Amore



— Me lembre novamente porque Himaoi está nos acompanhando na volta para casa hoje?

Kuroo se inclinou para frente olhando Aoi que estava do meu outro lado, realmente era uma situação atípica. Mas ele sabia exatamente o que estava acontecendo, só estava pegando no pé da nossa amiga mesmo.

— Eu já disse para não me chamar assim — ela mostrou a língua para ele. — Mas respondendo a sua pergunta, meus pais vão precisar fazer um concerto no meu quarto, então ficarei na casa da [Nome] essa noite.

— Ele sabe Aoi — interrompi —, só está pegando no seu pé.

A garota começou a resmungar e enganchou o braço no meu, questionando em voz alta como alguém como eu podia gostar de alguém como ele.

— Depois de todos esses anos de amizade, é assim que me trata? Estou ofendido.

— Honestamente, você sabe como você é — ela não recuou, o atacando de volta. — Kenma sabe do que estou falando, você pode ser um pé no saco se quiser.

O mais novo entre nós não o defendeu — Acho que todo mundo tem um... Lado ruim.

— Até você? — Meu namorado virou a cabeça.

— Está tudo bem — deitei a cabeça em seu ombro —, você sabe que o sentimento é verdadeiro mesmo quando a sua personalidade é ruim e os amigos permanecem.

Tetsurou suspirou — Parece que vocês montaram uma frente de ataque unificada. Estou acostumado com Kenma tomando o lado da [Nome], mas não da Aoi.

Nós três rimos, afinal o Rei da Provocação está acostumado a provocar, não receber provocações. Embora ele tivesse que estar acostumado após ficar tanto tempo do meu lado, já que ele diz que um dos motivos que fez ele se apaixonar por mim foi a minha língua nervosa.

Era uma volta interessante, para dizer no mínimo, uma quebra em toda a tensão que estava crescendo por estarmos em época de torneio. Inevitavelmente os dias também eram repletos de conversas sobre treinos e vôlei, idas e voltas, todos eles, todo momento o time estava conversando sobre.

Os garotos não iriam falar, mas a pressão de passar e se classificar na etapa de Tóquio era imensa. Se tivesse que fazer um levantamento geral, provavelmente seria uma das províncias com mais escolas de potência competindo. Além de ter os dois melhores Aces colegiais.

Descemos do transporte conversando bobagens, fizemos o último trecho do trajeto conversando sobre o futuro.

— [Nome] vai seguir os passos de Dominic-san não é?

— Sim, é uma boa carreira no geral. Sempre gostei, apesar de odiar receber tratamento, também é um jeito de me manter perto do esporte que eu gosto. — balancei a mão que tinha os dedos entrelaçados com os de Tetsu. — Falando nisso, eu devo ir para Miyagi no fim do ano, para ver o trabalho que o pai de Fideo está fazendo por lá.

— Fideo-kun! Como ele está? A última vez que falei com ele estava tendo aquele concurso na Aoba Johsai.

— Concurso? — Tetsu pareceu interessado.

— Pelo que sei, é um concurso de beleza interno, mas o verdadeiro intuito é achar alguém para usar de divulgação. Até onde sei ele e outro menino que chama Oikawa estavam competindo, e vendo quem consegue mais votos. O capitão do time de basquete dele, parece animado.

— Espero que ele ganhe — minha amiga fechou as mãos —, Fideo-kun merece.

Meu namorado resmungou — Aoi-chan interessada em outro garoto? Está iludindo meu amigo Kai? Nunca pensei que seria do tipo que gosta de quebrar corações.

Essa, ela não conseguiu segurar, belisquei o braço do meu acompanhante — Isso foi golpe baixo, e sabe por quê.

— Só acho que ele merece está bem! Não tem nada a ver com o Nobuyuki-kun.

Dessa vez eu que me virei — Primeiro nome? Essa parte é nova até para mim.

Aoi juntou os indicadores — Bem... Estamos conversando há algum tempo, mas não tem como eu colocar algo a mais para ele pensar nessa época do ano.

— Que besteira, mas você que sabe.

— Se decida Kuroo — ela rebateu com uma careta e depois sorriu. — Temos tempo, não sou tão direta quanto a [Nome]. Se não fosse por ela, eu duvido que você teria feito algo.

— Pode ser todo falante agora, mas você era bem diferente de criança. Kenma, se lembra a primeira vez que vocês foram em casa? Ele ficou com vergonha de ir ao banheiro e quase passou mal.

— Ei!

Minha gargalhada veio espontaneamente, nisso os três entraram numa discussão sobre os acontecimentos daquele dia. Como parece inconcebível usar o banheiro de alguém na primeira visita que naquela época ele tinha vergonha, não significa que ele ainda é assim. Kenma e a Aoi foram contra dizendo que ele não era tão desprendido quanto achava, prova disso é que ele constantemente ficava sem saber agir perto de mim.

— [Nome] é uma coisa completamente diferente. — justificou.

— Coisa? — Soltei sua mão e o empurrei de leve.

Ele parou de andar — Não foi o que eu quis dizer.

Virei o rosto e segurei a mão de Aoi, e coloquei o outro braço em cima dos ombros de Kenma puxando os dois para longe.

— Não quero ouvir, vou continuar andando com os meus amigos que aceitam o meu jeito italiano sem me julgar.

— Ele não vai dormir hoje — Kenma resmungou para eu ouvir, mas mantive a cara séria. — Mas mereceu.

Segurei o riso e mantive a cara séria, posso imaginar o tipo de coisa que deixa ele sem palavras. Afinal, em que mundo uma garota tentaria carregar ele no colo e depois ainda o colocaria sentado no balcão da cozinha da escola?

— [Nome] — ele chamou a primeira vez, não virei. Ele usou todos os apelidos que tinha para mim, e eu me mantive andando com os dois na frente dele sem ligar.

— Eu não queria usar minha arma secreta — anunciou —, olha para mim Amore Mio.

Foi bagunçada, e cheia de sotaque. Mas o esforço dele para falar "meu amor" em italiano me fez parar de andar e virar em sua direção na mais completa surpresa, principalmente porque não fui eu que ensinei.

— Fala de novo.

Ele ficou com as bochechas avermelhadas.

— Por favor — dei um passo em sua direção.

Amore Mio.

Não consegui me conter e dei alguns passos rindo em sua direção, erguendo os pés para o abraçar pelo pescoço. Parece bobagem, mas nem com o idiota do Alonzo tínhamos esse tipo de apelido, na verdade, quando olho para trás nosso namoro era de tudo menos carinhoso. Ver ele se esforçando para aprender algo na minha língua materna fez meu coração se aquecer, afinal é um esforço dele para entender outro lado meu.

Beijei seu rosto repetidamente segurando entre as mãos em seguida.

— Onde aprendeu?

— Uma boa amiga que está me olhando como se quisesse me matar agora, me ensinou.

— De nada, bobalhão. — Aoi virou e continuou andando uma vez que já estávamos na minha rua. — Era para você deixar ele de molho um pouco mais [Nome]!

Kenma suspirou audivelmente — Melhor assim do que ter que escutar a noite inteira se ele fez algo de errado, Aoi você também passou por isso, não é?

— Sim — ela respondeu o mais novo —, ele é realmente paranoico.

Ambas mãos de Tetsurou estavam na minha cintura, ele franziu e então desceu os olhos que estava encarando os dois andando na distância.

— Nem parece que somos amigos há tantos anos, alguém de fora vai pensar que eles me odeiam.

— Acontece com os melhores — ergui os pés para dessa vez deixar um beijo na sua boca, aproveitando que já íamos nos despedir. Escorreguei minha mão para seu pescoço segurando sua nuca, ao mesmo tempo, ele cruzou as mãos nas minhas costas colando nossos corpos.

— Se eu soubesse que ia ficar feliz assim, teria usado mais cedo — meu namorado se afastou, deixou um beijo no meu rosto e em seguida um na minha testa. Me abraçando forte, tão forte que eu podia sentir seu coração batendo contra meu próprio peito.

— Guarde para ocasiões especiais, quando estivermos só nós dois. Então pedirei para você falar de novo e de novo.

Seu coração acelerou e quando voltei a olhar para seu rosto, ele estava mais envergonhado que antes, e os lábios selados em silêncio. Apertei suas laterais, recebendo uma reação imediata.

— O que foi, o gato comeu sua língua? — Havia um tom sarcástico na minha voz levemente provocativo.

— A língua não, mas minha sanidade está diminuindo.

Ri e voltei a andar o puxando pela rua, Aoi já estava na frente da minha casa com meu irmão pendurado em seu pescoço conversando com ela e com Kenma.

— Nico, Aoi não é tão forte para ficar com você no colo.

— Não importa! — Minha amiga respondeu alto, colando a bochecha com a do pequeno que estava achando muito divertido ser esmagado. — Posso até começar a malhar se isso significar que posso ficar com Nico mais tempo.

— Aoi, eu gosto de você. — respondeu inocentemente, deixando um beijo desajeitado na bochecha dela.

Isso foi o suficiente para a alma dela sair do corpo por um momento.

— Viu só — Kuroo disse —, não sou só eu que fico sem saber como agir.









N/A: Um pouquinho mais curto essa semana, de transição, para dar uma respirada antes de voltar com os jogos principais!

Nico é o ponto fraco de todos nós, vamos falar a verdade.

Agora a novidade: Vai ter um Spin-off do Fideo do Oikawa e uma [Nome] da Aoba Johsai, já está completo. Contando toda essa história do concurso para vocês. Logo mais ela deve começar ser postada por aqui. São 6 capítulos.

Obrigada por ler até aqui!!

Até mais, Xx!!

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