12° capítulo(parte 2): Apresentação dos Irmãos Slazy

Por Leon

  Assim que comecei a tocar a música, imaginei que ela faria algo para sinalizar que estava lá, mas parecia que não.

Bem... Parecia.

  -Quem era essa "pessoa especial"?-Um amigo nosso me perguntava, rindo, junto com o resto do grupo. -Agora virou romântico e não quer pegar mais ninguém?

-Me deixa cara, que... -Porém, uma voz conhecida me interrompeu, correndo ao meu encontro.

-Preciso falar com você. -Era Layka, e assim que me virei, não soube o que vi em seus olhos, só sabia que era algo muito sério, pois apenas a tinha  visto assim quando atendeu o telefone uma vez e foi embora correndo, sem nem se despedir de mim.-A sós.

  Ela complementou ao ver que ninguém saira dali, e aos poucos foram se dispersando, fazendo com que eu me solte mais.

-O que quer comigo? -Tentei manter a postura séria, mas acabei sorrindo, feliz por ela ter me procurado.

-Você nem imagina? -Levantou as sobrancelhas, como sempre fazia quando estava sendo irônica e se recostou na parede, se afastando de mim.

-Então gostou da surpresa? - Sorri mais uma vez e dei um passo para a frente. -Acho que mais direto do que isso eu não posso ser... -Sussurrei em seu ouvido, já bem mais próximo dela e ela me empurra, mas seus olhos me diziam outra coisa.

-Vai a merda, Leon! Acha que eu não sei a tradução daquela música, que eu não amo... -Parou no meio da frase, respirando fundo e revirando os olhos, porém acaba rindo. - Isso... É sério? -Finaliza fechando os olhos, ainda com um sorriso bobo nos lábios,sem querer acreditar que era aquilo mesmo e aproveitei esse pequeno momento de distração para me aproximar novamente.

-Não brinco em serviço, não te falei? -Falei de maneira devagar, e como não houve nenhuma reação da parte dela, acariciei seu rosto macio com uma das mãos, e para a minha surpresa, seu corpo, sem querer, se aproximou mais do meu, aproveitando a carícia, ainda de olhos fechados e com o sorriso que eu tanto conhecia, que dizia "fui vencida". Quando sua respiração começou a ficar mais rápida junto com a minha, a colei contra a parede; estávamos tão próximos que podia sentir seu coração batendo, porém ela fala tão baixo, parecendo estar tão fraca que eu quase não a ouço:

-Eu não posso fazer isso.

  Eu sentia que algo a impedia, porque querer, eu sabia que ela queria tanto quanto eu e com essa frase, passo a mão pelos meus cabelos, suspirando fundo, nervoso, por quase beija-la.

- Por quê? O que tanto te impede de... Ficar comigo? -Engoli em seco, mas parecia que estava engolindo uma pedra. -Desde aquele dia, eu não paro de pensar nisso. Por favor, me explique. -Supliquei olhando-a e ela pareceu rendida, pois começou a falar:

-Isso não importa agora. -Limpou as mãos na calça e só agora parei para reparar o quanto estava bonita naquele dia. Uma camisa amarela, que aparecia os ombros e parte de sua barriga, com uma calça jeans clara e sandália preta.

-Claro que sim... - Dei um sorriso cansado, sem entender, querendo que ela me explique de qualquer maneira.

-Eu... Tenho medo. -Ela sussurrou mais uma vez, e só consegui ouvir por ainda estar a centímetros dela.

-De quê? Deixa eu te ajudar, por favor. -Estava desesperado por saber o quê tanto a afligia.

-Não quero me decepcionar outra vez.-Continuei olhando para ela, mesmo que ela tivesse dito isso olhando para os pés e não conseguia acreditar no que ouvia. -Calma, não me julgue mal. Eu só quero que alguém me respeite. -Conseguiu olhar para mim de maneira magoada, mas era diferente, não parecia ser comigo o problema.

-Então o problema é com você...? -Perguntei hesitante e como resposta recebi um aceno de cabeça. -Eu posso te ajudar. Mesmo. -Ela sorriu triste e se ajeitou, parecendo desconfortável por estarmos muito próximos.

-Obrigada, mas isso só eu posso... - Ela parou, assustada, ao ver que eu iria falar algo em seu ouvido, e sua respiração começou a ficar descontrolada novamente- e já não estava tão estavél-, além da sua pele se arrepiar.

-Eu posso te ajudar. Mesmo, confie em mim. -Falei mais uma vez para mostrar que realmente estava falando sério, e voltei a olhar para o seu rosto, que agora exibia um sorriso mínimo e seus lindos olhos verdes fechados, parecendo se render só por aquelas palavras, respirando fundo para conter a respiração e sem saber aonde enfiar as mãos.- Eu quero ser seu. -
Sussurrei com a maior intensidade que consegui colocar em minha voz, com os olhos fechados também, finalmente enrolando sua língua a minha. Começou bem devagar, como se estivesse em câmera lenta, até que ela finalmente se solta e apoia as mãos em minha nuca, fazendo uma massagem, enquanto eu apertava sua cintura de leve.
  Assim que nos separamos pelo menos um pouco, suspirei, aliviado.

Finalmente.

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Pela autora:

Esse capítulo é um dos meus preferidos e espero que estejam gostando da fic 💕
Bjs e até quinta-feira que vem 🥰

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