II - Dias de azar para contrariar

Em sua última semana de aula, Christopher estava recebendo suas provas e seus trabalhos, faltava-lhe apenas as notas de Língua Portuguesa e Química, da qual os professores só colocariam as notas no sistema. Tranquilo em Química, Christopher ficou um pouco ansioso pela nota de Língua Portuguesa, pois não precisava tirar uma nota acima da média para passar, nem tão pouco uma nota muito baixa, razoável diria.

Próximo de adormecer, resolveu dá uma olhada no sistema e percebeu que sua nota em Química foi boa, já sua nota em Língua Portuguesa foi razoável; Conseguiu a aprovação com sucesso, porém houve uma certa estranheza de sua parte em relação a nota de Língua Portuguesa. No dia posterior aclarou sua nota com seu professor de Língua Portuguesa e o mesmo disse-lhe que nitidamente errou sua nota e que iria corrigir. Christopher sentiu-se bem aliviado, pois seu professor não costumava errar notas, mas é como diz o ditado: Para tudo na vida existe uma primeira vez!

Depois dos contratempos, devaneios, e das diversas situações da qual enfrentou, podia enfim comemorar, pois havia chegado um dia muito importante, o baile de formatura. Estava um pouco ansioso, pois não convidou ninguém para fazer-lhe companhia, não por esquecimento, mas por considerar desnecessário. Seus amigos lhe disseram para ficar tranquilo, pois com certeza iria ter alguém sem par.

Arrumou-se todo, comprou uma belíssima e elegante roupa, e foi para o baile. Chegando lá, bateu-lhe logo uma bad, o que normalmente lhe acontecia em festas. Todos os seus amigos estavam bem acompanhados. Havia uma garota que a considerava linda e exuberante, chamada Stephanie; Ela estava quietinha em seu lugar. Foi então, que Christopher resolveu tomar atitude convidando-a para dançar, literalmente não sentiu vergonha, porém ficou meio acanhado ao chamá-la, dizendo-lhe:

— Olá princesa, gostaria de ser a rainha do meu castelo? Não, espera! Gostaria de dançar comigo esta música?

— Claro, já estava à espera de alguém vir me chamar para dançar.  

Modéstia parte, para um garoto que nunca havia ficado com alguém, Christopher estava bem demais, pois ela tinha aceitado seu pedido. A música que tocava era lenta, boa para dar um chamego, Christopher então aproveitou a oportunidade e dançou coladinho com ela.

Christopher sabia que podia desencalhar, mesmo seu subconsciente dizendo que não precisava. Contudo, resolveu se arriscar ao deixar-se levar pela brisa; Então roubou-lhe um beijou. Ela percebeu que ele não tinha muita experiência em beijar, mesmo ele tendo cara de pegador. Então pôs a língua para ver como ele reagiria. Christopher se aproveitando do momento, pôs a língua também. Acabou que ambos gostaram do beijo, que foi bem intenso, pois quando o beijo está bom, não dá para parar. Christopher finalmente tirou o atraso.

Seus amigos olhando para ele, começaram a rir no meio da pista de dança. No momento, Christopher não entendeu nada. No final do baile, Henry que era um de seus amigos, o chamou em um lugar mais reservado para conversar, e disse-lhe que a garota com quem ficara, por mais que fosse esbelta, usava drogas. Nessa hora bateu um arrependimento em Christopher. Henry então perguntou se ele já havia ficado com alguma garota antes, já que nunca haviam conversado sobre e ele nunca havia visto Christopher com alguém; Como era bastante sincero, respondeu que não. Henry disse que ele tivera má sorte em ficar pela primeira vez com uma garota drogada, e que para ficar com alguém ele deve conhecê-la antes. Christopher ficou arrasado; Mas seus nervos estavam a flor da pele, não pôde controlar-se.

Sentiu no coração que deveria voltar lá, encontrá-la e dizer-lhe algo, mesmo que ela não o ouvisse, e foi justamente o que fez. Procurou por Stephanie no salão de festa mas ela não estava, procurou nos banheiros e em vários outros possíveis lugares e não a encontrava. Daí lembrou que como ela usufruía drogas, só havia um lugar onde possivelmente poderia estar. Saiu para fora e foi direto em direção a um beco que ficava na esquina da rua. Como havia previsto, lá estava Stephanie utilizando drogas. Christopher então tomou atitude e foi conversar com ela:

— Stephanie.

— Oi novamente. Aceita? - Disse-lhe oferecendo uma tragada.

— Ah... Não, muito obrigado. Deixa eu te falar uma coisa - Começou dizendo. - A vida é tão bela para você se desperdiçar nas drogas, que traz consequências terríveis a saúde e ao psicológico humano. Se gosta de estar aí tudo bem, respeito sua vontade, mas se você soubesse o quão ruim isso é para sua vida, você já teria se livrado desse mundo há muito tempo. Com certeza já te disseram isso que te falei pelo menos uma vez na vida, e mesmo assim você continua aí, perambulando pelo mundo como uma alma penada, vazia, precisando de ajuda, mesmo achando que não. Tenho muito dó de pessoas assim, que dão sua primeira tragada e não conseguem mais voltar para si mesmas, ficam submissas à droga e seus efeitos. Contudo, se precisar de mim, saiba que estarei aqui para ajudá-la, e um conselho: Seja feliz vivendo satisfatoriamente bem, não se matando com práticas perniciosas.

Uns dias de sorte, outros de azar, mas enfrentava-os como sendo dias ensolarados e nublados, que lhe permitia sentir novas sensações e oportunidades. Para perceber, viver e enxergar dependia da maneira como os interpretava.

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