Noah & Kate

Gênero: Hot

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- Lamento, Noah. - A médica retira os óculos e os pousa na mesa do consultório, olhando diretamente para mim. - Ainda não sabemos o que há de errado, terei que pedir mais exames.

- Mas, doutora... Eu já estou assim há meses.

- Eu sei, querido, mas precisamos estar dentro das normas da Medicina. Passe lá na recepção para marcar uma nova consulta, está bem?

Com um sorriso desanimado, me levanto e vou para a saída.

Diferente das ordens da médica, não marco uma nova consulta. A raiva emanava de meu corpo pela demora em iniciar a terapia hormonal que tanto planejava, e tudo o que eu quero é ir para casa.

Casa.

O pensamento de chegar em casa e encontrar Kate - provavelmente escrevendo seu romance ou inventando uma receita inédita de doce - me anima. Hoje é o seu aniversário e nossa situação está difícil desde que ela foi demitida e eu tive o salário reduzido após a crise causada pelo COVID-19.

Eu não podia dar um presente elaborado, mas sabia o que ela mais gostava: o combo de hambúrguer e batata frita do Jack's. Logo, aproveito que saí da consulta no fim do dia e passo para comprar o lanche favorito de Kate.

Quando chego em casa, a máscara em meu rosto está molhada pelo clima abafado e a faixa que cobre meus seios me incomoda, mas não ouso sair sem aquilo.

Quando a garota de 1,50m aparece com um vestido azul, abre um grande sorriso ao ver o pacote do Jack's na minha mão.

- Coloquei todos os complementos disponíveis e maionese em dobro! - Ergo a embalagem como se fosse um troféu e Kate abaixa a máscara de meu rosto, depositando um selinho em minha boca. - Amor, eu não tomei banho!

- Você espirrou?

- Não... - Reviro os olhos e Kate me dá mais um selinho.

- Alguém espirrou em você?

- Claro que não! - Jogo a cabeça para trás, rindo.

- Então você tá imune... Inclusive aqui... - Ela abaixa uma das mãos para dentro da minha calça jeans e instintivamente mordo o lábio inferior ao sentir o toque da mulher.

- Droga, Katherine... Eu acabei de chegar e você quer me deixar assim.

- Tenho que parar então? - Ela arqueia as sobrancelhas.

- Lógico que não... - Aperto o corpo da mulher no meu e beijo seu pescoço, dando uma leve mordida.

- Acho bom... Mas agora me dá isso aqui. - Kate interrompe o toque por cima de minha cueca e pega o pacote que estava em minha outra mão. - Vou colocar na mesa.

- Sim, senhora. - Sorrio vendo-a se afastar e tiro minha blusa e a faixa logo em seguida, dando uma inspiração longa.

- Você não pode usar demais isso, faz mal. - A mulher surge novamente, dessa vez passando as mãos por minha cintura curvilínea e beijando minhas costas. - E como foi na consulta?

Relembrar minha ida à médica me causa um mal estar repentino. Kate estava tão animada quanto eu para que a terapia hormonal começasse - era quase como se nós dois fôssemos fazer - e ela era a pessoa que mais me apoiava na minha transição.

Como eu conto a ela que ainda não posso começar, logo no seu aniversário?

- Noah?

Kate se vira para mim, percebendo que minha expressão mudou de repente. Ela sabia que algo estava errado e eu não conseguiria esconder isso.

- Não posso começar ainda, aquele meu problema no fígado não tem explicação, vou fazer mais exames. - falo rápido e com o maxilar trincado, com raiva de me lembrar daquilo.

- Ei, tá tudo bem... Noah. - Kate pousa as duas mãos em meu rosto. - Não tem problema, isso não te faz menos homem, ok?

- Eu só não queria estragar o seu aniversário, sei que isso é importante pra gente.

- Por que iria estragar? Você chegou com o meu lanche favorito, nenhum dos dois está naqueles dias e vamos transar à vontade hoje! - Kate cola seus lábios nos meus de forma engraçada e rio com nossas bocas grudadas.

- Você é uma pervertida, sabia?

- Com você? Sou mesmo, meu homenzinho. - Suas mãos percorrem por meu corpo e ela não se importa dos nossos seios estarem colados; felizmente os meus são pequenos, enquanto os de Kate são de um tamanho considerável para que eu possa apertá-los em minhas mãos.

Pressiono meu corpo contra o seu e sinto o sofá atrás de nós - Kate estava entre eu e o móvel. Ela passa os dedos pela minha nuca, tocando meus fios.

- Você precisa cortar o cabelo, ele tá enorme.

- E enquanto não corto, você pode puxar. - Falo em voz baixa, já sentindo o prazer me invadindo.

Essa mulher melhora os meus ânimos em qualquer situação.

- Tudo bem pra você fazer isso? - Ela coloca a mão novamente por dentro da calça, mas dessa vez também ultrapassa o tecido da cueca boxer e passa as pontas dos dedos por minha virilha.

- Já fizemos isso tantas vezes e em todas elas você pergunta. - Falo com admiração, sabendo que Kate era diferente de qualquer pessoa que eu já havia me relacionado.

- Eu sempre vou perguntar... Igual quando você me pergunta quando vai me foder com mais força.

A voz sexy de Kate e sua fala me fazem suspirar de prazer e abaixar minha cabeça para alcançar seus seios. A mulher segura meus cabelos enquanto geme baixo ao sentir minha língua em sua pele, e depois puxando-a entre meus dentes. Enquanto uma mão segura sua cintura, a outra passa por baixo de seu vestido e encontro sua calcinha, levando o tecido para o lado logo em seguida e sentindo-a molhada.

- Porra, Noah... - Kate geme mais alto ao sentir dois de meus dedos a invadindo e aumento as investidas, sentindo seu interior se apertando.

Interrompo o gesto de repente e ela resmunga, com seu quadril se empinando para mim pedindo por mais.

- Quero te sentir. - sussurro em seu ouvido após me erguer e Kate sorri, sabendo o que eu quero dizer.

Ela desliza os dedos pela barra de minha calça e eu a ajudo a tirar a peça de roupa, deixando-a cair até meus pés junto com a boxer. Enquanto eu chuto a calça para longe, Kate levanta o vestido para cima e o retira de uma só vez, puxando a calcinha para baixo em seguida e erguendo cada uma das pernas para tirá-la.

Meu braço passa por seu corpo, agora sentindo-o sem nenhum empecilho entre nós, e viro Kate para que fique de costas para mim. Ela se apoia no sofá e empina a bunda para mim, me dando uma visão maior - e convidativa - de seu corpo.

Com uma das mãos, puxo seus cachos levemente enquanto com a outra volto a tocá-la, apertando seu clitóris em meus dedos enquanto aumento a força do meu puxão em seu cabelo. Retiro minha mão novamente e dou um tapa forte em sua bunda, fazendo-a reagir com um gemido mais alto. Pressiono minha virilha contra sua pele, sem nenhum pudor pelo meu corpo, e Kate se ergue levemente apenas para colocar uma de suas mãos em mim.

- Você é um homem gostoso pra caralho, Noah! - Ela diz me olhando de lado, os olhos brilhando de prazer, e fricciono ainda mais o meu corpo contra o dela em um ângulo que nos faça sentir um ao outro.

Ergo minha mão por suas costas e deslizo as pontas dos dedos pela extensão do seu corpo nu e quente até chegar à sua nuca, onde deixo um leve aperto e, em seguida, cravo meus dentes em sua pele, antes de agarrar os fios do seus cabelos e puxá-los, fazendo seu corpo se inclinar para mim.

Novamente puxo seus cabelos - dessa vez com mais força - e meus lábios correm ao encontro dos seus de forma desajeitada. Pressiono minha virilha contra a sua bunda, fechando os olhos e sentindo o prazer emanar por meu corpo.

Solto um pequeno sorriso, acelerando as investidas contra seu corpo, ouvindo seus baixos gemidos e sentindo suas unhas se cravarem em minha pele sem pudor.

- Eu... Estou quase...

Sinto o corpo de Kate trêmulo e a viro novamente para mim para que eu pudesse beijá-la, minha língua invade sua boca com vontade enquanto eu aperto seu quadril para pressionar nossas virilhas - ela está molhada como nunca, sua pele quente em contato com a minha é o suficiente para que o prazer tome conta de mim por completo.

Solto um gemido rouco e Kate interrompe nosso beijo para me abraçar, cravando suas unhas em mim enquanto atinge o orgasmo. Sua cabeça deita em meu ombro e ela suspiroa, exausta.

Minhas duas mãos vão para seu cabelo e meus dedos se entrelaçam em seus fios; sinto um leve sorriso em seu rosto, mesmo sem estar vendo sua face diretamente.

- Obrigado. - Sussurro em seu ouvido, sabendo que ela entende o que eu quero dizer.

Ela ergue a cabeça para sussurrar de volta:

- Eu te amo, Noah.

{...}

Já faz 4 anos que eu arquivei esse conto e decidi desarquivar, sem revisões ou adição de nada, para deixar registrado.

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