Um
A algum tempo atrás, Patrícia vinha se entregando para as coisas mundanas: baladas, festivais, boates, bares... Ela era uma adolescente que se considerava muito feliz, estando bebendo, com as amigas nas baladas, ficando com alguns garotos.
Essa era a vida que ela julgava ser a melhor.
Mas desse tempo para cá, Patrícia vem tendo alguns problemas.
Após ela ter tido uma overdose e por pouco não ter morrido, tudo ficou mais complicado. Seus pais se tornaram mais severos, a vida se tornou mais severa para ela.
Ela teve essa overdose na virada do ano, onde estava no festival curtindo e se drogando com as amigas e bebendo muito, é claro. Mesmo estando tonta e sentindo muita dor na cabeça, não parou de beber, se drogava e depois virava o copo num estalar de dedos, misturando assim a droga com whisky, tequila, vodka... Foi aí que ela sentiu os sintomas.
Rapidamente ela foi socorrida e levada a UTI onde ficou em coma, lutando entre a vida e a morte. Conseguiu a vida.
Além de seus pais proibirem de ela sair com as amigas quando se tratava de alguma festa na qual ela iria beber, Patrícia sempre sentia algo que a impedia de ir escondida dos pais, depois ela começou a não sentir vontade de ir. Isso já livrou ela de muitas coisas.
Impedida de sair e de beber, ela entrou em fase de depressão. Falava pouco chorava muito. Sua mãe já a livrou de várias tentativas de suicídio.
Os pais dela, vendo aquela situação não podia fazer nada a não ser orar e ter fé. Da primeira vez que Patrícia chegou bêbada em casa, os pais conversaram com ela. Ela já havia gostado de servir a Deus, mas ela se sentia presa a isso e aceitou os pedidos de suas amigas e foi provando pouco a pouco o gostinho do mundo. Cada dia as orações eram mais fervorosas, mas parecia que Deus não estava ouvindo.
O mês de Janeiro, assim como o de Fevereiro foram de só um assunto na casa de Patrícia: O retiro.
Patrícia planejava fugir de casa para ir pular carnaval, revirava os olhos a cada tocada no assunto do tal retiro.
Tudo o que ela sabia era que o retiro seria 4 dias, os 4 dias de Carnaval. Seria com jovens e adolescentes de algumas igrejas, com alguns missionários adultos. Só isso que ela sabia ouvindo as conversas de seus pais.
Vai ser uma besteira total. Pensava ela.
Passava o dia todo olhando o bendito celular, entrando em redes sociais, conversando com algumas pessoas, vendo notícias do mundo. Vez por outra se deparava com mensagens bíblicas mas rolava a tela com bastante força. Estava ela com raiva de Deus, apesar de ele não ter feito nada. Ela o culpava muito quando sua depressão atacava.
Estava pertinho do Carnaval e do tal retiro chegar. A agitação estava demais, principalmente na mente de Patrícia. Ela estava muito pensativa, após num ataque de depressão ter pegado uma faca e ter ameaçado os pais. Só depois ela se deu conta do que estava fazendo e deixou a faca escorregar de encontro com o chão.
Qual será então a decisão de Patrícia?
___
Hoje, então é dia 23/02, Patrícia ficou sabendo pelas suas amigas que na cidade dela haverá o pré-carnaval a partir das 17hrs e como já é de se esperar, ela fez os planejamentos.
Ela tomou um banho demorado, se arrumou e pulou a janela de sua casa.
Chegou lá e todos já a conheciam e a cumprimentaram, reclamando sobre o sumisso dela.
Foram logo dando bebidas para ela. Como negar? Ela não negou! Bebeu mesmo sabendo que não pode.
Dessa vez não se drogou, se juntou ao pessoal e começou a dançar com a multidão que já havia se formado.
Calor. Aperto. Cheiro ruim. Bebidas. Resultou em um breve desmaio. Acaba de acordar e logo percebe um balanço, como se ela estivesse em um carro.
Abre os olhos bem devagar e vê sua mãe no volante, seu pai no carona e ela no banco de trás. Os pais não estão com uma cara boa.
Chegaram em casa e a mãe foi logo avisando que ela, querendo ou não iria para o retiro. Apesar de tudo, algo dizia que era melhor ela ir, mas ela não queria ver essa decisão, ela não queria estar no meio dos cristãos.
Ela pensava da seguinte forma: Eu vou estar no meio de pessoas puras, sem pecados e eu? Cheia de pecados, eles vão me julgar! Não posso estar lá.
E agora, sabendo que estaria lá de um jeito ou de outro, sua mente avisava que só tinha uma saída: a morte. Mas, de um lado, ela queria estar viva para ver no que ia dar. Mas ainda achava que não merecia o Deus dos cristãos.
Ela entrou no box do seu banheiro, abriu o chuveiro e viu o quanto o seu corpo estava sujo. O quanto sua alma estava suja. Coisa que, para ela, ninguém pode lavar. Ninguém.
Ela foi direto para a sua cama, dormir as vezes é um bom remédio... Enquanto ela dormia, do outro lado do quarto dela, no quarto dos pais para ser mais exata, acontecia uma forte oração.
Os dois se encontravam ali, ajoelhados no chão, juntos, orando fervorosamente pela vida de Patrícia, pois, eles sabiam que Deus tinha um propósito enorme para ela.
Eles, ao contrário de patrícia, sabiam que somente Deus poderia lavar a alma de Patrícia. Pediram em pró disso, a cura da alma de Patrícia, pois, ao contrário do que a própria Patrícia acha, existe sim uma cura! Existe sim alguém capaz de lavar e refrigerar a alma dela, curar suas feridas.
[TOTAL 950 PALAVRAS]
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