Epílogo

Peter sempre odiu cemitérios, algo neles não fazia bem para o garoto, mas, depois de perder tantas pessoas em sua vida, ele até que havia se acostumado com o local. As paredes úmidas e os corredores frios lhe causavam arrepios, mas ele seguia o seu caminho.
Ao chegar, Peter parou em frente á lápide, se ajoelhou e colocou o buquê de flores que segurava.
-Oi! - disse ele, passando as mãos nas letras que formavam o nome. -Eu... sinto sua falta! - completou Peter, deixando as lágrimas correrem.
Alguns minutos se passaram e ele continuou ali, em silêncio, apenas deixando suas emoções fluírem, até levar um susto com o barulho de seu celular tocando.
-May? - disse Peter fungando e enxugando seu rosto.
-Peter, onde você está? Você precisa vir para o hospital agora. - disse May do outro lado da linha.
-O que aconteceu? - disse Peter já se levantando e passando a alça da mochila em seu ombro.
-Peter... é ela! - disse May com a voz falhando.
-Estarei aí em 5 minutos. Obrigada May! - disse Peter antes de encerrar a chamada. -Desculpa tio Ben, eu tenho que ir agora, mas prometo que volto com mais tempo. Eu te amo... pra sempre! - disse o garoto antes de saír correndo do cemitério.

•••

Três semanas. Já faziam três semanas do acidente, três semanas que Allyson estava morta. Ou, que ela achava que estava morta. Ela lembra de ter levado um tiro no peito, lembra do sangue, da dor agonizante e das lágrimas de Peter. Ela lembra de apagar e ver seus pais, de braços abertos, á esperando. Ela lembra de estar morta, mas agora ela está acordando e quando ela abre os olhos, ela vê sua vó ao seu lado e sua cabeça parece que vai explodir, porque ela deveria estar morta, mas ela não está.
-Vó? - diz ela chamando a atenção de Dona Amélia, que olha para sua neta com os olhos marrejados e o maior sorriso que ela já havia visto.
-Graças á Deus! - disse ela abraçando a neta.
-O que... o que aconteceu? Eu.. estou viva? - disse a garota confusa.
-Sim, você está viva, meu amor! - disse Dona Amélia. -Ai meu Deus, como você está? Eu... tenho que chamar uma enfermeira. - disse ela mas sem tirar os braços de Ally.
-Não vó, só... fica aqui me abraçando, por favor! - disse Ally deixando suas lágrimas rolarem.

Em poucos minutos, o quarto de Ally já estava cheio. Um médico e uma das enfermeiras vieram checar seu estado e, vendo que estava tudo bem com a garota, autorizaram a entrada de outras pessoas. Lola, Charlie, Stark, Rhodey, Wanda, Benner, May, estavam todos lá, menos Peter.
-Allyson, é tão bom te ver acordada, você nem imagina! - disse May a abraçando.
-Obrigada May... - disse Allyson, abraçando a mulher. -É... onde está o Peter? - disse a garota, mas antes que May pudesse responder, ele entrou correndo na sala.
-Ally? - disse o garoto que tinha os olhos tristes e marrejados.
-Oi Pete! - disse Ally não contendo as próprias lágrimas de alegria de poder rever o garoto.
Peter então correu para os braços da garota, que imediatamente o abraçou e, mesmo a sala estando cheia, para eles, era como se o tempo tivesse parado e eles edtivessem sozinhos.
-Você me assustou... - disse Peter com a voz camuflada pelos cabelos de Ally.
-Eu sei, desculpa... - disse ela.
-Promete que nunca mais vai fazer isso? Promete que nunca mais vai me deixar? - disse Peter ao se afastar e olhar a garota nos olhos.
-Eu prometo! - disse Ally sorrindo.
-Eu te amo! - disse Peter sem hesitar.
-Eu também te amo! - disse a garota o beijando.

•••

Ally e Peter caminhavam de mãos dadas pelas ruas de Nova Iorque, enquanto Ally tentava explicar para Peter, tudo o que havia acontecido nos últimos dias.
-Então é isso, meus pais trabalhavam na CEGAH e como minha mãe não conseguia engravidar, eles me criaram e nos usaram como cobaias
do experimento. É por isso que mal consigo usar meus poderes, porque eles não são meus de verdade, eles apenas foram injetados no meu DNA, antes mesmo de eu nascer. - disse Ally.
-Isso é loucura... - disse Peter confuso.
-Nem me fala, eu ainda não consigo acreditar que meus pais trabalhavam com isso e em segredo. Mas estou feliz que aqueles malucos estão presos e que agora minha avó e eu estamos seguras. - disse a garota.
-E eu estou tão feliz que você está aqui. - disse Peter segurando firme a mão da garota.
-E eu estou feliz de estar aqui com você. - disse Ally sorrindo.
-Ally, eu... eu tenho uma coisa pra você. - disse Peter parando e tirando um colar com um pingente de aranha, do bolso da calça.
-O que é isso? - disse Ally confusa.
-É só uma coisinha que eu fiz pra você. Olha Ally, nesses últimos dias, vendo você desacordada naquela cama, eu... eu tive tanto medo de te perder Ally, ou de você acordar e não lembrar de mim. - disse Peter com os olhos marrejados.
-Pete, ta tudo bem, eu estou aqui agora. - disse Ally pegando seu rosto.
-Eu sei, eu sei, é só que... eu sei que nós somos muito jovens ainda e que muita coisa pode mudar, mas eu... eu te amo Ally. Eu te amo tanto que eu não consigo imaginar uma vida sem você ao meu lado. Então, eu fiz esse colar como uma promessa de que, não importa o que aconteça com a gente, eu sempre vou estar com você. - disse ele deixando as lágrimas rolarem.
-Peter, eu... eu não sei nem o que te dizer. - disse Ally com suas próprias lágrimas no rosto.
-Posso? - disse o garoto gesticulando para o colar.
Ally assentiu e segurou seus cabelos, para que Peter colocasse o colar em seu pescoço.
-Allyson Hill, eu prometo te amar para sempre! - disse ele fechando o colar.
-Eu também prometo te amar para sempre, Peter Parker! - disse Ally se virando e lhe dando um beijo.

FIM

Ah, agora sim! Eu definitivamente não consigo terminar uma história sem final feliz, é isso. Desculpa ter feito vocês esperarem, espero que tenham gostado. Obrigada por todo o apoio, votos e comentários, sério, significa muito pra quem escreve. Muito obrigada mesmo. Amo vocês!

Obs: Postei uma nova história, com o Harry Holand, passe no meu perfil se  for do seu interesse. Obrigada, até mais!

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