes que ela pudesse responder, Haven cutucou meu ombro.
— Ei, capitão, já decidiu onde vai ser a comemoração oficial depois? Porque, pelo nível que isso aqui tá indo, o Dylan vai ser expulso antes da gente chegar na metade da noite.
Olhei para Dylan, que agora discutia com Claire porque queria subir numa cadeira para simular um gol.
— Faz sentido. — Balancei a cabeça. — O que vocês sugerem?
— A gente podia ir pra casa do Logan — Haven sugeriu.
Logan, que estava um pouco afastado da conversa, ergueu a cabeça e franziu o cenho.
— Como é que é?
— Sua casa, cara. Você tem aquele quintal enorme.
Ele fez uma careta.
— Minha mãe tá lá, mané.
Dylan, que finalmente havia desistido de sua performance, se intrometeu:
— Então vamos pra casa do Jace.
— Ah, claro, joguem a responsabilidade pra mim.
— Você tem espaço. E bebida. E provavelmente um colchão extra pra quando o Haven beber demais e cair no chão.
Haven apontou para Dylan.
— Isso foi uma indireta?
— Não. Foi um fato.
Ivy suspirou ao meu lado.
— Isso quer dizer que vocês vão transformar a casa do Jace num caos hoje?
— Isso quer dizer que você vai estar lá? — perguntei, inclinando-me um pouco mais perto.
Ela piscou algumas vezes, hesitando.
— Eu não sei...
— Vamos, Ivy! — Claire entrou na conversa. — Vai ser divertido.
— Ou você pode ficar comigo e eu te protejo das insanidades do Dylan — acrescentei, deslizando meus dedos um pouco mais pela sua coxa.
Ela estremeceu levemente e desviou o olhar.
— Você é uma das insanidades do Dylan.
— Poxa, West, isso foi cruel.
Ela suspirou, ainda fingindo resistência, mas no fundo eu já sabia que ela não ia recusar.
Dylan bateu as mãos na mesa, encerrando a conversa.
— Fechado então! A festa continua na casa do Jace!
O time vibrou em aprovação, e eu apenas sorri, apertando um pouco mais a cintura de Ivy e sussurrando perto do seu ouvido:
— Mal posso esperar pra ver o que mais você vai tentar negar hoje, West.
Ela revirou os olhos, mas a forma como prendeu a respiração me entregou a resposta real.
A noite estava só começando.
— E aí? Fechamos na casa do Jace então? — Logan perguntou, voltando ao assunto principal.
— A Ivy ainda não confirmou presença — soltei, fingindo um tom casual.
Os olhares se voltaram para ela, e Claire rapidamente se animou.
— Vai, Ivy! Você sempre foge desses rolês.
— Eu não fujo, só não gosto de lugares com... muita gente.
— Então é perfeito! — Theo disse. — Vai ser só a gente, sem muvuca.
— Isso! — Dylan se inclinou na direção dela, um sorriso convencido nos lábios. — A menos que você tenha medo de ficar sozinha com o Jace...
Ivy rolou os olhos, mas pude notar o canto de sua boca tremendo, segurando um sorriso.
— Pelo amor de Deus, Dylan...
— Ué, só tô falando fatos — ele ergueu as mãos em rendição, mas seu olhar divertido não enganava ninguém. — Você e o Jace são tipo... tensão pura.
— O que significa que vocês definitivamente precisam ir — Haven completou.
Aproveitei o momento para apertar de leve a cintura de Ivy e me inclinar um pouco mais perto dela.
— Eles estão certos, West. Medo de ficar sozinha comigo?
Ela virou a cabeça devagar para me encarar, os olhos semicerrados.
— Você é insuportável.
— E ainda assim, aqui estamos.
— Infelizmente.
— Ah, agora você tá só se iludindo, West.
Ela desviou o olhar, claramente tentando manter a postura, mas o rubor sutil em seu rosto me entregou.
— Então? — Logan insistiu. — Vai ou não vai?
Ivy suspirou e tomou mais um gole da sua bebida antes de responder.
— Tá, tá bom. Eu vou.
A mesa explodiu em comemoração, e Claire a puxou para um abraço exagerado enquanto Dylan e Haven trocavam um soquinho comemorativo.
Eu apenas sorri, satisfeito.
O clima continuava animado, com todo mundo jogando conversa fora e se divertindo às custas um do outro. Ivy fingia estar alheia a tudo, mas eu sentia seu corpo tenso contra o meu, especialmente quando minha mão escorregava cada vez mais para o meio de suas coxas.
Ela não reagiu de imediato, provavelmente tentando fingir que não sentia nada, mas eu percebi o instante exato em que a ficha caiu. O copo que ela segurava parou no meio do caminho até a boca, e sua respiração ficou visivelmente mais lenta.
Mordi um sorriso.
— Algum problema, Ivy? — perguntei baixinho, a voz carregada de provocação.
Ela virou a cabeça rapidamente, os olhos arregalados e um tom vermelho começando a se espalhar pelo rosto.
— Jace — sibilou, estreitando os olhos em um aviso silencioso.
Eu apenas inclinei o rosto, como se não estivesse entendendo nada.
— Tá tudo bem, Ivy? — Claire perguntou, franzindo a testa ao notar a expressão dela.
— Sim! — ela respondeu rápido demais, endireitando a postura como se tentasse se afastar de mim, mas eu não deixei.
— Por que você tá vermelha? — Theo estreitou os olhos.
— Eu não tô vermelha!
Dylan riu. — Tá sim. Tá parecendo um pimentão.
Haven olhou de Ivy para mim, e depois para Ivy de novo, e um sorriso lento apareceu no seu rosto.
— Hmm... Algo me diz que o problema aqui é o Jace.
— Não tem problema nenhum! — Ivy insistiu, claramente desesperada para mudar de assunto.
A essa altura, eu mal conseguia segurar o riso. A forma como ela desviava o olhar e tentava disfarçar me divertia mais do que qualquer piada do Dylan.
E, só porque eu podia, apertei levemente minha mão contra sua coxa, bem ali no meio, fazendo-a prender a respiração no mesmo instante.
— Você tá muito inquieta, Ivy — Theo comentou, genuinamente confuso.
— Tô? — a voz dela saiu mais aguda do que o normal.
— Sim. Parece que tá desconfortável ou sei lá... — Logan disse.
— Eu estou ótima — Ivy praticamente rosnou, me lançando um olhar afiado.
Dessa vez, eu não consegui segurar a risada baixa.
Ela queria me matar.
E eu estava adorando isso.
Ivy cruzou os braços com força, as bochechas ainda vermelhas enquanto tentava disfarçar o desconforto. Mas, pelo jeito, ninguém além do Haven parecia ter realmente entendido o que estava acontecendo.
Dylan, que já estava um pouco alto por causa da cerveja, estreitou os olhos para Ivy antes de estalar os dedos, como se tivesse acabado de fazer uma grande descoberta.
— Espera aí... — Ele apontou um dedo para ela. — Você tá com calor, é isso?
— Sim! Isso! — Ela agarrou a desculpa sem pensar duas vezes. — Tá quente aqui, não tá?
— Não. — Logan franziu a testa.
— Na verdade, tá até um ventinho agradável — Theo acrescentou.
Ivy fechou os olhos por um segundo, provavelmente reconsiderando todas as suas escolhas de vida.
— Talvez seja só eu...
— Ou talvez o Jace esteja incomodando ela — Haven disse, um sorriso presunçoso no rosto.
Ivy congelou. Eu segurei um riso.
— Por que o Jace incomodaria ela? — Logan perguntou, confuso.
Haven deu de ombros, segurando o copo com uma expressão de falso desinteresse.
— Sei lá, só um palpite.
Claire, que estava sentada ao lado de Dylan, olhou para Ivy com uma expressão curiosa.
— Você tá bem mesmo? Tá parecendo meio... nervosa.
— Eu tô bem — ela repetiu, forçando um sorriso.
Dylan riu. — Sei não, Claire. Esse é o mesmo jeito que você fica quando eu... — Ele se interrompeu de repente e abriu um sorriso travesso.
Claire lhe deu um tapa no braço.
— Nem termine essa frase, Dylan!
Ele soltou uma gargalhada.
— Tá vendo? A Ivy tá do mesmo jeito!
— Eu não estou do mesmo jeito! — Ivy rebateu rapidamente.
Eu me inclinei um pouco mais perto dela, minha boca quase tocando sua orelha.
— Eu acho que está, sim — sussurrei, apertando minha mão contra sua coxa de novo.
Ela prendeu a respiração e segurou meu pulso debaixo da mesa, como se tentasse me impedir de continuar. Mas ela não afastou minha mão.
— Você é insuportável — ela murmurou entre os dentes.
Sorri contra sua pele.
— E você é péssima em esconder o que sente.
Ela revirou os olhos e, para minha surpresa, se inclinou até sua boca roçar levemente contra meu maxilar.
— Para com isso — sussurrou.
— Ou o quê?
Ela soltou um suspiro exasperado e então, do nada, se virou para Haven com um olhar determinado.
— Você não tem nada melhor pra fazer do que ficar me analisando?
Haven riu.
— Não mesmo. Isso aqui tá muito mais divertido do que eu esperava.
— Idiota — ela resmungou, desviando o olhar.
Eu apenas sorri, satisfeito. Porque, apesar do constrangimento, ela ainda estava colada em mim. Ainda não tinha se afastado.
E isso era tudo que eu queria.
Assim que a festa no bar começou a esvaziar, puxei Ivy pela mão e a guiei para fora. Ela ainda estava vermelha, provavelmente remoendo tudo o que aconteceu na mesa com o pessoal do time.
— Você não precisava fazer aquilo — resmungou, me lançando um olhar de aviso enquanto caminhávamos para o estacionamento.
— Aquilo o quê? — ergui uma sobrancelha, fingindo inocência.
— Você sabe — ela apertou os olhos. — Colocar a mão lá.
— Ah, então você notou? — provoquei, segurando o riso.
— Jace! — Ela me deu um tapa no braço, mas não conseguiu esconder o pequeno sorriso no canto dos lábios.
Abri a porta do carro para ela, e ela entrou de braços cruzados. Dei a volta e me sentei no banco do motorista, ligando o carro e dando partida. O caminho até o apartamento da universidade foi tranquilo, exceto pelos olhares furtivos que Ivy me lançava de vez em quando.
Assim que estacionamos, ela suspirou.
— Você planejou isso, né?
— O quê?
— Me trazer pra casa agora.
Sorri de lado.
— Eu sempre planejo tudo, Ivy. Você já deveria saber disso.
Ela me encarou por um segundo antes de abrir a porta e sair do carro. Fiz o mesmo, e, quando nos encontramos na porta do prédio, ela colocou as mãos na cintura.
— Isso não quer dizer que eu vou facilitar pra você.
— Quem disse que eu gosto das coisas fáceis? — dei um passo à frente, ficando perto o suficiente para que ela tivesse que olhar para cima para me encarar.
Ela engoliu em seco, mas manteve a postura firme.
— Você é um problema.
— E você adora problemas.
Ela revirou os olhos, mas entrou no prédio comigo. Subimos pelo elevador em silêncio, mas a tensão entre nós estava quase palpável. Assim que entramos no apartamento, Ivy soltou a bolsa no sofá e se virou para mim, cruzando os braços.
— Então, que tipo de "festa" é essa que você planejou?
Tranquei a porta atrás de mim e sorri.
— A melhor de todas. Só nós dois.
Ela fingiu ponderar.
— Hm... não sei se confio no seu conceito de "melhor".
Me aproximei devagar, até ela estar encostada na bancada da cozinha.
— Então acho que vou ter que provar pra você.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— E como pretende fazer isso?
Abaixei minha cabeça, até meus lábios roçarem levemente seu pescoço.
— Você me conhece, Ivy. Eu sempre tenho um plano.
Senti quando ela prendeu a respiração, e um sorriso satisfeito surgiu no meu rosto. Porque, no final das contas, nós dois sabíamos que ela não ia resistir.
Me afastei apenas o suficiente para olhar para Ivy, ainda encostada na bancada da cozinha. Seus olhos estavam escuros, sua respiração um pouco acelerada. Mas ela continuava tentando manter aquela expressão desafiadora, como se não fosse ceder tão fácil.
— Você tem certeza? — perguntei, minha voz baixa e carregada de provocação.
Ela ergueu o queixo, cruzando os braços como se quisesse provar um ponto.
— Desde quando você se preocupa com isso?
Sorri de lado, deslizando minhas mãos lentamente por sua cintura, puxando-a para mais perto.
— Desde que percebi que você gosta de fingir que tem controle sobre as coisas — murmurei perto de seu ouvido. — Mas nós dois sabemos que, no fim das contas, você sempre acaba cedendo.
Ela tremeu sob meu toque, mas ainda assim manteve o olhar firme no meu.
— Você é tão convencido.
— E você ama isso.
Ela soltou um suspiro frustrado, mas sua expressão mudou quando deslizei meus dedos para debaixo de sua blusa, sentindo sua pele quente sob meu toque.
— Jace... — sua voz saiu quase como um aviso, mas sem força suficiente para me deter.
Me inclinei mais uma vez, deixando um beijo no canto de seus lábios, depois outro na linha do maxilar.
— Só quero que tenha certeza — murmurei contra sua pele. — Se disser não, eu paro.
Ivy mordeu o lábio inferior, hesitando por um segundo. Mas, em vez de recuar, ela deslizou suas mãos até a barra da minha camisa e a puxou para cima, arrancando-a de mim. Seus olhos percorreram meu corpo antes de voltarem para os meus, brilhando com um misto de desafio e desejo.
— E se eu disser sim?
Meu sorriso se alargou.
— Então não reclame depois.
⚠️Pule para o próximo capítulo caso não goste deste tipo de conteúdo! Isso não irá afetar na sua leitura.⚠️
Sem esperar mais, capturei seus lábios com os meus, e, naquele instante, a última coisa que existia no mundo era qualquer tipo de dúvida.
Os lábios de Ivy estavam quentes contra os meus, e o jeito como ela puxava meu cabelo só me fazia querer mais. Minhas mãos exploravam sua cintura, subindo e descendo em um ritmo lento e torturante, sentindo sua pele arrepiada sob meu toque.
Ela arfou quando minhas mãos deslizaram para suas costas, pressionando-a contra mim. Sua blusa já estava subindo, e em um movimento rápido, puxei-a sobre sua cabeça, jogando-a para o lado. Ivy nem hesitou antes de fazer o mesmo com a minha, suas unhas arranhando levemente meu abdômen no processo.
— Você adora provocar, não é? — murmurei contra sua boca, mordiscando seu lábio inferior.
Ela sorriu, a respiração acelerada.
— Só estou retribuindo.
Meus dedos deslizaram pela curva de sua cintura, explorando cada centímetro, sentindo os músculos de seu ventre contraírem com o toque. Ivy fechou os olhos por um instante, sua cabeça caindo levemente para trás quando meus lábios traçaram um caminho por seu pescoço.
— Jace... — ela sussurrou, a voz rouca, quase um gemido.
Eu sabia exatamente o que ela queria. E eu queria o mesmo.
Com um movimento ágil, a ergui no colo, fazendo-a enlaçar as pernas ao redor da minha cintura. Ela riu baixinho contra minha pele, suas mãos cravando-se em meus ombros quando comecei a atravessar o cômodo com ela nos braços.
O caminho até o quarto pareceu durar uma eternidade, cada toque, cada beijo tornando o momento ainda mais intenso. Ivy não parava de me provocar, seus dedos explorando cada pedaço de pele que conseguia alcançar.
Assim que chegamos ao quarto, pressionei-a contra a porta, capturando seus lábios novamente, dessa vez mais faminto, mais urgente. Ela gemeu contra minha boca, suas unhas arranhando minhas costas.
— Espero que esteja preparada para isso — murmurei contra sua pele, minha voz carregada de desejo.
Os olhos de Ivy estavam brilhando, escuros e cheios de expectativa.
— Eu espero o mesmo de você.
E a última coisa que importava naquela noite era o tempo, o mundo lá fora ou qualquer outra coisa que não fosse nós dois.
Minhas mãos deslizaram pela pele quente de Ivy, sentindo cada arrepio que eu causava conforme meus dedos exploravam suas curvas. Seus olhos estavam semicerrados, a respiração entrecortada, como se tentasse controlar o que sentia. Mas eu sabia que era impossível. Eu conhecia cada uma das suas reações, sabia exatamente como fazê-la se entregar.
— Você tá tremendo — provoquei contra a pele de seu pescoço, pressionando meu corpo ainda mais contra o dela.
— E de quem é a culpa? — Ela tentou manter o tom desafiador, mas sua voz saiu baixa, rouca.
Soltei um sorriso satisfeito antes de deslizar os lábios pelo seu ombro nu, sentindo-a se contorcer levemente sob meu toque. Suas unhas se cravaram nos meus ombros, e quando capturei seu lóbulo entre os dentes, um suspiro escapou de seus lábios.
— Jace...
O jeito que ela disse meu nome fez algo primal crescer dentro de mim. O desejo me consumia por inteiro, e eu queria senti-la ainda mais perto. Com um movimento ágil, girei, levando-a comigo até a cama. O colchão afundou sob nós quando seu corpo se chocou contra ele, e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, capturei seus lábios novamente, segurando seus pulsos acima da cabeça.
— Você gosta disso, não gosta? — murmurei contra sua boca, sentindo sua respiração acelerar.
Ela não respondeu de imediato. Em vez disso, arqueou as costas, roçando os corpos ainda mais, me arrancando um gemido baixo.
— Cala a boca e age. — desafiou, a voz carregada de expectativa.
Meus lábios se curvaram em um sorriso antes de descerem por sua pele, deixando um rastro de beijos e arrepios enquanto minhas mãos deslizavam pelo seu corpo. Fui da sua mandíbula até os seios, que ainda estavam cobertos pelo sutiã — mas não por muito tempo. Continuei descendo, traçando um caminho lento até o botão da sua calça.
Paro ali, desabotoando-a e a tirando num piscar de olhos.
Puta que pariu. Eu podia morrer aqui mesmo.
Ivy, na minha cama, só com aquela calcinha minúscula. Isso se aquilo podia ser chamado de calcinha, porque honestamente, aquilo não cobria nada.
Olhei para seu rosto e vi a vitória estampada nele. Espertinha, ela sabia que isso ia mexer comigo.
— Isso é jogo sujo, Fantasminha... — resmunguei, me aproximando para capturar seus lábios num beijo lento e faminto.
Minhas mãos deslizaram para dentro de sua calcinha, e ela gemeu entre meus lábios.
Porra. Ela já estava molhada antes mesmo de eu fazer qualquer coisa.
Meus dedos traçaram um caminho lento, explorando o calor entre suas pernas, circulando seu clitóris. Ivy estremeceu sob meu toque, enterrando as unhas em meus ombros, o corpo arqueando em busca de mais.
Eu poderia passar a vida inteira aqui, sentindo cada reação dela, ouvindo cada suspiro, e nunca me cansaria disso.
Minhas mãos continuaram seu caminho lento, provocando, explorando, enquanto os gemidos baixos de Ivy se misturavam à respiração acelerada dela.
— Você fica tão linda assim... — murmurei contra seus lábios, sentindo seus músculos se contraírem sob meu toque.
Deslizei um dedo para dentro dela, e Ivy soltou um suspiro entrecortado, as unhas apertando ainda mais meus ombros. Meus movimentos eram lentos, quase torturantes, e a forma como seu corpo respondia só me fazia querer prolongar aquilo o máximo possível.
— Jace... — ela arfou, a voz um pedido silencioso.
— O que foi, Fantasminha? — sorri contra sua pele, beijando seu pescoço enquanto meus dedos aprofundavam os movimentos. — Fala pra mim...
Ela mordeu o lábio, tentando conter um gemido mais alto, e aquilo me fez perder um pouco do controle. Curvei-me sobre ela, pressionando seu corpo contra o colchão, enquanto minha outra mão segurava sua cintura.
— Para de brincar comigo... — ela resmungou, a frustração evidente no tom.
Um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios.
— Eu nunca brinco quando o assunto é você.
Antes que ela pudesse retrucar, desci meus lábios pelo seu corpo, beijando cada centímetro de pele até chegar à borda da calcinha. Meus dedos seguraram o tecido fino, deslizando-o por suas pernas devagar, observando cada reação dela, cada tremor, cada suspiro.
— Você é um desgraçado — Ivy murmurou, a voz falhando quando minha boca substituiu meus dedos.
Ela arqueou as costas, os dedos se enterrando em meu cabelo, puxando, guiando, e eu me deixei levar, aproveitando cada som que escapava de seus lábios, cada pedido silencioso que seu corpo fazia.
Eu poderia continuar assim por horas, mas a forma como Ivy me olhou quando ergui o rosto para encará-la me fez querer mais.
— Jace... — seu tom era de pura necessidade, e isso foi o suficiente para me fazer perder qualquer resquício de controle que ainda restava.
Subi novamente pelo seu corpo, capturando sua boca com a minha em um beijo intenso. Meus dedos encontraram sua coxa, puxando-a para mim, enquanto nossos corpos se alinhavam de um jeito que não deixava dúvidas sobre o que viria a seguir.
— Última chance, Fantasminha... — murmurei contra seus lábios, minha voz rouca, tomada pelo desejo.
Os olhos de Ivy brilharam com algo desafiador antes que ela segurasse meu rosto entre as mãos e colasse nossos corpos ainda mais.
— Se você parar agora, eu te mato.
Um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios antes de eu finalmente ceder ao que nós dois queríamos.
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