Décimo quinto conto: Louis Antoine
LOUIS ANTOINE
Louis Antoine era um menino de dezesseis anos, que estudava no ensino Lycée¹, do colégio Sainte Claire, em Lille, capital da região de Hauts-de-France, no norte da França.
Apesar da idade, aparentava menos e suas feições delicadas, de cabelos castanhos cacheados e olhos verdes escuros, sempre lhe causava algumas situações embaraçosas, mesmo assim tentava não se abalar e nunca perdia o sorriso cativante no rosto.
Naquela manhã fria de janeiro, teve que apressar o passo, fechando o casaco grosso de inverno até o pescoço, abraçando a si mesmo, que nem percebeu Jean, um colega da escola correr em sua direção:
— Louis! Espera-me! Que pressa é essa, mon ami*?
— Com este vento gelado, você queria o quê? — Riu. — Venha, ou irá se atrasar! — Falou, agarrando as alças da mochila.
Saíram correndo em direção aos portões do colégio, antes que este se fechasse por completo. Um fiscal controlava a chegada dos alunos e aqueles que chegavam após o portão se fechar, ainda tinham dez minutos de tolerância, mas teriam que assinar um termo de compromisso para avisar a família.
— Esta foi por um triz, hein! — Riu, Jean. — Que aula terá agora?
— Música com madame Marie². — Falou fazendo uma careta. — E você?
— Espera que tenho de ter certeza. — Procurou sua agenda. — Ah! Aqui! Monsieur Bastien², no segundo prédio. — Sorriu.
— Nos falamos mais tarde, então. Boa aula, Jean!
— Merci*! — Disse, já correndo. — Te vejo no refeitório com Matilde!
Louis Antoine ajeitou a gola e o casaco marinho e foi em direção ao corredor amarelo, onde ficava a sala designada para as aulas de música. Bateu três vezes, como mandava o protocolo e entrou em aula. Foi até a sua classe, ajeitando a mochila no encosto.
— Bonjour*, Beauchamp? — Disse a professora, com sua voz melodiosa.
— Bonjour, madame! — Assim que falou, abriu sua mochila, pegou o estojo aveludado, onde ficava sua flauta e iniciou o aquecimento, lendo as notas musicais lindamente colocadas no quadro negro.
Uma hora depois, estava já se dirigindo para o refeitório da escola, quando se deparou com um rosto não conhecido. Um rapaz de cabelos negros, que parecia desproporcional diante dos alunos.
"Aluno novo?" — Franziu a testa, pensando.
Entrando na fila e percebeu que o "aluno novo", estava logo atrás de Franco, seu colega de classe.
— Bonjour, Antoine? — Disse, se servindo de uma maçã.
— Bonjour, Franco. Terá álgebra hoje? — Perguntou, para poder olhar o garoto novo, logo atrás.
— Oui*! Logo você, me perguntando? O cara que sabe a grade escolar de cor? — Riu, esperando que terminasse de colocar o lanche em sua bandeja. — Merci! Vamos sentar perto da janela, desta vez, Antoine!
Os dois garotos se dirigiram até as mesas próximas à imensa janela, seguido de Jean e Maltide. Os quatro estavam distraídos, conversando e fazendo comentários sobre os exames finais, quando alguém se aproximou com uma bandeja nas mãos. Era o garoto que Louis havia visto.
— Excusez-moi*. Eu poderia me sentar com vocês? — Disse, timidamente.
Foi neste momento que Louis pode ver os olhos dele. Eram de um castanho tão escuro que pareciam negros, dando ao rosto anguloso do jovem, ar misterioso. Parecia ser do Terminale³ do colégio, mas nenhum deles tinha certeza disto.
— Fica à vontade, calouro. Como se chama? — Disse Matilde, nitidamente interessada.
— Rondel. Fabrice Rondel. — Sorriu, se sentando ao lado de Matilde e em frente a Louis. — Na verdade eu já não sou mais aluno. Vim apenas para auxiliar meu mentor, como estagiário.
Para Louis foi o sorriso mais perfeito que ele havia visto até o momento.
— Estágio de história antiga, não? Eu ouvi o professor Gaston comentar. — Perguntou Jean desta vez.
— Oui. Estudei aqui a minha vida toda, mas no período noturno. E vocês devem ser do Terminale³, creio eu. — Enquanto falava, sorria para Louis.
— Acertou! - Disse Jean, entre risos. — Somos do terminale, enfim!
Você não vai se sentir constrangido por sentar com crianças, Fabrice? — Falou Louis, dando uma dentada em sua maçã.
— E eu deveria? — Sorriu. — Como se chamam? — Desviando os olhos para os outros.
— Me chamo Matilde Berny, este idiota, aqui. — Apontando para o colega — Se chama Jean Dubois, o outro é Franco Durrant e por último, mas não menos importante, nosso petit* Louis Antoine Beauchamp.
— O que um ex-aluno estaria fazendo a esta hora? Pensei que monsieur Gaston só viria às quartas. — Perguntou, Louis.
— Larga de ser chato, Louis! Estás sendo inconveniente! — Disse a menina, abrindo um sorriso largo. — Mas o que faz realmente entre a hora do lanche?
— Ei! Eu perguntei exatamente isto, Matilde! — Disse, Louis, franzindo o cenho, contrariado e envergonhado ao mesmo tempo.
— Há formas e jeitos de se fazer uma pergunta, petit! — Disse a menina loira, piscando o olho.
— Caramba! Tenho aula agora! Até mais tarde, galera! — Pegou sua bandeja, quase intocada e se levantou — Prazer Fabrice! Até mais!
— O prazer foi todo meu, Louis Antoine. — Sorriu, voltando a atenção para sua gelatina com creme.
— Espera por mim, Louis! Tenho aula com você! — Disse, Franco, quase derrubando a bandeja sobre os colegas. — Prazer, Fabrice! Bom estágio pra você!
— Merci! — Respondeu.
Já em aula, Franco puxou o pulôver de Louis. Ele sentava sempre atrás do menor, para ter uma visão melhor do quadro, sem chamar atenção do professor.
— Que foi, agora? — Cochichou para ele. — Quer levar advertência?
— Não seria a primeira vez. — Riu baixinho. — O que você achou do garoto estranho?
— Garoto estranho? — inclinou a cabeça, discretamente.
— Oui! O tal de Fabrice, o estagiário! — Cochichou.
Louis lembrou daqueles olhos e imediatamente sorriu. Inclinou a cabeça no próprio ombro, respondendo que não tinha uma ideia formada.
— Não faço ideia, mas nem lembrava mais dele! — Mentiu. — Agora, pare quieto!
No final das aulas, Louis e Jean estavam guardando os livros nos seus armários e se dirigindo para as portas de vidro do colégio e conversando sobre as provas que seriam logo em seguida. Iam um do lado do outro, quando se ouviu uma buzina. Era o pai de Jean.
— Quer uma carona, mon ami?
— Não, obrigado. Eu ainda quero passar na livraria e comprar um livro pra minha coleção.
— Existe uma coisa chamada internet, livros on-line, plataformas de leitura... — Riu. — Você, às vezes é bem estranho! — Saiu correndo, acenando para ele, antes de entrar no carro.
Louis ajeitou a mochila às costas, colocando as mãos nos bolsos do casaco. Seu rosto estava avermelhado pelo vento frio e seus lábios finos eram umedecidos pela língua, como de hábito, mesmo sabendo que acabariam rachando pelo ar gelado.
"Ai, que droga! Deveria ter aceitado a carona!" — Pensou, se encolhendo e apressando o passo em direção a velha e tão conhecida livraria.
— Mon petit? — Alguém gritou ao longe.
Ouviu aquilo, mas ignorou. Fora seus amigos, só os implicantes do colégio o chamavam assim.
— Louis Antoine? Ei! Espera-me!
Novamente, aquela voz o chamava. Ficou curioso e parou, olhando pra trás. Alguém de jaqueta jeans e gorro vermelho acenava, mas ele não identificou na hora. Quando pode ver melhor, seus olhos se arregalaram. Era Fabrice.
— Mas que diabos... — Cochichou. — O que este garoto quer comigo, afinal?
— Minha nossa! — Falou, ofegante, apoiando as mãos nos joelhos. — Você não anda como alguém normal, não?
— Ando. Mas não neste frio do caramba! O que você quer?
— Quero só acompanhar você. — Levantou as mãos em rendição. — Tem algum problema?
Louis bufou, se virando nos calcanhares e seguindo em frente. A presença daquele garoto o deixava agitado. Deu alguns passos, sendo seguido pelo adolescente.
— Quantos anos realmente você tem, petit? — Falou, tentando acompanhá-lo.
— Dezesseis. Por que? — Parou, diante dele, desafiador. — Tens algo com isto? O que você quer comigo?
— Mon Dieu*! Eu só queria conversar! — Parou, de repente. — Não acredito que tenha dezesseis. Daria uns treze, quatorze, no máximo. — Coçava o queixo, analisando o outro
— Não és o único. — Falou, franzindo a testa. — Tenho que ir, agora.
— Eu tenho vinte e três e não estou seguindo você e sim, acompanhando. Na verdade, estou indo para meu trabalho de meio período.
— Fala sério... — Sussurrou, contrariado.
— Não tenho culpa que fica no mesmo caminho que o seu, pequeno. Sorriu. — Bom! Até a próxima! — Acelerou o passo, indo na mesma direção que Louis fazia.
Antoine sacudiu a cabeça, com desdém, seguindo em direção a livraria. Ficou pensando se não tinha sido muito grosseiro com Fabrice. Ele nunca havia tratado alguém assim, até se surpreendeu com o tom de voz que falou com ele, mas no fundo era bem esquisito um cara de vinte e três ter algum interesse em se aproximar de um grupo de adolescentes. Apesar de que não havia muitos lugares disponíveis e de repente, foi isto que fez com que Fabrice se aproximasse.
"O que teríamos em comum, para compartilhar com ele? Que é bizarro, é, sim!" — Pensou, entrando na livraria.
— Bon après-midi*, Antoine! — Disse, um senhor de cabelos grisalhos, com um sorriso bondoso no rosto miúdo.
— Bon après-midi! — Sorriu, tirando a mochila das costas. — O senhor poderia guardar para mim, enquanto vejo os livros que chegaram, senhor Dominique?
— Me dê seu casaco também. Fica melhor para se mover. Fica à vontade, oui? — Pegou a pesada mochila mais o casaco do garoto e os pendurou com uma outra, já pendurada no cabideiro antigo. — Deixarei com a de meu novo ajudante. Ele deve estar organizando os que chegaram hoje de manhã.
Louis olhou aquela mochila surrada de sarja militar e um gorro vermelho. Piscou várias vezes, sem acreditar no que seus olhos mostravam.
— Só pode ser brincadeira... — Sussurrou, reconhecendo aquela coisa horrorosa.
— Como disse? — Falou o idoso.
— Nada, não. Desculpe-me. Eu vou ver o livro e já volto. — Antes de terminar a frase, já estava indo na direção dos livros de aventura.
Ouviu um ruído de livros caindo e em seguida, um gemido seguido de um palavrão.
Ele segurou a vontade de dar uma gargalhada. Era realmente Fabrice.
Seguiu o barulho e o encontrou de joelhos entre livros de vários gêneros. Soltou uma risada, pois jamais imaginaria encontrar alguém como ele, numa posição daquelas.
— Petit Antoine?!
— Viu como você estava mesmo me seguindo? — Colocando a mão na boca, para não soltar uma gargalhada. — Quer uma ajuda, costaud*?
O outro, sentou em meio a todos aqueles livros, coçando a cabeça.
— Acho que sim, petit...
Louis se sentou com ele e foi separando por gêneros em uma pilha e explicou que as estantes estavam marcadas por ordem alfabética e por cores. Pegou uma cartela com adesivos de várias cores.
— Olha aqui. Vá colando, conforme as cores dos gêneros. Esta pilha, são os policiais. Olhe ali. — Apontou para uma grade de cores e gêneros. — Vês? É vermelho. Depois suspense que é azul escuro e assim por diante.
— Merci. — Disse, sorrindo.
— Não precisa agradecer. Desculpa a forma que eu tratei você, agora há pouco?
— Não desculpo, não. Só se terminar de me ajudar aqui. — Falou com um sorriso cativante.
"Não era bem minha intenção, mas não custa ajudar um grandão atrapalhado" — Pensou, quase rindo.
— De quê estás rindo, Louis Antoine? — Falou, enquanto colava os adesivos nos livros de uma pilha.
— Nada, não. Eu preciso voltar pra casa, agora. — Ergueu-se do chão, limpando a calça jeans. — Bom trabalho, Grandão. — Sorriu, em despedida.
— Obrigado, Pequeno. — Sorriu de volta. — Sem sua ajuda, provavelmente eu levaria uma semana!
— Antes de ir, me responda uma coisa? — Disse.
— Respondo. O que seria?
— Por que escolheu nossa mesa pra sentar, na hora do lanche? Poderia ter sentado longe de todos.
Fabrice olhou pra cima, como se pensando no real motivo e estalou a língua, antes de responder:
— Achei vocês legais.
— Sério que é esta a resposta? — Riu.
— Oui. Só me veio esta palavra à mente! — Riu junto com o adolescente.
— Além de grande em tamanho, é grande em mentira! — Falou, se afastando entre risos.
— Agora é sério! Fui na direção de vocês, porque achei seus olhos o mais fascinante que eu já conheci! — Disse, voltando sua atenção para as pilhas e adesivos.
"O mais fascinante que ele conheceu...Este cara deve ser totalmente pinéu!" — Pensou, sentindo o rosto queimar.
Foi até a estante, onde estava os livros de sua coleção, pegando o que ainda não tinha. "Agora, só falta juntar grana, pra completar a coleção" — Pensou.
Conseguia ouvir Fabrice resmungar baixinho e achou graça, indo em direção ao caixa. Pagou, vestiu seu casaco e ajeitou o livro dentro da mochila e saiu da livraria, correndo pra não perder o ônibus que o levaria para casa.
Passou uma semana e nenhum dos seus amigos avistaram Fabrice. Antoine não queria demonstrar curiosidade, mas no fundo sentia saudade de conversar com o mais velho. Resolveu ir até a livraria e, chegando lá, perguntou sem cerimônia sobre o ajudante dele.
— Ah, o jovem Fabrice? Ele está no depósito. — Apontou uma escada de madeira estreita — Pode ir até lá, se quiser. Ele deve estar limpando ou tomando café.
— Merci! — Ao terminar de agradecer, saiu em direção a escada, tentando não apressar o passo, mostrando sua ansiedade.
Ao chegar no topo, viu o rapaz, colocando um comprimido na boca e dando um gole generoso no copo de água.
— Fabrice? Olá? — Disse, tímido.
— Mon petit? — Sorriu. — Senta aqui, perto do aquecedor. O que fazes por aqui?
— Vim ver como estava e o porquê não o ver mais na escola. — Sentou em frente a ele, num banquinho.
— Tive que desistir do estágio, aqui em Lille. Meus pais querem ir para a capital. Ficarei até o final do mês e partirei. — Baixou os olhos, falando tão baixo que mais parecia um sussurro.
— Mas, que droga... E por que não me contou? — Falou, cruzando os braços contra o peito.
— E por que eu deveria?
Louis não sabia a resposta. Queria ter uma, mas por mais que tentasse, seu cérebro não conseguia discernir o que acabara de ouvir. No fundo, ele não desejava que Fabrice fosse embora assim. Queria ter conhecido mais do novo amigo. Passear com ele e ir ao teatro ou cinema. Não sabia o porquê, mas simpatizava muito com o rapaz de olhos escuros e sorriso farto.
— Eu queria ter mais tempo, pra gente ser amigos... Eu não sei lhe dar uma resposta.
— Já somos amigos, petit. Você me ajudou com os livros e me presenteou com seus olhos de esmeralda. — Sorriu. — Acredite. És uma pessoa especial, encantadora e sei que um dia a gente irá se encontrar. O planeta é tão pequeno, mesmo o mundo sendo imenso!
Se aproximou do mais novo, segurando as mãos dele, puxando-o para mais perto, dando um beijo em sua testa.
— Fica, grandão! S'il vous plaît*! — Louis falou, sentindo as lágrimas rolarem pelo rosto quente.
— Eu não posso, mon ami. Eu preciso viajar e resolver um probleminha pessoal. — Ajeitou o cabelo. — Mas, prometo mandar meu endereço e quando você puder, quero que vá me visitar. D'acord*?
Louis levantou, concordando com a cabeça.
— Preciso ir, agora. — Disse, enxugando as lágrimas.
— Quer ir ao cinema comigo, sábado? Eu pago! — Sorriu.
— Aceito. Só porque é você quem vai pagar! E quero pipoca!
Se despediram com um abraço demorado e um selinho. Gesto que pegou Louis Antoine desprevenido.
— Por que você fez isto? — Colocando a mão sobre os lábios.
— Para selar nossa amizade!
No sábado, como combinado, saíram juntos. Foram ao cinema, fizeram um lanche na saída e foram até a praça Grand Place Charles de Gaulle, no centro histórico de Lille e o passeio só foi interrompido, pela forte chuva, fazendo-os se abrigar num dos cafés que havia ali.
— Vou chamar um táxi pra gente, petit. — Disse, segurando a mão do mais novo. — Gostou do passeio? Que tal a gente repetir no próximo sábado?
— Eu vou adorar! — Disse, apertando a não de Fabrice.
E assim foi no sábado seguinte e no último sábado de Fabrice em Lille.
— Amanhã, irei com meus pais para Paris, mon ami. — Disse, abraçado em Louis. — Eu não queria deixá-lo, mas eu preciso muito ir. Mas me prometa que irá se formar, se tornar um homem de sucesso, independente do que for fazer em sua vida.
— Prometo. Não me solta, agora. — Chorava.
— Pense que, enquanto estiver pensando em mim, eu estarei com você. Logo irá se formar e conseguir um emprego, ficar rico e me pagar um jantar, hum? — Falava, abraçado no garoto. — Tenho um presente pra você. — Se afastou o suficiente para tirar da inseparável mochila, um embrulho em papel de seda azul.
— Só abra, depois que eu tiver partido. Está bem? — Sorriu. — Preciso ir agora! — Se curvou, beijando o rosto do garoto.
Naquela noite, Antoine só conseguiu adormecer, depois de muito chorar. No dia seguinte, acordou para a aula e lembrou-se do pacote azul de Fabrice. Abriu e lá estava os dois últimos livros, que completava sua coleção e o gorro de lã vermelha, juntamente com um bilhete:
"Meu petit, quero que saiba que não menti. Fiquei realmente encantado com seus olhos e não sabia como chegar. Meu maior medo era que você fosse jovem demais e assusta-lo. Saiba que você se tornou a pessoa mais especial em minha vida e irei esperar por você. Se não for nesta vida, que seja numa próxima. Cuide bem da Marie, minha toca da sorte. Espero que tenha gostado dos livros. Soube pelo gentil Dominique que ainda lhe faltavam estes dois.
Para sempre seu grandão.
Fabrice Rondel."
Naquele dia em diante, quem visse Louis Antoine andando pelas ruas da França, o via com um gorro vermelho na cabeça. E jurou encontrar seu amigo...
"As almas belas são as únicas que sabem o que há de grande na bondade." (François Fénelon)
Nota do autor:
1.Lycée: O Ensino Médio na França é chamado de Lycée.
2.Madame, Monsieur: Na França se trata a professora de madame e o professor de monsieur.
3.Ensino médio se divide em três, como no Brasil: Première (1º ano), Seconde (2º ano) e Terminale (3ºano)
4.Palavras em francês: Mon ami(Meu amigo), Merci(Obrigado/a), Bonjour(Bom dia), Oui(Sim), Excusez-moi(Me desculpe), petit(Pequeno), Mon Dieu(Meu Deus), Bon après-midi(Boa tarde), S'il vous plait(Por favor), D'accord(Está bem),
(2987 palavras)
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top