O Que O Mar Não Te Contou│Vmin

Lamentável era a condição de Jimin, que casto e incontente trocava sua inocência pelo sorriso do estrangeiro, pelos olhos alheios brilhantes como o luar e os sorrisos radiantes feito o sol. Ele queria ter alguém autêntico para consolidar uma relação, por mínima que fosse, gostaria da sincera retribuição dos sentimentos. Pensamento utópico para a concretização, o companheiro pertence somente aos seus sonhos nulos e não tem personificação alguma.

A areia molhada e a leve brisa esfriava Jimin de pés a cabeça, deixava seus poucos pelos eriçados e suas bochechas rubras pelo gélido vento. Os bares e restaurantes abertos brindavam ao som do karaokê, risadas altas e sons distantes daquelas típicas músicas clichês. Os ruídos não eram um problema para Park, um bom ignorante quando realmente queria, conseguia tirar boas reflexões até nos momentos mais improváveis.

O mar estava calmo e vasto, bonito com o reflexo do céu púrpura, contudo, as estrelas infinitas exploravam a beleza incondicional luminosa na pequena praia, inabitável, silenciosa, por mais pessoas que hajam lá, Park estava sozinho, acompanhado com a imensurável admiração das paisagens. Algum lugar longínquo atiçava sua atenção, continha árvores nativas, na extensão final da praia, continha um rochedo próximo às águas, quilômetros de onde Park se localizava, parecia ser um lugar misterioso, sequer pisado por alguém de plena consciência.

Calado permaneceu, sem os amigos cujo passeio havia programado, pertencia naquele instante só a si mesmo, e a falta de questionamentos não seria uma desculpa para o seu próximo ato. Passos e mais passos diminuíram aquela enorme distância de Park e sua solidão, de Park e a sua curiosidade, dele e da sua própria perdição.

Estar longe dos problemas permitia ar para os pulmões de Jimin, a libertação temporária e utópica na qual tanto refletiu durante sua solitária caminhada. Como dizem, explorar por entusiasmo é perigoso, arriscar-se em mapas só parecia aventuroso, sempre é inconfiável o impulso vindo dos sonhos daquele garoto.

Adentrou na mata sem medo do que viria, caminhava ileso, sem fraturas ou machucados, e contrário do recomendável, esboçava mais desvelo pelo que via. Retirou do bolso um canivete, convencido de que seria suficiente para a localização, raspando os troncos de galho em galho, codificando cada modificação ou direção alterada. Talvez não apostaria nas profundezas, a beleza cativante era visível superficialmente.

Park sorriu, admirando os vagalumes de cores estranhas apresentando um espetáculo de luzes; as borboletas de asas assimétricas — cujos olhos do garoto taxavam de perfeitas somente pela novidade —; alguns outros insetos e pássaros noturnos os quais sobrevoavam o céu escuro — as corujas eram as únicas paralisadas, necessitavam analisar a nova espécie entre todos.

Não era somente estas, mas os demais habitantes locais, todos os animais pareciam diferentes, cada vez mais intrigantes para o processamento de Park suportar. Arqueou uma sobrancelha, criticando a situação na qual se meteu.

Acredito estar louco ao vir aqui sozinho, essa área é proibida para passeios e locomoção humana. Devo voltar já!

Pensou, olhando ao seu redor amplamente, buscando nos troncos as marcas feitas pela lâmina. Por mais que realizado com tanta dedicação, nenhum dos rastros teve notoriedade para o seu retorno: os troncos pareciam apagados, cortes inexistentes devido a regeneração, como se perdido no tempo-espaço, apagado da sua existência no seu próprio mapa. Exclamava na sua recorrente mente o horror da consequência do conto João e Maria, desaparecidos e cansados das inúmeras conjunturas.

Eu escolhi estar aqui, então devo me livrar sozinho.

— Correto! — Alguém confirmou.

— O que disse?! — Se assustou ao escutar uma voz grossa e serena, sarcástica e brincalhona, pronta para fazê-lo de tolo quando baixasse a guarda. Sim, Park havia notado em poucas palavras.

— Concordei com os seus pensamentos, caro humano. Não precisava de um consenso para se sentir satisfeito?

Droga, avisaram-me que estes cantos possuíam seres duvidosos e maléficos. Por que diabos me encantei ao ter noção disso?!

— Caro ser humano digo a você, peste, que esconde o rosto para eu temê-lo — vociferou, cruzando os braços e procurando o dono daquela melódica voz.

— Como consegue fundir duas espécies diferentes em uma única frase, humano?

— Da mesma forma que você priva a sua aparência, tenho o direito de permanecer calado diante de tal pergunta.

— Não preciso de uma resposta se já possuo domínio sob os seus pensamentos.

— Do que adianta? São todos tolos e imbecis...

— Parte terei que concordar, você é aparentemente muito carente por sexo.

Revoltado, Park rodeava seu próprio corpo, expandia sua vista no mais longo ângulo na tentativa de encontrar o maldito, o qual pregava em alta tonalidade o mais íntimo momento de Jimin, o ser incógnito que ocultava tudo de si para os outros.

Sua cabeça estava mais zonza do que poderia, as incontáveis voltas dadas poderiam torturar sua consciência muito além do que o torturavam, mas a magnífica visão que teve ao encontrar seus olhos na mais pura criatura redimiu todas as suas tentações num único segundo.

— O que você ganha espalhando as minhas informações? Não pode simplesmente mantê-las em silêncio?! — Revoltou-se ao dizer, fuzilando o garoto.

Os olhos da criatura eram castanhos, contudo, emitem um brilho alaranjado conforme a noite ganhava espaço, tinha cabelos louros longos e ondulados, com caríssimos enfeites os quais realçam a angelical face, a pele era bronzeada, visto que exposto ao sol aparentava ficar.

— Até gostaria, mas não há necessidade do silêncio. Estamos sozinhos, indiferente será a sonoridade da conversa.

— Sozinhos?

— Sim, somente nós dois estamos aqui. Sabe o por quê?

— Estou longe de ter noção... — Jimin comentou, olhos baixos e pretensiosos.

— O seu capricho foi seduzido a permanecer aqui e nunca mais voltar. Você foi o escolhido para ser a minha presa.

— Presa?

Como se predestinado a conhecer o ser mais desumano que já pisou na terra, cujo Kim Taehyung, Jimin encarou-o, desacreditado com aquelas sentenças. Num piscar de pálpebras, Taehyung já se encontrava atrás do garoto, pronto para corrompê-lo até a última gota.

— Coleciono os fósseis das presas um dia apaixonadas por mim. Romântico, não acha?

São tão antigas assim para serem chamados de fósseis?

— Que seja! Não me importo! Volte para o seu canto agora e deixe-me voltar — Park exigiu.

— A ti serei obrigado a saborear. Estou sedento pela fragrância da sua casta inocência e o doce aroma apaixonado, é notável de longas quilometragens, meu caro — a criatura comentou.

— Não ligo.

— E prefere você tediar naquele local do que explorar e buscar o que sempre pregou? Como é que se diz? Experiência empírica?

— Como você...

— Ah, e garanto a você que contenho muitos outros dons, posso mostrá-los, todavia, tenho uma condição.

— E qual seria? — Jimin foi cauteloso, percebendo o olhar sagaz do rapaz.

— Não sou o que você pensa, sou pior do que imaginam, morto ficará caso na manhã seguinte não me mate. Meu nome é Thalacious, filho de Henon, mas Kim Taehyung é o meu hospedeiro eterno. Siga-me e obterá o que tanto almeja, em troca, quebrará uma regra após a meia noite.

— E como sabes no que tanto tenho ambição?

— Da mesma maneira que conheço seu nome, Park Jimin.

O garoto abismado ficou, uma resposta intrigante, fazia sentido, era atraente, suculenta e hipnotizante, todos a favor da aceitação da proposta.

— Fechado — Jimin confirmou.

Taehyung sorriu com a aprovação, levando sua palma até a mão do garoto e cruzando os seus dedos:

— Amará os colchões marítimos.

E pela mata nativa perdia-se a dupla, rindo e sorrindo sem noção da grande consequência que tudo aquilo acarretaria. Muita felicidade, muita sinceridade aos cegos olhos de Park, aquela diversão era como a volta da sua visão, uma luz repentina na qual agitou o seu dia. A calorosa invasão de borboletas na sua barriga, a aproximação dos corpos quando recém-chegados à costa, lábios unificados traçando um laço duradouro e único ao empirismo de Jimin.

Nem aquela fria água presente em seu pé acalmava seu coração solitário.

— Por que você me beijou? — O garoto apaixonado perguntou.

— Vocês humanos beijam alguém por motivos?

— E você beija pela falta deles?

Após aquela dura bofetada verbal, Taehyung elaborou uma resposta.

— Beijamos pelo mesmo motivo que vocês, homens? — Interrogou o parceiro, desprovido desse conhecimento.

— Nós, os humanos, beijamos pelo amor. Ou melhor, queremos ser beijados pelo amor.

— Amor... — Kim utilizou o pé e chutou a areia molhada pela água salgada do mar.

— E vocês? Seres encantados e... providos de magia, Be-beijam por quais motivos?

A voz do pequeno Jimin falhou durante a pergunta, e por mínimo que fosse o seu erro, aquela característica já se tornara um primeiro sinal para Taehyung.

— Bem... saberei somente se me aventurar contigo. O amor surge de alguém que lhe implanta sorrisos, estou certo? — Kim questionou.

As bochechas de Park ruborizaram:

— Está sim.

As mãos de Taehyung novamente tocaram as de Jimin, dessa vez, determinadas a uma intenção imprevisível e inimaginável.

— Te mostrarei tudo, e você, trate de me ensinar também, o amor dos humanos é belo, almejo isso também.

Os dedinhos se trançaram numa promessa. Irreversível, irracional.

— Eu juro — Park Jimin sorriu, ingênuo e convicto do que viria.

Aos poucos Jimin adormeceu nas ondas marítimas, e caiu no sono profundo, se afundando feito uma âncora e perdendo os sentidos. Taehyung tomou o corpo do companheiro, dirigindo Park e mergulhando-o nas misteriosas águas salgadas daquela floresta.

O mundo local era diferente, submerso a uma utopia fantástica, repleta de seres mitológicos invisíveis aos olhos humanos. Não, não os olhos de Jimin os quais captavam as imagens, eles permaneciam fechados devido a um efeito colateral daquela condição.

Os golfinhos navegavam, pareciam voar pelo céu de tão suaves que nadavam, Taehyung sorriu, chamando seu companheiro Massimus para a carona: tão letal quanto um tubarão, desconfiado, agressivo e perturbado feito o seu dono, oras, isso explica tanta coisa. A criatura tinha um olhar amarelo e pupilas finas, além das extremidades oculares avermelhadas, pele esbranquiçada e rugas na pele, dentes de lâminas para perfurar carne de intrusos.

Ao chegarem no palácio, largaram a sua carona, e Thalacious, percebendo a agitação de Park durante o sono, decidiu levá-lo até a sua cama. Inundou o garoto no mar de fantasias que ele sempre sonhou, mas dessa vez, despertou-o com um beijo, mostrando que a meta na qual ele sempre desejou era real.

— Onde estou...?

— Onde você sempre quis, longe de todos, longe de tudo, na fantasia na qual sempre sonhou.

— Eu... — Sentiu uma breve dor de cabeça. Muitas informações a serem repassadas, ainda sentia os efeitos colaterais zanzando sua mente.

— Te trouxe aqui por amor. Você me ensinou, lembra? — Sorriu frouxo para o seu pretendente.

— Não — negou. — Isso não é amor. Eu quero voltar para a minha casa, me leve para lá agora, não havia permitido que me levasse para cá. Sequestro é crime.

— Não exagere.

— Eu te conheci há menos de 2 horas. Cala boca, cara.

— Replico a respeito, por favor.

— Que merda, até parece que isso é amor — debochou.

O garoto bronzeado segurou no pescoço de Park, postergando a sua tagarelice.

— Silêncio — exigiu, sério e ríspido.

— Aqui embaixo não existe bordel? Poderia satisfazer sua carência lá — riu, retirando a palma de Taehyung do seu pescoço.

Se levantou da cama, balançando a cabeça, permanecendo a andar até que atravessasse o quarto. Ele ultrapassou a porta, alcançando os corredores com inúmeras colunas gregas. Aquela arte parecia um templo dedicado a alguém, algo que demoraria séculos para ser construído, ainda mais debaixo dos mares, para aquele deus. Aquele deus...

Poseidon.

Park Jimin notou a quem deu costas, e quando menos esperava, notou as pesadas mãos do senhor dos mares nos seus ombros.

— Percebeu o tamanho da falha que cometeu ao me ignorar?

— Você consegue ler a minha mente, mas como? Você só tem domínio marítimo, não psíquico — engoliu em seco.

— Meus segredos não são revelados nem para o mais fiel servo... — dedilhou os fios de cabelo de Jimin. — Deveria saber disso, sendo estudante de história e mitologia — sussurrou as palavras, roçando os lábios no ouvido do garoto.

Os pelos de Park arrepiaram com aquela ousadia, era prazeroso, era tentador.

— Estudante, não necessariamente seu apreciador, Kim Taehyung, ou devo dizer, Poseidon?

Kim segurou os pulsos do homem rebelde, prensando-os a uma coluna ao lado, próximo ao Jardim das Algas.

— Deve muito a mim, mero mortal — bravejou, olhos restritos observando o rapaz.

— Nada devo se não fora do meu consenso pisar aqui — desviou o olhar propositalmente.

— Olhe para mim, miserável — segurou o rosto de Jimin, o qual puxava um sorriso travesso nos lábios.

Taehyung tomou posse daquele sorriso e unificou ambas as bocas num intenso beijo, sufocando até o mais resistente pulmão após a retribuição. As agressivas palmas do deus contornavam as curvas do mais baixo, trazendo-as para mais perto de si num abraço. Um abraço, um aperto, seja como for, aquilo estava longe de ser possuído pelo romance.

Park não resistiu, e sentindo falta de ar, achou melhor remediar, recuando os passos e invadindo o centro do corredor, longe das longas colunas para continuar com o ato. Começou a ofegar, exasperado, procurando uma saída para fins de proteção própria; tinha dificuldade, não poderia pensar em excesso, entregaria um prato cheio de informações para Taehyung.

Jimin suspeitava que cederia o momento, e deixaria o corpo sublime às sensações sexuais que Taehyung oferecia. Kim se aproximou do rapaz, ergueu uma sobrancelha e o alertou:

— Quer ou não quer?

— Que-que-quero... — vislumbrou rapidamente o deus dos mares, vendo-o tirar a camisa e exibir o peitoral.

Era marcado por cicatrizes desconhecidas, encarcere dum passado que nunca seria revelado, continha um belo físico o qual merecia ser mostrado, mas incomodava a mente de Jimin: a curiosidade.

Park repetiu o ato, envergonhado e perdido nos próprios passos, ainda não desistiu, jogou a peça no chão, postergando o fato de ser admirado por alguém tão intrigante quanto. Dessa vez, foi o humano que tomou posse do desejo, iniciando um outro beijo.

Uma guerra entre as línguas, uma disputa labial, incontáveis vezes nas quais os dentes se debatiam entre si, era caloroso, único, isso embarcava Park as alturas. Deslizou sua palma ao pescoço de Kim, acariciando-o calmamente enquanto era saciado.

Ambos os peitorais estavam colados, testas suadas e cabelos armados, Taehyung apertava a cintura do companheiro, numa eletrizante sintonia com ele, já Jimin parecia energizado, seu membro estava duro, estava animado para adentrar em Kim, e, infelizmente, esse sentimento era mútuo.

Poseidon habilmente levou algemas antes escondidas para os pulsos de Jimin, prendendo-o impiedosamente sem qualquer tipo de consenso.

— Mas o que...

— Faria algum mal se aventurar de maneira incomum, Park Jimin?

— Não e-estou acostumado com essas práticas...

— Todos os aprovados admiraram a técnica, muitos até se sacrificaram para terem novamente.

— Sa-sacrificaram? — Park interrogou.

— Arriscaram a vida para enclausurar um deus — acariciou a face assustada do garoto. — Você não me trairia, certo? Me ama o suficiente, me beijou por esse motivo.

— Si-sim, fo-foi por isso — abaixou a nuca, camuflando as bochechas avermelhadas.

— Ótimo.

Seu sorriso sagaz era símbolo de uma armação complexa, e o jeitinho carinhoso era tão manipulador quanto sádico.

Taehyung viajou com os seus dedos até o pênis do rapaz, o qual duro estava devido a excitação; por baixo da cueca e em contato direto com o corpo, Kim apertou-o com força, e, com sua única mão disponível, manobrou-o de cima para baixo, do início até a ponta, enlouquecendo o mais baixo graças a tamanha habilidade.

Com a estratégia já maquinada, Kim via o apreço que Park tinha pelo orgulho de não ser submisso, e com isso, provaria para ele que ceder lentamente seria a mais temida e deliciosa opção. Os braços presos já eram um motivo de repressão, e caso aquilo continuasse, Jimin teria de escolher aquilo que nunca aceitaria antes, ser domado pela excitação.

De corpo e alma Jimin se entregava ao deus, seu membro ereto provava mais que qualquer informação. Kim trouxe a sua boca para o local, chupando aquilo como um sorvete derretido prestes a se partir num dia quente de verão. Movimentos velozes, algumas tendências controladoras, as íris do garoto humano arqueadas ao céu, possuídas pelo calor, Taehyung era obsessivo quanto ao desejo de Jimin, e por prever seus pensamentos, sabia exatamente as preferências dele. Taehyung tinha uma marionete sexual, contudo, arquitetada com correntes.

O garoto de lábios grossos suspirou ao notar a lentidão das investidas, aparentava ser um flagício, doce e sarcástico ao ponto de enlouquecê-lo; ele estava tão próximo do ápice, seria uma traição em soberba se Kim o abandonasse.

— Ta-Tae, eu estava quase go-gozando... — Jimin encostou a nuca na coluna grega, estava com o corpo ao efervescer da vontade de transar.

Poseidon retirou a calça, demonstrando ao pequeno Park como aquela noite seria longa somente com a visão de sua box. O membro do deus dos mares era exageradamente grande, sobraria prazer durante o sexo tido pelos dois; a peça de roupa que carregava a arma transbordava o que era mais corrupto naquela relação, o líquido do prazer sexual de uma noite deliciosa.

Taehyung guiou a palma do rapaz até a máquina de reprodução, apresentando a ele o que visivelmente lhe deu susto.

— Ele não morde — puxou os lábios para cima, sussurrando na orelha do garoto palavras de baixo calão, pressionando os dedos do garoto contra a glande para preenchê-lo de medo. — Não se preocupe, não sou tão mau.

Uma deriva de terror psicológico com a passivo-agressividade, Taehyung não estava normal, parecia totalmente fora de si. Como assim ele só percebeu agora?

Park Jimin notou a pele bronzeada ganhar cores abstratas nos pontos vitais de Kim, eram azuis, assemelhavam-se com escamas de peixe; os olhos dele ganharam tons rosados, perdendo a essência doce como mel e adquirindo aspectos de uma bela sereia. Não, Park não continha senso de tamanha paranoia, costumava ser chamado de criativo por todos que conhecia, talvez fosse só a imaginação, a qual fértil e vazia plantou ideias estranhas em sua mente. Algumas até verdadeiras... Pressentimento, nada de importante.

Ao tirar a peça restante, Jimin entrou em estado de inércia e começou a admirar a aparência do parceiro, ele era dotado de beleza, uma benção divina que necessitava transar, independente da posição, Park só queria realizar todos os desejos daquela bonita criatura.

— Vai ser aqui mesmo? Ou... — tentou perguntar, mas fora interrompido por si mesmo, no momento em que Taehyung apertou sua cintura.

Ele foi levado para a Terra do Nunca? Uma utopia idealizada? Não sabemos, Jimin teve sua alma hipnotizada pela perfeição mostrada.

Park tentou se movimentar, segurar o membro de Poseidon e satisfazê-lo seguindo os protocolos. Oh, deuses, Park Jimin estava preso, não poderia torturá-lo decentemente como um brat, as algemas trancavam as suas ações. Taehyung riu da falha tentativa, acariciando a cabeça do rapaz.

— Vire de costas agora ou eu determinarei o seu destino — ameaçou, com um sorriso encantador preso em sua boca.

Jimin obedeceu, engolindo em seco por vislumbrar tamanhas obsessões, por ora, Thalacious prendeu Park contra a coluna branca, apertando suas nádegas, postergando o cardume que passeava ao lado; adentrou com força, sem mínima piedade diante os atos, desde sempre agressivo, desde tempos remotos cortejava.

Jimin não odiou a ideia, largou o orgulho e dançou conforme a música, gemeu tão alto que ensurdeceu Poseidon. Os tímpanos do deus dos mares era apreciador daquela sonografia, faria uma trilha sonora composta de gemidos gratificantes de acordo com as investidas. Não eram poucas, das várias seguidas, muitas registraram marcas ao corpo de Jimin, novamente ascendendo a fúria de Poseidon.

Enquanto Kim apreciava a clavícula da vítima, se enrolava no corpo dela, adentrando com o pênis e saindo cada vez mais corrompido, eram as marcas compostas no corpo de Park nas quais carimbavam a aguda vontade de Poseidon de foder. Por vez, Jimin aceitou aquela posição, parecia confortável, embora dolorido, era divertido, poderia ser flexível quanto a sua postura.

— Ta-Tae, e-eu...

Kim acelerou aquele ritmo demoníaco, persuadindo o corpo de Park a ceder os joelhos no chão, e transformá-lo num verdadeiro servo do divino. Aquela estrutura era eficaz para o sexo, permitindo então que a velocidade e a força alcançassem o ápice feroz de ambos. A fome sexual foi combatida pela transa provocativa, ambos chegaram em seus auges, ambos gozaram condizente ao andar da peça. Novamente, conforme o controle da marionete.

— A sua ingenuidade é repleta de castidade — Kim acabou debochando, retirando seu membro do corpo de Jimin.

— Perdão, não entendi...

— Ser maquiavélico garante a sua sobrevivência, deveria ter pensado nisso antes de transar comigo.

— Desculpe-me, mas...

— Você foi enganado, idiota, me libertou da prisão na qual Zeus me prendeu. Sofrerá uma punição perpétua e cairá nos males da desgraça. Sou Poseidon, renomeado Thalacious após minhas privações.

— Não, isso é injusto, me tire daqui, chamarei a justiça e os policiais caso não me solte — Park protestou.

— Os policiais aqui? Por acaso eles andam de cavalos marinhos? Ou dirigem baleias?

— Você me prometeu...

— Prometi te amar, e amei, só por essa noite, mas a promessa cumpri. Fique com deus, ou com os deuses, eles te julgaram no Tribunal Celestial, boa sorte.

— Queime no inferno, babaca.

— Morra afogado, peixinho dourado.

E dessa maneira, nunca mais Park Jimin fora avistado pelos seus amigos, que mesmo bêbados, sentiam a falta de seu companheiro na superfície. Os jornais do país destacavam a trágica morte dele, era estranha, era bizarra: o cadáver de um jovem nu acorrentado por algemas foi encontrado no mar de maneira desconhecida, provavelmente após se perder na floresta de Athilymoon, local já conhecido por outras 300 mortes de vítimas registradas, com inquéritos ainda decorrentes de investigações. Sabe-se que o rapaz, segundo câmeras e referências de colegas, indiciava um vício indescritível ao álcool, porquanto, de acordo com as análises do necrotério, o corpo estava com substâncias ilícitas injetáveis.

"Não sou o que você pensa, sou pior do que imaginam, morto ficará caso na manhã seguinte não me mate. Meu nome é Thalacious, filho de Henon, mas Kim Taehyung é o meu hospedeiro eterno. Siga-me e obterá o que tanto almeja, em troca, quebrará uma regra após a meia noite".

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