E o corpo reclama...
Já fazem dois anos que rompemos, ele queria voar longe e minhas raízes estavam bem presas ao chão, uma hora a corda se rompeu, ele foi embora e eu fiquei aqui, sim, já era pra eu ter me recuperado mas até agora não, não posso ir pra outra se ainda estou presa nessa, mas meu corpo já me dá sinais de que quer sentir outro, onde minhas mãos, brinquedos e imaginação não funcionam, penso em encontrar alguém, mas onde e quem? já faz tanto tempo que estou fora disso que nem sei mais o que fazer direito, amigos homens? eram os amigos dele, trabalho? é, talvez...
Como não presto muita atenção nos outros - sou distraída mesmo - resolvi me arriscar um pouco, hoje é sexta, me produzi um pouquinho mais, resolvi sair das sapatilhas básicas e por um saltinho, uma maquiagem leve mas um pouquinho mais marcada, uma calça preta bem justa ao meu corpo e uma blusinha tipo indiana que mostra um pouco dos meus ombros, coloquei um batom no lugar do gloss, um pouco a mais de perfume e entro no elevador, fico na frente olhando pelo espelho, alguns homens atrás encaram minha bunda, é... acho que dá certo procurar algo por aqui... mas quero alguém solteiro, vou começar a pesquisar
Decidi, o Guilherme, ele é novato na empresa, descobri que está divorciado, não é lindo, mas tem um rosto marcado por olhos castanhos de cílios grandes e negros, os mesmos que me chamaram atenção, vi que ele foi na área do cafézinho e vou também, estamos sozinhos, resolvo puxar algum assunto
- Bom dia, tudo bem?
- Bom dia, tudo e você?
- Estou bem - e agora? morreu o assunto, nisso entra o Marcos, o garanhão da empresa
- Gui, e aí vai no happy hour hoje?
- Não sei cara
- Ah, oi, não tinha te visto, se eu soubesse que você concordaria eu te chamava
- E pq não tenta Marcos?
- Você vem?
- Depende de duas coisas
- O que?
- Um convite de verdade e se o Guilherme for também, quero um escudo anti cantadas ruins
- Não seja por isso, ele vai nem que eu tenha que amarrar ele no porta malas e por favor nos acompanhe no chopp de mais tarde
- Tudo bem, quem vai?
- Nós e a Luana
- Aff, sério? - não é novidade pra ninguém que a gente se odeia, aliás eu me defendo, sei lá o que essa louca tem contra mim - mas ok, eu falei que ia e vou, mas você segura o rabo daquela galinha se não quiser ver ela depenada
- Pode deixar moça, agora fui
- E pq essa de só vai se eu for? - Por um momento me esqueci de que o Guilherme estava por aqui
- Como eu disse, preciso de um escudo, você já viu o Marcos bêbado? acha que boca de lixo é modelo e sai cantando, eu quero me divertir e não fugir dele
- E você não me conhece bêbado
- Duvido que seja pior que ele
- Concordo, ih, o chefe tá vindo, acabou a folga
Voltamos ao trabalho, faltando uns minutinhos pra acabar e eu finalmente me alforriar por um fim de semana corri pro banheiro dar um tapinha no visual, retoquei o batom, dei uma escovada no cabelo e prendi no alto da cabeça, não dava pra fazer grandes coisas; Saímos juntos, o Guilherme estava sem carro e o fiz vir comigo, não sabia onde era o bar também, e queria uma oportunidade de ficar sozinha com ele pra ter certeza. Entramos no bar e o Marcos já parecia bêbado, veio me abraçando e eu só olhei pro Guilherme com cara de socorro e ele tirou aquele mala de cima de mim jogando ele pra cima da Luana que tinha acabado de entrar, fomos pra um cantinho reservado longe daqueles dois que pensavam que aqui era casa de exibicionismo, mas ok...
- Entendeu o pq eu não viria se você não aceitasse?
- Acho que sim, mas me diga, você nunca aceitou sair com a turma da empresa, achei que fosse casada mas me disseram que não
- Na verdade era pra eu estar casada sim, mas ele preferiu realizar os sonhos dele e esqueceu que eu tinha os meus
- Espero que eu não conheça esse babaca, se não ele está arriscado a levar uma surra
- Ele saiu do país
- E você tá na fossa até hoje né?
- Mais ou menos, eu aceitei o que aconteceu, se ele tivesse ficado não estaríamos felizes, mas ainda assim tá difícil querer entrar em outro relacionamento entende? Mas o corpo está cansado de ficar sozinho.
- E se...
- Se? - diga por mim
- Seguinte, você sabe que sou divorciado certo? - concordei com a cabeça - minha separação foi horrível, também não quero nada sério ainda, e se... se a gente se usasse pra...
- Pra ir pra cama? - tava dando raiva dessa lerdeza
- Dizendo de um jeito sutil isso mesmo
- Topo
- É o que?
- Você me ofereceu e eu aceitei, também quero isso, mas vamos por umas regras antes pode ser?
- Quais?
- Não somos namorados, então não vamos exigir fidelidade, mas por questão de saúde temos a obrigação de nos cuidar e se houver qualquer risco avisar o outro na hora. O resto como e quando isso vai funcionar depois resolve
- Fechado, e se... a gente começasse agora?
- Vamos embora daqui, aqueles dois estão me dando vergonha alheia
Pagamos a conta e fomos pro meu carro, como eu queria e ele também - mas eu queria me produzir um pouco primeiro né, pelo menos um banho, combinei de ele ir até minha casa amanhã a tarde, o deixei em casa e passei meu endereço. No dia seguinte assim que acordei dei uma ajeitadinha na casa, sempre faço isso nos fins de semana, fui pro banheiro, fiz minha depilação, hidratei meus cabelos, passei um óleo de pimenta rosa no corpo e fiquei só de roupão mesmo, perto do horário dele chegar meus cabelos já estavam secos, meio escovados e soltos, eu tinha colocado um vestido comprido e bem soltinho, estava de rasteirinhas e uma lingerie pequena e branca por baixo, meu corpo baixinho pouco aparecia embaixo dele, dava pra ver apenas minha silhueta, sou do tipo normal, seios médios, pele branquinha com cabelos escuros.
Ele chegou trazendo uma pizza, não estava esperando então corri pra arrumar a mesa, ele me puxou, colocou a caixa na minha mesinha de centro e nos sentou no tapete da sala, ele queria fazer eu me sentir a vontade, comi apenas um pedaço, estava nervosa, mas não iria desistir, coloquei a mão em sua coxa dando o sinal verde, ele me beijou, sua boca era macia, ele parecia estar me conhecendo ou me testando, puxei seus cabelos e ele me colocou sentada em seu colo, com isso meu vestido subiu até as coxas, sua mão começou a dedilhar por elas indo em direção à minha bunda me puxando contra ele, comecei a rebolar buscando mais fricção apesar das roupas, soltamos nossos lábios e ele correu os dele pelo meu pescoço, descendo, baixando a alça do meu vestido até alcançar meu seio, deu uma mordida leve, eu arranhava seus ombros enquanto me segurava, fui sendo deitada no tapete - é um daqueles bem peludos e fofinhos, meu vestido ficou preso na minha barriga, ele começou a puxar para que saísse, o ajudei enquanto ele começava a tirar a camisa, os botões se abriam com pressa, me mostrando seu peito quase sem pelos e uma barriga magra, a calça estava com o cós baixo, me mostrando aquelas marquinhas do quadril e alguns pelos pubianos, o cinto foi aberto, ele estava de joelhos pairando sobre mim, eu assistia a cena hipnotizada por aqueles olhos, foi retirando a calça e meias, pegou o pacotinho de camisinhas e começou a colocar, eu sempre achei essa parte meio brochante, mas ele fez com que ficasse ainda mais sensual, ele se abaixou e começou a beijar minhas coxas e subir, pensei que talvez ele fosse me chupar, mas senti apenas sua respiração sobre ela enquanto tirava minha calcinha, no meu desespero já retirei o sutiã, eu estava com pressa, e quanto mais pressa eu aparentava mais devagar ele parecia querer ir, continuou subindo com seu corpo, me lambendo e beijando em alguns pontos, em outros apenas parecia percorrer com o nariz para sentir meu cheiro, quando chegou ao meu pescoço fez o caminho com a língua até minha orelha, e mordeu o lóbulo enquanto entrava em mim de uma vez, soltei um grito e comecei a sentir um orgasmo, ouvi seu gemido enquanto ele metia devagar prolongando meu prazer, minhas mãos não paravam quietas, apertava seus braços, unhava suas costas, coloquei meus pés em sua bunda para que ele fosse ainda mais fundo em mim, ele estocava e dava uma reboladinha no final, fazendo com que sua pélvis esfregasse em meu clitóris, sua velocidade foi aumentando, minhas pernas cederam e se abriram ainda mais para sua entrada, meu seio era apertado por sua mão e o outro era por mim, eu não aguentava mais, precisava gozar, o puxei para um beijo e depois mordi seu ombro, levantando meu tronco de encontro a seu pau, a linha entre a dor e o prazer estava tênue, dor pelo desespero de nossas ações e por precisar da minha libertação, o prazer em manter essa situação alucinante. Ele ergueu minhas pernas a segurando em seus ombros, ficando de joelhos e levantando meus quadris, apenas meus ombros e cabeça estavam no chão, dessa maneira sua velocidade aumentou, minhas mãos percorriam pelo tapete querendo se agarrar em qualquer coisa que conseguisse, segurou minhas pernas com apenas um braço e o outro veio para acariciar meu clitóris, deu uma arremetida mais forte e não resisti, minhas costas formaram um arco ainda maior enquanto eu gozava molhando seu corpo, enquanto eu voltava a realidade ele continuou metendo para prolongar a sensação, cansados ficamos nus deitados no tapete, ele retirou a camisinha e jogou de lado, puxou uma almofada do sofá, ajeitou sua cabeça e me ofereceu seu ombro para descansar.
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