Recaídas

Obrigada pelas 15K leituras 

Bjos

Liz ^^

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Sabe aqueles casos em que você não entende a relação, um dia chamavam de namoro, após uma briga se tratam por ex, mas sempre tem aquela recaída, há mais de um ano o apresento como ex, ninguém sonha que alguns dias à noite, após meu plantão ele vai em casa, sempre tivemos problemas com horários, eu em turnos de plantão que se emendavam com o próximo por ter alguém da equipe que faltou ou deu alguma emergência, ele por trabalhar como representante comercial então passa mais tempo fora da cidade do que aqui. Mas o que nos faltava em horários, encontros, possibilidades de vida social – que foi a ruína do relacionamento – nos sobrava entre quatro paredes (ou fora delas também).

Enquanto saía do trabalho hoje li uma mensagem dele, resolvi que seria ótimo relaxar, tenho um encontro marcado com outro carinha, trabalhamos juntos e ele tá se esforçando há tempos pra me chamar pra sair e me venceu pelo cansaço, mas quando vi a mensagem do ex mandei uma pra ele cancelando, digo que estou podre e não vai rolar – ele tem que entender e se não entender não me importo também... Ainda no estacionamento ligo pro ex, ele atende e eu apenas digo, estou indo pra casa, me dá 40 minutos. É tempo suficiente pra que eu tome um banho e vire gente, esse cheiro de iodo, álcool, medicamentos, doença impregna até na raiz dos cabelos, amo o que faço, mas tenho plena consciência de que não é muito excitante sentir esses aromas. Isso ele já conhece, ficamos quatro anos juntos e mais de um ano nesse vai e não vai, e conhecendo ele agora ele vai jantar alguma coisa, tomar um banho pra aí ir pra minha casa, então meus 40 minutos tem prorrogação pra quase 1 hora, o que normalmente é ótimo.

Chego em casa e já vou pro chuveiro, na verdade entro mastigando nele, primeiro passei pela cozinha e peguei uma barrinha de chocolate, lavo meus cabelos com um shampoo de coco, gosto desse cheiro em mim, terminando o banho uso um óleo corporal da mesma fruta, tenho preguiça em colocar roupas que sei que ele vai tirar, coloco uma calcinha branca pequena e um vestido azul de alcinhas e bem solto, ele está um pouco velho – isso não quer dizer que esteja manchado, rasgado nem nada do tipo, apenas que já tenho ele a tanto tempo que virou de estimação, mas é tão gostoso que não abro mão de usá-lo em casa.

Ele chega e eu já abro o portão antes mesmo que ele toque o interfone, vi pela janela da cozinha ele chegar, vou à porta ao seu encontro. Dessa vez ele está arrumado, diferente da bermuda, camiseta e chinelo que costuma vir, está de sapato, jeans e camiseta além de carregar uma caixa de pizza. Não vou reclamar, pois estou com fome ainda. Ele me abraça e beija minha boca como cumprimento, sempre que estamos sozinhos é como se o tempo não tivesse passado e não fossemos ex nada, mas sim a Marcela e o João, namorados que se conhecem desde a época da escola e que se reencontraram depois de anos. O tempo com ele não passa, voa, o relógio corre mais que o Usain Bolt; hoje além dessas diferenças percebo que ele está diferente, o conheço o suficiente pra saber que ele quer me dizer alguma coisa, mas não diz...

-Jão, o que tá acontecendo contigo? O que tu tá querendo me dizer e que tá preso na tua garganta aí?

- Nada não Má...

- Nada é o caralho... tu tá ensaiando falar alguma coisa faz tempo

- Come primeiro, depois a gente conversa tá...

Assim finjo que vou aceitar a desculpa e como meus pedacinhos de pizza, a mesma desde sempre, meia quatro queijos pra ele e meia portuguesa pra mim, terminamos, eu boto a tampa na caixa e vamos pra sala, e eu achando que teria uma ótima noite de sexo, tô começando a achar que vou ter uma ótima dor de cabeça...

- Agora você vai me falar o que tá acontecendo?

- Eu lembro desse vestido

- Eu sempre uso ele, faz tempo que tenho

- Sim, você estava com ele no dia em que a gente começou a namorar

- Como que você lembra disso?

- Ontem eu estava olhando a foto que tiramos naquele dia e reconheci

- Entendi, mas você tá dando volta e não fala aonde quer chegar

- Má, to cansado de ser o seu P.A., a gente brigou, mas nunca se separou de verdade, sempre que você pode eu to aqui, sempre to disponível, mas e você?

- Eu o que?

- Você achou que eu não iria saber que você ia sair hoje com o Igor?

- Então foi por isso que me mandou a mensagem?

- Sim

- Pra testar se eu sairia com ele tendo a opção de estar com você?

- Sim...

- Seu filho da puta, quem terminou comigo foi você pq não aguentou meus horários, desde que começamos a namorar você soube que ficar com uma médica te obrigaria a aguentar meus horários malucos, que eu dificilmente tenho um fim de semana de folga, sou intensivista, não dá pra abrir um consultório e trabalhar das sete às cinco. Agora vem com essa?

- Má, já te pedi desculpa sobre isso, eu não queria terminar, você entendeu isso e na raiva eu acabei confirmando...

- E você esperou mais de um ano pra vir falar comigo?

- Precisei perceber que poderia ter perdido você pra sempre

- Tá e o que você quer?

- Que você seja minha outra vez

- Pra ter que aguentar você metendo o pau em mim a cada plantão dobrado que eu faço? Pra você jogar na minha cara que quer viajar nas férias, mas que eu nunca posso ir?

- Também, provavelmente eu vou fazer isso de novo, mas também vou estar aqui todo dia que você chegar, ter deixado algo melhor do que uma barra de chocolate pra você comer de janta – não mente pq eu sei que você ainda faz isso – pra te abraçar sempre que chegar podre, assim como te botar fogo pra trepar gostoso a noite toda

- Peraí, você tá querendo morar aqui?

- Na verdade sim, mas a principio fico feliz sendo só o namorado mesmo, o marido a gente pode negociar depois?

- Seu maluco

- Fala que sim vai... Eu sei que você ainda gosta de mim, que seu corpo responde ao meu assim como o meu está chamando o seu desde que cheguei aqui

- Me deixa pensar vai

- Deixo, te dou o tempo necessário pra você gozar umas três vezes, nada mais que isso

E assim já veio me agarrando, a mão na minha bunda e a outra me segurando pela nuca, sua boca cobrindo a minha e me puxando para o seu colo, depois enquanto chupava e mordia meu seio, com a mão me masturbava, entrando e saindo com seus dedos em forma de gancho, o filho da puta sempre soube como fazer isso em mim, assim que fiquei molhada o suficiente ele só abriu e abaixou um pouco a calça e a cueca, puxou minha calcinha pro lado e eu sentei nele, um ritmo mais lento, quase romântico, ele segurava minha bunda com as duas mãos, jogou sua cabeça pra trás e eu aproveitei pra morder seu pescoço, o perfume Sauvage sempre combinou com seu cheiro natural, senti nele até um pouco do gosto do perfume, comecei a ficar com calor e tirei meu vestido, puxei sua camiseta, ele já tinha tirado os sapatos, me carregou no colo até o quarto, me jogou na cama, arrancou minha calcinha, tirou o restante de suas roupas, me virando de bruços pra que depois eu ficasse de quatro, entrou novamente em mim, sempre com força, me segurou pelos quadris e continuou ditando seu ritmo, eu queria gozar, a sensação estava ficando mais forte, quando estava quase ele tirou, é uma sensação que chega a quase ser dolorosa, sabendo disso ele acerta um tapa sem muita força na minha boceta, empino ainda mais o corpo, sinto sua língua percorrer por toda ela, pra só depois me penetrar novamente, com mais algumas investidas gozo perdendo um pouco a força, ele me deita e passa a me chupar, a principio mantendo minhas pernas fechadas lambendo apenas o clitóris e a pequena região em torno, depois abre minhas pernas e passa a dar atenção a toda minha boceta, ele introduz um dedo no meu ânus e continua chupando, depois coloca mais outro, e mais um por fim, passa a estocar os dedos com certa força, minha lubrificação escorre para seus dedos, sua boca se concentra em meu clitóris novamente e eu acabo gozando segurando e puxando seus cabelos.

Já estou mais fraca e ele me penetra novamente, dessa vez em uma posição de papai mamãe, mais confortável e extremamente prazerosa, cruzo minhas pernas em suas costas, sorrimos um para o outro, quando o escuto falar:

- Espero que tenha dado tempo suficiente pra pensar

E assim passa a meter com velocidade, com a sensibilidade dos outros orgasmos gozo mais rápido dessa vez e ele me acompanha. Assim que relaxamos na cama, ele me abraça e diz:

- Aceita namorar comigo

- Uhum... – aceito morrendo de sono já

- Agora falta você aceitar meu pedido de casamento durante o café da manhã

Espero que eu tenha sonhado essa ultima parte, pois logo eu já estava dormindo.

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