Capitulo 8
Assim que cheguei até os morangos comecei a colher-los um por um, maravilhada com a quantidade que havia. A fazenda realmente era rica em animais, frutas e plantações. O lugar era tão lindo e avermelhado pela fruta que várias borboletas. Girei em torno de mim maravilhada pela cores que se espalhavam pela dança das borboletas coloridas em contraste com as frutas.
- Tua criação é perfeita pai. - Murmurei sorrindo.
- Certamente. - Olhei para trás assustada, mas relaxei ao ver quem era o dono da voz.
- Você de novo...
- Não parece feliz em me ver.
Olhei para o lado, assustada com o quão meu coração estava agitado e eu não entendia o motivo. Allan havi feito ima viajem para Sao Paulo há algins sias, não sabia que habia retornado. Estava feliz em vê-lo.
- Não é isso. Que bom que voltoi. - ele sorriu aliviado.
- Bom... - Ele voltou a falar - Eu vi quando rumou sozinha para esses lados, curioso e preocupado, decidi vir junto.
- Preocupado?
- Sim, não vê que pode cair um temporal a qualquer momento? - Olhei para o céu e realmente as nuvens se formavam altas e escuras. - Irei ajudá-la para que possamos voltar logo.
- Não precisa. - Falei rápido, onde já se viu, o filho do dono colhendo morangos comigo. Ele olhou juntando as sobrancelhas.
- E por que não?
- Por que...você é...você. - Allan sorriu.
- Vamos logo, florzinha - Arregalei meus olhos o fitando surpresa por ele me chamar pelo apelido ao qual minha vó me deu.
Uma gota de água caiu em meu braço, levantei minha cabeça no momento exato em que outra gotinha tocou meu olho, uma mão entrou em meu campo de visão e eu abaixei meus olhos fitando o moreno em minha frente. Sua mão estava suspensa em cima da minha cabeça em uma tentativa de aparar a chuva.
- Acho melhor voltarmos antes que comece a chover mais.
Não demorou muito para que estivéssemos molhados, por sorte a chuva só aumentou quando estávamos quase chegando a fazenda.
Tropecei e quase fui ao chão quando uma onda de Flashbacks invadiu minha mente. Allan largou a cesta com os morangos e me segurou, e como sempre meus instintos repeliu o toque. Caí de joelhos no chão, meus ouvidos doíam, e minha garganta parecia que estava tampando pois cada segundo respirar havia se tornado uma tarefa extremamente difícil.
- O que está acontecendo? - Sua voz estava abafada. Distante. - Rebecca, olhe para mim...Pra mim. - Eu fiz.
Ergui minha cabeça mesmo com dificuldades por causa da chuva. Apertei meus olhos com força engolindo em seco, mas logo os abri quando senti meu rosto de chocar contra seu peito. Allan me abraçava.
Ergui minhas mãos o socando na tentativa de fazer-lo me soltar. As imagens agoniantes ainda estavam presentes e em minha pele eu sentia os toques, os malditos toques. Era como se estivesse vivendo tudo novamente.
- Sou eu Rebecca, o Allan. Estou aqui pra você. - sua voz calma, me fez voltar a realidade.
Meu choro se intensificou e eu agrlarrei sua camisa. Com medo de que fosse embora e as lembranças me dominassem mais uma vez.
- Por favor me abrace mais forte - Perdi entro o choro e senti seu aperto se intensificar.
- Conte comigo, 1...2...3...3...2...1.
- 1...2...
- Isso, eu estou aqui.
- 3...
- Continue.
- 3...2...1...
(...)
- O que está rolando entre você e o Allan? - Encarei Júlia.
- Hã?
- Hã?! Não se faça de desentendida. Vocês estão sempre juntos com sorrisinhos bobos nos labios. E vale ressaltar que ele nunca passou tanto rempo aqui na fazenda.
- Mas ele não estar de ferias?
- Sim, mas durantes suas férias anteriores ele não ficava mais de uma semana aqui.
- Não entendo onde quer chegar ju.
- O Allan gosta de você. - Arregalei seus olhos.
- V-você está enganada, isso é imp...
- Não me venha com esse papo! Sei que pensa assim por que está esperando um bebê, mas isso não impede ele de sentir algo por você.
- Não vamos falar sobre isso.
- Eu adoraria ter você como cunhada. - Ela sorriu de lado.
Encarei as roupas no varal lembrandose todas as vezes que Allan foi gentil comigo, de quando me defendeu do primo, me fez sorrir. Mas isso não significava que ele gostava de mim, foram atos comuns de um bom rapaz.
- O que vocês estão fazendo? - Falando nele...
- Estendendo as roupas não está vendo? - Julia falou fazendo Allan rir.
- Está estressada jujuba? - Questionou brincalhão.
- Estou.
- O que aconteceu?
- Seu pai não deixou eu ir na casa do meu namorado. - Allan revirou os olhos.
- Graças a Deus. Voce não perdeu nada.
- Eu iria conhecer os meus sogros.
- Que venham aqui então!
- Você e o Eduardo estão sempre contra mim.
- Contra o Paulo. - Corrigiu, mordendo uma maçã. Júlia bufou e saiu a passos firmes, nos deixando sozinhas. - Ela terá uma surpresa hoje a noite.
- Surpresa? - Ele sorriu se aproximando.
- Meu pai convidou o namorado da minha irmã e sua familia para um jantar hoje. - Ergui minhas sobrancelhas. - Aquele idiota vai pedi-la em casamento.
- Ai meu Deus! - Exclamei surpresa e ele riu. - A julia não sabe? - Ele negou.
Antes que a noite chegasse eu e minha vó fomos a igreja no vilarejo. Estava cheia por ser tarde de domingo. Sentei ao lado da mais velha e encarei o altar. Meus olhos se fecharam automaticamente e comecei a falar com Deus baixinho. Algo que não fazia a tanto tempo.
Voltamos e fomos direto para a fazenda. Ajudei minha vó com o jantar e duas horas depois ouvimos vozes diferentes. Os convidados haviam chegado. Levamos os pratos para a mesa e me segurei para não rir da cara chocada da Júlia. Olhei para Allan e ele piscou um olho em minha direção me fazendo arregalar oa olhos e desviar. A sala de jantar estava cheia, sorte que a mesa era grande e coube todos.
Quando voltei para cozinha, minha vó avisou que já voltariamos para sua casa pois o tio estava doente. Em lamentei interiormente por não assistir o pedido de casamento mas acompamhei minha vó e no dia seguinte voltariamos para lavar louça do jantar.
Meu tio estava com algumas manchas pelo corpo e febre alta. Minha vó tentou amenizarbcom chá e um pano molhado mas parecia não surtir efeito.
- Acho que é dengue. - Falou ela.
- Meu Deus vovó! Não é melhor levarmos ele não hospital? - Ela ponderou.
- Se amanhã persistir nós vamos. Vá deitar minha flor.
- Nem pensar, vá a semhora eu cuidarei dele. Vá vovó, prometo que chamo a senhora caso aconteça algo.
- Está bem. Mas estarei acordada. - Assenti.
Ela se dirigiu ao seu quarto e eu fiquei no sofá da sala. Alguns minutos depois resolvi ver como estava meu tio. Vi que ele dormia e o pano molhado estava caido ao seu lado, me aproximei e o peguei. Molhei o pano em água gelada mais uma vez e voltei para o quarto, sentei na ponta da cama e levei o tecido a sua testa ouvindo um resmungado do homem. Me encolhi quando vi seus olhos abrirem.
- Sobrinha...cadê minha mãe? - Perguntou com a voz rouca.
- Mandei ela descancar um pouco. - Respondi e ele umideceu os lábios.
- Fez bem. - Mas uma vez ele passou a língua pelos labios.
- E-esta com sede? - Ele assentiu. - Irei pegar água.
Corri a cozinha e enchi um copo com agua do filtro e levei para ele no qiarto. Meu tio sentou e eu lhe entreguei o copo.
- Obrigada. Vá dormir, deve está tarde.
- Como está se sentindo?
- Acho que estou melhorando. - Assenti e olhei para o copo vazio em minhas mãos. - Vá Rebecca, eu estou bem.
Aparentemente ele esta melhor que antes, mas talvez seja uma desculpa para que eu vá embora. Levada pelo impulso ergui minha mão até sua testa, ele arfou surpreso com o toque.
Ele não estava muito quente. O remédio devia está fazendo efeito.
- Estou melhor. - Me afastei quando ele tentou tocar minha mão. - Você ainda tem medo de mim? - O encarei - Eu jamais faria algum mal a você Rebecca.
- E-eu não...
- Vá para seu quarto e descanse. Obrigada por ter cuidado de mim. Ele voltou a deitar e virou-se para o lado.
(...)
Allan irá embora.
Antes de sua viajem ele me convidou para uma caminhada pela fazenda. Andávamos em silêncio pelo estábulo apenas aproveitabdo da companhia um do outro. Ele não falou nada desde que pomos os pés fora de casa. Eu também não abri a boca. Acariciei meu barrigão e respirei fundo.
- Já foi no jardim botânico?
- Aqui tem um?
- Sim. É simplemente o lugar mais lindo dessa fazenda. Voce vai amar. - Ele parou olhando para mim e estendeu a mão.
Fiquei alguns segundos olhando ela até consegui ter coragem de erguer a minha e colocar por cima da sua.
Senti o calor de sua pele na palma da minha mão e deus dedos entrelacarem nos meus. Fitei nossos mãos unidas sentindo também um calor em meu peito, talvez causado pela rapidez dos batimentos cardíacos do meu coração.
Céus! Então isso é está apaixonada?
O Jadim era lindo assim como ele havia dito. Era primeira vez que via tantas flores juntas. Flores coloridas e cheirosas.
- Não acredito que não sabia desse lugar, mas que bom qie fui eu o primeiro a lhe mostrar.
- Como foi o jantar ontem a noite?
- A comida estava boa se é isso que quer saber. - Ele arqueiou uma sobrancelha e sorriu de lado.
- Não é isso Allan, como foi o pedido?
- Ah, eu gostaria de não lembrar desse momento torturante. Você acredita que a Julia chorou? Foram só algumas palavrinhas e ele nem merece as lágrimas da minha irmã.
- Mesmo que seja de felicidae?
- É.
- Se fosse você no lugar do Paulo, e sua futura esposa no lugar da Júlia, você não ficaria feliz em vê-la chorar de felicidade?
- O assunto aqui é a Júlia e o paspalho que ela acha amar. - Respirei fundo revirando meus olhos.
- Eu queria ter estado lá ontem. Ela disse sim?
- Infelizmente. - Neguei com a cabeça e me voltei para as flores. - Respondendo sua pergunta... se algum dia minha companheira achar que alguma atitude ou palavra minha for digna de suas lágrimas, eu irei saber que já não preciso de mais nada.
Ficamos em silêncio apenas trocando olhares.
- Eu voltarei - Ele quebrou o silêncio. - Preciso resolver algumas coisas na universidade. E então voltarei. Antes que eu vá preciso deixar algo com você. - Juntei minhas sobrancelhas confusa.
Não tenho palavras para descrever o que senti quando Allan pegou minha mão e pôs em seu peito esquerto. Senti o batimento frenético do seu coração tocando minha pele. Um arrepio percorreu meu corpo ele acariciou minha mão ainda a mantendo no mesmo lugar. Então ele sussurrou.
- É seu.
- Allan...
- Eu voltarei antes que o botãozinho nasça. Eu prometo.
Ele puxou minha cabeça pela nunca e beijou o topo da minha cabeça. Então me soltou e saiu.
- Allan! - O chamei e ele me olhou. - Estaremos esperando. - Ele sorriu e assentiu.
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Só passando para agradecer a todos que estão acompanhando a história. Fico muito feliz com a leitura de cada um de vocês. Muito obrigada ❤️
Deus continue abençoando vocês ❤️🙌
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