⚜️Princeps et Speculator | part II⚜️
Tradução: A Princesa e a espiã | parte II
🔴 ~ alerta spoiler para quem não leu ACDD
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Pergaminho dos registros reais; "cofre dos conhecimentos"; biblioteca de Crescite.
Autor: Erudito chefe; Luuk Vaccim.
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Um ano após a guerra...
— Bom dia, meu amor. — a voz melodiosa de Giselly soou ao pé do ouvido de Annelise.
Fazia um ano que todas as manhãs acordava com aquela mulher incrível ao seu lado e ainda assim desacreditava que fosse tudo real. Virando-se com um imenso sorriso no rosto, Annelise, se colocou a admirar a cascata de cabelos dourados brilharem com o sol matinal, os lábios de Giselly beijando cada canto de sua face e o sentimento puro em seu peito eram as coisas mais vívidas que poderiam existir.
— Bom dia, meu lindo girassol. — cumprimentou após a loira afastar minimamente o rosto para observa-la melhor — Acordou cedo.
— Estava pensando em irmos fazer o café da manhã em um piquenique nos jardins. Só nós duas. O que acha?
— Acho perfeito. — adorava esse pequenos mimos que sua doce esposa inventava, um alívio em meio a correria da rotina — Só preciso de um minuto para me vestir e da minha fonte da alegria.
— Fonte da alegria? — a confusão da loira não durou muito, pois nesse mesmo momento Annelise a puxou em um abraço invertendo suas posições e iniciando o mais dos apaixonados beijos.
Os lábios unidos transmitiam perfeitamente a vibração das borboletas em ambos os estômagos, haviam passado por tanto e no final estavam ali, juntas e apaixonadas. Fragmentos do dia mais feliz de sua vida — o dia de seu casamento — invadiam facilmente sua mente. Havia sido perfeito, em todos os sentidos.
O nervosismo tomava todo o seu corpo. Faltavam poucos minutos para que que sua noiva entrasse no grande salão, com seu belo vestido e sorriso lindo, pronta para dizer sim a pergunta mais importante de sua vida.
— Deixe essas mãos quietas, está me dando agonia. — Agatha disse em sussurro para a ruiva.
— Estou nervosa. — murmurou com uma nota de irritação — Por que tanta demora?
— Se controle, ela não vai fugir. Acabei de ir ver como estava, ela está linda e não consegue conter a felicidade. Não tem com o que se preocupar.
O grande salão estava cheio de amigos próximos, Octávio havia se oferecido para ficar responsável pela decoração e não falhou em serviço. O salão tinha cadeiras separadas por um lindo tapete branco com arranjos de flores como um jardim, guiando o caminho que Giselly até o arco decorado por girassóis. Após todos os convidados se sentarem, a marcha começou a tocar, como sinal para as portas abrirem e retirarem todo o fôlego da ruiva.
Annelise trajava calças, um colete que substituía a blusa. Uma casaca igualmente branca de abotoaduras douradas caia perfeitamente em seu corpo e seu cabelo presos em um rabo de cavalo na nuca. Já Giselly era a definição da elegância real que nunca a abandonou, vestia um lindo vestido branco, longo e com um considerável número de anáguas, a fazendo parecer a mais belas das princesas. O corpete tinha detalhes lindo em renda e alguns detalhes dourados, as alças do vestido caiam lindamente pelos seus ombros e os cabelos magníficos em uma coroa de tranças. Uma mão aninhada ao braço do irmão radiante de felicidade e a outra em um buquê mínimo com belos girassóis.
Grande parte da cerimônia foi abafada pelos pensamentos de que o seu maior sonho estava se realizando, apenas voltando a realidade quando Margot pedia que fizessem seus votos.
— O amor é algo tão sublime. — começou Giselly — Por vezes achei que nunca poderia viver o meu verdadeiro amor, em meio a escuridão que as circunstâncias colocavam em meu caminho, mas por algum milagre lá estava você pronta para me resgatar e me proporcionar o mais doce dos sentimentos. — a loira fez uma pausa, pegando a aliança e a mão de Annelise nas suas — Eu, Giselly Vanbeg Verond, te aceito, Annelise, como minha legítima esposa. Prometo amar, respeitar e viver ao seu lado por toda a eternidade.
A loira passou o anel pelo dedo de Annelise contendo algumas lágrimas de alegria, enquanto observava a ruiva fazer a mesma coisa.
— Por vezes imaginei como seria realizar o meu sonho com o amor da minha vida, embora nas circunstâncias passadas eu já tivesse perdido esperanças de que realmente aconteceria, mas aqui está você, radiante e esplêndida. Foi uma grande benção que os deuses me deram e eu a amo tanto que nem se contassem todas as estrelas do céu sua quantidade ainda seria pequena comparada ao meu amor. — com as alianças e a mão da amada, respirou fundo se controlando para não chorar — Eu, Annelise Vulpes, te aceito, Giselly, como minha legítima esposa. Prometo amar, respeitar e viver ao seu lado por toda a eternidade.
— Pelo poder investido a mim e pelas graças dos deuses, eu as declaro casadas. — a voz de Margot soou alegre — Pode beijar a noiva.
Com um coro de palmas e urros de alegria, elas selaram ali a aliança de um amor puro.
— Essa fonte da alegria nunca falha. — a ruiva sussurro, fazendo Giselly arrepiar.
Não demorou para que as duas estivessem devidamente vestidas e caminhando alegremente pelos corredores do palácio com uma pequena cestas. Por onde passavam guardas cumprimentavam Annelise por "tenente Vulpes" e surpreendendo Giselly, um deles se dirigiu a ela como "lady Vulpes". Ainda não se acostumará que agora usava o sobrenome de sua esposa, que descobriu ter sido uma família bem importante no reinado do rei Justino. Poderia se dizer que sentia um certo alívio por ter deixado de lado o sobrenome que a ligava ao seu progenitor cruel. Odiava pensar nele e no período que viveu como princesa, odiava ainda mais que ainda estivesse marcado em seus pesadelos o mal que ele colocou na terra.
— É diferente ser chamada pelo seu sobrenome. — seu sorriso era puro orgulho — Mas é muito bom.
— Sério?
— Claro, é o nome de uma família honrada e que lutou pelas coisas certas. Me sinto orgulhosa de fazer parte dela agora.
Aquelas palavras tinham um peso muito forte e Annelise sabia perfeitamente disso. Sabia como sua amada se sentia quando tocado na questão do nome de sua família, que mesmo agora tendo um melhor representante, ainda tinha um marco horrível, então optou por modificar o assunto e torna tudo mais leve para o piquenique.
Elas mereciam paz.
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— Pensei que tínhamos concordado em não ter segredos! — a voz de Octávio soou alterada antes que elas entrassem nos jardins — Pensei que você confiasse em mim!
— Eu confio em você! — a rainha gritou.
— É melhor irmos para outro lugar, melhor dar privacidade para eles.
— Mas...
— Vamos, meu amor.
Há algumas semanas Annelise e Giselly vinham notando que algo estava estranhando entre o casal. Agatha parecia abatida e repelia qualquer aproximação de Octávio que via esposa cair em um lugar oculto a dias, enquanto tentava dar o devido espaço que ela precisava. Aparentemente, Octávio no desespero de ver a mulher que ama cair novamente naquela redoma intocável, não conseguia mais suportar.
— Acha que eles estão bem? — Giselly pergunta enquanto come seus pedaços de maçã. Haviam decidido ter o café da manhã na sala da mais alta torre do palácio, assim teriam a melhor das vistas.
— Se Agatha externar o que está sentindo talvez estejam.
— Acredito que ela ainda não se recuperou de tudo que aconteceu. Ela sempre foi muito na dela, sempre com muitas reservas e desconfiada de tudo. Por um lado em entendo o lado dela, mas por outro ela deveria ser mais aberta.
— Ela é aberta com você? — Annelise questionou.
— Como minha melhor amiga, ela era bem aberta, mas tinha seus segredos. Assim como eu tinha os meus. Fomos criadas para ter reservas com todos. — um olhar de desconfiança passou pelos olhos de Annelise e Giselly se apressou em adiantar — A grande questão é que eu tenho certeza que assim que disse sim a você, eu estava preparada para deixar as reservas de lado. No caso dela, toda a carga de traumas, ainda deixa suas reservas em alerta sempre que algo a preocupa, ela tem um medo descomunal de desapontar a quem ama e de falhar.
O café se seguiu com vários assuntos, gargalhadas e não demorou para que Giselly se sentasse entre as pernas de sua amada para observar a vista.
— Você fica linda a luz do sol. — a ruiva elogiou tirando os cabelos dourados de perto de seu pescoço, seu alvo para beijos cheios de volúpia — É a mais linda de todas as obras dos deuses.
— Sou? — questionou com um imenso sorriso sentido a ruiva assentir, não parando os beijos por seu ombro.
Com graciosidade a loira se virou para ela, fazendo um certo charme para sentar no colo de sua amada. Annelise continuou a traçar beijos e mordidas por sua clavícula e pescoço. Uma mão firme na cintura de Giselly e outra fazendo leves carícias em sua coxa desnuda.
Segurando firme a gola da camisa de Annelise, a loira selou suas bocas em um ósculo quente e tomado pela lascívia. Botão após botão, a dama de companhia foi rápido em livrar o dorso de sua amada, se banqueteando com a bela visão. Os lábios fartos de Giselly desceram em uma linha de carícias parando apenas ao chegar ao seio esquerdo da ruiva, depositando toda a sua atenção ali.
O ardor nas peles e o desejo presente compunham toda atmosfera. A boca da loira retornou ao encontro da de Annelise, que com agilidade inverteu suas posições, se ocupando em desfazer o laçarote que mantinha o decote do vestido de Giselly no corpo. As mãos da ruiva se colocaram a contornar as curvas nuas, desbravando, arrepiando e arrancando lamúrias de prazer.
O sol brilhava em seu esplendor os corpos nus das amantes que em uma desenvoltura e ritmo próprio desfrutavam do prazer e luxúria que as banhavam. Lamúrias, ósculos e movimentos prazeroso dominaram o ambiente marcado pelo que no fundo brilhava o amor.
Em um mundo tão caótico, elas se perguntavam, como os deuses poderiam criar toda essa teia de acontecimentos e mesmo assim unir as duas pelo mesmo fio? O amor foi um pequeno botão que desabrochou em seus corações, uma se tornou o porto seguro da outra. Compreensão de que ainda teriam muito do que enfrentar pela frente, porém firmes de que ali era seu lugar.
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