I told you!
Suga entrou no apartamento com passos incertos. Sua raiva diminuía conforme ele sentia a presença de Jimin no local.
Algumas luzes acesas, um prato na pia e barulhos estranhos no quarto. Era tudo que ele precisava para se sentir bem.
-Jimin?- Suga chamou, indo até o bar para se servir de um copo de whisky.
O apartamento foi decorado pela designer de interiores da empresa, que devia um favor para Suga e ele tinha que admitir. Ela tinha talento!
Ele tomou um bom gole do Whisky olhando satisfeito ao redor, pensando se já podia se considerar uma pessoa influente pelo fato de ter conseguido montar tudo aquilo em apenas umas semana sem mal sair de casa. Se fosse há um tempo atrás, ele não conseguiria nem convencer o entregador da pizza, ir no seu bairro fazer uma entrega.
-Oi estranho. - Jimin falou baixinho, entrando no seu campo de visão.
Suga travou o copo com a bebida no meio do caminho, abismado com a beleza de Jimin.
O menor estava sem camisa, sua pele clara brilhava na luz baixa, ele vestia uma calça jeans rasgada e larga, mostrando quase que completamente a sua linha V bem demarcada, o que significava que ele estava sem nada por baixo, seu cabelo, agora rosa, estava liso e impecável e a mesma shocker da foto, no pescoço.
Suga bebeu toda bebida do copo, andando relaxado até ele, que não se moveu do meio da sala.
-Você demorou. - Jimin disse, fazendo um bico fofo.
-Eu sinto muito. - Suga engasgou no meio da frase ao notar a argola na Shocker.
Ele puxou Jimin pela argola para beijar sua boca, mas parou ao ouvir um barulho metálico vindo de trás do menor.
-Vira pra mim baby. - Suga pediu com a voz grave e suave.
Jimin arrepiou com a ordem, falhando em respirar corretamente, mas obedeceu o mais velho mesmo assim.
Suga sorriu maliciosamente ao ver as algemas presas no punho do menor, deixando as duas mãos imóveis e juntas.
-Não sei se admiro o fato de você ter conseguido fazer isso sozinho ou se me preocupo. - Suga se aproximou do ouvido de Jimin para beijar seu ponto fraco, bem perto do lobo esquerdo.
Jimin soltou o ar de uma vez pela boca que se transformou em um gemido baixinho, ainda sem fazer movimentos bruscos.
-Onde você colocou a chave das algemas Jimin? - Suga perguntou, alisando todo peitoral do menor, que apoiou a cabeça no ombro de Suga, com os olhos fechados e a boca aberta num gemido silencioso.
A escala de tensão sexual estava intoxicante até pra eles.
-Eu te conto quando você terminar. - Jimin falou, ainda com os olhos fechados.
-Depois que eu terminar o que? - Suga sorriu malicioso, sua respiração no pescoço de Jimin o excitou tanto que ele precisava fazer algo, então agarrou o pau de Suga num ato de pura necessidade por contato.
-Depois que terminar de me foder. - Jimin falou com a voz arrastada.
Suga não conseguiu segurar o gemido que saiu involuntário pela sua garganta, pelas palavras de Jimin e por suas mãos ágeis até quando estavam amarradas nas costas.
-O que eu fiz, pra ter essa sorte? - Suga perguntou, virando Jimin bruscamente para que ficassem de frente um para o outro.
Suga parou em choque ao ouvir o barulho baixo de um sininho.
-O que foi isso? - ele perguntou, mas suas dúvidas foram sanadas, assim que ele viu um sininho amarrado em uma fita preta em volta do pescoço, junto com Shocker.
- É minha forma de te agradecer pela casa. - Jimin falou, relaxando um pouco mais nos braços do menor.
- Eu diria que não precisa, mas eu meio que tô amando tudo isso baby boy. - Suga falou batendo o dedo no sininho para ouvir o barulho mais uma vez.
Jimin sorriu de um jeito maldoso para Suga, que se arrepiou inteiro em expectativa.
O problema de Jimin parecer ainda mais fofo e inocente com os cabelos Rosa bebê é que a visão dele, malicioso e vulgar, não combinavam nem um pouco com a aparência e de alguma forma, Suga achava isso extremamente tentador, a ponto de sentir pontadas de excitação na boca do estômago.
Ele puxou Jimin para um beijo lento. O menor gemeu dentro da sua boca, conforme sentia suas mãos descendo por seu corpo até apertar o pau de Jimin por fora da calça jeans.
Suga colocou as mãos por dentro, começando movimentos lentos por toda extensão do pau de Jimin.
-Não. - Jimin falou entre gemidos, fazendo Suga parar para olhá-lo em confusão.
-Hoje o dia é só seu. - Jimin continuou.
-Tá me dizendo que não quer gozar? - Suga perguntou levantando uma sobrancelha, desafiador.
Jimin concordou, um pouco indeciso no começo, mas firme no final.
-Se mudar de ideia, vou te castigar, tem certeza? - Suga perguntou mais uma vez.
Jimin concordou mordendo os lábios em sinal de nervosismo.
Suga se afastou do menor, sentou no sofá de couro, onde Jimin havia tirado a foto que enviou para ele mais cedo e ficou admirando o mais novo, até ver suas bochechas ficarem avermelhadas e sua cabeça abaixada.
-Olha pra mim Jimminie. - Suga pediu, tentando esconder o quanto Jimin o abalava.
Jimin levantou a cabeça e foi até o mais velho que bateu com as mãos nas suas coxas indicando para o menor sentar, mas ao invés de sentar de frente, ele virou e sentou de costas para o maior rebolando a bunda descaradamente no pau de Suga.
Suga segurou o quadril de Jimin, mais para ter um apoio do que para apoiar o menor.
Jimin apoiou suas mãos algemadas no estômago de Suga enquanto rebolava sem parar.
-Seu pau é tão grosso, deixa eu sentir você me abrindo com ele? - Jimin implorou.
Suga, ainda um pouco desnorteado, levantou Jimin, tirou sua calça jeans e o virou de frente pra ele.
- De Joelhos.
Jimin ajoelhou fazendo barulho com seu sininho.
Suga tirou a roupa fazendo alguns movimentos lentos em si, enquanto olhava Jimin lambendo os lábios em expectativa. Ele ia falar algo, mas o menor caiu de boca no seu pau tentando se equilibrar por falta das mãos, que estavam algemadas, enquanto o chupava com movimentos rápidos e desordenados, fazendo um barulho molhado de sucção, que fez Suga gemer alto enquanto acariciava os cabelos do menor.
-Vai um pouco mais fundo baby, você já foi até a metade.- Suga pediu forçando um pouco a cabeça de Jimin enquanto sentia a saliva do menor escorrendo por toda sua ereção até sua entrada.
Jimin forçou a garganta o máximo que pôde, mas mesmo assim ainda faltava para engolir tudo, ele já estava sem ar nenhum então se afastou, respirando com dificuldade, um pouco do pré-gozo de Suga escorria no canto da sua boca.
- Coloca a língua pra fora. - Suga pediu, direcionando a cabeça do menor de volta, assim que ele abriu a boca.
Suga estava com tanto tesão que precisou controlar alguns dos pensamentos mais nocivos ao ter Jimin daquele jeito.
Depois de algumas falhas tentativas, Suga levantou o menor o sentando no sofá. Jimin apoiou a cabeça no encosto, mas Suga o puxou pela nuca e começou a foder sua boca, estocando todo seu pau até o fundo, fazendo a garganta do menor queimar em resposta.
Lágrimas saiam dos olhos de Jimin e as estocadas brutas faziam o sininho soar cada vez mais frequente.
Suga se afastou antes que gozasse na boca do menor. Ambos respiravam falhado, os olhos selvagens se encarando.
Suga sentou ao lado de Jimin o puxando para seu colo o deixou de costas para si da mesma forma que antes, puxou as pernas do menor para cima do sofá, deixando-as ao lado de suas coxas e jogou o mais novo para frente, o segurando pelas algemas antes que ele batesse com o rosto no chão.
Jimin gritou surpreso e agitou as mãos que doíam com o metal das algemas, o coração acelerado pela adrenalina.
Suga foi pra frente o deixando quase encostado no tapete da sala.
-Chupa. - Ele colocou dois dedos na boca de Jimin, que chupou com vontade.
Ele abriu mais as pernas de Jimin para rodear com a língua na sua entrada, colocando e tirando, enquanto Jimin gemia alto e empurrava ligeiramente a bunda na direção do seu rosto.
Suga se afastou e enfiou o dedo molhado com a saliva de Jimin, girando aos poucos, até o menor se acostumar com a intromissão, depois colocou o outro aumentando a velocidade até fazer um barulho alto e molhado que deixou ambos alucinados.
Jimin gemia sem controle, até gritar pelo fato da estocada ter acertado sua próstata. Suga sorriu e aumentou a pressão naquele ponto, fazendo Jimin chorar e se remexer.
-Yoongi , por favor! - Jimin implorou várias vezes sendo ignorado por Suga.
Jimin tremeu no colo de Suga enquanto tentava se aliviar, alisando seu pau na perna do mais velho.
Suga tirou seus dedos de dentro Jimin e o puxou de volta, fazendo o menor suspirar aliviado, pelo metal das algemas não o machucar mais.
-Você disse que queria sentir eu te abrindo baby. - Suga falou levantando o menor pela cintura com uma mão e o posicionando no seu pau, com a outra.
Suga colocou sua glande dentro de Jimin e se encostou no sofá, com as mãos apoiadas atrás da cabeça.
Jimin não precisou de nenhuma ordem para começar a rebolar, descendo aos poucos com o pau de Suga o abrindo.
Os dois gemiam absurdamente alto, mas piorou quando Jimin começou a se movimentar devagar.
-Tão apertado.- Suga resmungou, segurando a cintura de Jimin para acelerar o processo.
Suga afastou Jimin o colocando de pé.
-A chave das algemas. - Suga pediu.
Jimin estava uma bagunça, então demorou um pouco para responder algo coerente.
Suga por fim entendeu que estavam no bolso da calça jeans, ele a pegou e livrou Jimin, que reclamou de dor pelo tempo excessivo numa mesma posição, massageando os punhos feridos e marcados pelo metal.
Suga desamarrou o sininho do pescoço de Jimin, amarrando com um laço na ponta do pau todo melado do mais novo, derramando gotas de pré-gozo no chão.
-Acho que ele vai fazer mais barulho aqui. - ele falou puxando o sininho, que bateu na glande de Jimin o fazendo suspirar surpreso. - Não vai? - Suga perguntou fazendo o mesmo movimento.
- Vai. - Jimin respondeu com a voz fina e tremida.
Suga beijou Jimin, lambendo seus lábios vermelhos e os puxando com os dentes, antes de sentar mais uma vez, o trazendo na mesma posição anterior.
Ele colocou sua glande mais uma vez dentro de Jimin, mas antes que o mais novo pudesse reagir, Suga enfiou todo o resto fazendo ambos gemerem alto enquanto ouviam o barulho do sininho que se movimentou com o pau de Jimin.
Jimin chorou um pouco, sentindo tudo queimar dentro dele.
- Você vai voltar a enfiar essa bunda enorme no meu pau baby boy. - Suga passou as mãos pelas coxas de Jimin o acariciando. - Mas, toda vez que você se movimentar, se esse sininho não tocar eu vou ter que tirar e começar tudo de novo. Isso é, se você ainda quiser gozar. - Suga levantou Jimin, até sair quase todo de dentro e afastou as mãos sem dizer mais nada.
Jimin suspirou, criando coragem e se afundou em Suga o melhor que pôde. O pau de Suga bateu na próstata de Jimin que gritou sentindo o corpo todo tremer.
Suga mordeu os lábios tentando segurar a vontade de gozar, mas não conseguia desviar o pensamento ou os olhos do seu pequeno, que agora, o olhava em pânico.
- Não tocou. - Suga sussurrou sentindo seu corpo febril enquanto batia o dedo no sininho.
Ele colocou a glande mais uma vez dentro de Jimin que não sabia se chorava ou gemia baixinho sons aleatórios.
- Eu preciso gozar. - ele falou desesperado.
- Achei que hoje era meu dia. - Suga falou debochado.
- Por favor. - Jimin pediu.
Sem resposta.
- Daddy? - Jimin tentou mais uma vez.
- Faça por merecer baby. - Suga falou, mal conseguindo terminar a frase pois Jimin quicou no seu colo, fazendo o sininho bater na medida em que engolia todo seu pau.
Suga jogou a cabeça para trás revirando os olhos, os músculos da sua perna estavam rígidos a ponto de tremerem, o lábio inferior sendo torturado por seus dentes.
Jimin se apoiou nos ombros dele e começou a foder a própria bunda tão forte, que Suga sabia que não duraria nem um minuto.
Jimin gemia conforme se movimentava, fazendo o sininho emitir sons disparados, assim como ele, alto e sem nenhum controle.
Suga gozou dentro de Jimin enquanto segurava seu quadril diminuindo a velocidade gradativamente até sair todo de dentro. Ele se jogou no encosto do sofá mais uma vez, sem conseguir respirar direito enquanto via Jimin arrancar fora o sininho com uma cara feia.
Suga não conseguiu não rir com a cena, mas levou várias tapas do menor por isso.
- Você parece insanamente necessitado amor. - Suga falou voltando a ficar sério, tocando no pau de Jimin.
O menor vibrou, gemendo resposta ininteligíveis.
- Como quer gozar? - perguntou acariciando a glande do menor e deslizando até a base em movimentos circulares.
- Quero gozar dentro de você. - Jimin falou visivelmente exausto, mas ainda com os olhos vidrados.
Suga se surpreendeu, pois não esperava por isso. Jimin pagou de submisso a noite inteira, mas tudo que fez foi sorrir em resposta.
- Então o que está esperando? - Suga sussurrou próximo ao seu ouvido.
Jimin se levantou completamente dolorido, mas ignorou as pontadas de dor levantando Suga em seguida. Ele virou o mais velho, o jogando no sofá de quatro.
Jimin passou a mão por seu pau, gemendo com o toque, afastou a bunda de Suga com uma mão e colocou um pouco do seu pau dentro com a outra, sem nenhuma preparação.
- Jimin, espera! Eu não tô...
Jimin estocou com força em Suga, que soltou vários palavrões enquanto pedia para Jimin ir mais devagar.
Jimin pensou em pegar leve por um segundo, mas a ardência na sua bunda e a lembrança do maldito sininho ainda estavam frescas em sua memória.
Ele diminuiu a velocidade, quase saindo de dentro do mais velho para logo em seguida enfiar com força até o fundo.
-Jimin. - Suga sentiu as lágrimas descendo pelo rosto com a dor o rasgando por dentro, mas Jimin não parou, pelo contrário, ele puxou os cabelos de Suga para trás e aumentou a velocidade acertando sua próstata todas as vezes, Suga não o impediu, mesmo que pudesse.
Quando menos imaginava, passou a sentir um calor, gemendo arrastado ao começar sentir prazer.
Mais prazer do que a soma de tudo que já sentiu na sua vida toda, apesar da dor ser quase um equivalente sentimento também.
Ele começou a se masturbar para aliviar a necessidade de atrito, foi preciso poucos movimentos para que sentisse a queimação familiar se formando no estômago, gozando na sua mão e no sofá novo.
Jimin ouviu os gemidos de Suga se transformarem em quase gritos enquanto gozava pela segunda vez naquela noite e não aguentou, gozando fundo no mais velho logo em seguida, destribuindo beijos aleatórios nas costas até sua boca, se sentindo cada vez mais apaixonado pelo seu Hyung.
...
Suga acordou com o vibra do celular no criado mudo, ele pensou em deixar para ver o que era mais tarde, mas poderia ser alguma emergência.
Era uma mensagem de Minhyuk mandando ele descer para conversar.
Como diabos meu irmão sabia onde eu estava? Aliás como diabos ele sabia desse apartamento?
Jimin estava deitado praticamente em cima de Suga, tornando a missão "sair de fininho" muito mais difícil, mas eventualmente ele conseguiu.
...
-Que porra é essa? - Suga gritou o mais baixo que pôde assim que seu irmão saiu da sua Mercedes, aparentemente, nova vestindo um terno feito sob medida e os cabelos brilhando de forma estranha penteados pra trás.
- Irmãozinho, não vai nem me dar boa noite? - Minhyuk perguntou, olhando para o prédio de três andares de onde Suga tinha descido. - Boa localização, deve ter pago uma fortuna. - continuou, sentando no capô do carro com um sorriso convencido no rosto.
Minhyuk sempre foi má notícia e Suga nunca se importou, porque no final das contas ele acabava indo embora e Suga o ajudava mesmo assim, porque não se abandona família em necessidade, era o que seu pai sempre dizia, mas agora era diferente. Com Jimin na jogada, as coisas seguiam para um nível desesperador, na visão de Suga.
-O que você quer ? - Suga perguntou desanimado, com sua cara entediada e a voz lenta e grave.
Minhyuk empertigou-se por um segundo, se sentindo ameaçado, mas se recompôs com a mesma velocidade.
-Quero saber porque o viadinho tá com você em seu apartamento novo, que pelo visto, você mantém em segredo.
Suga sentiu seus pêlos se arrepiarem alarmado, perdido em como protegeria Jimin a qualquer custo disso tudo, porque se tem uma pessoa que não merecia ser pega no fogo cruzado com seus problemas familiares, essa pessoa era Jimin.
Suga sorriu divertido para o irmão, tendo a ideia de desinteressa-lo com o assunto, afinal para Minhyuk, se não tivesse valor monetário, simplesmente não valia a pena.
-O galpão é uma distração inútil a esse ponto da minha vida e a minha nova casa serve para foder sem ser incomodado, o que deixa claro o porquê do segredo. O que eu não entendo é porque anda me seguindo? - Suga perguntou rindo debochado, colocando todos os seus anos de máscara social em prática.
Ele notou o momento em que a dúvida passou pela cabeça do irmão e em como ele percebeu o rumo da provável "chantagem" se desfazendo em cinzas bem na sua frente.
-Só tô te protegendo irmãozinho. - ele falou olhando para trás de Suga, sorrindo ao, provavelmente, lembrar de algo. - Isso não explica o viadinho. Vai me dizer que virou um também? - ele falou cuspindo no chão com um desdém exagerado.
Suga fechou as mãos em punho, sentindo suas unhas curtas per do lado de dentro da mão, mas o rosto estava impassível. Ele sorriu carinhosamente para o irmão, como se Minhyuk fosse o mais novo e inexperiente da família.
-Você não é idiota, já deve ter lido meu contrato com a empresa um milhão de vezes e sabe muito bem que tem uma cláusula impedindo relacionamentos até a renovação em dois anos. - Suga deu de ombros desinteressado. - O garoto é uma passatempo, não significa nada para mim, eu nem gosto de homens, ele só está tapando buraco e vai continuar enquanto eu achar necessário. Eu preciso de uma foda que não me dē tantos problemas com a gerência, afinal preciso ganhar dinheiro para a família certo? - Suga não conseguiu segurar a ironia na palavra família, mas Minhyuk pareceu satisfeito com a resposta.
-Você sempre usou suas fodas como distração. - Minhyuk negou com a cabeça em tristeza. - por isso Raquel me escolheu ao invés de você e eu escolho meus locais para fodas melhor que você, sinceramente. - Minhyuk riu, olhando o bairro residencial a sua volta.
- Você quer dizer Raquel, a minha ex que você roubou na minha cara? - Suga perguntou, finalmente monstrando um pouco de chateação.
- Não fala como se você se importasse, você nem ligava para ela. - Minhyuk falou rindo do irmão.
Bom! Essa parte era verdade, mas não é como se a traição ainda não doesse. Suga as vezes pensava se não devia ter dado mais atenção a sua ex, ele era muito frio com a garota e às vezes se sentia mal por tê-la tratado de qualquer jeito.
-Minhyuk já são quase três horas da manhã e eu estou cansado. Só fala logo o que você quer. - Suga pediu, pegando o celular e entrando no aplicativo do banco, já imaginando precisar fazer algum tipo de transferência.
- Nada. - seu irmão falou fazendo Suga tirar os olhos do celular para olhar abismado para o irmão.
Minhyuk sorriu com a cara de Suga, colocando as mãos para cima em rendição.
-Só queria entender essa relação com você e o moleque, como é o nome dele? Jin?
Suga não respondeu.
-Enfim, puxei um favor aqui e outro ali e consegui te achar, só queria cuidar de você, acredite. - ele fez uma pausa dramática. - E os pais querem te ver.
Suga ficou tenso, o coração batendo a mil.
-Querem? - ele perguntou, sentindo ódio do quão carente ele parecia.
- Claro que você tem que se afastar desses negócios aí antes, você sabe como é o pai, ele não aceita pessoas gays dentro de casa.
Não! Suga não sabia, ele era uma criança quando fugiu de casa e ninguém foi atrás dele para o impedir.
-Sei. - Suga respondeu pensativo e desanimado mais uma vez.
- Mas, eu entendo o seu ponto irmãozinho. Se não tem uma xoxota para matar a necessidade, uma bundinha daquelas até que não faz mal, até porque homens tem suas necessidades né?! - Minhyuk bateu nos seus ombros em sinal de camaradagem, piscando o olho exagerado.
Suga sentiu ânsia com o toque e um total nojo pelas palavras totalmente ridículas que saíram da boca do irmão, mas riu concordando ao invés de negar.
-Bom, preciso ir, a gente mantém contato. - Minhyuk piscou mais uma vez para o irmão olhando para o prédio, parecendo avaliar algo, antes de entrar no carro e sair.
Suga suspirou mais uma vez desanimado, pensando se tinha enganado o suficiente para Minhyuk não sentir "o cheiro do sangue" e ver ali uma oportunidade.
Quando Suga virou deu de cara com Jimin, só com metade do corpo para fora, agarrado no portão com rios de lágrimas descendo pelo rosto.
-É isso que eu sou para você Hyung? Um passatempo? Só mais uma foda? - Jimin sussurrou, com a voz rouca por causa do sexo de mais cedo, deixando tudo de alguma forma, pior do que já tava.
- Jimin. - Suga tentou se aproximar, mas o menor se afastou tremendo com o que parecia ser, medo?
- Jimin? - Suga chamou indeciso do que fazer. - Eu posso explicar. - Foi a frase que ele escolheu, não muito sabiamente, para usar.
Jimin olhou enojado para Suga, abraçando o próprio corpo que tremia. Jimin odiava se sentir tão indefeso, sem coragem ou voz, para simplesmente gritar ou jogar coisas em cima de Suga, mas ele não era assim, ele até entendia Suga, ele nunca foi bom o suficiente para alguém querer algo sério, ninguém nunca quis. Sua beleza era seu único trunfo e sua maior maldição também.
Jimin correu para o apartamento, pegando a chave do carro de Suga enquanto chorava e tremia de forma absurda, puto consigo por ter sido tão fraco e burro, por ter acreditado no idiota do Yoongi.
-Jimin espera. - Suga dizia, o mais baixo possível, o perseguindo pelos corredores preocupado. - Deixa eu pelo menos te levar pra casa, você está transtornado, não pode dirigir assim.
Já na rua em frente ao carro, Jimin percebeu o quanto não queria mais ouvir a voz de Suga o rodeando daquele jeito, magoada e triste, de forma que ele queria abraçar para dizer que tudo ia ficar bem, mesmo sabendo que Suga quem era o filho da puta da história.
- Só... - Jimin parou em frente ao Suga, sem olhá-lo nos olhos. - Se afasta, por favor. - ele implorou, voltando para tentar abrir o carro com as mãos trêmulas não conseguindo apertar o botão de desbloqueio.
- Park. - Suga tocou nas mãos de Jimin, que largou as chaves sem discussão, mais porque não queria sentir suas mãos agora, do que por realmente ter concordado em ser levado para casa pelo mais velho.
Ele seguiu obediente para o banco do passageiro deixando Suga finalmente mais calmo, assumir o volante para sair com o carro.
No meio da auto estrada que interligava o bairro residencial ao centro de Seul, Suga achou que seria uma boa ideia tentar se explicar para o mais novo.
-Jimin, eu sei o que você ouviu aquela hora, foi pesado, mas você tem que entender...
-Eu entendo. - Jimin resmungou, brincando com seus dedos, com o semblante de cortar o coração.
- Não. Você não entende. - Suga voltou a falar, deixando Jimin em pânico, mais uma vez, só por ouvir a voz desolada do maior.
-Sai. - ele tentou gritar, lembrando, amargamente, que estava rouco.
- Jimin. - Suga tentou falar mais uma vez, mas Jimin estava aos berros, gritando "Sai", enquanto chorava desesperado.
Suga encostou o carro no acostamento, saindo do carro assustado, implorando para que isso acalmasse o menor.
Suga passou as mãos no rosto desesperado, pensando no que fazer, quando ouviu o carro sair derrapando pela auto estrada.
-Porra. - Suga gritou, ao mesmo tempo que procurava o celular no bolso.
"Sabe que horas são?" - RM atendeu a ligação, ainda sonolento.
"Jimin está indo até vocês, liga o rastreador para acompanhar, ele deve chegar em quinze minutos no máximo. - Suga fez uma pausa, notando o quão afobado parecia. - " Ele tá dirigindo". - acrescentou como se fosse a pior notícia do mundo.
RM despertou, botando a mente para trabalhar o mais rápido que conseguia.
-Quão feia é a situação?
-É ruim Joon, muito Ruim. - Suga falou chamando RM pelo apelido que usava quando eram só os dois na agência e eram muito próximos.
Suga desligou o celular sem nem esperar uma confirmação de RM e voltou a ligar.
-Preciso de carona. - Falou sem rodeios.
-Onde você está?
Suga passou o endereço pelo maps, sentando no acostamento em seguida .
Ele entrou no carro de Kim Heechul, um pouco molhado de orvalho, os cantos das unhas em carne viva e o rosto cansado.
- Pra onde? - Heechul perguntou simplesmente.
- Casa. - Suga sussurrou sem muita certeza.
Heechul conhecia Suga bem o suficiente pra saber que não era hora pra conversa, então não falou nada, indo sem pressa com o carro para o apartamento que ele dividia com o restante do grupo.
...
-Obrigado. - Suga falou honestamente antes de descer do carro.
Heechul só sorriu, guardando a parte de ajudar verbalmente para mais tarde e partiu com o carro.
Suga começou a chorar assim que subiu as escadas em direção ao seu estúdio. Ele não podia ficar em canto nenhum, sem lembrar em Jimin e automaticamente lembrar o quão bravo o menor estava com ele e com razão. Não importava se situação pedia, aquelas palavras jamais deveriam ter saído de sua boca. Suga sentiu nojo de si mesmo por saber que Jimin o ouviu dizendo aquelas coisas.
Ele estava tão distraído, já vagando sem conseguir entrar em nenhum cômodo específico e foi provavelmente por esse motivo que ele foi parar em frente ao estúdio de RM, olhando para o vidro remendado com fita isolante, que ele tinha quebrando algumas horas antes, com o boneco da coleção aparentemente sem danos colaterais devido a queda..
RM parecia querer reparar tudo com fita isolante, como se fosse a resposta óbvia para solucionar qualquer problema que sua inabilidade com objetos inanimados causasse. Suga até achava estranho quando RM usava um óculos escuros sem a fita isolante presa há uma das hastes laterais.
RM finalmente notou Suga parado na porta do estúdio e se levantou, parando no meio do caminho sem saber o que fazer.
-O que eu posso fazer pra ajudar? - ele perguntou, sabendo que Suga devia ter alguma explicação para provar que Jimin entendeu a situação toda errada, até porque não queria acreditar que não conhecia pelo menos uma porcentagem do que era o Yoongi por dentro e o que Jimin com muito choro e rouquidão, contou para V, que depois de ser autorizado repassou por mensagem para RM, pareceu bem surreal.
Suga limpou o nariz e os olhos com a manga da blusa, se sentando no sofá de canto.
-Talvez seja melhor assim.
- O que quer dizer?
- Minhyuk tá na cidade - Suga olhou preocupado para RM que começou a dar sentidos para suas recentes perguntas não respondidas.
RM era um dos poucos que sabia mais que o normal da vida de Suga e Minhyuk é uma das partes que ele conhecia bem, pois a traição da sua ex ainda era recente quando eles se conheceram e RM achava o cara um explorador filho da puta, não que ele tivesse dividido com Suga sua opinião.
- Ele sabe sobre Jimin?
- O suficiente para usá-lo à seu favor, se for preciso. Eu acho que o despistei, que foi a parte que Jimin ouviu e já deve ter te contado, mas não tenho certeza.
- Fica longe de Jimin por enquanto.
- Com certeza. - Suga concordou, entendendo a gravidade da situação.
- Vou usar um detetive particular para ficar de olho nele enquanto continuar na cidade. - RM falou, partindo para ação antes da conversa, já digitando algumas coisas no celular.
Suga concordou desanimado até para saber como diabos ele conhecia alguém nesse ramo de trabalho.
-Quer me contar o que realmente aconteceu? - RM perguntou depois de um tempo em completo silêncio.
Suga concordou abaixando a cabeça , as mãos jogadas entre as pernas abertas, o peito subindo e descendo de forma irregular.
RM viu os ombros de Suga tremendo e soube que ele precisaria de um tempo até parar de chorar, então se acomodou na cadeira giratória, determinado a esperar em silêncio o tempo que fosse necessário.
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