"É tão simples", eles falaram, "Ela já está na sua", eles incentivaram, "Vai dar certo", eles confirmaram. Como eles poderiam dizer todas essas coisas com tamanha incerteza? Era uma situação delicada. Como um garoto de 17 anos poderia namorar uma de 22 anos? Como um garoto de 17 anos poderia namorar uma grande amiga. Que certeza ele teria de que, se não desse certo, eles voltariam a ter o que tinham antes? Ele não sabia que tinha que arriscar, mas como?

Ela falava que o amava, ele podia confirmar isso num simples.....oi, ela sempre sorria quando o via, seus lábios com um batom às vezes vermelho, os olhos brilhavam enquanto as mãos ficavam envolto ao pescoço do rapaz. Por que aquilo era tão injusto? Por que eles não podiam ficar simplesmente.... juntos? Duas almas que se amam, dois sonhadores, dois lutadores, que se sentem aliviados ao toque um do outro.

Eles saem uma vez, e tudo é perfeito, eles saem a segunda, e novamente não se decepciona e assim vai, nenhuma dessas saídas o decepcionou, então, por que não arriscar?

"Acho que sim" ele diz, " Acho que consigo", diz a si mesmo, " Eu vou tentar". Porém, depois de tanto pensar, decidiu apenas se acomodar. Eles fizeram um acordo, se não estivessem casados até os trinta anos, eles se casariam de uma vez. Este acordo fez o rapaz pensar no gosto e no toque dos lábios da amiga, e isso deliciou.

Engraçado..... por que uma amizade tão boa não poderia dar certo num relacionamento? Havia tantas dúvidas que atormentavam o rapaz, mas elas sumiam à cada vez que a via. Com aquele sorriso atrevido e um olhar furtivo, que desafiava o mundo.

Então ele sorriu, num dos últimos encontros que eles tiveram, ele sabia que a amava, ele sabia que ela era a certa. Então ele diz: " Eu te amo", e ele se sente aliviado quando recebe a mesma fala de volta, logo, eles se abraçam. O rapaz escorrega um pouco a mão das costas até a cintura, atrevendo-se, porém, ela apenas lhe da um beijo na bochecha e se afasta. Ele sorriu novamente, sabia que ela sempre seria dele, ela sempre o amaria, de uma forma pura e verdadeira. Infelizmente, a dúvida surgiu novamente, fazendo com que o garoto se perguntasse:

"Por que continuamos no simples......oi?"