Matthew Wickham


ESSE CONTO FOI INTEIRO ESCRITO PELA TalitaPC E É CONTADO PELO PONTO DE VISTA DO MATTHEW WICKHAM - Lembrando que tudo que está escrito aqui é criação dela e não o que realmente aconteceu nessa cena no livro.


Eu vinha andando com calma pelo corredor, tinha esquecido algo em meu armário, um livro que o professor tinha pedido para a aula de hoje. Também, esses professores acham que temos um computador no cérebro, onde posso fazer uma nota mental e quando eu precisar, tcharam, ela simplesmente aparece como um lembrete programado.

Já estava com meu livro na mão, pronto para voltar à aula antes que o professor mandasse me procurar por ter fugido dela, quando vi uma garota ruiva agachada no chão ao lado do meu armário. A porta do seu estava aberta, enquanto ela rabiscava apressadamente em seu caderno de desenho. Sorri reconhecendo quem era, na verdade seria impossível não reconhecer, não depois de passar meses sempre a olhando de longe. Elisa Periseau. Princesa de Parforce.

Não que outras pessoas soubessem disso, na verdade ninguém mais sabia, além de sua melhor amiga Portia, suas criadas, é claro, e seus guardas. Eu não pretendia contar a ninguém, não era do estilo fofoqueiro, até porque não queria complicações com o rei e a rainha.

- É inacreditável! – Falei para chamar sua atenção.

Eu vinha tentando fazer isso há algum tempo, fazer com que ela me notasse. Bom, nunca passava despercebido, todos sabiam quem era Matthew Wickhman, mas não era assim que eu queria. Queria que ela me visse como 'algo mais'. Até já tinha falado com Portia, quem sabe ela me ajudasse, mas não estava dando muito resultado, então eu estava decidido a arriscar.

Soltei involuntariamente um bufo ao perceber que ela não havia nem se dignado a me olhar - e eu estava parado bem ao seu lado! Quem sabe assim ela visse meu sorriso de "será que rola eu e você?".

Bufei outra vez sem me conter, fechando meu armário com um pouco mais de força do que o necessário. Sim, eu estava frustrado e tinha descontado no pobre coitado. Mas também, o que custava ela me dar um pouco de moral? Essa Elisa era difícil mesmo, hein.

Tudo bem que ela era uma princesa, mas eu era da nobreza britânica, todos sabiam meu nome antes que eu dissesse, e todas as marcas me conheciam e bajulavam. Quando cheguei à escola foi o maior alvoroço, por onde passava via pessoas sussurrando baixo, falando sobre mim. Não que me importasse com isso, já estava acostumado. Mas Elisa estava ali por outro motivo, ela estava se escondendo.

Bom, pelo menos meu mini surto resultou em algo já que, com o barulho do armário, batendo ela levantou finalmente seus olhos para mim. Mas eu estava tão irritado que nem queria mais nada com ela, pelo menos não agora. Revirei meus olhos contornando-a e seguindo em direção à escada, andando com passos decididos.

- Típico. – Sussurrei mais para mim mesmo.

Garotas como ela se faziam de difíceis até não poder mais, só porque tinham um titulo real. Mas eu não iria desistir tão fácil, ela estava bem enganada. Eu era Matthew Wickhman, não desistia facilmente do que queria e eu queria Elisa.

- Ei! – Ouço alguém gritar e reconheço na hora sua voz.

Parei imediatamente de andar e me virei, encarando-a. Ela estava visivelmente nervosa, o que me fez querer rir. , acho que alguém tinha finalmente me notado.

- Posso saber por que eu te incomodo tanto? – Elisa perguntou, abrindo seus braços e mostrando sua indignação.

- Quem disse que incomoda? – Revidei, olhando-a com uma sobrancelha arqueada.

Então ela achava que me incomodava? Era isso? Ou era realmente ingênua ou estava me fazendo de idiota. Será que não tinha sacado ainda que eu estava afim dela? Não que estivesse apaixonado nem nada do gênero, não ainda, mas, poxa, bem que eu queria dar uns beijos nessa boca rosada e convidativa.

Okay, Matthew se concentre!

- Ah, por favor. Um minuto atrás você parecia louco para que eu soubesse da sua insatisfação. Vai dar pra trás agora? – Perguntou, arqueando uma sobrancelha em desafio.

É, Elisa você é mais ingênua do que eu pensei. Balancei a cabeça, escondendo um sorriso.

- Que seja! – Disse ela, já se virando novamente para seu armário.

- Sabe qual é o seu problema? – Perguntei, chamando novamente sua atenção e dando alguns passos em sua direção.

- Não, por favor, me diga, – Pediu, se virando e me olhando petulante.

Quase revirei meus olhos com sua tentativa falha de me provocar. Eu até estava gostando disso, de conhecer esse seu outro lado.

Caminhei com calma, me aproximando mais dela, lentamente, até estar perto o suficiente para quase sentir sua respiração contra meu rosto. Ela permanecia firme, ou tentava, com seus olhos presos nos meus, mostrando determinação. Sim, Elisa era bem determinada quando queria, para não dizer cabeça dura.

- Você tem tudo ao seu alcance, – Falei, ainda a olhando. – Deve ter passado a vida inteira tendo todos os seus caprichos realizados e agora não consegue nem assumir quando não faz o mínimo da sua obrigação. Você não dá valor para o que tem, – Completei, vendo seus olhos brilharem de raiva, eu estava indo por um caminho perigoso, sabia disso – Porque nunca teve que lutar por nada. – Finalizei, chegando ainda mais perto dela.

Não que eu achasse realmente tudo aquilo dela. Mas queria deixá-la com raiva. Se não fosse para me notar do jeito bom, seria do jeito ruim, mas ignorar minha pessoa ela não iria. Não mesmo.

- Você é Matthew Wickhman! – Falou, quase gritando novamente – E você não me conhece!

- Talvez! – Falei concordando com a cabeça – Mas conheço seu tipo. – completei.

Ela parecia querer voar no meu pescoço, mas sabia que não faria. Meu rosto estava a centímetros do seu, e agora eu sentia seu hálito, o que só fazia com que minha vontade de beijá-la crescesse mais ainda.

Ah, Elisa você esta brincando com fogo. Cuidado.

Vi em seus olhos que ela estava amolecida e comemorei por dentro. Ela tinha gênio forte, e eu sabia que garotas assim tinham que ser desafiadas, elas gostavam disso.

Ainda devagar, continuei aproximando mais meu corpo do seu, pousei uma de minhas mãos em sua cintura e então seu corpo estava colado ao meu, uma de suas mãos no meu peito, e eu via a indecisão em seu olhar. Ela não sabia se me empurrava para longe e me xingava, ou se me puxava para perto, melhor dizendo, ainda mais perto já que nós estávamos praticamente colados.

Percebi que sua respiração ficou presa por alguns segundos, e depois acelerou um pouco me fazendo sorrir internamente com isso. É, parece que alguém não era tão imune assim a mim.

Levantei uma de minhas mãos tocando uma pequena mexa do seu cabelo, pegando-a entre meus dedos, brincando um pouco com ela antes de colocá-la atrás de sua orelha, aproveitando para acariciar sua bochecha de leve. Um pequeno rubor nascendo ali e deixando-a ainda mais tentadora.

Aproximei meu rosto do seu, terminando com a distância que nos separava, nossos lábios se encostando levemente, quase como um tocar de uma pluma.

- Como eu disse, – comentei, me distanciando bem lentamente com meus olhos presos nos seus – Eu conheço o seu tipo. – completei soltando sua cintura.

Então, sem esperar que ela falasse mais nada, apenas me virei e saí andando em direção às escadas. Podia sim ter finalmente a beijado, e era o que eu queria. Mas não podia ser agora, seria na hora certa, quando tinha que ser.

A primeira 'semente' havia sido plantada. Duvidava que ela fosse me esquecer agora, provavelmente passaria o dia pensando em mim, revezando seus pensamentos entre me xingar por tê-la desafiado, e se perguntando o porquê de não a ter beijado.

Calma Elisa, nosso momento logo chegaria.

O sinal tocou e mentalmente falei um palavrão, percebi pelo canto do olho que havia algumas pessoas paradas que provavelmente tinham nos visto, entre elas Kira, a fofoqueira oficial do colégio, e eu não duvidava nada de que ainda hoje ela faria algum comentário no seu blog tosco sobre, eu não estava preocupado com isso. Na verdade, seria até bom. Queria poder ver a cara de Elisa quando lesse. Ri internamente com isso. Ruivinha brava.

Vi um dos seguranças dela parado perto da escada e este me encarou, seu rosto estava sério enquanto ele me acompanhava com seus olhos. Arqueei uma sobrancelha para ele, dando um sorriso de canto como quem diz, "Fazer o quê, meu chapa", e continuei meu caminho.

Já tinha perdido minha aula e teria que inventar uma boa desculpa para isso, mas depois eu pensava em algo, para o professor e uma para Valentina, se Kira resolvesse mesmo abrir a boca. Aliás, eu precisava de uma desculpa que fizesse Valentina entender que nós não temos e nem teríamos nada. Aquela garota sabia ser bem insistente.

Meu deus!

Bom, pelo menos hoje eu tinha conseguido uma coisa, Elisa. Ou quase conseguido, mas isso era só uma questão de tempo. E como dizem, as melhores coisas vem com o tempo. Sorri com esse pensamento.

Elisa que me aguarde, Matthew Wickhman vem ai.


Nota final: Quem gostou do final alternativo? E quem concorda com ela em achar que o Matt sempre soube que a Elisa é princesa? E que sempre a quis? Eu, pessoalmente, adorei!
TalitaPC também é escritora. No perfil dela, você encontra uma história linda chamada Destinada, que também é de realeza!

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