Maldição de Esmeralda - Hinata

Este conto é voltado para o público adulto conforme orientação etária estipulada na sinopse, este perfil repudia qualquer tipo de ato com cunho abusivo, manipulador ou que corrobore um ato criminoso. É uma obra ficcional inserida num contexto de situações extremas, alguns temas tratados podem ser de natureza sensível.

Par: Hinata Shoyo



Hinata mal pode acreditar quando recebeu de Lúcio Katou um convite para viajar para o nordeste do Brasil. Já estava ali há mais de um ano e meio mas não teve muito tempo para explorar as belezas do país. Seu colega de quarto Pedro comentou que Fernando de Noronha era um lugar muito famoso e que ter conseguido um convite para fazer uma visita foi muito mais do que sorte.

O arquipélago em Pernambuco também tinha o nome de Esmeralda do Atlântico, as ilhotas e rochedos de origem vulcânica pareciam bonitos mesmo pela impressão borrada do pequeno folheto que levava em mãos. Água azul, alguma coisa sobre mergulho que ele não entendeu - fez uma nota mental de perguntar para o colega depois - peixes, tartarugas. Mal esperava para poder olhar um pouco mais.

Era um evento, nada muito elaborado para algumas pessoas relacionadas a esportes de praia, então tinham surfistas andando com suas pranchas, residentes jogando futebol de areia e é claro vôlei.

O sol e o calor pareciam ser ainda maiores que no Rio, onde ele estava acostumado, mas estava animado acima de tudo, afinal era uma oportunidade única. No saguão do hotel que ficariam hospedados observou as pessoas andando, todos eram tão diferentes, lhe lançavam sorrisos e alguns até o cumprimentavam.

Era uma terra quente, não só de clima mas também de sentimentos.

-Oi Hinata podemos ir - Katou-san o chamou - Os organizadores arrumaram dois quartos, você deve ter causado uma impressão e tanto para eles investirem desse jeito nessa viagem.

-Obrigado, se não fosse por você tenho certeza que eles não teriam me visto Katou-san.

O mais velho soltou uma risada - Duvido bastante disso, Fernando de Noronha é uma área protegida, então vamos ficar aqui apenas o necessário. Voltamos para o Rio em três dias e o evento é só amanhã você pode explorar a ilha hoje.

-Hai.

O cartão destrancou a porta revelando um quarto com uma cama grande e branca, parecia ser fofa, tinha um par de travesseiros grandes e a cada lado da cama mesas pequenas com abajures. Uma televisão ficava de frente para o colchão e na parede oposta a porta uma sacada com vista para o mar.

Só aquela vista já era a coisa mais bonita que ele tinha visto.

Tinha tempo para usar e praticamente um dia inteiro, então que fizesse bom uso dele. Colocou a mochila em cima da cama e saiu na sacada para respirar fundo o ar com cheiro de sal que vinha do mar. Hinata abriu os braços enquanto aproveitava aquele momento depois de passar horas num avião.

-É tão bom estar aqui!

Talvez tenha dito um pouco alto demais pois apenas dois andares abaixo, onde as pessoas ainda poderiam o ouvir, uma moça estava parada e parecia rir dos gestos dele. Quase que imediatamente Shoyo colocou a mão atrás da cabeça e se curvou de leve, o rosto queimando como se ele tivesse passado o dia jogando sem passar protetor solar.

Mesmo a alguma distância ele pode ver o quão bonita a garota era, uma beleza diferente que nunca havia visto. Tinha no corpo um vestido cor de creme solto que parava no meio das coxas e uma única fita verde prendia ele na cintura.

A garota respondeu o aceno de cabeça antes de sair andando na direção da praia, ainda coberto de vergonha o jogador japonês se jogou na cama colocando as mãos contra o rosto quente. Se achava um idiota e praticamente ela também.

Passou o ensino médio inteiro atrás de vôlei nunca teve jeito com garotas, a única que conversava era sua amiga Yachi-san, então sempre acabava fazendo alguma besteira quando recebia alguma atenção.

Shoyo pensou que poderia fazer uma visita a praia, não que estivesse esperando para encontrar a garota lá já que aquela foi exatamente a direção que ela seguiu. Algo bem longe disso.

Mas mesmo assim ali estava ele pisando sobre a areia de cor clara com suas vestes de vôlei procurando com os olhos uma fita de cor verde. Se aproximou de algumas pessoas que estavam ao lado de uma quadra de vôlei de praia, eles pareciam estar ajeitando a rede enquanto alguns jogadores estavam aguardando na lateral.

Reconheceu alguns rostos mas eles não estavam uniformizados, pareciam estar ali apenas para se divertir.

-Ei Ninja - um dos rapazes mais altos ergueu a mão o cumprimentando, José se lembrava dele. Tinha sido completamente esmagado pelo homem e sua dupla meses atrás.

-Zê - o cumprimentou levantando a mão - Bom ver você.

-Digo o mesmo - o mais velho bateu em suas costas - Imagino que veio para o evento.

Balançou a cabeça concordando enquanto observava ao lado do mais alto a rede ser posta - Não veio com dupla?

-Não, vim para aula. Não para jogar. - respondeu num português um pouco travado.

-Ah certo - o jogador cruzou os braços - Me esqueci que terá um dia de aulas grátis para o pessoal da ilha. Me sinto aliviado de não ter que jogar com você, não podemos fazer feio não é mesmo?

Alguns outros jogadores chegaram por ali e em pouco tempo já tinham se formado duplas para que pudessem jogar na praia. A missão original de procurar a garota da fita verde há muito já esquecida, estavam seguindo para o quarto set quando o grupo num geral resolveu parar.

O sol e a temperatura por ali realmente era diferente do rio, por não ser o dia de eventos não podiam exagerar e correr o risco de ter uma insolação. Se reuniram num quiosque restaurante para tomar alguma bebida e fazer bom uso de uma sombra, reunidos ao redor da mesa os rapazes conversavam e riam.

Hinata participava ocasionalmente, mas preferia ficar observando o modo que eles conversavam a falar. Gui, que era um jogador do sul do país, olhou para algo que estava às costas de Shoyo e arrumou a postura chutando os outros jogadores por debaixo da mesa em seguida.

-Querem pedir alguma coisa? - a voz era de uma garota, era cantada e suave. Veio acompanhada de um tom simpático e um leve riso.

No canto do olho um flash em verde se fez presente, ela estava tão perto que o tecido de seu vestido roçou de leve contra seu braço. Shoyo olhou para cima apenas para encontrar o mesmo rosto que estava rindo dele naquela manhã, não teve reação. Sua mente não conseguiu processar.

Tinha a plena certeza de que era a pessoa mais linda que já tinha visto na vida.

-Hey Ninja! - Guilherme chutou sua cadeira a fim de que pudesse voltar a responder - A moça perguntou se você quer algo.

-E-eu? Não trouxe carteira - proferiu a primeira coisa que veio a sua cabeça arrancando uma risada da mesa, seu rosto ficou quente.

-Uma água de coco então - a garota disse anotando no pequeno bloco de papel que tinha nas mãos. A boca avermelhada se abriu num sorriso antes dela lhe lançar uma piscadela - Por conta da casa.

Guilherme jogou a cabeça para trás - Claro que ela ia se interessar pelo Shoyo, olha esse cabelo.

-O que quer dizer? - Hinata perguntou levando as mãos à cabeça - Tem coisa errada?

José cruzou os braços em cima da mesa e se inclinou - O que ele quis dizer é que elas geralmente se interessam pelos caras mais exóticos. Você deu sorte Ninja.

-Não entendo.

-É o seguinte... Ela te deu o sinal, sacou?

-Gui cala a boca mano, ela não seu "o" sinal deu um sinalzinho.

-Se foder eu sei bem o que eu vi - o cara respondeu o amigo - Qual de nós dois sempre tem uma namorada e quem sempre está reclamando de estar sozinho?

José balançou a mão olhando para o lado - Vai então, projeto de hitch.

-Ninja é o seguinte, a garota está interessada em você - Guilherme disse numa voz mais baixa - Ela encostou em você, deu uma piscadela e ainda deixou a água de coco na conta da casa.

-Isso pode significar um grande nada - Caio que era o outro jogador disse pela primeira vez na mesa - Não escute ele, Guilherme leva um pé na bunda com frequência ninguém aguenta ele.

-Eu vou provar pra vocês.

Passos fizeram com que ele se calasse, o garçom homem veio com as bebidas e num movimento bem planejado Guilherme forçou a queda de uma das bebidas sobre o jogador japonês. A bebida escorreu pela mesa caindo sobre o colo de Hinata, quase que imediatamente uma série de guardanapos foi colocado sobre a mesa na tentativa de fazer uma barricada, mas mesmo assim não foi o suficiente para impedir que o líquido escorresse pelo colo do rapaz.

A garota se assustou pelo barulho repentino, mas quando viu os copos tombados sobre a mesa pegou alguns guardanapos de pano para prestar ajuda.

-Me desculpe como sou desastrado - Guilherme comentou.

-Não tem problema acontece - ela sorriu colocando um pano na mesa. - Céus você se molhou todo. Carlos pegue uma nova bebida eu cuido do resto.

O garçom se desculpou saindo em seguida para cumprir o pedido.

Os jogadores se perguntaram qual seria "o" sinal que Gui tinha visto, tudo parecia normal do ponto de vista dos outros dois. Bem, normal até que Shoyo pareceu sair do plano terrestre. Caio até se preocupou se o colega estava respirando, pois ele não parecia se mexer.

A atendente mantinha uma mão na mesa enquanto a outra estava escondida atrás da madeira. Então era isso.

O pano era esfregado de leve contra a sua perna em movimentos circulares e lentos seguindo para a parte de dentro da coxa. Em algum momento até sentiu a lateral da mão da moça roçar de leve contra a parte mais central de suas pernas.

-Realmente me perdoe - Guilherme disse apontando para Hinata com a cabeça - Quem sabe meu amigo não possa retribuir a gentileza.

-Meu horário de almoço começa às duas

-Ele vai estar atrás do hotel.

A garota sorriu e se afastou com alguns passos - A propósito, sou [Nome].

Na mesa ainda tentando processar o que tinha acontecido Shoyo permanecia parado e com o rosto ardendo. Sua cabeça estava leve e o coração batia forte, era essa a sensação que todos tinham antes de morrer?

-Se recomponha homem - Caio bateu em suas costas.

-Eu disse que ela estava na dele. Agora meu amigo japonês o negócio é o seguinte - Guilherme começou - Quando der a hora você vai até o hotel e encontra com ela.

Hinata engoliu seco - E faço o que?

-Se ela te chamar pra ir em algum lugar só vai junto - ele tentou falar mais alguma coisa mas foi interrompido - Confia mano, eu sei o que eu to falando, deixa a garota fazer do jeito dela.

Não entendeu o que quis dizer com aquilo, e depois de se separar dos outros jogadores voltou para o hotel. Encarando o teto branco ponderou algumas coisas, e se [Nome] o tocasse novamente? Ou mais ainda, se ela o beijasse?

Hinata sentiu o corpo esquentar de dentro para fora, era como uma chama que partia de dentro e nem mesmo a água fria do chuveiro conseguiu tirar da sua pele aquela sensação febril.

Não tinha levado muitas roupas, mas mesmo assim o rapaz se encontrou na frente do espelho observando. Aquilo deveria ser o suficiente, ostentava um bronzeado proeminente dos treinos feitos no Rio de Janeiro, não era tão musculoso quanto Bokuto-san mas tinha os braços definidos.

Levantando a regata levemente viu no reflexo os cobiçados gomos e passando a palma da mão pelo abdômen ponderou, a maioria das garotas gostavam daquilo, não é?

Estava tão nervoso que saiu do quarto para a parte de trás do hotel e nem viu a hora, ainda faltava mais de meia hora para o suposto encontro. Shoyo viu que tinha algo parecido com um jardim ali, então aproveitando a sombra feita pelo prédio se sentou num banco enquanto esperava o tempo passar.

Não tinha ninguém por ali a não ser um jardineiro que varria a areia que voou da praia para fora do caminho de pedra. Era um idoso tinha um chapéu na cabeça e parecia resmungar alguma música da região enquanto percorria o caminho, não tomou ciência do jogador japonês até que se virasse.

-Aoh caba de cabelo de fogo que essa cara de abestalhado?

Não entendeu metade do que o senhor disse, mas pelo cabelo de fogo só podia ser com ele. - Desculpa eu-

-Mas é gringo é? Da onde cê veio? - o senhor tomou aquela conversa como uma brecha para poder se sentar no banco ao seu lado, tirando o chapéu que protegia seus cabelos grisalhos e abanando o próprio rosto.

Já tinha ouvido aquela pergunta muitas vezes mas daquele modo foi a primeira vez, até mesmo a língua do país era rica ainda tinha muito que aprender.

-Japão - respondeu.

-Longe a mulesta né não, que é que tá fazendo aqui?

Hinata estava fazendo uma força absurda para conseguir entender o sotaque absurdo e a maneira cantada das palavras do mais velho, supondo o significado das palavras que não entendia.

-Jogar vôlei de praia - fez o gesto com as mãos ganhando um riso animado do mais velho.

-Massa. Bom demais, vôlei é quente. Esporte só pra quem é bom mesmo - o homem olhou para cima antes de olhar para o ruivo o analisando - Num faltou espichar não? Parece um tamborete de zona.

Recebeu aquele olhar a tempo o suficiente para saber identificar mesmo que não entendesse as palavras - Eu pulo, sou bom.

-Eita tem que ser assim mermo. Arretado - disse dando alguns tapas em sua perna - Mas sabe que vou te alertar. Não fique de chamego com as mulher dessa ilha não visse?

Alguém chamou o mais velho fazendo com que ele se afastasse não antes de dar alguns tapas em seu ombro de despedida. Nem sabia seu nome ou sequer tinha dito o seu, mas apreciou a companhia mesmo não fazendo ideia do que o mais velho disse.

Como se fosse combinado algo o tocou pelo ombro no outro lado, Hinata se levantou num salto ficando de frente para a garota que estava de pé ao lado do banco.

Os lábios avermelhados emolduravam um sorriso deslumbrante que fizeram com que borboletas batessem em sua barriga. Era nervosismo mas um bem diferente do tipo que ele geralmente estava acostumado.

-Muita gente passa por aqui, porque não me acompanha pra um lugar mais calmo?

Se ela te chamar pra ir em algum lugar só vai junto.

Sentiu um rubor lhe tomar as bochechas e apenas concordou, ela indicou com a cabeça uma direção aparentemente de uma trilha. O caminho estreito saia da área comum do hotel e seguia adentro da mata verde, a garota liderava o caminho com certa facilidade.

-Então você veio jogar vôlei de praia?

-Não, sim! Não só vôlei mas cuidado também - por um segundo teve que pensar em como responder e foi como se estivesse no primeiro mês no país novamente. - Vim para aprender.

-Entendo, você é bom pelo que eu vi do jogo hoje - [Nome] virou a cabeça apenas para que conseguisse olhar de canto de olho - Muito bom.

-Obrigado - pulou um tronco que estava caído na trilha enquanto continuou a seguindo, em certo ponto o caminho desviou para esquerda mas a garota saiu para o lado contrário. E quando questionada apenas comentou que sabia um lugar melhor.

Ela se desvencilhou de seus questionamentos com perguntas, cada vez mais interessada nele não demorou para que o nervosismo fosse embora e Hinata estivesse conversando com a nativa de maneira tranquila. Chegou até a falar sobre seus anos jogando com a karasuno.

O caminho foi percorrido de maneira tão rápida que mal percebeu, quando se deu conta estava de frente com o mar, um penhasco alto sendo o que os sustentava. A vista era deslumbrante com o mar de águas claras cintilando e as ondas quebrando no fim da rocha aos pés deles. Não via barcos ou pessoas só uma imensidão infinita.

Estava absorto na paisagem quando sentiu braços circularem sua cintura o lembrando do motivo inicial daquele encontro. Pulou para o lado erguendo as mãos em seguida, sentiu aquela mesma sensação febril de antes tomar seu corpo mesmo o sol da não estando mais tão forte quando horas atrás.

-E-espera

Tentou dialogar mas [Nome] andou em sua direção, e recuando alguns passos sentiu algo bater contra suas costas. Era uma pedra grande, a garota se colocou entre suas pernas pressionando as mãos no seu abdômen por debaixo da camisa.

-Relaxe - ela beijou seu pescoço e cantou algo baixo em seu ouvido enquanto se inclinava para beijar seu pescoço. As mãos que estavam contra a rocha se flexionaram, quase podia escutar ela falando japonês e não sabia o que fazer então seguindo o conselho do amigo apenas se deixou levar.

Tomou coragem o suficiente para colocar suas mãos na cintura dela, pelo menos era isso que via os caras fazendo quando tinham alguma namorada. [Nome] afastou o rosto apenas para que pudesse o beijar roçando a coxa contra o meio de suas pernas e sentir a boca dela contra a sua era intoxicante.

Com atitude, ergueu a mão para o pescoço dela a puxando mais para perto se abrindo para que ela aprofundasse o beijo. Ele era inexperiente, mas isso não pareceu importar, era profundo e intenso e bom acima de tudo.

Um gemido saiu de sua garganta, um som que não sabia ser capaz de produzir. As mãos delas puxaram de leve a barra de seu shorts os dedos escorregando devagar para a parte de dentro. Mesmo por cima do tecido, toda aquela fricção tinha feito coisas com seu corpo, coisas que geralmente guardava apenas para si mesmo.

O nó se desfez e a mão que antes se manteve apenas na borda desceu e tomou seu pênis, aquilo era certo? Se perguntou mas não teve discernimento moral para responder pois os movimentos que os dedos de [Nome] faziam lhe tiraram o ar e os pensamentos.

Quando estava duro a ponto de não conseguir se conter mais naquele espaço [Nome] desceu a lateral de seu shorts. Sentia seu membro pulsando desejando por mais contato, a garota se ajoelhou na sua frente e pegando seu pau pela base lambeu de leve a cabeça antes de o tomar pela boca.

As mãos dela se mantinham nas suas coxas marcadas pelo sol subindo e descendo num toque sedoso que fez seus joelhos fraquejarem, a língua lubrificava o caminho até que se viu inteiro dentro da boca dela e inconscientemente seu quadril se mexeu para frente o suspiro que deixou sua boca foi levado pela brisa de ar salgado.

De novo ela o colocou até a base, se duvidasse conseguia sentir seu membro encostando no fundo da garganta dela. O movimento ficou mais rápido e violento, num segundo ela estava proporcionando prazer a ele e no outro Hinata que estava a usando para se satisfazer.

Não soube em que momento suas mãos se embrenharam nos cabelos macios apenas para conseguir chegar num ponto mais fundo. Sentiu que estava perto de gozar mas mesmo assim ela não se afastou, e quando chegou ao ápice encheu a boca de [Nome].

Quando ela o tirou da boca e passou a língua pela ponta ainda sensível, tomou ciência do que tinha feito. E vergonha preencheu o jogador japonês imediatamente, não teve coragem de abaixar o olhar imediatamente mas quando o fez, desejou não ter feito.

Os olhos que antes ele achava que eram lindos estavam tomados por uma cor preta pura e veias saiam dos olhos delas como raízes crescendo sob a terra. O sorriso distorcido se ergueu até quase os ouvidos dela.

-Você não disse que era um corvo? Está na hora de aprender a voar.




Epílogo


Lucio Katou estava andando pelo hotel quando viu alguns panfletos dispostos sobre uma das mesas na saída. Não via hinata a algum tempo então saiu para procurar o rapaz.

"A lenda de Alamoa", era o nome do panfleto. Aparentemente uma lenda da ilha, uma criatura feminina que seduz os homens os leva para os penhascos apenas para atirá-los do precipício depois.

Não teve tempo de continuar lendo pois dois homens entraram correndo pelo hall indo de encontro com o gerente que estava no balcão.

-Caba cê num acredita acharam um corpo na praia. Um turista pegou a trilha errada e acabou no penhasco.

Katou olhou para o panfleto mais uma vez, era só uma coincidência não?






N/A: Finalizado os contos de Eldrich Alew edição Penumbra! Esse último um pouco mais leve que os outros.

Foi muito divertido e desafiador escrever esses contos, mas gostei bastante da experiência e espero que você que acompanhou também!

Nos vemos por aí!

Xx

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