O Que Você Vê, Mas Não Possui│Vminkook

A família real foi guilhotinada durante a escravatura da Idade Média, muitas mortes agravadas a favor dos propósitos antifeudais, a revolta era grotesca, diferenciadas pessoas estavam anárquicas ao desgoverno, girondinos e jacobinos, militares e protestos em massa, até a mais alta postura sem o sangue nobre era ralé na hierarquia. O ano era mil setecentos e noventa e nove, e a França dizia adeus à monarquia absolutista, o militar Napoleão Bonaparte ascendeu ao trono com o 18 de Brumário, demonstrando sua dominância no governo durante quinze anos, enquanto semeava-se a Idade Moderna. Antes de mais nada, esta história é tão atual quanto você, tão recente quanto o presente, porque um dia a Idade Média foi contemporânea, posterior até a Queda da Bastilha.

Sobreviver numa crise era lutar contra um paradigma, numa sociedade estamental, não há jeito para se sustentar senão não recorrer aos piores meios: a vicissitude era contínua, não pararia cedo para um jovem plebeu. As moedas eram o mercado, a ciência o retorno, a descoberta os obtidos lucros, e a ganância era prazer burguês: século da luz, da filosofia, do iluminismo, brilhar novas ideias enfrentando o catolicismo. A moral não era hereditária, sequer econômica, todavia, o capitalismo corria em veias, tolerava o sangue além do azul, bastava ele ser vermelho e bradasse pela bandeira branca, com os bolsos lotados, cheios de metais circulares pesados.

Uma vez burguês, sempre burguês, a França poderia sofrer os piores momentos políticos, fragilizada e mudada, contudo, os comerciantes foram privilegiados diante toda sociedade. Situação semelhante era a do nosso personagem, que sendo filho único de um rico renomado prometido era a uma mulher. Extensões de terras, propriedades ovinas, união de poderosas famílias, maquinofatura de linha e bom dote, acompanhados ainda da beleza da jovem: estes requisitos o sogro de Jungkook ofertava sobre a filha, como um produto caro numa feira qualquer. Jeon tiraria vantagem enquanto marido dela, daria continuidade às suas linhagens e muito ganharia, o casamento por ser de Deus era sagrado em várias religiões, e não prosseguiria caso o anseio o tomasse.

De distinta origem de Jungkook, Kim Taehyung é o filho mais novo da moradia dele. Logo cedo, tornou-se o único herdeiro de seus genitores, já emancipado de todos os irmãos mais velhos, estes, tratados feito manchas pela família. Inúmeras fazendas e terrenos foram alugados, os negócios e fluxos comerciais da casa também aumentaram, o dinheiro rodava e não parava quieto, sempre eram acréscimos adicionados na conta.

Fosse só por isso estaríamos bem, os mistérios que cercam tal família são incontáveis e as mortes destes parentes são extremamente suspeitas, não é à toa a frequência absurda do nome do patriarca nas manchetes de Paris.

Dois homens preponderantes, dois garotos os quais carregavam fardos do passado, tomados pela fortuna sanguínea, continham poder, eram renomados, contudo, eram escravos da vontade alheia. Eles não eram senhores de domínio abstrato algum, seus valores defendiam e omitiam calados, não poderiam relatar, obedeciam às ordens para não tornarem-se grandes decepções. Um caso típico de Shakespeare, o qual, por mais que pertencente às raízes inglesas, personificou Romeu e Julieta nos franceses Jeon Jungkook e Kim Taehyung.

Pais comerciantes rivais que disputavam o poder durante a Revolução Francesa, talvez no início desfrutavam de uma amizade, sobretudo, ela se corroeu com os pesares mal resolvidos. Há indícios que o irmão mais velho de Kim tenha falecido por conta disso, uma traição à família inimiga, ou uma tentativa de aliança recheada de amor, numa proposta de casamento para a irmã mais nova do magnata Monsieur Jeon, o pai de Jungkook.

A complicada morte de ambos foi capaz de despertar o grande repugno que os genitores sentiam entre si, porquanto, o que explicava aquela conexão tão forte entre Jungkook e Taehyung? Era um ódio passivo? Um amor gritante? Ah, eles naturalmente eram opostos, sinônimo de briga quando presentes no mesmo lugar. Eles eram homens, jovens e submetidos ao capitalismo, nunca esperariam de descendentes de rivais uma relação calorosa e afetuosa, na realidade, sequer imaginariam. Esses atos eram mantidos em sigilo, somente um local seguro garantiria a eles total privacidade. Já refletiu sobre a possível consequência que Paris do século XVIII causaria ao saber disso?

O lugar secreto não eram becos improvisados ou hotéis extremamente baratos comparada às condições deles, pelo contrário, tratava-se de uma localidade reservada de fato, todavia, era bem mais convincente que os heterossexuais lá frequentassem. Um clube de campo do qual diferentes jovens burgueses se juntavam, faziam algazarras e se amavam, homens e mulheres, gêneros diferentes e sexualidades diversas, bebidas e luxo, sexo e diversão, ser único não era sinônimo de estar só.

Constatava-se a existência dos homossexuais e grupo através dum broche, uma possível identificação cognata ao significado da proeza, olhares alheios acreditavam na estampa como um grande símbolo nacional, numa analogia à economia do país, mal sabiam esses que aquela representação era da mais execrada comunidade pelos burgueses e cristãos. Não era para tanto, no caso de Jeon e Kim, os dois camuflavam o amor, tão bem que levantavam dúvidas nessas associações secretas.

Taehyung e Jungkook usavam máscaras, terno e gravata, sapatos com graxa, outros convidados até chapéus trajavam como complemento. Tratava-se de uma festa num ambiente respeitável, contrastando os apoiadores do movimento aos intolerantes dum romance divergente, entretanto, a comemoração foi fantástica dada à dedicação à revolução, eram imperceptíveis ações homossexuais no momento. Os homens flertavam com as respectivas noivas prometidas, já os casais mais velhos eram reservados aos toques, viviam direcionando íris tortas para aos que apostavam trocar selos escondidos, quem diria que cem metros a diante iriam vislumbrar coisa pior, dessa festa estariam os rivais fugindo juntos, caminhando sob a lua cheia

Passos apertados, respiração ofegante, era animador ver numa noite tão bela a pacífica corrida disputada pelo casal. Paris era movimentada, contudo, tinha excelentes esconderijos para instantes de sossego.

Taehyung desacelerou os passos, rindo equivalente a um idiota, apoiando o braço direito no poste para se recuperar, por ora, estava cansado, seus cabelos ruivos claros inertes permaneciam a um suor recente. Jungkook era dotado de habilidades atléticas e, o moreno se obrigou a parar quando observou Kim paralisado.

— Pouco adianta comentar e arregalar nos deveres — Jeon afirmou, retornando o caminho que antes tomou, aproximando-se de Taehyung.

— Somente trata-se de uma corrida breve, insuficiente para cansar meu porte físico.

— Assim o vejo, ensopado pelos resíduos do próprio corpo.

— Não presencio exaustão, posso permanecer na corrida!

— Pouco pode, está deveras agitado e com respiração desregulada. Aqui noto mais uma vitória minha, sendo apostado dinheiro vivo em mãos.

— Terminarei falido após essas tolas brincadeiras — Taehyung suspirou mórbido, entregando ao parceiro o capital apostado com face fechada e sorriso contrário. Este permaneceu a andar, e deixaria para trás aqueles que não o acompanhassem.

— Sua falência será decretada por mim com enorme prazer, uma cerimônia será dedicada a este fato histórico.

— Tremendo é o atrevimento, Monsieur Jeon Jungkook.

— Tamanha ousadia merece ser enxergada feito uma bênção, como daquelas as quais lhe preencheram de beleza.

— Minha esplêndida formosura depende de bênçãos provindas dos céus?

— Depende de quem for Deus desse novo mundo — Jungkook abriu um sorriso largo, diminuindo os seus movimentos e cercando a presa — Comigo não quer ficar?

— Não posso contigo contentar, deveras será o tormento com a minha família.

— Quantas vezes você já fez desfeita desse meu profundo desejo?

— Conto com todos os dedos os quais tenho as suas negações recebidas — Kim o provocou. Ele era ardiloso e astuto.

— Você nã-... — Jeon Jungkook foi interrompido por outro rapaz.

Um mancebo de fora, broche no peito e paletó bem arrumado, era homem de luxo, olhos de asiático e uma pele iluminada, suas bochechas assemelhavam-se a maçãs. A máscara impedia a apreciação precisa, parte de sua face ficou coberta. O que fazia um homem lá naquele horário?

Jungkook e Taehyung trocaram olhares, se afastaram e não mantiveram mais contatos: interpretavam papéis de desconhecidos rivais.

Talvez Jungkook fosse severamente pior, sua ira vingativa era apaixonantemente manipuladora e as emoções desabrocharam como as flores. Naquele escuro e sigiloso bairro, deu partida à outra pessoa, postergando Taehyung completamente; se aquele broche no peito de Park não tivesse cravado, ambos não iriam reconhecer parte de sua identidade.

Com seus dons galanteadores, Jungkook arrumou o seu cabelo e tratou de conversar com o homem mais baixo, o qual andava pela rua serenamente:

— O quão inválido seria o meu elogio se a tua beleza extrapola qualquer limite.

O pequeno riu, vislumbrando o chão por tamanha vergonha, todavia, ao erguer o olhar, encarou o broche no terno de Jeon.

— Limites não encontro, palavras miseráveis você diz a um desconhecido — o garoto afirmou, rebatendo o cortejo.

— De pouco importa a minha sinceridade?

— Muito me importa as suas intenções.

— Guarda algum comprometimento?

Park negou com a cabeça, contestando em seguida:

— Sou severo em minhas escolhas.

— Não lhe pareço atraente o suficiente?

— Uma boa oferta seria se o produto contivesse um brinde.

— Brinde? — Jungkook arregalou os olhos.

Jimin observou Taehyung, entregando uma resposta ao moreno.

— Ah, esse brinde — Jeon mordeu a língua, sorrindo travesso e fitando a calçada. — Feito.

— Conheço um lugar distante, ares renovados sem quem tê-los para poluir.

— Uma boa proposta — Jungkook voltou-se para Kim, que pouco distante estava. O moreno comunicou-se em breves sinais para que fosse seguido.

O garoto mais baixo continha alguma determinação cativante, sua face tímida e bela camuflava o selvagem senso adquirido às quatro paredes. Ele era levemente corpulento, suas bochechas fofas, mãos delicadas, lábios robustos e nariz com a ponta grossa, cabelo loiro chamativo, com algumas madeixas escuras, características precipitadas sobre a sua posição.

Algumas conversas rolaram soltas, cultivando inúmeras curiosidades sobre o baixinho, o qual chamava-se Park Jimin. Ele era metafórico demais para ser um fazendeiro poderoso, talvez fosse um poeta dotado de dinheiro. Um mistério esquisito acercava seus relatos macabros até a chegada ao local.

— Os melhores beijos corrompem as nossas almas e nos afundam nos males dos erros — Park comentou.

— E o que te faz pensar assim? — Taehyung refutou.

— Percebemos que fomos corrompidos quando a sociedade expõe nossas vulnerabilidades amorosas. Uma gravidez acidental antes do casamento não seria repercutida se não a especularem. E adivinhe, algumas vezes largamos nossos almejos por culpa das opiniões alheias.

— Você acha injusto sacrificarmos nossas vontades pela boa aparência? — Jungkook perguntou, porquanto, interrompido pelo metafórico.

— Chegamos.

Apresentou uma velha cafeteria com variados tipos de bebidas quentes e frias. Era agradável, pelo menos, possivelmente melhor que os hotéis baratos da região. Park abriu-a com uma chave, disposto a demonstrar o lugar para a magnífica pousada deles. Eles não iriam dormir na vitrine, ao menos, teriam camas no andar de cima e uma confortável lareira.

— Acompanhem-me, faremos a três, como necessário.

— A três? — Taehyung gastou a tentativa para discernir na sua imaginação.

— Eu vos guio, contudo, será preciso submeter suas confianças em mim. Venham.

Jimin subiu os degraus do fundo da cafeteria, cuja lua iluminava-os minimamente, o cheiro de hortelã era predominante, e desviar das mesas na escuridão era um desafio em tanto para a dupla rival. Uma madeira de classe, fortemente escura e bem polida, lisa e moldada, dela era composta a escada e o corrimão utilizados na subida deles.

A lareira esquentava o ambiente frio e bem ventilado, o quarto branco tinha uma cama de casal enorme no seu centro, lamparinas e algumas velas não correspondiam enquanto boa iluminação, novamente, a lua era responsável por isso. Uma brisa gélida balanceou as enormes cortinas negras.

— Vocês são um casal? — Park Jimin interrogou.

— Longe disso, Kim Taehyung é domado pelas próprias frescuras — o moreno afirmou.

— Deveras quanto trata-se de tu — o ruivinho rebateu, avançando até Jimin.

Com um jeitinho baixo e provocativo, o ruivo, mais alto que Park, tentou seduzi-lo. Oras, Jimin era impaciente, encarou o rapaz de soslaio e pousou suas palmas nos ombros dele, tendo força capaz de virá-lo de costas e amedrontá-lo. Após o ato, a mão do pequeno deslizou no peitoral de Kim, eriçando os pelos do mais alto. Jungkook, insatisfeito de não participar da recreação, ficou passivo aos pensamentos, em seguida, sendo chamado por Jimin:

— Não seja tímido, venha e fique com esse desobediente.

— Sente dificuldade de domá-lo? — Jungkook brincou, avançando com certa superioridade.

Como num nível trópico, Taehyung foi atraído e, depois, usado como presa para Jimin alcançar Jungkook, a fim de dominá-lo. A natureza sexual humana poderia ser análoga à biologia?

Jeon chupou o pescoço de Taehyung, acidentalmente, pressionando Jimin contra a parede, tratavam-se de dominantes desfrutando da mesma vítima. Numa hora dessas, a garganta de Kim estava toda marcada, e todos já estavam excitados.

Jimin, sentindo as costas de Kim em seu peitoral, ousou deslizar sua palma até a calça do parceiro e pressioná-la em seu ponto fatal e, sem muitas apresentações, tratou de afrouxar a vestimenta e tirá-la do seu dono. Lá se encontrava Taehyung, exposto na frente de dois homens os quais o devoraram.

Este ergueu o pescoço, cedido pelo júbilo, permitiu que os outros invadissem o seu espaço e o preenchesse de euforia. Seu membro se estendia, e Jeon, notando a situação do companheiro, desabotoou sua blusa e distribuiu selos pela extensão do corpo dele.

Aquela orgia poderia ter cores ainda mais quentes, bastasse que uma batalha fosse cravada entre os dois dominantes. Taehyung era maquiavélico, como um bom estrategista, sempre ocultou sua inteligência atrás da benevolência para arquitetar bons golpes: pensou em marcar um dos dois garotos, tentar uma possível masturbação ou boquete para estimular algum pênis, e enquanto estivesse de joelhos, ambos iriam disputar pela atividade, não pelo recebimento dela.

Kim mirou em Park, nunca se submeteria ao seu inimigo daquele modo, por mais que esperasse que o mais baixo superasse o moreno, talvez a masturbação atrapalhasse a movimentação deste. Taehyung não ligou, tratou de pôr em prática o que matutou, e sentiu o gosto da vitória preso em sua garganta.

Com determinação, puxou repentinamente todas as peças as quais cobriam o pau de Jimin, alerta em relação a reação de Jungkook, depositou seus lábios de mel na intimidade do loirinho. Park gemeu, todavia, bateu suas costas contra a parede como uma severa punição por ter soltado aquele som. Jungkook riu e, aproveitando-se da farra, levou sua boca até a do garoto, prensando-o contra os gélidos tijolos. Park ficou deveras furioso com tamanha audácia, puxou o cabelo do moreno e tratou de guiar o pescoço dele.

Jimin deslizou sua palma no peitoral de Jungkook, escorregando a camisa do garoto para que fosse exposto aquele abdômen. Era difícil não arfar, Jeon sentia o pau duro no céu da boca de Kim, oh, inferno, aquilo poderia ser um paraíso. Taehyung nu aprontava, e armava suas peripécias para que sobrassem ao rival.

Park era uma raposa, previu a jogada de Kim e refletiu, dominou Jungkook ao juntar os lábios e abaixar a vestimenta do moreno, utilizando sua mão esquerda como meio de masturbação. Não era um beijo simples, não era um cara qualquer com experiência, remetemos a um alguém dotado de variadas vivências, tratava-se também de um homem de poder, ausência e confiança ao olhar alheio. Seu toque doce, língua afiada, pulmão incansável, jeito que acalma, uma severa droga ao tato de Jungkook, que ao ter sua língua entrelaçada com a do burguês, não soube identificar o que era realidade da utopia.

De início, qualquer sonho aparentava ser atraente, como o caminho mais árduo é o correto para chegar na casa de doces, todavia, ser entregue às sensações era uma nova teoria para Jungkook, um homem já prometido a uma mulher e destinado a ser rico por toda a vida. Adrenalina, isso era pior que ópio, não lhe adormecia, nem nada, por consequência agitava seus instintos, e o enclausurava duma dependência sexual.

Jimin acelerou sua mão, notando o desespero de Jungkook quanto a velocidade; as pálpebras do moreno estavam fechadas, não iriam desprender do sonho tão rapidamente. Kim naquele momento desconfiou do longo beijo dado ao Jungkook, não sabia caracterizá-lo como ciúme ou episódio estranho, contudo, fora um macabro sentimento despertado durante o ato, o qual futuramente tornou-se responsável pela sua parada da sucção genital.

Jungkook já se tornara um alvo fácil, bastava domá-lo para que transasse com Taehyung, não necessitava de mais esforços, palavras singelas iriam comandar o rapaz durante a missão.

— O que acha de seguirmos uma ordem sistemática para domá-lo? — Park perguntou num breve sussurro, sorrindo ladino.

Jeon assentiu.

— Eu cuido dele — Jungkook também escondeu a verdade de Kim, manipulando uma futura penetração conforme os planos de Park. — Contudo, necessitarei de...

— Shhhh... — Jimin colocou seu dedo indicador na boca do mais alto. — Prenda-o contra a parede, e agregue o seu amor contra a fúria neste momento. Apague todas as lembranças com o calor, e penetre nele como se não houvesse amanhã, pois assim será.

Jeon não era tolo, percebeu uma modificação no comportamento doce e sucinto.

— Por que deverei contar meus dias? Meu amanhã não será tão limitado quanto pensas — o moreno alterou levemente o seu tom, roçando a testa agressivamente na de Jimin.

Taehyung havia se afastado, observava aquela cena em soberba emoção cativante.

— Não reflito no quanto tempo tenho, temo no que se desfaz então hoje aproveito — Jimin exibiu seus dentes no sorriso confiante. — Faça os seus deveres, prove que não é ineficaz quanto ao Taehyung — Provocou qualquer sanidade existente em Jungkook. E por ora, foi bastante eficaz.

Jeon, possuído por qualquer interpretação tida aqui, correu atrás de Taehyung e deixou-o sem fôlego, execrou seus pulmões e tomou partida de um beijo feroz. As línguas se enroscavam, mas as genitálias já estavam armadas para a penetração. Jungkook virou-o de costas, e sem permissão, adentrou no companheiro demonstrando todo o seu afeto guardado por anos, anos de ódio, dias de calor, semanas de festas, meses de rivalidade. Tudo aquilo atormentava a cabeça do moreno e, Kim, sem saber o que fazer, foi levado pela intensidade do maior, como colchas seriam levadas na beira do mar.

Jimin suspeitou, uma tragédia shakespeariana aparentava ser, com cunho incalável, um poema dramático com traços arrebatadores, era um dos poucos climas perfeitos para transar. Park caminhou lentamente até Jungkook, é com o membro totalmente duro após a ajuda de Taehyung, adentrou no moreno, numa fileira de três pessoas a sentirem o prazer do sexo. Tratava-se dum aperto só, diferentes sensações em divergentes posições, somente Jungkook fora privilegiado com ambos os postos, fodia Taehyung, porquanto, era fodido por Jimin.

A ferocidade para alcançar o ápice era uma ambição camuflada nos parâmetros do sexo, a velocidade aumentava, a trilha de gemidos fluía, a inquietude de todos presentes contribuíram para o agravamento da necessidade. O tesão corria nas veias, uma turbulência exagerada para alcançar a utopia, eles tudo iriam perder para poder conquistar aquela luxúria.

Uma sensação quente corria no corpo de Taehyung, num ritmo desenfreado e incansável acertava-o em cheio, graças a isso, Kim mutuamente sentiu o seu gozo. Park acelerava, era um lunático a procurar pelo ápice ,e quando se deu conta, sua intimidade começou a pulsar, segurou fortemente nos braços de Jeon para o esperma soltar. Por serem vítimas de tantas ordens e de tanta submissão, Taehyung e Jungkook pareciam loucos consigo mesmos, observaram Jimin como um pretexto para transarem.

Inexistente, esse adjetivo fortificava a vida de Jimin, inexistente, queimava todas as lembranças penduradas com ele enquanto o seu desaparecimento ocorria. Sua reação era maluca, o seu desejo era insano, violava qualquer privacidade dum casal para entrosar numa noite; suas atitudes eram desprezíveis, mas dificilmente julgáveis, já que Jungkook não o enxergava mais.

Park sumiu, repentinamente, se desfez no ar. Jeon não tinha mais confiança em sua cabeça fazia um tempo, contudo, nunca se vira tão lunático quando avistou Park Jimin no corpo da sua alma gêmea, tão chamada de senhor Kim. Suas neuras anormais foram responsáveis pelas suas atitudes implacáveis, Jeon começou a esfaquear Taehyung sem juízo do que fazia, assassinando um homem de bem, rival da sua família. Era uma noite comemorativa à Revolução Francesa, uma festividade especial em que ambos decidiram sair sozinhos para se amarem.

Talvez anos antes da Queda da Bastilha também fosse assim, Idade Média, ápice da ascensão da Igreja Católica e inquisição, era estranho o fato de Jimin relacionar tudo tão arduamente como se não tivesse futuro, vai ver suas memórias foram apagadas nas chamas de seus pecados de amar, e a sua alma penada ainda procura reviver seus últimos momentos, talvez, para que com os outros reviva sem ser julgado.

As manchetes de Paris um menino distribuía, jornal de qualidade com notícias frescas: assassinato de importante aristocrata por inadequações vindas dum homem psicopata; suas punições seriam tão severas quanto a perda do luto, afundaria qualquer casamento arranjado tido pela família Jeon, e arruinaria qualquer reputação que antes fosse construída. Solitário, entre as suas loucuras, preso num manicômio para tratar algo que realmente viu: seu amor sendo possuído por um espírito.

Maldito Park, maldita confusão, fora ele quem matou Taehyung, que modificou seu juízo perfeito, tratamentos de choque não trariam Kim de volta, não curaria sua falta de vislumbrar o ruivo a sorrir.

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