Conto I
Sua chegada era tão aguardada por todos que a ansiedade era nítida nas palavras do próprio Criador.
O rito de passagem observado de forma singular denota a delicadeza com que cada expectador se preparara para a concretização do ato. Cada ser pertencente à supremacia.
Não, não fora egoísta em aguardar o momento. Ele sabia disso, tanto que estivera com ela, acompanhara-a em cada pulsar, a cada batida de seu coração durante a vida terrena e saber que poderia aguardá-la com seus braços abertos, recebendo-a com mestres da Literatura, doutores e apreciadores de uma boa estadia humana fora o ápice.
Conhecia bem a pequena mulher e suas lágrimas seriam para sempre substituídas e jamais lembradas. Ela vivera doando-se ao próximo, agora, estava na hora de receber sua recompensa de forma justa. Como deve ser.
Menina dos meus olhos,
A dor transbordava dos olhos no momento que soube da sua partida. As palavras vieram com a mesma intensidade do amor que sinto por ti, não um amor no passado, mas o sinto a todo o momento como o vento que sopra no rosto trazendo-me acalento.
Alguns a conheceram e sempre foi conhecida por sua bondade, para mim, a voz plácida que cantava ao meu lado músicas de Roberto Carlos com risadas de cumplicidade sempre será a minha mais doce lembrança.
Tiraram-me o direito de me despedir, obrigada. Não queria lhe dizer Adeus, e consegui.
Até breve e descanse em paz.
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